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SporTV e Fox Sports costuram acordo, mas ESPN já fica sem Copa do Brasil
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Eduardo Ohata

O SporTV, canal de esportes da Globosat na TV fechada, e o canal de esportes Fox Sports costuram um acordo por meio do qual os dois canais repartirão entre si jogos da Libertadores e da Copa do Brasil, o blog apurou.

A negociação respingou na ESPN. Como consequência da movimentação de direitos entre SporTV e Fox Sports, a ESPN, que há muitos anos vinha exibindo ao vivo partidas da Copa do Brasil, a partir deste ano não poderá mais transmitir os jogos da competição.

A emissora de origem americana, que transmitia o evento desde 2009, decidiu não aceitar o aumento no valor cobrado pela Globo para o sub-licenciamento do torneio. A ESPN entendeu que não valeria a pena gastar a quantia pedida para transmitir partidas sem exclusividade, já que dividiria o mesmo jogo ou com a Sportv ou com a Fox Sports.

Mas a ESPN poderá usar os highlights das partidas, assim como acontece com as partidas do Brasileiro, para utilização em seus programas noticiosos.

Pelo acordo, SporTV e Fox Sports repartirão as partidas da Libertadores.

Ou seja, cada emissora escolherá quais partidas irão exibir com exclusividade, e não deve haver jogos exibidos pelas duas emissoras.

A Fox Sports, que já transmitia jogos da Copa do Brasil, mas em uma quantidade menor, este ano poderá transmitir mais jogos da competição graças ao acordo que está praticamente fechado.

Confira a nota oficial da ESPN anunciando o fim da transmissão da Copa do Brasil:

“Por questões estratégicas, a ESPN optou por não transmitir a Copa do Brasil em 2017. O canal reforça seu posicionamento de entregar ao fã do esporte a mais ampla variedade na programação esportiva, com transmissões das principais ligas americanas, o melhor do futebol internacional, tênis e esportes radicais. Referência pela credibilidade de seu jornalismo, a ESPN segue investindo na apuração e análises das mais diversas modalidades esportivas.”


Volta de Massa às pistas tem efeito nulo na programação da Globo para a F-1
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Eduardo Ohata

O anúncio nesta semana de que o brasileiro Felipe Massa voltou atrás e decidiu correr por mais uma temporada não alterou em nada a programação da F-1 na Globo, SporTV ou na negociação de cotas de patrocínio da programação.

A manutenção da estrutura da cobertura nada teve a ver com o anúncio de Massa na Williams, já que tudo havia sido definido antes do fim do ano. Não houve risco de encolhimento da cobertura da temporada por falta de um piloto brasileiro do porte de Massa.

Assim, na Globo, a cobertura permanecerá a mesma de 2016: matérias nos principais telejornais de rede e esportivos, e as transmissões das corridas.

Só entrará corridas em VT quando coincidir algum outro evento importante no mesmo horário na TV aberta, como ocorreu ano passado com partidas do Campeonato Brasileiro.

Tampouco houve alteração no valor das cotas por conta de Massa: todas já estavam negociadas desde o ano passado.

A transmissão da principal categoria do automobilismo mundial na temporada terá como patrocinadores o Banco Santander, Itaipava, Nestlé, Renault, Tim e Unilever. Em relação ao ano passado, saiu ZAP e entrou Nestlé.

No SporTV, tudo também segue igual: cobertura de todos os treinos e transmissão do GP dos EUA e um segundo a ser definido, como já ocorreu na temporada 2016.


Contrato de Globo tem cláusula para recuperar Atlético-PR e Coritiba
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Eduardo Ohata

O contrato da Globo/Globosat pelo Campeonato Paranaense que acaba de ser fechado inclui cláusulas que permitem o aumento de valores pagos aos clubes, no caso da adesão de Atlético-PR e Coritiba e a rediscussão de alguns termos, o blog apurou.

O acordo, que tem duração de três anos, e portanto não tem caráter provisório, foi assinado nesta quarta-feira com dez times da competição, mas não inclui Atlético-PR e Coritiba.

A dupla alega discordância com os valores, porém não apresentou contraproposta financeira.

O contrato da Globo, bastante sofisticado e complexo, abre então uma brecha para a discussão de valores, e prevê um cenário de adesão de Atlético-PR e Coritiba, com um mecanismo que majora os valores já apresentados.

