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Leila x Mustafá: Ex-presidente deixa hospital e comanda evento pelo ‘não’
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Eduardo Ohata

O ex-presidente palmeirense Mustafá Contursi, afastado da vida política do clube por três semanas por motivo de saúde, presidiu uma reunião com cerca de 80 conselheiros nesta segunda-feira (16). No encontro, na casa do conselheiro Mario Gianini, foram planejadas ações pelo “não” na votação dos associados à mudança no estatuto que aumenta para três anos o mandato presidencial e que, por tabela, facilitaria os planos de Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa, para uma eventual candidatura à presidência do clube em 2021.

O evento contou com o apoio de um ex-aliado de primeira hora de Leila, o ex-presidente Arnaldo Tirone, que municiou o encontro com beirutes, sanduíches, sobremesas e bebidas graças à estrutura móvel de seu restaurante. Os mais nostálgicos lembraram de vários paralelos à campanha de Tirone à presidência do clube, que também contou com o serviço do restaurante, cuja maioria das reuniões foram realizadas na casa de Gianini, e o fato de estarem presentes na reunião de segunda seus vices Edvaldo Frasson, Valter Munhoz e também o vice de futebol de sua gestão, Roberto Frizzo, que estava acompanhado pelo filho Bruno e por cinco de seus correligionários.

Enquanto o presidente do executivo, Galiotte, e o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, prestigiaram o evento em um hotel de luxo no qual Leila deu o pontapé inicial na campanha pelo “sim”, a reunião desta segunda foi prestigiada por três dos quatro vices de Galiotte, Genaro Marino, Vitor Fruges e José Carlos Tomaselli, pelo vice do conselho deliberativo, Carlos Faedo, e pela advogada Rita Cosentino, que secretariava Del Grande no conselho até entregar o cargo, o que mostra uma divisão política no clube se intensificando.

A presença em peso de remanescentes do grupo político do ex-presidente Paulo Nobre, desafeto de Leila, ex-adversários políticos de Tirone, também marcou o encontro, que durou aproximadamente cinco horas. Entre os cerca de 80 a 90 conselheiros presentes estavam pelo menos dez que votaram pelo “sim” à alteração do estatuto, que acompanharam as exposições.

O discurso de Mustafá e de outros conselheiros que pediram a palavra foi simples e direto, ao explicarem que ninguém é contra o patrocínio, mas que se separe a Leila conselheira da patrocinadora. Foi orientado que os presentes alertassem os sócios sobre questões que apontam ser polêmicas relacionadas ao aditivo contratual com a Crefisa, que resultou na rejeição do balancete de janeiro pelo Conselho de Orientação Fiscal, e à alteração estatutária, que classificam de casuística por não englobar todos os pontos sugeridos anteriormente.

Os associados votarão no próximo dia 4 para referendar, ou não, a decisão do conselho deliberativo pela reforma no estatuto.

Apesar de membros da própria coalizão pelo “não” acreditarem ser muito difícil reverter o quadro junto aos associados, eles querem aproveitar a aliança que se formou para trabalhar uma oposição para as eleições presidenciais previstas para novembro.

 

 


Tropa de Paulo Nobre ressurge e acusa Leila de trabalhar contra o Palmeiras
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Eduardo Ohata

Aliados do ex-presidente do Palmeiras Paulo Nobre têm ressurgido em meio ao racha político no clube, e voltado a brigar por espaço.

Recentes manifestações de Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa, se tornaram alvo de críticas do vereador Xexéu Tripoli, membro da “tropa de choque” de Nobre, em cuja gestão ocupou o papel de diretor-administrativo. Outro aliado bastante próximo de Nobre, Genaro Marino, estuda a possibilidade de lançar candidatura de oposição e diz ser incompatível Leila ser patrocinadora e conselheira do clube.

O próprio Paulo Nobre, porém, está distante da vida política do clube e faz mistério sobre o seu futuro e as aspirações no Palmeiras.

“É inadmissível alguém que se considera conselheira desvalorizar a camisa do clube na imprensa. Para mim, a camisa vale exatamente o que ela paga”, disparou Xexéu, ao acusar Leila de supervalorizar o patrocínio da Crefisa quando ela questionou quem investiria o mesmo montante que a Crefisa no Palmeiras. “O presidente do conselho deliberativo não pode admitir. Quero ver se vai tomar alguma posição contra alguém que trabalha contra o Palmeiras no mercado ou deixará de repreender quem leva a família dele para passear em Nova York.”

