Blog do Ohata

Arquivo : Maurício Galiotte

Alexandre Mattos desfalcou ‘supercoletiva’ por estar fora buscando reforços
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Eduardo Ohata

A ausência do diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, na entrevista coletiva que reuniu o técnico interino, Alberto Valentim, e os principais jogadores do time, na última sexta (10), atiçou a curiosidade de conselheiros do clube e provocou todo tipo de especulação, até que estaria em uma viagem de lazer nos EUA.

O executivo estava fora, segundo fontes com trânsito com o diretor informaram ao blog, em busca de reforços para a próxima temporada. Ele esteve em viagem nos últimos dias. Não foram especificados os jogadores pretendidos e nem as suas posições.

Pressão e cobrança da parte da torcida por um melhor rendimento do time foram assuntos abordados pelos atletas durante a supercoletiva, na qual pediram o apoio para a reta final do Brasileiro. Além de Valentim, participaram também Moisés, Dudu, Fernando Prass e Edu Dracena.

A atitude dos jogadores foi ironizada pela Mancha Alviverde, principal organizada do time do Parque Antarctica, que também criticou Mattos e o presidente do clube, Mauricio Galiotte.

Clube que mais investiu em contratações para a temporada, o Palmeiras deve terminar o ano sem títulos -o prêmio de consolação vai ser a vaga na próxima edição da Copa Libertadores da América.

Apesar das críticas, que partem também de sócios e conselheiros, Galiotte ainda conta com opoio na base aliada que o elegeu. O ex-vice de futebol Roberto Frizzo é uma das lideranças que seguem com o cartola. Ele organizará nas próximas semanas uma reunião com um grupo de conselheiros para discutir a situação do clube e compilar uma lista de sugestões para 2018 para Galiotte.


Alexandre Mattos descarta oferta do Cruzeiro e permanecerá no Palmeiras
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Eduardo Ohata

O diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, foi procurado pelo Cruzeiro na semana passada, após as eleições no clube, o blog apurou. O nome do gestor é um sonho de cartolas do time mineiro para o departamento de futebol.

Para tentar seduzir Mattos, foi montado e oferecido pelos mineiros um pacote que incluía pagamento da multa rescisória com o Palmeiras, luvas e ainda um salário competitivo com o que recebe atualmente no Palmeiras.

Porém representantes do clube mineiro ouviram uma negativa de Mattos, que citou seu contrato com o Palmeiras até dezembro de 2018 e seus planos de honrá-lo até a conclusão.

Mattos, que também já foi sondado pelo Atlético-MG, conta com o respaldo do presidente do clube, Mauricio Galiotte, e dos proprietários da Crefisa, patrocinadora do clube, com quem tem trânsito direto para conversar sobre contratações.


Revés faz lideranças do Palmeiras falarem em diretor de futebol estatutário
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Eduardo Ohata

A derrota do Palmeiras para o Cruzeiro neste domingo, potencializada pela proximidade do derby com o Corinthians, motivou lideranças do clube a defender a nomeação de um diretor de futebol estatutário. Entre esses conselheiros estão aliados do presidente Mauricio Galiotte, membros da sua gestão e integrantes do COF (Conselho de Orientação Fiscal) com expressividade no órgão.

A ideia não é substituir o diretor de futebol remunerado Alexandre Mattos, mas ter um membro do clube próximo ao futebol. Conselheiros apontam que o perfil de Galiotte difere ao do antecessor Paulo Nobre, que era mais presente no departamento de futebol. Eles apontam para a ausência do atual mandatário em momentos delicados vividos pelo time por conta de viagens à Alemanha, Austrália e sua licença atual.

Um diretor de futebol estatutário poderia, argumentam, suprir essa ausência.

Não é preciso dizer que a tremenda expectativa em relação ao time do Palmeiras no início da temporada explica, parcialmente, o mau-humor dos palmeirenses com o time. Pelo título nacional do ano passado, o maciço investimento da Crefisa, o elenco badalado e as contratações e o marketing, havia quem pensasse em uma repetição de uma tríplice coroa, ou até a conquista de quatro títulos no ano.

