Após correr com tocha, Popó reitera desejo de lutar na Rio-16 com Pacquiao
Eduardo Ohata
''É como se eu já estivesse participando da Olimpíada'', definiu no fim desta tarde Popó, após conduzir a tocha olímpica hoje em Salvador. Ex-campeão mundial nas categorias superpena e leves, o baiano pede para participar dos Jogos do Rio, onde pela primeira vez os profissionais poderão competir, dependendo de decisão da Aiba (Associação Internacional de Boxe), no próximo dia 1º.
''Se o [ex-campeão profissional Manny ''Pacman''] Pacquaio participar da Olimpíada, quero participar também. Ninguém da seleção brasileira teria chance com ele. Não quero desmerecer ninguém, mas essa é a verdade'', explicou Popó, que conduziu a tocha no início da noite desta terça-feira a convite da Coca-Cola.
''A confederação [brasileira de boxe] precisa dar o valor a um tetracampeão de boxe [como eu]. Tem gente na seleção que vai a uma, duas, três, quatro olimpíadas sem resultado nenhum e a confederação insiste nos mesmos'', complementa.
A confederação já se manifestou a favor de Popó participar de uma seletiva interna para garantir sua vaga na seleção, caso a Aiba permita, de fato, a presença de profissionais na Olimpíada.
Durante sua carreira amadora, Popó não chegou a disputar a Olimpíada, por motivos financeiros.
O lutador tem como grande incentivador neste nova empreitada pelo empresário Armando Fernandes, dono da Monumento Sports, que o apoiava desde a época do amadorismo.