Decepcionado com governo da Bahia, Popó fará luta de despedida em Belém
Eduardo Ohata
O ex-bicampeão Popó, 41, fará sua luta de despedida em 21 de outubro, em Belém (PA). O baiano explica que um dos motivos para não disputar seu último combate em seu Estado é a falta de apoio durante sua carreira.
''Já fui patrocinado até pelo governo de Goiás, mas nunca recebi apoio do governo da Bahia, então não tem porquê fazer essa luta aqui'', justifica Popó, que conquistou cinturões mundiais nas categorias superpena e leve. ''Além disso, foi um pedido do meu treinador, Ulisses Pereira, que é de Belém, eu fazer meu último combate lá. Quis atender pelo tempo que estamos juntos, mas faltava me reunir com o governo do Estado, e agora batemos o martelo para a luta acontecer na semana da comemoração do Sírio de Nazaré.''
Para sua última luta, Popó quer um adversário mexicano, por conta do estilo brigador. A mais recente luta do ex-campeão aconteceu em agosto de 2015, uma vitória por nocaute sobre o argentino Mateo Damian Veron.
Seu filho Igor, que lutava mas parou, não subirá ao ringue na programação.
''Tenho orgulho do conjunto da minha carreira. Quem ficou oito anos no topo? Aliás, aqui no Brasil, ainda me considero no topo. Quem desde que eu parei teve o número de nocautes consecutivos que eu tive? O número de lutas? O mesmo tempo invicto? Defesas de título? Torço para que surja alguém, mas quando? Quando?'', pergunta, de forma retórica, Popó.
O brasileiro tem um cartel de 40 vitórias, 34 nocautes, e 2 derrotas. Ele venceu as primeiras 29 lutas por nocaute, unificou os títulos dos superpenas e posteriormente conquistou o cinturão dos leves.