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Em evento de luxo, Leila inicia campanha por mandato maior e ataca Mustafá

Eduardo Ohata

Crédito: Eduardo Ohata/UOL

Leila Pereira, dona da Crefisa, recebeu na noite desta quinta (28) mais de duas centenas de conselheiros e associados do Palmeiras para um jantar em um luxuoso hotel no Jardim Paulista, cujo slogan era ''Eu voto sim! Pela modernidade''. No pontapé inicial de sua campanha pelo ''sim'' dos sócios à alteração no estatuto que aumenta o mandato do presidente e facilita uma eventual candidatura da dona da patrocinadora já em 2021, ela mencionou e tom crítico o ex-padrinho político e agora desafeto Mustafá Contursi.

A alteração foi aprovada pelo conselho deliberativo, mas precisa ser ratificada pelos sócios por maioria simples. Leila tem previstos outros eventos para fazer um corpo-a-corpo com sócios pelo ''sim'' e pretende que conselheiros aliados acionem suas bases eleitorais para convencê-los. A votação foi marcada pelo presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, para logo após a Copa do Mundo.

Ao mencionar as vantagens da extensão do mandato de dois para três anos, a patrocinadora citou o ex-presidente Mustafá, que mantém força política nos bastidores do clube.

''O mandato de três anos é melhor porque dá mais tranquilidade ao presidente para ele trabalhar, ele não vai precisar parar a cada dois anos para negociar cargos com o Mustafá [Contursi]'', disse Leila a jornalistas, pouco antes do início do evento, para depois se referir a um dos slogans mais associados a Mustafá. ''[Time] bom e barato, isso não existe, tem que extirpar essa gente de lá [Palmeiras].''

Ela questionou as críticas das quais a Crefisa foi alvo durante a sessão do conselho deliberativo na segunda-feira (25), que a fez pela primeira vez desde que foi eleita a uma cadeira no conselho pedir a palavra para se defender.

''Todos os clubes de São Paulo procuraram a Crefisa [para patrociná-los], é incrível que de dentro do clube, mesmo que da parte de membros de um pequeno grupo, partam críticas à patrocinadora'', reclamou.

Leila viu como um ato totalmente político a rejeição do balancete de janeiro pelo Conselho de Orientação Fiscal na noite de terça-feira (26),  por causa do aditamento no contrato com a Crefisa para atender exigência da Receita Federal por meio do qual o clube assume dívida de cerca de R$ 120 milhões com a empresa conforme o UOL Esporte noticiou.

''Como rejeitam o balancete de uma gestão apresentou uma arrecadação de mais de meio bilhão [em 2017]?'', perguntou, Leila, de forma retórica. ''É claro que fazem isso só para atingir a patrocinadora.''