A conquista do título do Paulista pelo rival Corinthians ainda não foi assimilada, e as campanhas irregulares na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro e o fato de o rival estar 13 pontos à frente na tabela, não ajudam a diminuir a inquietação nos corredores do Parque Antarctica. Entre quem faz política no clube, o clima para o derby com o Corinthians, para o qual mais de 35 mil ingressos já foram vendidos, é de caldeirão. Não pelo Brasileiro, mas pela auto-estima e orgulho.

Entre os principais questionamentos dos conselheiros está o alto número de contratações, que supera 80 se incluídas as realizadas desde a gestão de Paulo Nobre, que assumiu o clube em 2013. Membros do COF, que planejam pedir explicações sobre o planejamento do departamento de futebol, brincam que se o Palmeiras estivesse participando de um campeonato de contratações, o clube já estaria com as mãos na taça.

Outra reclamação dos conselheiros é que o departamento de futebol negociou, ou liberou, jogadores como Alecssandro, Rafael Marques, Fabrício e Gabriel, que se destaca justamente no rival Corinthians, e trouxe jogadores como Hyoran e Raphael Veiga, ou manteve Fabiano, que não se firmam como peças de reposição à altura.

Os questionamentos, contaminados pelo lado de torcedor dos conselheiros, começam a respingar até em Cuca, que retornara ao clube como unanimidade: “Por quê tirar Edu Dracena e escalar em seu lugar Luan, que falhou no segundo gol sofrido pelo Palmeiras domingo em com atuação contestada em Guayaquil?” ou “Por quê a insistência em Fernando Prass, que alterna bons e maus momentos, e não é dada uma nova oportunidade a Jailson?”

A possibilidade de Diego Souza voltar ao Palmeiras também gera desconfiança, questionam sua idade, se seu bom momento não é só pontual e o mais grave, aos olhos dos cartolas, persiste a mágoa causada pelo gesto que fez à própria torcida do Palmeiras.

Retornando ao jogo do domingo, à luz do atual retrospecto contra o Cruzeiro, agora de um 3 a 3 e de uma derrota por 3 a 1, há temor em relação à sobrevivência na Copa do Brasil, em Minas, aumentado pelo fato de o time não engatar sequência de duas boas partidas, e de suas vitórias, quando acontecem, serem na “bacia das almas”.

O Palmeiras encaminhou nota contestando o post com as seguintes informações: “O clube contratou 45 atletas entre 2015 até hoje; 26 fazem parte do elenco atual; dos outros 19, 6 foram envolvidos em negociações por outros jogadores ou vendidos; 65 atletas tem contrato com o Palmeiras; 32 atletas no elenco principal; 31 atletas emprestados; 11 dos emprestados acabam contrato este ano; 58% do total de salário dos emprestados é pago por seus atuais clubes”.

O blog voltou a conversar com as fontes do post e elas alertaram que, conforme havia sido publicado pelo blog, as suas contas incluíam a gestão Paulo Nobre, que teve início em 2013, e não em 2015, e atletas vindos da base.


Entenda como Galiotte passou ileso por turbulências dentro e fora de campo
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Eduardo Ohata

Entre viagens para a Alemanha e Austrália, o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, esteve fora do país por cerca de 15 dias, justamente no momento em que o clube passou por turbulências dentro e fora dos gramados.

Dentro de campo, pela insatisfação gerada pela campanha irregular da equipe no Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, que tem irritado até membros da sua própria diretoria. Fora, pela declaração de Leila Pereira, dona da Crefisa, que tomou a defesa de Alexandre Mattos e gerou polêmica com seus colegas conselheiros do clube.

Neste período, Galiotte esteve na Alemanha, por conta de compromisso, e na Austrália, como chefe de delegação da seleção, nos amistosos com Argentina e Austrália. Mas ninguém o xingou por estar fora ou por não ter se manifestado publicamente até agora.

O cartola conta com a compreensão dos conselheiros por dois motivos.

Eles entendem que no caso das turbulências do tipo que o clube atravessa, não adiantam manifestações via Twitter ou mídias sociais, o que serviria apenas para colocar mais lenha na fogueira. Os conselheiros também sabem que as viagens já estavam previamente marcadas, não foi o caso de Galiotte decidir viajar justamente quando os problemas apareceram.

