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Inter tem apenas proposta de rival da Globo para referendar em reunião
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Eduardo Ohata

Com Jeremias Werneck, do Uol, em Porto Alegre

O Internacional tem na mesa apenas a proposta do Esporte Interativo pelas temporadas 2019-24 do Brasileiro na TV fechada para referendar. Este blog apurou com uma fonte ligada à Globosat que não há uma proposta concreta da programadora para o clube gaúcho realizar uma comparação.

O Internacional convocou uma reunião extraordinária no conselho deliberativo para o próximo dia 14 para apresentar seu parecer aos conselheiros sobre a questão da TV fechada. A informação que circula no mercado há semanas é que já há acerto prévio entre o clube gaúcho e o grupo Turner. A diretoria não confirma oficialmente.

Interlocutores afirmam que os cartolas do clube gaúcho foram taxativos em afirmar que queriam fechar com o Esporte Interativo. Tal postura fechou as portas para uma negociação com a Globosat ter andamento.

O encontro no conselho deliberativo é necessário por conta da duração do contrato a ser assinado: seis anos. Como o documento ultrapassa o período do mandato da atual diretoria e invade o próximo, os conselheiros têm que aprovar o negócio.

Procurados pela reportagem e pelo blog para comentar as informações, cartolas do Inter, incluindo o presidente Vitorio Piffero não responderam os contatos realizados até o fim da noite desta terça-feira (8).

A Globosat já fechou com pelo menos dez clubes; o Esporte Interativo assinou com ao menos dois times e está acertado com o Santos.

Pela Lei Pelé, os dois times têm que estar assinados com a mesma emissora para que sua partida seja transmitida. Ou seja, não prevalece o mando de campo. Com os times divididos em dois canais, diversas partidas deixarão de ser exibidas na TV a cabo.

O Esporte Interativo, que adquiriu os direitos da Liga dos Campeões, entrou este ano na grade da NET, principal operadora de canais por assinatura. Não está na grade da Sky.


Globo fecha com 7 clubes, e pay-per-view ‘ameaça’ castigar quem não assinar
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Eduardo Ohata

A Globosat já assinou com sete clubes a renovação dos direitos para a TV fechada do Brasileirão a partir de 2018. Segundo este blog apurou são eles: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

Além dos sete clubes com quem já fechou, Globosat negocia com Flamengo, Fluminense, Goiás, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter e Coritiba.

A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do canal Esporte Interativo, que também vem conversando com os clubes de futebol. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo. A notícia não agradou clubes que conversam com o Esporte Interativo, que acreditavam que se uma TV aberta entrasse na disputa, fortaleceria a causa do canal que acaba de entrar na grade da operadora NET.

Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo e alterarem a janela atual de TV paga, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria “sensivelmente” suas receitas.

O exemplo hipotético invocado foi no caso de os dois clubes gaúchos, Grêmio e Internacional, acertarem com o Esporte Interativo. Se a emissora tiver o clássico Grenal, naturalmente irá exibi-lo para o Rio Grande do Sul, o que diminuiria a atratividade do Premiere para os gaúchos. O efeito colateral é que a dupla de times perderia em números do pay-per-view, o que por sua vez afetaria seus ganhos.

Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV a cabo. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. “Pela Lei Pelé, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que sua partida possa ser transmitida”, explica o especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca.

Nas negociações com o Esporte Interativo, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal.

O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana.

O Esporte Interativo ainda não entrou na grade da operadora Sky.

 


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