Blog do Ohata

Ouro na Rio-2016, Robson Conceição vira profissional com gigante do boxe

Eduardo Ohata

Campeão olímpico na Rio-2016, o boxeador Robson Conceição trocará os ringues amadores pelo profissionalismo.

Ele assinou na terça-feira um contrato com a Top Rank, empresa norte-americana promotora de lutas que tem outro brasileiro medalhista em olimpíada, Esquiva Falcão, sob contrato. A Top Rank também promoveu Muhammad Ali, Oscar de la Hoya e Manny Pacquiao. Sua estreia está prevista para acontecer nas preliminares da próxima luta de Manny ''Pacman'' Pacquiao, em novembro.

O anúncio oficial da contratação de Robson, nos próximos dias, contará com a presença do CEO da Top Rank, Todd DuBoef.

O contrato foi intermediado por Sergio Batarelli, manager de Esquiva, que assumirá a mesma posição na equipe de Robson. Ex-lutador de renome de kickboxing, Batarelli organizou a primeira edição do UFC no Brasil e promove o torneio de MMA IVC. Um dos argumentos levantados por Batarelli que impressionou a Top Rank foi o fato de no amadorismo Robson ter vencido o atual campeão dos penas da OMB, o ucraniano Vasyl Lomachenko, resultado posteriormente revertido no tapetão, e também Oscar Valdez, outro contratado da Top Rank.

O primeiro contato da Top Rank com o estafe do boxeador aconteceu logo após o baiano ter batido o uzbeque Hurshid Tojibaev para garantir então, no mínimo, a medalha de bronze na Rio-2016.

O baiano continuará a ter em seu córner Luis Carlos Dórea, que treinou o campeão mundial Acelino “Popó” Freitas e o ex-campeão dos pesados do UFC Junior Cigano, entre outros.

Apenas para dar uma polida na reta final da preparação para as suas lutas é que Robson viajará para Las Vegas.

O UOL apurou que o contrato de Robson com a Top Rank englobou o pagamento de um bônus em dinheiro e tem duração prevista de 5 anos, com renovação automática por mais 2 anos após esse período. O documento prevê para o primeiro ano um mínimo de seis lutas por ano.

Dentro da seleção brasileira, desde que Robson conquistou o ouro, a perspectiva de ele passar a profissional foi recebida com tranquilidade. Após três ciclos olímpicos e o ouro na Rio-2016, o raciocínio é o de que ele não teria mais o que mirar como amador.