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Arquivo : Roberto Andrade

Corintiano Roberto de Andrade será desfalque na festa da CBF do Brasileirão
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Eduardo Ohata

Roberto de Andrade, presidente do Corinthians, time campeão antecipado do Brasileiro, desfalcará a festa de encerramento da competição organizada pela CBF nesta segunda (4) à noite. O motivo alegado para a sua ausência foram “problemas particulares”.

O evento contará com os melhores do Nacional, eleitos por profissionais do futebol e jornalistas de todo o país.

A parte técnica inclui, além do time ideal, os prêmios de melhor jogador, revelação, técnico e técnico revelação. Entre as categorias escolhidas pelos torcedores está o gol mais bonito do Brasileiro.

 

 


Conselho pretende apurar motivo de renúncia de gestor da Arena Corinthians
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Eduardo Ohata

O presidente do conselho deliberativo do Corinthians, Guilherme Strenger, enviará representante do órgão à reunião prevista para esta quarta-feira para discutir a contratação de um novo gestor da Arena Corinthians.

A decisão final acontecerá em uma reunião, com participação dos cotistas do fundo, Corinthians, Odebrecht e Arena Itaquera S.A., prevista para o próximo dia 3.

A BRL Trust, empresa que administrava o fundo, renunciou à posição, sem dar explicações para sua decisão. O documento com a renúncia foi publicado pela Comissão de Valores Mobiliários nesta terça-feira.

“Vou designar um representante do conselho para ir à reunião para saber o que aconteceu e os motivos”, disse Strenger. “É do interesse do conselho saber as circunstâncias que motivaram a renúncia e, até para nos resguardar, colher informações sobre o novo administrador para analisar como se deu a escolha [do novo gestor].”

O conselheiro Romeu Tuma Jr. vai além e aponta que foi decidido na última reunião que todos os assuntos relacionados ao fundo têm, obrigatoriamente, que passar pelo crivo do conselho deliberativo. “Isso foi definido em reunião, está documentado”, argumenta.

Strenger, porém, discorda de Tuma Jr. “Escolher a nova gestora é uma prerrogativa do [presidente] Roberto Andrade”, rebate.


‘Não tenho mais nada a ver com Roberto de Andrade’, dispara Andres Sanchez
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Corinthians Andres Sanchez afirma que nada tem mais nada a ver com as decisões do atual presidente e ex-afilhado político, Roberto de Andrade. O distanciamento, porém, vai além de ingerência ou não na atual gestão do clube.

A interlocutores, Andres diz que a possibilidade de a composição com Roberto de Andrade ser retomada inexiste, o blog apurou.

A declaração do ex-presidente é o último capítulo de um relacionamento bastante conturbado com o atual mandatário.

Há alguns meses, Andres procurou Roberto no clube para dar conselhos, porém foi recebido com uma porta na cara, pois Roberto não o atendeu, confirmou um membro da atual diretoria do clube do Parque São Jorge, o que deixou Andres bastante insatisfeito. O cartola já fora “esnobado” em outras tentativas anteriores de contato por telefone.

Mais recentemente, Andres foi procurado por Roberto de Andrade, às vésperas da votação do pedido de impeachment. O encontro, no apartamento de Andres, foi intermediado por um conhecido em comum a pedido do atual presidente.

Houve, de fato, de última hora um trabalho forte nos bastidores de Andres para colher votos para que Roberto não fosse afastado do poder.

Nesse meio tempo, Andres também afirmou que nada mais tinha a ver com o dia-a-dia da Arena Corinthians.

Por meio de comunicado oficial, Andres nega que tenha indicado dirigentes para qualquer cargo no Corinthians ou feito lobby por sua permanência no passado recente. Veiculou-se que o ex-presidente fez força para garantir a permanência de Dyego Coelho, ex-lateral corintiano, como treinador do sub-20.

Leia a íntegra do comunicado:

“Nota Andrés

Andrés Sanchez esclarece que não tem nenhuma ligação com as atuais decisões do Corinthians.

Com o noticiário que vem sendo veiculado na imprensa nos últimos dias, esclareço que:

Não indiquei a quem quer que seja, qualquer dirigente, para qualquer cargo ou área do Corinthians, e isso já tem muito tempo. Tampouco, fiz qualquer pedido para a manutenção de profissionais que prestam serviços ao clube.

Qurero enfatizar que a última vez que conversei com o presidente do Corinthians foi antes do pedido de impeachment, e na ocasião, falamos apenas sobre o processo de impeachment a que ele estava sendo submetido.

