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Arquivo : Abílio Diniz

Após ouvir Santos, SP veta proposta de Abílio em projeto de novo estatuto
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Eduardo Ohata

EDUARDO OHATA E PEDRO LOPES

Membros da comissão de sistematização que trata da reforma do estatuto do São Paulo, presidida pelo advogado Carlos Eduardo Ambiel, consultaram cartolas do Santos antes de entregar seu projeto. Ouviram que o modelo atual da escolha de diretoria adotado pelo clube da Vila Belmiro, similar à proposta de comitê executivo apresentada por Abílio Diniz, dificultaria a governabilidade do clube.

A reforma do estatuto é uma das principais bandeiras do presidente são-paulino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que saiu em uma assembleia marcada por forte campanha contrária da oposição. Leco e Abílio estão em pontos opostos. Para viabilizar a reforma, Leco contou com o apoio do presidente do Conselho, Marcelo Abranches Pupo Barboza.

No modelo proposto por Abilio, os 9 a 11 membros do comitê executivo seriam eleitos pelas diferentes frentes do conselho deliberativo. Esses, por sua vez, elegeriam o presidente e o vice, em uma eleição indireta, e teriam voz em todas as decisões tomadas no clube.

Pela versão do estatuto que acaba de ser entregue pelo comitê são-paulino, o conselho de administração terá nove membros: o presidente e o vice, que serão eleitos pelo conselho (hoje o presidente aponta o vice), e mais sete integrantes.

As indicações dos sete membros partiriam do conselho deliberativo (2), para garantir visões diferentes ao do presidente, do conselho consultivo (1), pela experiência de seus membros, e pelo próprio presidente (4), o que lhe garantiria governabilidade.

Dos quatro indicados pelo presidente, três viriam de fora do clube, para oxigenar o ambiente e diminuir o risco de decisões baseadas em paixões clubísticas, e um do conselho deliberativo.

Na proposta do novo estatuto, o clube seguiria com o modelo presidencialista. O Conselho de Administração seria responsável por aprovação de contratos, teto para investimentos, cobrança do cumprimento das políticas estabelecidas, entre outros pontos. Por outro lado, o órgão não participaria das decisões do dia a dia, como a definição de um novo treinador ou contratação de um jogador, que ficaria a cargo de uma diretoria executiva de futebol.

Cartolas do clube do Morumbi, como o ex-secretário nacional de futebol Rogerio Hamam, que assessora a comissão, ouviram de seus pares do Santos que a simples contratação ou venda de jogadores frequentemente se tornam pesadelos políticos quando tem que ser referendados pelo conselho, já que cada grupo tem uma visão diferente. Por isso mesmo, no Santos, já há a ideia de uma nova reforma estatutária.

Também foram ouvidos dirigentes do Flamengo e Grêmio.

O ponto em comum entre a proposta de Abílio e a do comitê de reforma é a figura do executivo remunerado (entre 3 e 9), provavelmente em áreas como jurídico, marketing, futebol, estádio etc.

O novo modelo acabaria com os cargos de vice-presidentes estatutários e não-remunerados. Atualmente há vice-presidente em cinco áreas: futebol, comunicações e marketing, administração e finanças, social e de esportes amadores, e patrimônio. A única que poderia ser mantida é a vice-presidência social.

Confira outras alterações relevantes na proposta do novo estatuto:

– Mandato de quatro anos para presidente e vice, sem reeleição (atualmente o mandato é de três anos, com uma reeleição)

– Nova data para eleições em dezembro (no atual formato, as eleições ocorrem em abril, no meio da temporada)

– Mudança de 240 para 260 conselheiros (esses 20 novos serão eleitos, para alterar a proporção com vitalícios)

– Possibilidade de separar o futebol do social. Seria feito um estudo nos próximos 12 meses após a aprovação do estatuto para ver a viabilidade de isso acontecer


Ex-CEO do São Paulo exige na Justiça mais de R$ 1 mi por contrato até 2017
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Eduardo Ohata

O ex-CEO (Chief Executive Officer) do São Paulo, Alexandre Bourgeois, exige do clube, por meio de ação na Justiça trabalhista, uma indenização de R$ 1 milhão.

Está incluído na ação inclusive um período não-trabalhado, que se estende até abril de 2017.

O executivo não chegou a permanecer três meses à frente do cargo antes de ser demitido pelo então presidente Carlos Miguel Aidar.

“Eu tinha um contrato que não foi cumprido. Tentei negociar por 4, 5 meses até o Leco mandar eu procurar a justiça pra receber meus direitos”, diz Bourgeois.

Bourgeois, que havia sido contratado por Aidar, por indicação do conselheiro Abílio Diniz, pede o reconhecimento de vínculo de emprego entre julho e novembro de 2015, quando deixou o cargo, e alega um salário mensal de R$ 60 mil.

Além disso, pede salários não-pagos de setembro a novembro, além de 13º salário e férias proporcionais, mais FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Borgeauis alega que tinha contrato com o clube até abril de 2017 e pede metade dos salários entre novembro de 2015 e abril de 2017. Exibe, ainda, remuneração varíavel de R$ 380 mil por ter atingido a meta do EBTIDA, um indicador financeiro que representa o quanto uma empresa gera de recursos por meio de suas atividades operacionais.

Ele requer ainda dano moral e multas por atraso no pagamento das rescisões.

No total, a soma de tudo passa de R$ 1 milhão.

 

 


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