A eventual exploração de outras mídias fora a TV aberta, como TV fechada e pay-per-view, ficará para a próxima temporada, dado que o Paranaense inicia dentro de poucos dias.


Globo turbina cotas dos 4 grandes e renova Gaúcho e Mineiro por mais 5 anos
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Eduardo Ohata

A Globo e Globosat renovaram por mais cinco anos os contratos de transmissão do Gaúcho e do Mineiro, pelo período que começa este ano e se estende até 2021, para todas as mídias (TV aberta, fechada e pay-per-view).

Grêmio, Internacional, Atlético-MG e Cruzeiro, os quatro principais clubes das duas praças, tiveram aumento substancial de receitas, fruto da negociação do pacote, realizada pela Globo diretamente com as federações estaduais, o blog apurou.

Entre os principais estaduais, a Globo já havia renovado o contrato de transmissão do Paulista e negocia o do Estadual do Rio, no qual só o Flamengo não fechou ainda.

A negociação esbarra em questões políticas do clube com a Federação do Rio, que respingam na questão de TV.

Como no Brasil o que decide as transmissões é a Lei Pelé e não o mando de campo, caso não assine com a Globo, o Flamengo não terá seus jogos transmitidos por ninguém.

A Lei Pelé dita que para que uma partida seja exibida, os dois times têm que ter contratos com uma mesma emissora.

As tratativas dos direitos de TV passaram a ficar mais acirradas desde a introdução do Esporte Interativo, rival do SporTV, pelos direitos do Brasileiro.


Globo não punirá Chapecoense e Atlético-MG por W.O. duplo no fim de semana
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Eduardo Ohata

A Globo não exercerá a cláusula que lhe dá o direito de punir com multa os clubes que deixarem de participar de jogos de competições das quais tem direito no caso de Chapecoense e Atlético-MG, que se enfrentariam na rodada final do Brasileiro neste final de semana.

A decisão da Globo aconteceu por conta do “caráter absolutamente específico e atípico desta decisão [dos clubes]”, após a queda do avião que transportava a equipe da Chapecoense, dirigentes e jornalistas para o jogo de ida da Sul-Americana.

O contrato dos clubes com a Globo prevê, inclusive, multa no caso de uma equipe não colocar em campo a sua equipe titular.

Porém em algumas situações específicas, a emissora também “levanta” essa cláusula. Por exemplo, no caso de um time priorizar a Libertadores no lugar de uma competição nacional, onde não ocupa o topo da tabela.

Como a partida entre Chapecoense e Atlético-MG não irá acontecer, não contará com uma equipe de transmissão, mas a Globo/Globosat destacou uma equipe de reportagem que farão entradas ao vivo no SporTV e gravarão para os noticiários do canal.

Será explicado porque os times tomaram essa decisão e suas respectivas situações na competição.

Essa é uma das três partidas que terão cobertura no fim de semana na Globo.

* Colaborou Fabio Aleixo

 


Globo transmitirá sozinha partidas do Paulista-2017 na TV aberta
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Eduardo Ohata

A Globo transmitirá o Campeonato Paulista de 2017 com exclusividade na TV aberta. A emissora chegou a colocar no mercado a proposta de sublicenciamento dos direitos, inclusive com a antiga parceira Band, porém esbarrou nos efeitos da crise financeira.

Apesar de a Band ter mantido os direitos da Liga dos Campeões, após inicialmente ter indicado que abriria mão deles, a transmissão do campeonato da Uefa implica em investimentos mais modestos do que o de um Paulista ou Brasileiro.

Enquanto um jogo da Liga pode ser realizado “off tube”, com narrador, comentarista, produtor e editor acomodados em um estúdio, um Paulista implica custo não apenas com os direitos, mas com logística, incluindo a presença de caminhões “in loco” para transmissão do sinal, deslocamento de repórter de campo, narrador, comentarista, técnicos etc, entre outros gastos.

Globo e a eventual sublicenciada dividiriam a transmissão do mesmo jogo, como já ocorria com a Band. Ou seria colocada à disposição uma partida de menor atratividade. A limitação acontece porque no planejamento da Globosat entram as grades de suas outras mídias, como o SporTV (TV por assinatura) e o Premiere (pay-per-view).