O valor do patrocínio anual da Crefisa ao Palmeiras gira em torno de R$ 80 milhões, com a previsão de bônus adicionais para eventuais conquistas de título do Estadual, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileiro e Mundial que, somados, chegariam a R$ 40 milhões por ano.

O presidente do conselho deliberativo do clube do Parque Antarctica, Seraphim del Grande, negou ter viajado a Nova York com Leila Pereira, e argumentou que há instrumentos dentro do conselho deliberativo para Xexéu questionar as manifestações da patrocinadora.

“A última vez em que fui para Nova York foi há 50 anos; para Buenos Aires, fui eu e minha mulher, assim como outros casais, para uma partida do Palmeiras, no jato da Leila, o que não gerou custo ao clube”, explicou Del Grande. “Se ele acha que a Leila fez algo errado, pode entrar com pedido de sindicância, mas tem que ter coragem e base, porque se a estiver denegrindo [difamando], talvez seja processado.”

Procurada pelo blog por meio de sua assessoria, Leila Pereira não se pronunciou sobre as declarações de Xexéu.

Apesar de ter criticado Leila e se distanciado de Galiotte, Xexéu não é aliado político do ex-presidente Mustafá Contursi, o que dificulta costuras políticas do lado da oposição. Mustafá foi padrinho político de Galiotte e Leila, mas desde então rompeu com a patrocinadora.

O grupo de Mustafá trabalha pela não-aprovação do aumento do mandato do presidente para três anos, que indiretamente facilita o plano de Leila de ser candidata à presidência do clube.

Na última quinta-feira, Leila deu o pontapé inicial na campanha para que os sócios votem pelo “sim” da reforma do estatuto e também atacou Mustafá.


Em evento de luxo para 200 conselheiros, Leila defenderá aumento de mandato
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Eduardo Ohata

Leila Pereira, dona da Crefisa, assumirá, oficialmente, sua posição a favor do aumento do mandado do presidente do Palmeiras durante um jantar que organiza no hotel Intercontinental, no Jardim Paulista, no próximo dia 17. A conselheira convidou cerca de duas centenas de conselheiros do clube, de um total de 284 membros do conselho deliberativo que formam o colégio eleitoral da mudança de estatuto.

A dona da patrocinadora do clube defenderá, durante o evento, a proposta, com votação marcada para o próximo dia 21, que aumenta de dois para três anos, com direito a uma reeleição, o mandato de presidente do clube.

Ela argumentará que um mandato de três anos dará ao presidente mais independência politica ao presidente eleito, para dirigir o clube sem ter que se submeter a lideranças da agremiação em troca de apoio político, o blog apurou com pessoas próximas a Leila. Apesar de não mencionar diretamente o nome de seu ex-padrinho político Mustafá Contursi, com quem está rompida, o argumento muito provavelmente se refere à influência política do ex-presidente.

Conselheiros ligados a Mustafá, por sua vez, defendem mandatos de dois anos, com direito a duas reeleições. Leila também planeja argumentar contra essa proposta, ao apontar que a cada eleição o clube acaba se dividindo politicamente. E, por fim, lembrará que mandatos de três anos e apenas uma reeleição se adequam à Lei de Incentivo Fiscal se e quando o clube necessitar recorrer a esta fonte para buscar dinheiro.

Indiretamente, a alteração do mandato de presidente favorece os planos de Leila de sair candidata a presidente do Palmeiras em 2021. O presidente do conselho deliberativo, porém, ressalta que a proposta de mandato de três anos vem desde a época do ex-presidente Paulo Nobre, ao rebater críticos, como o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que apontam “casuísmo”.

Leila já vinha se reunindo com conselheiros durante almoços, jantares ou viagens em seu jatinho particular, e defendia, informalmente, o aumento de mandato, como o blog revelou.

 

 


Dúvida em torno de futuro de Paulo Nobre divide oposição no Palmeiras
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Palmeiras Paulo Nobre não planeja concorrer na próxima eleição do clube, disseram ao blog pessoas próximas a ele. Segundo uma delas, o cartola também foi sondado para concorrer a um cargo político na próxima eleição, mas recusou. Em um brevíssimo contato com o blog, Nobre demonstrou estar concentrado em sua carreira de piloto de rali, e não mostrou interesse em falar sobre o clube.