Eu não falo sobre a administração do clube e cargos com o mandatário do clube há muito tempo. Entendo que todas as decisões devem ser dele e de sua responsabilidade. Sempre que fui chamado ou solicitado, colaborei pela experiência que acumulei pela ex-presidência do clube. Me reservo ao direito de não me pronunciar inclusive publicamente sobre qualquer assunto relacionado a administração para evitar qualquer tipo de situação que prejudique o Corinthians.”

 

 

 

 


Nova prova fortalece pedido de impeachment de presidente do Corinthians
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Eduardo Ohata

O pedido de impeachment do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, ganhou mais peso após confirmação de outra acusação relacionada ao processo que pede a sua saída.

O mandatário teria sonegado vistas aos contratos com a empresa Omni relacionados à exploração de estacionamento na Arena Corinthians.

Conselheiros a favor do impeachment de Andrade apontam que a negativa em exibir os documentos constitui motivo para destituição do presidente, por configurar não-divulgação de informações de gestão e descumprimento estatutário (art. 111, “12”), além de descumprir as regras do Profut.

A entrega do pedido foi protocolado no conselho deliberativo no dia 1 de novembro de 2016, encaminhado à secretária do presidente do clube, que o enviou a Andrade. A informação foi confirmada nos últimos dias pelo presidente do conselho deliberativo, Guilherme Strenger, segundo correspondência trocada com um conselheiro, à qual o blog teve acesso:

“Informo a V.Senhoria que o requerimento em questão, dirigido à “Diretoria do Sport Club Corinthians Paulista”, foi protocolado junto ao Conselho Deliberativo, no dia 01 de novembro de 2016. No mesmo dia, a secretária do Conselho Deliberativo, [nome da secretária], entregou o requerimento a secretária do Presidente Roberto de Andrade, [nome da secretária], que o enviou ao Dr. Alberto Bussab, bem como ao presidente do SCCP.”

A comprovação do pedido é relevante porque a defesa de Andrade informa que “com referência à argumentação da não-exibição a conselheiros de documentos e/ou contratos por parte da diretoria, alegada no pedido inicial, além de não ter sido comprovada, não enseja o afastamento…”

O relatório do comitê de ética, responsável pelo parecer sobre o impeachment, também havia negado o recebimento do pedido:

“Não se tem notícia do destino de tal requerimento após seu protocolo. Não se sabe se foi efetivamente encaminhado à Diretoria. Se foi, não se sabe se passou por algum departamento ou se foi direto à Presidência. Enfim, não se sabe nem sequer se chegou ao conhecimento do Representado”, afirma o relatório. “Para os signatários, essa circunstância põe uma pá de cal no assunto.”

Na sequência, o relatório do comitê de ética reitera o desconhecimento da parte de Andrade do requerimento. “… sem que haja evidências de que o destinatário tenha conhecimento da ordem”.

O pedido de impeachment se fundamente, principalmente, pela assinatura de Andrade em um documento, como presidente do clube, feita dois antes de assumir o cargo.

O caso será julgado no próximo dia 20.

Procurados pelo blog, o presidente do Corinthians, Roberto Andrade, e o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Guilherme Strenger, não se manifestaram até a publicação do post.


Dualib volta à cena e briga por votos contra impeachment de Andrade
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Eduardo Ohata

Alberto Dualib, 97, voltou à cena na política corintiana de forma surpreendente: O ex-presidente corintiano pede votos contra o impeachment de Roberto de Andrade.

Segundo Dualib, ele já garantiu votos contra o impeachment.

Dualib ao lado de Andrade, durante festa de aniversário ano passado

Dualib ao lado de Andrade, durante festa de aniversário ano passado

“Liguei para alguns amigos conselheiros, consegui 12, 13 votos contra o impeachment”, conta o ex-cartola, para na sequência emendar uma consideração. “Pelo menos foi o que me prometeram, que votarão contra. Minha opinião tem respaldo.”

A votação do impeachment no conselho deliberativo do clube está prevista para o próximo dia 20.

O atual presidente, para quem não se lembra, integrou o grupo que fez campanha pelo impeachment de Dualib, que acabou por renunciar ao cargo em 2007.