A redundância, em um período de crise, também é apontada como um dos “vilões” a afastar o Paulista-2017 de outras emissoras: Seria difícil para o departamento comercial de uma eventual emissora parceira procurar, no atual momento, patrocinadores para um produto que já estará na grade de outra emissora de TV aberta, e com maior potencial de audiência.

Este ano, em nota conjunta, Band e Globo anunciaram a poucos dias do início da competição, que “por motivos financeiros”, a emissora paulista não exibiria os jogos do Brasileiro. Sua equipe de esportes, posteriormente, sofreu importantes baixas, como a do ex-jogador Edmundo.


Está fora dos planos da Globo compartilhar jogos com Esporte Interativo
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Eduardo Ohata

Não está nos planos da Globo/Globosat compartilhar partidas do Brasileiro na TV fechada com o Esporte Interativo, o blog apurou junto a executivos da emissora baseada no Rio.

O SporTV, o braço na TV fechada da Globosat, e Esporte Interativo, canal do grupo Turner, disputam os direitos do Nacional a partir de 2019. Segundo a Lei Pelé, para que uma partida de futebol seja transmitida, é necessário que os dois times participantes tenham contratos assinados com a mesma emissora. Não prevalece o mando de campo.

Como cada canal fechou com um grupo de times, várias partidas do Brasileiro automaticamente não serão exibidas na TV a cabo.

O que a Globo/Globosat já fez foi fechar os direitos de TV aberta e pay-per-view com a Ponte Preta, que fechara jogos da TV por assinarura com o Esporte Interativo. Ou seja, adquiriu os direitos, mas para mídias diferentes.

Dentro da Globo, o consenso é de que não haverá acordo com o canal rival, já que o SporTV reúne um volume de clubes assinados com o canal suficiente para contemplar os dois jogos do Brasileiro exibidos na TV por assinatura por rodada. Então, não há necessidade, ou interesse, de uma composição com o Esporte Interativo.

O SporTV fechou com 23 clubes (apesar de entrar na sua conta o Santa Cruz, que o Esporte Interativo também alega ter sob contrato), entre os principais Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Internacional (a partir de 2021).

O Esporte Interativo tem entre os destaques para o Brasileiro na TV fechada, a partir de 2019, Santos, Palmeiras, Internacional (até 2020), Atlético-PR e Coritiba.


Globo cede a clubes inédito direito de negociar com emissoras estrangeiras
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Eduardo Ohata

A disputa entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão de 2019 a 2024 rendeu aos clubes uma vantagem inédita em sua história: agora eles têm o controle para negociar os direitos internacionais da venda da competição, que foi cedido por ambas emissoras durante as negociações. Atualmente, são adquiridos por cerca de uma centena de países, segundo informou uma pessoa que participou das negociações.

Nos moldes atuais, o dinheiro pago por emissoras de fora para transmitir o Brasileirão entra diretamente para a Globo, responsável pela negociação. A partir de 2019, os clubes receberão o proporcional de cada um nessa venda. Para isso, porém, eles que terão que fazer a negociação, se organizar e se unir, de certa forma.

A adesão dos clubes em bloco como uma organização para negociações comerciais já ocorria nos tempos de Clube dos 13, que teve seu fim no ano de 2011. Porém, até o momento, não há sinalização alguma que aponte para a ressurreição da entidade. Segundo especialistas da área, seria necessário que, no mínimo, dez cartolas dos clubes mais representativos se mobilizassem nessa direção.

“O problema é [os clubes] nos organizarmos para vender os direitos lá fora em conjunto”, argumenta o presidente santista, Modesto Roma. “Os clubes estão desarticulados desde 2011, mas vamos trabalhar nisso.”

No caso da Globo, foi definido apenas, que ela mantém o direito para transmissão do Brasileiro nos países onde há a Globo Internacional, como os EUA. De toda a forma, mesmo nesses países, a transmissão seria feita em português. Ou seja, haveria espaço para alguma emissora local adquirir os direitos para exibir na língua nativa com narrador e comentarista próprios.

Entre os obstáculos no caminho da atratividade do Brasileiro como atração internacional estão o êxodo das estrelas brasileiras e estádios vazios. Um ex-executivo da emissora se queixava que a Globo tinha que ”fazer mágica” na edição para diminuir a entrada de cenas de arquibancadas vazias durante as transmissões das partidas.