O presidente Maurício Galiotte tem vivido um bom momento entre os associados em razão de melhorias na parte social do clube, como a acessibilidade com a disponibilização de carrinhos de golfe, o que agradou especialmente a demografia de idosos.

Mas até grupos aliados de Galiotte reconhecem que sua reeleição passa pela campanha do time em campo. “Em um clube, o futebol influi na eleição, sempre influi; mas a equipe tem bons jogadores, agora é só questão de ganhar um dos campeonatos [na temporada]”, analisa Wlademir Pescarmona, líder do grupo União Verde e Branca, do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e que apoia Galiotte.

Com Nobre fora de cena, ao menos no momento, alguns nomes já são citados como possíveis candidatos para concorrer com Galiotte, como o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, os conselheiros José Corona, Vicente Criscio e o primeiro vice dessa gestão, Genaro Marino.

Existe um trabalho para viabilizar como candidato o nome de Marino, membro do grupo Academia, de Paulo Nobre, inclusive com a tentativa de apoio do ex-presidente Mustafá Contursi, que segue como força política dentro do clube. Durante reunião do Sindicato do Futebol, entidade presidida por Mustafá, no início do ano, Marino, representando o Palmeiras na ocasião, sentou-se à mesa com Mustafá e outros dois conselheiros do grupo do ex-presidente, Antonio Neto e Ricardo Pisani. Uma ideia trabalhada é que encabece uma chapa, com dois conselheiros que já tiveram atuação no clube, um com experiência e outro mais novo e com perfil mais dinâmico.

Ao ser procurado pelo blog, Marino desconversou. Só comentou que esse tipo de assunto fica mais claro a partir do meio do ano.

Paralelamente, segue o embate, em várias frentes, entre Mustafá e Leila Pereira, dona da Crefisa, em campanha pela aprovação da alteração no estatuto que estende de dois para três anos o mandato do presidente, e que antecipa e facilita seu plano de concorrer à presidência do clube. A mudança permitiria que Leila dispute já em 2021 a presidência do clube, como sucessora de Galiotte, possivelmente com seu apoio. Se for reprovada, adia em dois anos a provável candidatura e sob risco de não contar com o apoio do sucessor de Galiotte, que pode inclusive buscar a reeleição. Leila já afirmou publicamente que deseja concorrer tão logo seja possível.

Leila tem falado sobre o assunto em conversas com conselheiros do Palmeiras durante viagens em seu jatinho particular para acompanhar partidas do Palmeiras, ou em almoços para os quais convidou. Até mesmo conselheiros aliados de Mustafá participaram de almoço com ela, no qual também estava presente seu marido, José Roberto Lamacchia. Ouviram da proprietária da patrocinadora argumentos sobre como o aumento do mandato do presidente traria benefícios para a gestão e, por consequência, para o Palmeiras.

Em uma das viagens em seu jatinho para acompanhar uma das partidas do Palmeiras, um conselheiro que ouvia os argumentos de Leila questionou se ela não estava defendendo a mudança no estatuto porque, por tabela, também seria beneficiada. Ouviu como resposta que a mudança não beneficiaria só a ela, mas qualquer outro conselheiro que pretenda disputar a presidência do Palmeiras.

 


Conselheiros miram em Leila e Mustafá e questionam condição de conselheira
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Eduardo Ohata

Um grupo, ainda pequeno, de conselheiros palmeirenses levanta a hipótese de pedir nova sindicância ao conselho deliberativo do clube para verificar se Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa, reunia mesmo condições para ser eleita a uma cadeira no conselho. A iniciativa tem como alvo principal Leila, mas se levada a cabo, prejudicaria o ex-padrinho de Leila, Mustafá Contursi.

A dupla Leila e Mustafá está rompida, cenário que em tese enfraqueceria a capacidade de a dupla tecer estratégia conjunta no caso de sindicância, ou ação semelhante em outra instância, sair do papel. À época da sindicância original, foi o ex-presidente que garantiu publicamente que Leila cumprira o período de carência como sócia, o que lhe dava condições para se candidatar a uma das cadeiras no conselho. O caso foi ao conselho deliberativo, que aprovou a candidatura de Leila, posteriormente eleita com uma expressiva votação.

