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Arquivo : Premiere

Globo transmitirá sozinha partidas do Paulista-2017 na TV aberta
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Eduardo Ohata

A Globo transmitirá o Campeonato Paulista de 2017 com exclusividade na TV aberta. A emissora chegou a colocar no mercado a proposta de sublicenciamento dos direitos, inclusive com a antiga parceira Band, porém esbarrou nos efeitos da crise financeira.

Apesar de a Band ter mantido os direitos da Liga dos Campeões, após inicialmente ter indicado que abriria mão deles, a transmissão do campeonato da Uefa implica em investimentos mais modestos do que o de um Paulista ou Brasileiro.

Enquanto um jogo da Liga pode ser realizado “off tube”, com narrador, comentarista, produtor e editor acomodados em um estúdio, um Paulista implica custo não apenas com os direitos, mas com logística, incluindo a presença de caminhões “in loco” para transmissão do sinal, deslocamento de repórter de campo, narrador, comentarista, técnicos etc, entre outros gastos.

Globo e a eventual sublicenciada dividiriam a transmissão do mesmo jogo, como já ocorria com a Band. Ou seria colocada à disposição uma partida de menor atratividade. A limitação acontece porque no planejamento da Globosat entram as grades de suas outras mídias, como o SporTV (TV por assinatura) e o Premiere (pay-per-view).

A redundância, em um período de crise, também é apontada como um dos “vilões” a afastar o Paulista-2017 de outras emissoras: Seria difícil para o departamento comercial de uma eventual emissora parceira procurar, no atual momento, patrocinadores para um produto que já estará na grade de outra emissora de TV aberta, e com maior potencial de audiência.

Este ano, em nota conjunta, Band e Globo anunciaram a poucos dias do início da competição, que “por motivos financeiros”, a emissora paulista não exibiria os jogos do Brasileiro. Sua equipe de esportes, posteriormente, sofreu importantes baixas, como a do ex-jogador Edmundo.


Globo fecha com Ponte e destrói rumor de retaliação contra clubes rebeldes
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Eduardo Ohata

A Globo e o Premiere, braço em pay-per-view da Globosat, fecharam contrato com um clube que já havia acertado ter seus jogos transmitidos, na TV fechada, pelo Esporte Interativo, a Ponte Preta. Ou seja, durante um mesmo período, Globo (TV aberta), Esporte Interativo (TV fechada), e Premiere (pay-per-view) exibirão partidas da equipe de Campinas.

É o primeiro contrato firmado entre Globo/Globosat com um time que anteriormente acertara com o canal rival do SporTV na TV fechada. Sua duração contempla o período entre 2019 e 2024. No biênio 2017-18, todos os direitos de transmissão dos jogos da Ponte Preta são da Globo/Globosat. O acerto com o time de Campinas não implicou negociação da Globo com o canal do grupo Turner.

O blog apurou que a Globo/Globosat negocia com outros clubes que fecharam com o Esporte Interativo na TV fechada.

O acordo entre Globo e Ponte Preta destrói dois mitos criados no início da negociação entre clubes e Esporte Interativo pelo Brasileiro na TV fechada: que a Globo usaria a TV aberta para boicotar os clubes que assinassem com o Esporte Interativo, talvez até com a recusa de assinar com os clubes rebeldes, e a noção de que os clubes que não assinaram com o SporTV fariam tudo que se referia à negociação com a TV dali em diante “em bloco”.

Além da Ponte Preta, a Globosat fechou, desta vez com exclusividade, com Atlético-GO e Brasil de Pelotas, times hoje no G4 da Série B do Brasileiro, e com o CRB.


Assinante ajudará a definir qual clube levará maior quinhão do pay-per-view
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Eduardo Ohata

Como resultado da disputa entre Globo (por meio do SporTV) e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, a Globosat já colocou em teste um novo critério para a divisão para os clubes de futebol da renda do pay-per-view dos jogos do Nacional. E é o assinante que ajudará a definir qual clube receberá o maior quinhão da venda de assinaturas do canal Premiere, este blog apurou.

A ideia é criar um banco de dados de assinantes do Premiere, com a informação de para qual time ele torce.

A divisão do “bolo” será proporcional à representatividade de cada clube. Ou seja, quem tiver mais torcedores entre os assinantes do Premiere, receberá mais dinheiro, e assim sucessivamente.