Há, porém, a expectativa em relação a como o presidente irá lidar com as situações que encontrou em seu retorno. Inclusive se espera que sua presença influa no rendimento dentro de campo já neste final de semana. O clube do Parque Antarctica pega o Bahia, neste domingo, fora de casa, justamente o cenário que tem se mostrado uma deficiência crônica do time.

Os conselheiros também esperam ver a habilidade de Galiotte como líder e gerenciador de conflitos, esta última característica, aliás, já reconhecida fora dos corredores do Parque Antarctica. É o que espera, por exemplo, o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que em roda de amigos comentou esperar que o presidente consiga conversar com todas as partes, comissão técnica, jogadores e patrocinadores para por nos trilhos a locomotiva do futebol. Não foi bem assimilada a perda do Estadual e atuações irregulares do time que não condizem com o investimento realizado.

Ao tratar com Leila, porém, o presidente tem que identificar com quem está falando a cada momento e qual o tom mais adequado: a conselheira, a patrocinadora ou a investidora.


Eliminação na Copa do Brasil é gatilho para fim da unanimidade de Galiotte
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Eduardo Ohata

Uma eventual eliminação da Copa do Brasil na partida de hoje, frente ao Internacional, funcionará como gatilho para o fim da unanimidade em relação ao presidente palmeirense, Mauricio Galiotte, no clube.

É quase certo que um mau resultado refletirá na reunião do Conselho de Orientação Fiscal do mês de junho.

Membros experientes do COF têm nas mãos balancete que aponta gastos da ordem de R$ 25 milhões mensais com o departamento de futebol, além de contabilizar o investimento feito no futebol para a temporada foi o maior da América do Sul, graças à patrocinadora do clube, e os polpudos salários dos jogadores.

O que já questionam, entre si por enquanto, como aconteceu em um grupo de dez conselheiros que prestigiaram a festa de aniversário do colega Roberto Frizzo nesta segunda-feira, é a relação custo/benefício. Foi fortemente questionada, por exemplo, a declaração de Dudu de que “Libertadores é obsessão”. A leitura que fizeram foi que se tratou de uma estratégia para desviar o foco.

A unanimidade ao redor de Galiotte se mantém até agora por alguns motivos: além de ter evitado uma possível crise com a Crefisa, as partidas do Palmeiras tem registrado as maiores bilheterias, público, além de o clube contar com o maior número de sócios-torcedores (126 mil), contar com um centro de excelência de ponta, além de pagar os jogadores em dia.

No gramado, porém, o lado torcedor dos conselheiros aflora. Um grande número não superou a eliminação no Paulista para um time considerado médio, ao mesmo tempo em que o rival Corinthians levantou a taça.

Pior, irrita a evolução do Corinthians no Nacional e na Sul-Americana, com investimento bem inferior. Há também o temor do possível efeito das piadas publicadas nas redes sociais que tem a dona da Crefisa, Leila Pereira, como um dos alvos preferidos a cada resultado negativo do time.

Não. Uma eliminação nesta quarta-feira não derrubará Cuca ou dirigente. Mas há indícios de que marcará o início do fim da calmaria nos bastidores do Parque Antarctica.


Orgulho do Palmeiras, troféu da Copa Rio-1951 espera por “casa própria”
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Eduardo Ohata

O símbolo de um dos principais orgulhos do Palmeiras, a taça da Copa Rio-1951, está longe do olhar dos torcedores, provisoriamente guardada em um depósito, ao lado de todas os outros troféus do clube.

A taça da Copa Rio ganhará um lar definitivo quando a WTorre erguer um memorial no Allianz Parque, instalação que faz parte do projeto, e sobre o qual Walter Torre falou com carinho com o blogueiro há alguns anos quando a arena nem havia saído do papel.

À época, Walter disse inclusive que cederia à direção do Palmeiras para ficar em exposição material de seu avô, que segundo seu discurso à época, era fanático torcedor do time do Parque Antarctica e responsável por tê-lo convertido em aficionado palmeirense.

O Palmeiras confirma que no momento o empecilho para que os troféus do Palmeiras sejam expostos é a falta de um local adequado.

“As taças estão armazenadas em um local apropriado, aguardando a definição de um projeto e local para o museu”, informou, em nota.