Leila, por meio da assessoria, aponta que esse tipo de questão está sob a jurisdição de Seraphim del Grande, presidente do conselho deliberativo. Mustafá admitiu que “ouviu falar” sobre conselheiros com intenção de reabrir sindicância, mas afirma que não está preocupado com isso, e que está compromissado com a verdade. Del Grande, por sua vez, explicou que o período oficial para um eventual questionamento da decisão do conselho já se esgotou e que não haverá nova investigação, ao menos não dentro do clube. “Só se estiverem falando em levar o caso para a Justiça comum, porque pelo conselho deliberativo não dá mais”, diz o cartola.

Esse é um ano eleitoral no Palmeiras, e tanto Leila quanto Mustafá apoiam o atual presidente do clube, Mauricio Galiotte. Fala-se em alguns nomes, e existe a expectativa de que o ex-presidente Paulo Nobre, rompido com Leila e Mustafá, volte a disputar a presidência.


Apesar de costura política, eleição não mostra unanimidade de Galiotte
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Eduardo Ohata

Após uma costura política nos bastidores do Palmeiras, o resultado da eleição dos conselheiros vitalícios no clube, com 6 eleitos entre 13 candidatos, nesta segunda (25), foi visto como um termômetro da popularidade do presidente, Mauricio Galiotte, que apontou não haver uma unanimidade.

Uma possível eleição de uma maioria já era apontada como um gesto de aglutinação do conselho deliberativo em torno de Galiotte.

Galiotte, o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, e Mustafá Contursi, cartola influente nos bastidores do Parque Antarctica, além de candidatos a vitalício de diversas correntes políticas se reuniram semana retrasada. A orientação foi para que não importasse as filiações, para que todos os 13 candidatos trabalhassem inclusive com as bases políticas pela eleição de todos candidatos.

O discurso em uníssono foi interpretado no clube como mostra de que as lideranças da base que elegeu Galiotte, em uma até certo ponto surpreendente candidatura única, permanece unida e “fala a mesma língua”, apesar de discordâncias pontuais. Porém as bases não obedeceram as orientações. A decepção de conselheiros com o futebol foi apontado como um dos possíveis motivos.

A eleição de conselheiros vitalícios parece fácil, mas não é. Para um candidato ser eleito vitalício era necessário a maioria simples.

Ou seja, metade do quórum presente nesta segunda, no caso 234 conselheiros, mais pelo menos um voto, ou seja, no mínimo 118 votos. Membros de grupos contrários à eleição de vitalícios assinaram a lista de presença, aumentando o quórum, e depois deixaram o local, dificultando a obtenção do piso para que um conselheiro se tornasse vitalício.

O filho do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero Filho, era um dos candidatos, mas não foi eleito, pois reuniu 111 votos. Em sua tentativa anterior, Del Nero Filho não havia conseguido ser eleito, e havia sido colocado em dúvida se participaria, ou não, desse pleito.

Marco Polo del Nero, o pai, participou da votação, foi bem recebido pelos colegas e, de forma discreta, pediu votos para o filho.

Foram eleitos Paulo Roberto Buosi (Academia), com 163 votos; Vittorio Pescosolido (União Verde e Branca), com 149 votos; Alessandro Donadio (Academia), com 136 votos; Frederico Carbone Filho (Palmeiras Forte), com 130 votos; Sergio Orciuolo (Palmeiras Forte), com 129 votos, um dos mais festejados; e Sergio Ferreira de Campos (Palestra).

 


Revés faz lideranças do Palmeiras falarem em diretor de futebol estatutário
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Eduardo Ohata

A derrota do Palmeiras para o Cruzeiro neste domingo, potencializada pela proximidade do derby com o Corinthians, motivou lideranças do clube a defender a nomeação de um diretor de futebol estatutário. Entre esses conselheiros estão aliados do presidente Mauricio Galiotte, membros da sua gestão e integrantes do COF (Conselho de Orientação Fiscal) com expressividade no órgão.

A ideia não é substituir o diretor de futebol remunerado Alexandre Mattos, mas ter um membro do clube próximo ao futebol. Conselheiros apontam que o perfil de Galiotte difere ao do antecessor Paulo Nobre, que era mais presente no departamento de futebol. Eles apontam para a ausência do atual mandatário em momentos delicados vividos pelo time por conta de viagens à Alemanha, Austrália e sua licença atual.

