Blog do Ohata

Estatuto impõe teto a investimentos da Crefisa em contratações no Palmeiras

Eduardo Ohata

O estatuto do Palmeiras impõe um teto de 30% do valor do orçamento os aportes da patrocinadora Crefisa nas contratações de reforços para a equipe. O artigo passou a ter influência no acordo entre clube e financeira após alteração no contrato entre as partes, divulgada nesta semana.

Um artigo dita que o Palmeiras pode pegar, no máximo, um montante correspondente a 30% do valor do orçamento anual como empréstimo. Se for ultrapassado, terá que passar pela análise do COF (Conselho de Orientação Fiscal) e crivo do Conselho Deliberativo do clube.

Cartolas do clube do Parque Antarctica, com auxílio de dois membros do COF, analisam se houve estouro do limite em 2017, segundo informou o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande. Mas o dirigente adianta que, por conta do faturamento registrado pelo Palmeiras na temporada passada, acima de R$ 500 milhões, é altamente improvável que o estatuto tenha sido ferido.

Seraphim, porém, reconhece que o artigo poderá afetar a forma como o clube vinha contratando seus reforços. ''Se em 2018 o presidente do Palmeiras fizer empréstimos que no total passem dos 30% do orçamento, terá de consultar o COF'', esclarece Del Grande. ''Daqui para a frente, contratação terá de ser uma ou outra, de jogador bom, mas não toda hora; não vai dar mais para contratar atletas que serão pouco usados como Fabiano, Raphael Veiga ou Wellington''. Destes citados pelo presidente do conselho, somente Fabiano foi contratado com dinheiro da Crefisa.

O ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que foi orientado pelo COF a não fazer contratações durante a gestão de Arnaldo Tirone por motivos financeiros, mas diferentes à regra dos 30%, é um dos que lembraram do que dita o estatuto. ''Estou lembrando pelo bem do clube, já que em determinadas situações o presidente pode ser punido.''

Integrantes do COF mostraram interesse na alteração do contrato com a Crefisa e fizeram perguntas sobre o assunto ao presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, durante reunião do órgão nesta semana. Conselheiros já adiantaram que pretendem buscar informações durante a reunião ordinária do conselho deliberativo, marcada para a próxima segunda-feira (29).

Segundo a assessoria de imprensa do Palmeiras, ''a diretoria entende que todos os contratos foram assinados dentro das normas do estatuto do clube''.