O levantamento usará como ferramenta de autenticação o cadastro do Premiere Play (aplicativo por meio do qual o assinante assiste a programação do Premiere no tablet, computador e celular). Para fazer o cadastro é pedida senha e login, disponibilizados individualmente pelas operadoras aos assinantes. Desta forma, somente o titular da assinatura do pay-per-view poderá participar.

Popularidade não garantirá maior renda para os clubes, mas sim o número de torcedores que pagam a assinatura do pay-per-view.

O objetivo inicial é que esse levantamento possa identificar o time de 80% da base de assinantes, e dividir essa informação com os presidentes dos clubes durante a reunião anual para aprovação (ou não) dessa metodologia. Em um primeiro momento, esses resultados serão utilizados de forma meramente ilustrativa, não interferindo na divisão da receita entre os clubes em 2016.

Caso haja consenso entre os clubes, será iniciada negociação para que esses dados sejam usados no cálculo da divisão do repasse, possivelmente a partir de 2018.

O Premiere está comunicando, durante as transmissões dos jogos ao vivo, por meio de chamadas dos narradores e insert animado, e informando o endereço do hotsite onde o assinante poderá indicar o clube para o qual torce (www.premiere.tv.br/seutime)

Atualmente, a divisão do repasse da receita do pay-per-view aos clubes é feita com base em duas pesquisas, realizadas anualmente pelo Ibope e Datafolha, com base em amostragens. Essa metodologia já causou muitos questionamentos da parte de dirigentes.

Cartolas aproveitaram a disputa entre Esporte Interativo e Globosat pelos direitos do Brasileirão na TV fechada para apresentar um pacote de reivindicações, entre elas uma forma mais precisa para medir a audiência e a divisão de receitas do pay-per-view.

 


Futebol ditará quantos esportes SporTV exibirá simultaneamente na Rio-2016
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Eduardo Ohata

O SporTV, braço de TV por assinatura da Globo, terá até 16 canais para transmitir competições olímpicas durante a Rio-2016. Porém, por questões técnicas, dividirão o mesmo espaço (frequências) hoje ocupadas pelos canais do Premiere, pay-per-view de futebol.

Ou seja, quando houver jogos do Brasileiro no Premiere, já que o Nacional prosseguirá durante a Olimpíada, menos canais estarão disponíveis para a transmissão das competições e eventos olímpicos. A Olimpíada acontece entre 5 e 21 de agosto.

Por exemplo, durante a 19ª rodada do Brasileiro, na qual há pelo menos quatro jogos no dia 7, um domingo, que começam às 16h ou 16h15, a grade olímpica terá que “devolver” nesse período quatro canais para o Premiere. Ou seja, de 16 canais transmitindo ao vivo eventos olímpicos, esse número baixará para 12 canais durante esse período.

Os 16 canais SporTV terão forçosamente que dividir as frequências com o Premiere porque as operadoras de TV por assinatura têm um número finito de frequências para usar.

Por isso mesmo elas não podem adicionar canais às suas grades a seu bel-prazer. Se uma operadora começa a colocar no ar uma quantidade de canais acima de sua capacidade a qualidade do sinal piora.

A Globosat argumenta que não haverá prejuízo algum para o telespectador, já que os destaques da Olimpíada serão transmitidos sempre nos canais SporTV de 1 a 3.

O rodízio com os canais do Premiere também levantaram outra preocupação: Como eles têm numeração muito superior aos três canais SporTV (outra questão discutida no momento com as operadoras), como o telespectador faria para localizá-los?

Assim, excepcionalmente durante a Rio-2016, entrará no ar o canal SporTV 4, que será um mosaico com tudo o que estará sendo exibido nos outros canais para orientar o assinante na hora de procurar pela modalidade que ele quiser acompanhar. Na grade, ele ficará “colado” nos três canais SporTV tradicionais.

Para minimizar o impacto do futebol na cobertura olímpica, a Globosat estuda suspender a exibição durante o período da Olimpíada de programas dos clubes, como o “Vai, Corinthians”, “São Paulinos”, “Universo Santástico” e “Palmeiras na TV”, o que abriria espaço para mais exibição ininterrupta dos eventos olímpicos.

 

 


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