Um diretor de futebol estatutário poderia, argumentam, suprir essa ausência.

Não é preciso dizer que a tremenda expectativa em relação ao time do Palmeiras no início da temporada explica, parcialmente, o mau-humor dos palmeirenses com o time. Pelo título nacional do ano passado, o maciço investimento da Crefisa, o elenco badalado e as contratações e o marketing, havia quem pensasse em uma repetição de uma tríplice coroa, ou até a conquista de quatro títulos no ano.

A conquista do título do Paulista pelo rival Corinthians ainda não foi assimilada, e as campanhas irregulares na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro e o fato de o rival estar 13 pontos à frente na tabela, não ajudam a diminuir a inquietação nos corredores do Parque Antarctica. Entre quem faz política no clube, o clima para o derby com o Corinthians, para o qual mais de 35 mil ingressos já foram vendidos, é de caldeirão. Não pelo Brasileiro, mas pela auto-estima e orgulho.

Entre os principais questionamentos dos conselheiros está o alto número de contratações, que supera 80 se incluídas as realizadas desde a gestão de Paulo Nobre, que assumiu o clube em 2013. Membros do COF, que planejam pedir explicações sobre o planejamento do departamento de futebol, brincam que se o Palmeiras estivesse participando de um campeonato de contratações, o clube já estaria com as mãos na taça.

Outra reclamação dos conselheiros é que o departamento de futebol negociou, ou liberou, jogadores como Alecssandro, Rafael Marques, Fabrício e Gabriel, que se destaca justamente no rival Corinthians, e trouxe jogadores como Hyoran e Raphael Veiga, ou manteve Fabiano, que não se firmam como peças de reposição à altura.

Os questionamentos, contaminados pelo lado de torcedor dos conselheiros, começam a respingar até em Cuca, que retornara ao clube como unanimidade: “Por quê tirar Edu Dracena e escalar em seu lugar Luan, que falhou no segundo gol sofrido pelo Palmeiras domingo em com atuação contestada em Guayaquil?” ou “Por quê a insistência em Fernando Prass, que alterna bons e maus momentos, e não é dada uma nova oportunidade a Jailson?”

A possibilidade de Diego Souza voltar ao Palmeiras também gera desconfiança, questionam sua idade, se seu bom momento não é só pontual e o mais grave, aos olhos dos cartolas, persiste a mágoa causada pelo gesto que fez à própria torcida do Palmeiras.

Retornando ao jogo do domingo, à luz do atual retrospecto contra o Cruzeiro, agora de um 3 a 3 e de uma derrota por 3 a 1, há temor em relação à sobrevivência na Copa do Brasil, em Minas, aumentado pelo fato de o time não engatar sequência de duas boas partidas, e de suas vitórias, quando acontecem, serem na “bacia das almas”.

O Palmeiras encaminhou nota contestando o post com as seguintes informações: “O clube contratou 45 atletas entre 2015 até hoje; 26 fazem parte do elenco atual; dos outros 19, 6 foram envolvidos em negociações por outros jogadores ou vendidos; 65 atletas tem contrato com o Palmeiras; 32 atletas no elenco principal; 31 atletas emprestados; 11 dos emprestados acabam contrato este ano; 58% do total de salário dos emprestados é pago por seus atuais clubes”.

O blog voltou a conversar com as fontes do post e elas alertaram que, conforme havia sido publicado pelo blog, as suas contas incluíam a gestão Paulo Nobre, que teve início em 2013, e não em 2015, e atletas vindos da base.


Orgulho do Palmeiras, troféu da Copa Rio-1951 espera por “casa própria”
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Eduardo Ohata

O símbolo de um dos principais orgulhos do Palmeiras, a taça da Copa Rio-1951, está longe do olhar dos torcedores, provisoriamente guardada em um depósito, ao lado de todas os outros troféus do clube.

A taça da Copa Rio ganhará um lar definitivo quando a WTorre erguer um memorial no Allianz Parque, instalação que faz parte do projeto, e sobre o qual Walter Torre falou com carinho com o blogueiro há alguns anos quando a arena nem havia saído do papel.

À época, Walter disse inclusive que cederia à direção do Palmeiras para ficar em exposição material de seu avô, que segundo seu discurso à época, era fanático torcedor do time do Parque Antarctica e responsável por tê-lo convertido em aficionado palmeirense.