“Não sou de guardar rancor”, justifica, com voz animada, Dualib. “Não guardo ódio, faz mal à saúde. Eu, graças a Deus, estou com 97 anos, completo 98 no fim do ano, estou com saúde, ando, trabalho na área de construção e vendas…”

Para Dualib, depõe contra a imagem do clube um eventual impeachment. “Desmoraliza o clube”, explica o ex-cartola. “Além disso, o Roberto [Andrade] é o menos responsável pelo que acontece no clube.”

Ao ser questionado sobre quem seria o responsável pelos desmandos no clube, porém, Dualib preferiu não citar nomes.

“O clima no Corinthians costuma ser turbulento. Não tem jeito, [quem é presidente do Corinthians] não tem a noite tranquila.”

A última vez em que Dualib conversou com o atual presidente foi na comemoração de seu aniversário, em um restaurante em São Paulo, no fim do ano passado. Na oportunidade, também o prestigiaram Andrés Sanchez, André Luiz Oliveira e Paulo Garcia.


‘Não tenho mais nada a ver com a Arena Corinthians’ afirma Andres Sanchez
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Eduardo Ohata

O derradeiro laço que unia o ex-presidente corintiano Andres Sanchez à administração do atual mandatário do clube do Parque São Jorge, Roberto Andrade, foi desfeito.

Andres afirma que nada mais tem a ver com a administração da Arena Corinthians, onde costumava dar expediente às segundas-feiras, antes de embarcar no meio de semana para Brasília, onde cumpre mandato de deputado federal.

Até agora era tido que Andres era o cartola do Corinthians que estava à frente do estádio do clube do Parque São Jorge.

“Não tenho mais nada a ver com a administração da arena há algum tempo, quem cuida disso agora é o [diretor financeiro do clube, Emerson] Piovesan e o Roberto [Andrade]. Não estou mais indo à arena”, afirma Andres. “Mas, como corintiano, se for chamado para ajudar, vou atender.”

Andres estava à frente do projeto da Arena Corinthians desde seu início. Ao ser questionado sobre há quanto tempo deixou de tratar diretamente do estádio, Andres afirmou que desde o ano passado, há cerca de sete meses.

Mas não é segredo que a distância entre Roberto Andrade e o aliado e padrinho político Andres vem aumentando nos últimos meses.

Pessoas próximas aos cartolas classificam o resultado do articulado encontro da dupla, há poucas semanas, entre inócuo e desastroso.


Oposição corintiana quer empregado de presidente fora de órgão fiscalizador
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Eduardo Ohata

Um grupo de influentes conselheiros do Corinthians encaminharam ao conselho deliberativo do clube pedido para que um dos membros do conselho fiscal, identificado como funcionário de uma empresa do presidente, Roberto Andrade, abandone o órgão.

Os conselheiros alegam que há um conflito de interesse, pois segundo o documento, Marco Antonio Augustinelli é funcionário da concessionária Nova, da qual o presidente corintiano é um dos sócios-proprietários.

“Não se pode garantir a isenção e independência desse conselheiro fiscal, na medida em que vinculado ao presidente… mantendo com ele relação empregatícia e em clara posição comprometedora de sua atuação e fiscalização, até porque subalterno ao fiscalizado”, aponta o documento, que na sequência frisa a condição. “Como se exigir independência necessária deste membro do Conselho Fiscal quando na realidade é ele empregado da pessoa a ser fiscalizada?”

“Importante lembrar, ainda, que o Estatuto de nosso clube estabelece que o membro do Conselho Fiscal tem a obrigatoriedade de verificar os balancetes mensais, verificar a escrituração, analisar a proposta orçamentária, fiscalizar a correção dos trabalhos contábeis, apontar as irregularidades, etc”, argumentam os conselheiros que assinam a carta.

O documento lembra que tal situação vai contra as regras do Profut, programa de saneamento fiscal ao qual o Corinthians aderiu, e que coloca em risco a participação do clube do Parque São Jorge no programa.

Ele aponta que “a lei do Profut estabelece a obrigatoriedade da existência e autonomia do conselho fiscal”.

“O Conselho Fiscal, que nem criou regimento ainda,  foi omisso ao esconder que exigências do Profut não estão sendo cumpridas, o que pode levar à desfiliação do Corinthians do programa. Denunciar erros administrativos ou violações da lei ou estatuto é uma das obrigações do conselho”, disparou o conselheiro Romeu Tuma Junior, ex-secretário nacional de segurança, que assina o documento ao lado de outros nomes expressivos no clube, como o ex-presidente do Cori Alexandre Husni, e juristas como Thales de Oliveira [promotor] e Leandro Jorge Cano [juiz].