O local apropriado se trata de um um depósito, complementou Mauro Yasbek, diretor de arena do Palmeiras. Segundo o blog apurou com uma fonte com trânsito no departamento administrativo do clube, o depósito fica no bairro de Pinheiros.

No Palmeiras, o título da Taça Rio de 1951 é tratada com toda a reverência. Na recepção da sala do presidente Mauricio Galiotte há uma réplica, que muitos se emocionam ao ver por imaginar se tratar do troféu original. Uma das salas de reuniões do centro de excelência do Palmeiras é totalmente decorado com imagens que fazem alusão à conquista da Copa Rio 1951.

Alguns torcedores e conselheiros, porém, já estão exasperados pelo fato de o troféu estar “sem teto”. Um deles é o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, responsável pelo dossiê que serviu para “recuperar” o status de “Mundial” da Taça Rio junto à Fifa. A entidade, depois, mudou de posição algumas vezes sobre compará-lo a um título mundial.

“Não entendo porque o troféu da Taça Rio e todos os demais desses mais de cem anos da rica história do Palmeiras estão exilados”, dispara Frizzo. “Nem estou me queixando por ele estar em um depósito cujo endereço não é divulgado. Enquanto ele não estiver de volta ao clube, tem que ser assim, é mais seguro, imagina se algum torcedor de outro clube descobre onde está, o que pode acontecer? Mas o que eu gostaria mesmo é que ele retornasse ao clube o mais rápido possível para ficar exposto à visitação dos torcedores.”

Quem também fez lobby pela construção do memorial foi o conselheiro Sergio Pellegrini, ligado às administrações dos presidentes Arnaldo Tirone e Paulo Nobre (no primeiro mandato).

O fato de os troféus ficarem abertos à visitação pública serviu em um passado nem tão distante para inspirar o lançamento de livros. Foi o caso de “O Jogo Vermelho”, do ex-deputado federal Aldo Rebelo, que teve a idéia durante uma visita ao antigo museu do clube.

A WTorre argumenta que a construção depende apenas da escolha de um local no clube para erguer o memorial e que não há apenas um projeto, mas dois.

A seguir, a íntegra da nota da WTorre enviada ao blog:

“O Allianz Parque esclarece que, como era previsto em seu projeto inicial, existe dentro do complexo da arena, não uma, mas duas áreas capazes de receber um memorial do clube. Essa atração ainda não foi viabilizada por uma série de razões. Portanto, não se trata de promessa não cumprida, mas de um importante item dentro do plano de negócios da arena, ainda em desenvolvimento.

No momento, a equipe da arena analisa dois projetos distintos, apresentados por empresas especializadas nesse segmento, e que serão discutidos em conjunto com o nosso parceiro, o Palmeiras.

A responsabilidade da nossa gestão é criar um memorial não apenas bonito e atraente, mas sustentável economicamente. Alguns exemplos recentes no país reuniram acervos magníficos, mas hoje lutam para se sustentar e manter os respectivos memoriais em atividade. Precisamos evitar isso e acreditamos que somente estudando iniciativas bem sucedidas, dentro e fora do país, com gestão feita por especialistas, vamos encontrar o modelo ideal para o Palmeiras, sua torcida e o Allianz Parque.

A equipe de gestão da arena, compreende a ansiedade da torcida em termos mais este espaço concluído no complexo do Allianz Parque, mas reiteramos que nosso maior compromisso com os palmeirenses é erguer um memorial à altura do Campeão do Século XX e Maior Campeão do Brasil. Não aceitamos nada menos do que isso.”


Palmeirenses querem estrela de Mundial-51 na camisa, mesmo sem “selo Fifa”
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Eduardo Ohata

Um dos cartolas que resgataram o histórico da Copa Rio-1951, Roberto Frizzo, cita o estatuto do clube para defender a colocação de uma estrela vermelha no escudo do clube, como símbolo da conquista.

A Fifa deixou claro que não se trata de um Mundial organizado por ela, mas admitira, anteriormente, que a Copa Rio-1951 tem caráter de primeira competição de clubes com dimensão mundial. Quando isso aconteceu, foi ventilada a possibilidade de o clube do Parque Antarctica incluir a estrela vermelha na camisa.

Após a manifestação mais recente da entidade que controla o futebol mundial, porém, a impressão era de que o clube desistira da ideia.