Caso os clubes de futebol não consigam formar um grupo para negociar os direitos, uma saída que já é contemplada é os clubes entregarem os direitos para a própria Globo, que já tem o know-how na área, negociar fora do país. Obviamente, eles dividiriam com a Globo um valor por negócio fechado, mas que representaria um “dinheiro novo” em relação ao contrato que vem sendo praticado até agora.


Aquisição bilionária nos EUA respinga em rival da Globo por Brasileirão
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Eduardo Ohata

A aquisição da Time Warner pela gigante da telefonia americana AT&T, anunciada no sábado, respinga no Esporte Interativo, rival do SporTV, braço na TV a cabo da Globosat, pelos direitos do Brasileirão 2019-24.

A Lei 12.485, que trata da TV paga no país, proíbe o cruzamento das atividades de programação e distribuição.

A AT&T adquiriu a DirecTV, controladora da Sky no Brasil, há dois anos; e a Time Warner e o grupo Turner, dono do Esporte Interativo, se fundiram na década de 90.

Ou seja, canal (Esporte Interativo) e operadora (Sky) agora são propriedades do mesmo grupo.

Até mesmo nos EUA é esperado que a autoridade reguladora aponte quais propriedades deverão ser negociadas pelo novo grupo.

Foi por causa da legislação brasileira que a Sky descontinuou há alguns anos seu canal esportivo no Brasil, o Sports +.

Para quem não se lembra, o Sports + chegou a ter os direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Espanhol, da Liga dos Campeões, da NBA, liga norte-americana de basquete, e de torneios de tênis. O canal entrou na mira do governo justamente por ser propriedade da operadora Sky. Propriedade exclusiva ou majoritária, nesse caso, são vetadas pela legislação nacional.

O canal Esporte Interativo, do grupo Turner, e o SporTV, da Globosat, travam uma disputa pelos direitos do Brasileirão a partir de 2019. Os dois canais fecharam contratos individuais com dezenas de times nacionais de futebol.

Vale lembrar que cada um dos canais só poderá transmitir uma partida caso os dois times que se enfrentarem tiverem contrato fechado com o canal. No caso, o que prevalece não é o mando de campo, mas o que determina a Lei Pelé.

O destaque atual da programação do Esporte Interativo é a Liga de Campeões.

O blog entrou em contato com o canal Esporte Interativo no fim da tarde da última sexta-feira, antes do anúncio da aquisição, e nesta segunda-feira para posicionamento sobre a repercussão no Brasil da aquisição da Time Warner pela AT&T, mas o canal não se pronunciou até o momento.


Contrato de Muricy com SporTV permite sua saída se receber convite de clube
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Eduardo Ohata

O contrato de Muricy Ramalho com o SporTV, onde atuará como comentarista, tem duração de um ano. Porém o acerto, o blog apurou, ao contrário do que tradicionalmente ocorre, não prevê multa caso o treinador decida deixar a emissora antes do fim do contrato para voltar a trabalhar para um clube de futebol em qualquer cargo.

Ficou claro para ambas as partes que enquanto Muricy desempenhar o papel de comentarista no canal, não poderá trabalhar em clubes de futebol, o que configuraria um conflito de interesse.

Na emissora, apesar da alta expectativa em relação à performance do treinador, é encarado como natural que Muricy esteja com dúvidas nessa nova fase da carreira, que esteja pensando, “será que é esse o mundo que eu quero?”, “será que vou me adaptar?”

Os relatos é de que está animado com a função, mas que é entre seis meses e um ano que ficará mais claro se a sua adaptação foi plena.

Por isso mesmo seu contrato não incluiu a famosa e salgada cláusula da multa contratual.

O “namoro” entre Muricy e o canal começou em junho, mas por conta da agenda dos executivos, tomada pela Rio-2016, o acerto ficou para agora.

O canal ainda estuda exatamente de que forma o treinador será aproveitado, por isso mesmo a data de sua estreia não está confirmada. Mas é certo que comentará apenas jogos especiais, não se sabe ainda se na cabine ou em campo, o que não acontecerá todos os fins-de-semana, além de participações em programas da casa.

Da parte de Muricy é famosa sua obsessão em assistir programas esportivos do Brasil e do exterior, chegando em certa época a instalar antenas de satélite em sua casa para captar torneios do exterior que não eram transmitidos no país.