O Palmeiras confirma que no momento o empecilho para que os troféus do Palmeiras sejam expostos é a falta de um local adequado.

“As taças estão armazenadas em um local apropriado, aguardando a definição de um projeto e local para o museu”, informou, em nota.

O local apropriado se trata de um um depósito, complementou Mauro Yasbek, diretor de arena do Palmeiras. Segundo o blog apurou com uma fonte com trânsito no departamento administrativo do clube, o depósito fica no bairro de Pinheiros.

No Palmeiras, o título da Taça Rio de 1951 é tratada com toda a reverência. Na recepção da sala do presidente Mauricio Galiotte há uma réplica, que muitos se emocionam ao ver por imaginar se tratar do troféu original. Uma das salas de reuniões do centro de excelência do Palmeiras é totalmente decorado com imagens que fazem alusão à conquista da Copa Rio 1951.

Alguns torcedores e conselheiros, porém, já estão exasperados pelo fato de o troféu estar “sem teto”. Um deles é o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, responsável pelo dossiê que serviu para “recuperar” o status de “Mundial” da Taça Rio junto à Fifa. A entidade, depois, mudou de posição algumas vezes sobre compará-lo a um título mundial.

“Não entendo porque o troféu da Taça Rio e todos os demais desses mais de cem anos da rica história do Palmeiras estão exilados”, dispara Frizzo. “Nem estou me queixando por ele estar em um depósito cujo endereço não é divulgado. Enquanto ele não estiver de volta ao clube, tem que ser assim, é mais seguro, imagina se algum torcedor de outro clube descobre onde está, o que pode acontecer? Mas o que eu gostaria mesmo é que ele retornasse ao clube o mais rápido possível para ficar exposto à visitação dos torcedores.”

Quem também fez lobby pela construção do memorial foi o conselheiro Sergio Pellegrini, ligado às administrações dos presidentes Arnaldo Tirone e Paulo Nobre (no primeiro mandato).

O fato de os troféus ficarem abertos à visitação pública serviu em um passado nem tão distante para inspirar o lançamento de livros. Foi o caso de “O Jogo Vermelho”, do ex-deputado federal Aldo Rebelo, que teve a idéia durante uma visita ao antigo museu do clube.

A WTorre argumenta que a construção depende apenas da escolha de um local no clube para erguer o memorial e que não há apenas um projeto, mas dois.

A seguir, a íntegra da nota da WTorre enviada ao blog:

“O Allianz Parque esclarece que, como era previsto em seu projeto inicial, existe dentro do complexo da arena, não uma, mas duas áreas capazes de receber um memorial do clube. Essa atração ainda não foi viabilizada por uma série de razões. Portanto, não se trata de promessa não cumprida, mas de um importante item dentro do plano de negócios da arena, ainda em desenvolvimento.

No momento, a equipe da arena analisa dois projetos distintos, apresentados por empresas especializadas nesse segmento, e que serão discutidos em conjunto com o nosso parceiro, o Palmeiras.

A responsabilidade da nossa gestão é criar um memorial não apenas bonito e atraente, mas sustentável economicamente. Alguns exemplos recentes no país reuniram acervos magníficos, mas hoje lutam para se sustentar e manter os respectivos memoriais em atividade. Precisamos evitar isso e acreditamos que somente estudando iniciativas bem sucedidas, dentro e fora do país, com gestão feita por especialistas, vamos encontrar o modelo ideal para o Palmeiras, sua torcida e o Allianz Parque.

A equipe de gestão da arena, compreende a ansiedade da torcida em termos mais este espaço concluído no complexo do Allianz Parque, mas reiteramos que nosso maior compromisso com os palmeirenses é erguer um memorial à altura do Campeão do Século XX e Maior Campeão do Brasil. Não aceitamos nada menos do que isso.”


‘A WTorre não terminou todas as obras no Allianz Parque’, alerta Mustafá
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi aproveita o momento de tranquilidade política no clube para lançar um alerta: “A WTorre não entregou ainda todas as obras no Allianz Parque”.