No documento, porém, não é apontada qualquer forma de desvio de conduta de Augustinelli, apenas a suspeição por causa da relação empregatícia com o presidente.

Membros do conselho disseram que Augustinelli já teria sido substituído, pois o conselho teria se antecipado à reclamação oficial, mas a informação não foi confirmada pelo Corinthians.

Em nota, o Corinthians respondeu que “O Sport Club Corinthians Paulista através de seu presidente, Roberto de Andrade, informa que todos os membros do conselho fiscal do clube foram eleitos, e não colocados pela diretoria. Márcio Antônio Augustinelli está de licença de suas atividades para que a comissão de ética dê um parecer para o conselho deliberativo do clube votar. O outro membro, Jonas Rabelo dos Santos, [que seria funcionário de um dos vice-presidentes] deixou o conselho fiscal”.


Nomeação de inadimplente em comitê de Arena Corinthians irrita conselheiros
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Eduardo Ohata

A nomeação pelo presidente do conselho deliberativo do Corinthians, Guilherme Strenger, de um comitê para investigar questões ligadas à Arena Corinthians e à Odebrecht irritou lideranças do clube.

A formação do grupo foi motivada por supostas cobranças indevidas realizadas pela Odebrecht, supostas irregularidades referentes à construção da arena e suposta ocorrência de irregularidade para antecipar incentivos da arena e superfaturamentos.

Entre os seus objetivos estão a produção de um relatório em até 60 dias para analisar o trabalho de auditorias realizadas, analisar a adequação da construção em relação ao projeto executivo, analisar contratos de exploração da arena, verificar o estágio atual de execução, avaliar a compatibilidade dos custos com o que foi feito até agora, analisar alterações contratuais efetuadas e propor estratégias de negociação para o clube junto ao Fundo Arena.

Os conselheiros nomeados por Strenger foram: Jorge Kalil, Antonio Roque Citadini, Carlos Luque, Armando José Terreri Rossi Mendonça, Thales Cesar de Oliveira, Pedro Luis Soares e José Carlos Alves. Adicionalmente, foram chamados também os associados, ambos engenheiros, Marcelo José Brandão Machado e Roberto Ferreira de Souza.

Conselheiros notáveis ficaram insatisfeitos com a indicação dos nomes, entre eles Romeu Tuma Junior, ex-secretário Nacional de Justiça.

Tuma diz não entender o motivo de ter sido preterido.

“Eu que sugeri a criação desse comitê, depois que o outro comitê criado para investigar as questões da arena não ter tido efeito. Não entendo porquê não estou lá, se tem gente que estava no comitê anterior e inclusive havia se pronunciado a favor da Odebrecht”, questiona Tuma. “Não dá para entender.”

O presidente do conselho deliberativo justificou sua escolha como sendo pessoal. “Temos 370 conselheiros, mais ou menos, e penso que muitos acham que são capazes. Respeito o conselheiro Tuma, mas nada me obriga a convocá-lo.”

O ex-secretário nacional de segurança ficou incomodado com outro problema que diz ter detectado.

“Tem associado do clube indicado para esse conselho, o Marcelo [José Brandão] que está inadimplente há dois anos e soube que agora está correndo para regularizar sua situação”, dispara Tuma. “Se é para julgar se algo está certo ou errado, como pode colocar alguém que está em débito?”

Segundo Strenger, o associado não é membro da comissão, mas apenas auxiliará o grupo.

“Ele estava viajando e por isso não pagou [a mensalidade], mas soube que na próxima segunda-feira pagará a parcela”, explicou o presidente do conselho deliberativo.

Há poucas semanas, Husni havia falado da importância da formação de uma nova comissão para ficar encima da questão do estádio, apontando que os melhores engenheiros, juristas, arquitetos, contadores, entre os conselheiros do clube deveriam ser chamados para compor essa comissão e havia, inclusive, manifestado sua disposição em ajudar nesse grupo. Ele ficou de fora.

“De novo, tenho o máximo respeito pelo Husni, mas nada me obriga a nomeá-lo na comissão”, justificou Strenger.

Outros, além de Tuma, que preferiram não ser identificados, questionaram a presença de um médico, Jorge Kalil, na lista que versa sobre um assunto ligado à engenharia.

A Odebrecht informou que o comitê anterior, apesar de ter reclamado de a construtora ter omitido documentos, disse que jamais foi abordada pelo grupo.

