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Arquivo : Copa das Confederações

Bola, MMA e Rio-16 dão recordes de horas assistidas a aplicativos Globosat
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Eduardo Ohata

Os programas de esporte provaram, na prática, a tese de estudiosos que apontam o conteúdo esportivo como dos mais valiosos para uma operadora de TV por assinatura atrair o público, ou como atrações de aplicativos móveis ou de internet.

Futebol, MMA e Rio-2016 foram responsáveis pelas duas melhores marcas em horas assistidas nos aplicativos móveis da Globosat, que em junho registrou 10 milhões de horas assistidas (somados Globosat Play, Telecine Play, Premiere Play, Sexy Hot Play e Philos).

Foi o melhor resultado de um mês, com exceção de agosto de 2016, mês dos Jogos Olímpicos do Rio. Mas, assim como naquela oportunidade, foram os esportes que de novo alavancaram a audiência dos aplicativos.

O canal Premiere,  que exibe as partidas das séries A e B do Brasileiro-2017, teve o melhor mês de sua história, com 2 milhões de horas assistidas. O duelo pelo cinturão entre o brasileiro José Aldo e Max Holloway, no UFC 212, no dia 3 de junho, foi a mais assistida no ano no Combate Play. E no dia 28, a semifinal da Copa das Confederações entre Portugal e Chile, no Sportv, deu ao Globosat Play o dia de maior audiência no mês.

O fato de ser “ao vivo” ainda é um importante, e insubstituível, ingrediente dos esportes para alavancar audiências.

“O esporte tem um diferencial em relação a outros conteúdos porque a cultura de assistir ao vivo é muito forte na audiência que segue esportes, aquilo de querer saber das coisas na hora em que acontecem”, explica Pedro Trengrouse, Fifa Master e professor da FGV. “O sucesso dos aplicativos dão a certeza de que é preciso buscar novos modelos de transmissão esportiva, já que a escolha de conteúdo ou plataforma pelo usuário é que vai dar o tom [do mercado no futuro].”

 

 


Globo já se conforma em ficar sem parceiro e deve exibir Brasileiro sozinha
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Eduardo Ohata

A cerca de apenas um mês do início do Brasileiro-2017, a Globo não recebeu sequer um esboço de proposta para sublicenciamento da competição de qualquer um de seus pares na TV aberta.

No ano passado, chegou a executivos da emissora proposta que não agradou. Mas este ano, por enquanto, nem isso foi apresentado.

Na emissora já é dado como certo que a transmissão do Nacional será feito com exclusividade na TV aberta pela emissora, o blog apurou.

Os principais motivos para pessimismo em relação a uma parceria é financeiro. Além da crise econômica pela qual o país passa, que tem afetado o mercado publicitário, a cada dia que passa se torna mais difícil para um eventual parceiro viabilizar um plano comercial para a atração, que normalmente é levado a mercado para captação com meses de antecedência do início de uma atração desse porte.

Um diretor de uma TV aberta que já investiu forte em esporte, explica que não se trata apenas de adquirir os direitos de transmissão.

Feito o acerto com a Globo, seria necessária a contratação de um largo elenco de profissionais para compor sua equipe de transmissão de jogos, eventualmente com “nomes” caros, em um momento em que as emissoras de TV aberta têm anunciado cortes.

Além disso, há gastos com a logística: Aluguel de caminhões para transmissão, passagens aéreas, hospedagem para equipe composta por narrador, comentarista, repórter, técnico de som, cinegrafista, motorista etc.

Parte dessa equipe costuma se deslocar antes do dia da partida, para acompanhar o dia-a-dia dos clubes “grandes” quando estes jogam fora.

O formato do produto também é diferente, já que se trata de um programa com dois blocos de 45 minutos, o que oferece menos espaço para comerciais do que outros tipos de programas.

No ano passado a Band, tradicional parceira da Globo, anunciou poucos dias antes do início do Nacional, que por “questões financeiras” não iria transmitir o Brasileiro e neste ano tampouco transmitiu o Paulista.