“Consta que a WTorre não terminou todas as obras na arena. Como o Palmeiras tem uma participação na renda do estádio, estamos deixando de ganhar, pois há uma diminuição da receita por conta de áreas que não estão sendo utilizadas”, explica o cartola, que reforçou papel de destaque no clube após vitórias no conselho deliberativo, Conselho de Orientação Fiscal e ao ver ratificada a eleição de Leila Pereira, dona da Crefisa, a uma cadeira na casa.

“Espero que o atual presidente [Mauricio Galiotte] continue defendendo os interesses do Palmeiras em relação à WTorre como o anterior [Paulo Nobre] fazia”, concluiu, enfático, Mustafá.

O blog entrou em contato com a WTorre, que alegou que não poderia se manifestar oficialmente no momento por não saber em detalhes quais os pontos foram questionados pelo cartola.

O blog, porém, apurou que há, sim, finalização de obras que são questionadas e que o silêncio da construtora se deve a uma condição de confidencialidade.

Na câmara de arbitragem da Fundação Getúlio Vargas, o clube já obteve uma vitória sobre a WTorre, quando, em outubro passado, conquistou o direito de comercializar as cadeiras da arena.

Há obras que já entraram na conta do associado, que foram pagas por meio de taxas de reinstalação de departamentos.

“Há itens redigidos no contrato de forma diferente à apresentada no conselho, e o sócio pagou a conta”, explica Mustafá. “Mas como foi o próprio sócio que aprovou a parceria com a WTorre, essa foi a solução possível.”

 


As 4 decisões que Galiotte terá que tomar no Palmeiras nas próximas semanas
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Eduardo Ohata

A eleição à presidência do conselho deliberativo e a não-impugnação da candidatura de Leila Pereira, dona da Crefisa, ambos ocorridos no ínicio desta semana, jogou quatro questões no colo do presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte.

A expectativa dentro do clube é de que sejam respondidas a partir das próximas semanas.

1) Qual o papel que o presidente quer que a agora conselheira Leila exerça?

Leila tem dito enfaticamente que pretende ser a fiel escudeira da gestão de Galiotte. Ela indicou que pode lançar mão de incentivos fiscais para realizar benfeitorias na parte social do clube e também incentivar esportes amadores. Além disso, Leila pode desempenhar um papel de influenciadora dentro do conselho, já que recebeu a votação mais expressiva para um conselheiro na história do clube.

2) Galiotte contemplará membros de grupos aliados com posições em sua diretoria?

Galiotte tem ótimo trânsito com Mustafá Contursi, aliado político que se firmou como cartola mais influente dos bastidores do clube ao eleger o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande. Este ano já registrara vitória no Conselho de Orientação Fiscal.

Dito isso, Galiotte encaixará em sua diretoria conselheiros com quem tem vínculo mais forte ou abrirá bom espaço para membros da chapa Palmeiras Forte, de Mustafá? Como tratará o subgrupo do ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que ajudou a lhe dar sustentação e que já monta estratégia para eleger um grupo no pleito de conselheiros vitalícios?

Galiotte contemplará as chapas Palestra e UVB, que também se uniram em torno de sua candidatura?

Ainda falando da Palestra, apesar de não ter apoiado a vice do conselho Guilherme Pereira, filho de Clemente, líder da chapa, como agirá em relação a ela, já que é bastante representativa?

Esse será um quebra-cabeças desgastante para montar.

3) Qual será a atitude de Galiotte em relação aos vices “rebeldes”, que não acompanharam seu voto no caso Leila?

Na sessão do conselho na segunda-feira, chamou a atenção os votos dos vices Tomaselli, Genaro Marino e Victor Frugi, que não acompanharam Galiotte em seu voto pela não-impugnação de Leila. O trio esteve vinculado à gestão de Paulo Nobre.

Como os vices são eleitos, o presidente não pode destituí-los. Porém, pode diminuir seu poder e relegá-los a um papel meramente decorativo, ou conferir poder a eles para que cumpram metas. Vai dar um gelo, poder ou mais uma chance?

4) Como agirá em relação ao antecessor Paulo Nobre? Romperá de vez ou optará por manter uma “ponte”?

Alguns membros da chapa Academia, de Paulo Nobre, já considerados dissidentes, acompanharam o voto de Galiotte em Leila. Na composição de sua gestão, Galiotte acomodará só membros da chapa próximos a ele, ou deixará a porta aberta para aqueles mais ligados a Nobre, seu ex-padrinho político, cuja influência política no clube tem diminuído?