Palmeirenses querem estrela de Mundial-51 na camisa, mesmo sem “selo Fifa”
Eduardo Ohata
Um dos cartolas que resgataram o histórico da Copa Rio-1951, Roberto Frizzo, cita o estatuto do clube para defender a colocação de uma estrela vermelha no escudo do clube, como símbolo da conquista.
A Fifa deixou claro que não se trata de um Mundial organizado por ela, mas admitira, anteriormente, que a Copa Rio-1951 tem caráter de primeira competição de clubes com dimensão mundial. Quando isso aconteceu, foi ventilada a possibilidade de o clube do Parque Antarctica incluir a estrela vermelha na camisa.
Após a manifestação mais recente da entidade que controla o futebol mundial, porém, a impressão era de que o clube desistira da ideia.
Não para o ex-vice de futebol Frizzo.
''Uma coisa não tem a ver com a outra'', argumenta Frizzo. ''O estatuto do Palmeiras prevê a introdução de uma estrela vermelha por causa da conquista da Copa Rio, então não tem a ver com a Fifa reconhecer como Mundial organizado por ela ou não''.
Segundo Frizzo, o próprio presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, disse este ano que precisavam se reunir para discutir o assunto.
''Mas não precisa ser discutido e nem aprovado pelo conselho, está no estatuto do clube, que foi aprovado pelos conselheiros'', defende Frizzo, que logo na sequência recitou o artigo do estatuto para a reportagem.
Opositores da ideia já abordaram Frizzo com uma argumentação, no mínimo, inesperada e curiosa.
''Fui procurado por conselheiros que reclamaram que uma estrela vermelha na camisa será propaganda para o PT'', diz, indignado, Frizzo. ''É uma coincidência o símbolo do partido e o da conquista da Copa Rio serem estrelas vermelhas, o que posso fazer?''