“Quem disse que a Odebrecht não repassa documentos por uma questão de confidencialidade foi o presidente [do Corinthians, Roberto de Andrade]. Mas, agora, se pedirmos documentos e eles negarem, vamos apelar à Justiça”, conclui Strenger.


‘Black Fraude’ justifica adesão de peso ao impeachment no Corinthians
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Eduardo Ohata

Um trio de conselheiros corintianos de peso aderiram esta manhã ao movimento que busca o impeachment do presidente corintiano, Roberto de Andrade, fragilizando ainda mais sua situação: Alexandre Husni, ex-presidente do Conselho de Orientação do clube, Carlos Senger, ex-presidente do conselho deliberativo, e o desembargador Celso Limongi, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça.

Com a adesão do trio, a lista de conselheiros pró-impeachment passou, agora, de 70 conselheiros signatários. Para a a aprovação da iniciativa, é necessário que seja alcançada a maioria simples, ou seja, metade mais um do quórum presente no dia da eventual votação.

A base do pedido de impeachment é a acusação de ter assinado documentos do clube sem ter sido eleito, em fevereiro de 2015.

“Há fundamento jurídico que justifica a apuração”, argumenta Limongi. “Há algo que soa falso.”

Mas as adesões não se justificam só pelo cenário jurídico, mas pelo administrativo também.

“Há um ano, o Corinthians tinha um baita time. E o que aconteceu de lá para cá?”, questiona, de forma retórica, Husni. “Vendemos jogadores a preço de ‘Black Friday’ e compramos pela ‘Black Fraude’. Foram distribuídas este ano oito vagas para a Libertadores e o Corinthians não aproveitou nenhuma. Por quê no Corinthians se paga comissão na compra e na venda?”

O presidente do conselho deliberativo, Guilherme Strenger, enviou o pedido de impeachment à comissão de ética, que terá de produzir e encaminhar um parecer ao presidente do conselho para que ele submeta o pedido de votação.

Andrade, há algumas semanas, ficou internado por três dias no hospital Albert Einstein, por conta de uma angina.


‘Sem obras adicionais’: Odebrecht rebate ‘declaração de guerra’ corintiana
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Eduardo Ohata

A Odebrecht não realizará obras adicionais na Arena Corinthians, cobradas pelo clube para aumentar a funcionalidade do estádio, e tampouco fornecerá à firma de auditoria mais documentos além daqueles já disponibilizados, outra exigência de cartolas corintianos.

“O quinto aditivo ao contrato prevê que o custo total do estádio seria de R$ 985 milhões e que gastos que eventualmente extrapolassem o orçamento poderiam ser compensados [com custos para baixo] em outros itens”, explicou ao blog o engenheiro Ricardo Corregio, responsável da Odebrecht pela área de contratos no que se refere à Arena Corinthians. “E os contratos da Odebrecht com empresas terceirizadas são protegidos por cláusulas de confidencialidade, portanto não serão encaminhados à auditoria.”

Trocando em miúdos a primeira declaração de Corregio, em uma comparação hipotética, o engenheiro quis dizer que se o orçamento do estádio era de R$ 985 milhões, e foram gastos R$ 900 milhões com as fundações da arena, o custo de todo o resto, como gramado, decoração, cobertura, etc, teria de se encaixar dentro de R$ 85 milhões (veja cláusula do aditivo à qual Corregio se refere ao fim do post).

A segunda parte da declaração do engenheiro é auto-explicativa.

Na semana passada, conforme publicado no post “Aliados de Andrade comemoram ‘declaração de guerra’ contra Odebrecht, no Blog do Perrone, aliados do presidente corintiano comemoraram a adoção de tom duro de Roberto Andrade em relação à construtora.

Cartolas corintianos, que já ameaçaram ir à Justiça contra a Odebrecht, reclamam que a construtora teria entregado o estádio com itens faltando, e que para se ter ideia do que falta, a construtora precisa encaminhar para a auditoria alguns documentos que faltam.

Lista da construtora mostra que o orçamento “estourou” em itens como gramado (R$ 4 milhões para R$ 6,6 milhões) cabines de transmissão, cobertura e até com gasto com pessoal (contratos de trabalho), entre outros itens.

Na empreiteira também é questionada a necessidade de mais documentos para verificar itens que não teriam sido entregues. Segundo técnicos, basta comparar o projeto original ao “as built”, espécie de relatório de acompanhamento de construção da obra.

 

Clausula do 5º aditivo

Clausula do 5º aditivo

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