Por questões ligadas à produção é mais fácil um canal adquirir competições que já chegam “prontas”, como a Liga dos Campeões ou a Copa das Confederações, pois pode ser transmitida “off tube”, ou seja, de um estúdio de onde a equipe do canal acompanha os jogos por um monitor.

Mesmo sem perspectivas de um parceiro e o cenário trabalhado internamente ser o de uma transmissão exclusiva, a emissora ainda está oficialmente aberta a parcerias.

Um indício de que a emissora busca parceiros é o trabalho de sinergia no aproveitamento de equipamentos de transmissão que vem sendo feito nos jogos com os caminhões de transmissão. Se antes Globo e SporTV, braço na TV por assinatura da Globosat, levavam cada um seus próprios caminhões aos estádios onde as partidas são disputadas, a ordem agora é para compartilhar quando possível para conter gastos.


Por que é mais fácil a Band optar pela C. das Confederações ao Brasileiro
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Eduardo Ohata

A Globo sublicenciou à Band os direitos de transmissão da Copa das Confederações na TV aberta. As emissoras já mantém um acordo em moldes semelhantes em relação aos direitos da Liga dos Campeões.

Segundo planejamento inicial, a Globo transmitiria seis partidas da Copa das Confederações, número mínimo de jogos da competição a ser exibidos na TV aberta, uma exigência da Fifa.

Porém com a entrada da Band, o número de transmissões da competição pela Globo pode diminuir sem ferir cláusulas contratuais.

A competição, que acontece entre 17 de junho e 2 de julho, na Rússia, não contará com a seleção brasileira, que foi eliminada da Copa América pelo Paraguai.

Apesar de Globo e Band não terem mantido a tradicional parceria nas últimas edições do Brasileiro e Paulista, por razões financeiras, os acordos são mais fáceis quando se trata de competições internacionais, como a Copa das Confederações ou a Liga dos Campeões.

Os custos de produção de uma Copa das Confederações é bem menor do que um Brasileiro.

Quando se trata do Nacional, há custos envolvendo a logística, com transporte e acomodação de equipe que conta com narrador, comentarista, repórter de campo, técnico de som, cinegrafista. Há também gasto com aluguel dos caminhões de transmissão e satélite.

Na transmissão “off tube”, realizada em estúdio na própria emissora, o gasto, a grosso modo, se resume à compra dos direitos, recepção do sinal, e pagamentos do narrador, comentarista, produtor e editor.

 

 


Sem seleção, Globo exibirá apenas seis partidas da Copa das Confederações
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Eduardo Ohata

Sem a participação da seleção brasileira, que não se classificou para a edição deste ano da Copa das Confederações, a Globo transmitirá apenas seis partidas da competição, o blog apurou.

Na edição de 2013, que contou com a participação da seleção, a Globo exibiu nove jogos: Os cinco do time nacional, que chegou à decisão com a Espanha, e mais quatro jogos extra.

Mesmo sem a seleção, dirigentes da emissora consideram que além de servir para o brasileiro conhecer um pouco do cenário onde será disputada a próxima Copa do Mundo, há jogos de interesse amplo, que extrapolam o do telespectador fanático por futebol.

Um exemplo citado nesse espectro seria um eventual encontro entre Chile e Rússia, ou outros nos quais o telespectador pode ser um “olheiro”, observando adversários em potencial do Brasil.

A emissora também acredita que “aprendeu” muito durante a transmissão da Eurocopa como fazer uma transmissão que atraia a atenção do público, mesmo sem a participação de um time brasileiro.

No aspecto comercial, o acordo com a Fifa impõe os patrocinadoras da entidade que controla o futebol mundial nas vinhetas exibidas durante a competição.

Durante os intervalos, no mínimo já estão garantidos os comerciais avulsos de trinta segundos de patrocinadores que compram rotativos que são inseridos durante toda a programação do dia.

A Globo ainda não tem parceira na TV aberta para dividir a Copa das Confederações. Mas a emissora está em busca de uma.


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