Não para o ex-vice de futebol Frizzo.

“Uma coisa não tem a ver com a outra”, argumenta Frizzo. “O estatuto do Palmeiras prevê a introdução de uma estrela vermelha por causa da conquista da Copa Rio, então não tem a ver com a Fifa reconhecer como Mundial organizado por ela ou não”.

Segundo Frizzo, o próprio presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, disse este ano que precisavam se reunir para discutir o assunto.

“Mas não precisa ser discutido e nem aprovado pelo conselho, está no estatuto do clube, que foi aprovado pelos conselheiros”, defende Frizzo, que logo na sequência recitou o artigo do estatuto para a reportagem.

Opositores da ideia já abordaram Frizzo com uma argumentação, no mínimo, inesperada e curiosa.

“Fui procurado por conselheiros que reclamaram que uma estrela vermelha na camisa será propaganda para o PT”, diz, indignado, Frizzo. “É uma coincidência o símbolo do partido e o da conquista da Copa Rio serem estrelas vermelhas, o que posso fazer?”

 


‘A WTorre não terminou todas as obras no Allianz Parque’, alerta Mustafá
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi aproveita o momento de tranquilidade política no clube para lançar um alerta: “A WTorre não entregou ainda todas as obras no Allianz Parque”.

“Consta que a WTorre não terminou todas as obras na arena. Como o Palmeiras tem uma participação na renda do estádio, estamos deixando de ganhar, pois há uma diminuição da receita por conta de áreas que não estão sendo utilizadas”, explica o cartola, que reforçou papel de destaque no clube após vitórias no conselho deliberativo, Conselho de Orientação Fiscal e ao ver ratificada a eleição de Leila Pereira, dona da Crefisa, a uma cadeira na casa.

“Espero que o atual presidente [Mauricio Galiotte] continue defendendo os interesses do Palmeiras em relação à WTorre como o anterior [Paulo Nobre] fazia”, concluiu, enfático, Mustafá.

O blog entrou em contato com a WTorre, que alegou que não poderia se manifestar oficialmente no momento por não saber em detalhes quais os pontos foram questionados pelo cartola.

O blog, porém, apurou que há, sim, finalização de obras que são questionadas e que o silêncio da construtora se deve a uma condição de confidencialidade.

Na câmara de arbitragem da Fundação Getúlio Vargas, o clube já obteve uma vitória sobre a WTorre, quando, em outubro passado, conquistou o direito de comercializar as cadeiras da arena.

Há obras que já entraram na conta do associado, que foram pagas por meio de taxas de reinstalação de departamentos.

“Há itens redigidos no contrato de forma diferente à apresentada no conselho, e o sócio pagou a conta”, explica Mustafá. “Mas como foi o próprio sócio que aprovou a parceria com a WTorre, essa foi a solução possível.”

 


As 4 decisões que Galiotte terá que tomar no Palmeiras nas próximas semanas
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Eduardo Ohata

A eleição à presidência do conselho deliberativo e a não-impugnação da candidatura de Leila Pereira, dona da Crefisa, ambos ocorridos no ínicio desta semana, jogou quatro questões no colo do presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte.

A expectativa dentro do clube é de que sejam respondidas a partir das próximas semanas.

1) Qual o papel que o presidente quer que a agora conselheira Leila exerça?

Leila tem dito enfaticamente que pretende ser a fiel escudeira da gestão de Galiotte. Ela indicou que pode lançar mão de incentivos fiscais para realizar benfeitorias na parte social do clube e também incentivar esportes amadores. Além disso, Leila pode desempenhar um papel de influenciadora dentro do conselho, já que recebeu a votação mais expressiva para um conselheiro na história do clube.

2) Galiotte contemplará membros de grupos aliados com posições em sua diretoria?

Galiotte tem ótimo trânsito com Mustafá Contursi, aliado político que se firmou como cartola mais influente dos bastidores do clube ao eleger o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande. Este ano já registrara vitória no Conselho de Orientação Fiscal.

Dito isso, Galiotte encaixará em sua diretoria conselheiros com quem tem vínculo mais forte ou abrirá bom espaço para membros da chapa Palmeiras Forte, de Mustafá? Como tratará o subgrupo do ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que ajudou a lhe dar sustentação e que já monta estratégia para eleger um grupo no pleito de conselheiros vitalícios?

Galiotte contemplará as chapas Palestra e UVB, que também se uniram em torno de sua candidatura?

Ainda falando da Palestra, apesar de não ter apoiado a vice do conselho Guilherme Pereira, filho de Clemente, líder da chapa, como agirá em relação a ela, já que é bastante representativa?

Esse será um quebra-cabeças desgastante para montar.

3) Qual será a atitude de Galiotte em relação aos vices “rebeldes”, que não acompanharam seu voto no caso Leila?

Na sessão do conselho na segunda-feira, chamou a atenção os votos dos vices Tomaselli, Genaro Marino e Victor Frugi, que não acompanharam Galiotte em seu voto pela não-impugnação de Leila. O trio esteve vinculado à gestão de Paulo Nobre.

Como os vices são eleitos, o presidente não pode destituí-los. Porém, pode diminuir seu poder e relegá-los a um papel meramente decorativo, ou conferir poder a eles para que cumpram metas. Vai dar um gelo, poder ou mais uma chance?

4) Como agirá em relação ao antecessor Paulo Nobre? Romperá de vez ou optará por manter uma “ponte”?

Alguns membros da chapa Academia, de Paulo Nobre, já considerados dissidentes, acompanharam o voto de Galiotte em Leila. Na composição de sua gestão, Galiotte acomodará só membros da chapa próximos a ele, ou deixará a porta aberta para aqueles mais ligados a Nobre, seu ex-padrinho político, cuja influência política no clube tem diminuído?


Mustafá se fortalece ao fazer líder de conselho e validar eleição de Leila
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi consolidou, uma vez mais, sua influência nos bastidores do clube ao eleger dois apadrinhados presidente e vice do conselho deliberativo do clube, e ver o pedido de impugnação de Leila Pereira, dona da Crefisa e Faculdade das Américas, também sua apadrinhada, ser arquivado por votação, durante sessão dupla na noite desta segunda-feira.

Na eleição do Conselho de Orientação Fiscal, em janeiro, dos 15 conselheiros titulares eleitos, 13 eram apoiados direta ou indiretamente por Mustafá. E, na eleição ao conselho, mês passado, quando Leila foi eleita, a sua chapa Palmeiras Forte empatou na liderança com a Palestra, com 27 conselheiros eleitos cada.

O controle das duas casas pode ser, em certos casos, até mais importante do que deter o poder executivo no clube, que por vezes pode ser “travado” pelas ações dos dois conselhos. Arnaldo Tirone sentiu isso na pele ao romper com Mustafá ao chegar à presidência.

Leila, que teve a validade de sua candidatura questionada por Paulo Nobre quando este deixou a presidência do clube, no fim do ano passado, viu a maioria do conselho apontar a validade de sua eleição nesta segunda-feira. Associados haviam seguido os passos de Nobre e questionado formalmente sua situação.

Na verdade, a decisão favorável dos conselheiros a Leila foi diretamente um voto de confiança em Mustafá, pois foi o ex-presidente que repetiu à exaustão que conferiu o título de sócia a ela em 1996.

Defenderam Leila os conselheiros Gilto Avallone, Elio Esteves, Paulo Serdan e Corona Romano. Contra, discursou José Antonio, que concorria à presidência do conselho.

De cerca de 228 conselheiros presentes, apenas cerca de 29 foram favoráveis à impugnação da candidatura de Leila, incluindo os vices Genaro Marino, Victor Frugis e José Carlos Tomazelli, que votaram diferente do presidente Mauricio Galiotte e do outro vice, Jesse Ribeiro.

Para a eleição à presidência do conselho, que ocupou a segunda das sessões que aconteceram nesta segunda-feira, foi alinhavada uma costura política que permitiu a Mustafá alçar Seraphim del Grande (151 votos) e Carlos Faedo (110), respectivamente, à presidência e vice-presidência do conselho.

Ainda na eleição à presidência, Sylvio Mukai, da UVB, conseguiu 38 votos, um a mais do que o candidato independente José Antonio, 37. No pleito à vice-presidência, Guilherme Pereira, da chapa Palestra, recebeu 69 votos e Tasso Gouveia, da UVB, teve 53 votos.