Blog do Ohata

Arquivo : Roberto Frizzo

Em evento, ex-diretor corintiano diz que usou até saia, mas não roupa verde
Comentários Comente

Eduardo Ohata

Um evento de lançamento de livro nesta terça à noite (10), no Mube, se transformou em um ringue de sparring verbal entre ex-cartolas de Corinthians e Palmeiras, respectivamente, Raul Corrêa (ex-diretor financeiro) e Roberto Frizzo (ex-vice de futebol). O duelo, que aconteceu durante um debate, arrancou risos da plateia.

O ex-dirigente corintiano afirmou à platéia que se recusa a usar qualquer coisa verde.

“[Quando fui para uma cerimônia no Reino Unido], cheguei a usar até aquela saia típica [kilt], mas as meias eram verdes, e então eu me recusei a usá-las”, lembra Corrêa, que se mostrou irredutível. “O cerimonial teve que sair para arrumar meias cor de creme para completar a minha indumentária para a cerimônia.”

received_1001826173202767 (1)

O ex-diretor financeiro do Corinthians Raul Corrêa usa kilt em cerimônia durante visita ao Reino Unido

Em outro momento, os cartolas falavam sobre a invasão corintiana do Rio, quando Corinthians enfrentou o Fluminense em uma semifinal de Brasileiro, em 1976. O time do Parque São Jorge venceu.

“Calculo que foram entre 60 mil a 80 mil corintianos, a Dutra parecia mais a marginal com aquele trânsito da hora do rush…”, relatou animadamente Corrêa, que foi interrompido por Frizzo.

“Eu também estava nesse jogo…”, disse o palmeirense, provocando surpresa a todos. “…Para torcer contra o Corinthians…”

“Ah, então você pode confirmar o que eu falei sobre o trânsito na Dutra, Frizzo…”, disse Corrêa, aproveitando para usar o próprio rival para corroborar que não houve exagero em seu relato.

“Ih, nem sei, Raul…”, respondeu Frizzo. “… Fui de avião.”

Corrêa também lembrou de uma oportunidade em que como resultado de uma briga entre torcidas de Corinthians e São Paulo, um são-paulino ficou gravemente ferido. “Mesmo sendo corintianos, fomos visitá-lo no hospital, para saber se estava bem, ficamos preocupados…”, disse.

“Vocês foram é desligar o oxigênio dele”, finalizou, em tom de brincadeira, Frizzo, provocando risos.

Dadas as farpas de ambos os lados, o executivo da Panini, que é são-paulino e participava da discussão, quase nem se pronunciou. O evento marcou o lançamento de uma publicação da editora sobre campos, estádios e arenas.

 

 

 

 

 

 

 

 


Qual ‘grande’ de São Paulo planeja aumentar em 1 ano mandato do presidente?
Comentários Comente

Eduardo Ohata

Uma extensão de um ano no mandato do presidente do clube, e a diminuição do poder do órgão fiscalizador do clube estão entre as propostas apresentadas pela comissão que trabalha a reforma estatutária no Palmeiras.
Ou seja, ao invés de ficar no cargo por dois anos, os próximos presidentes permanecerão no cargo três anos, se o projeto for aprovado pelo conselho deliberativo. A proposta, porém, fez ligar o “sinal de alerta” em lideranças do clube, como o ex-vice de futebol Roberto Frizzo.
“Que essa regra [dos três anos] passe a valer para o próximo presidente, e não para o atual [Paulo Nobre]”, disse Frizzo, que acaba de retornar de uma viagem internacional e já convocou reunião com seus correligionários. “A mudança no estatuto não pode se transformar em casuísmo.”
Do jeito que a proposta está redigida, a mudança não beneficiaria Nobre, pois não teria caráter retroativo.
Porém conselheiros temem que uma eventual emenda possa beneficiar o atual mandatário do clube. A coordenação da comissão tem presença forte de aliados do presidente palmeirense. As eleições estão previstas para o fim do ano que vem.
Membros do Conselho de Orientação Fiscal também encaram as propostas com desconfiança. Um influente conselheiro comparou o papel da entidade que fiscaliza as contas do clube ao da “rainha da Inglaterra” se as propostas forem aprovadas como estão hoje. Lideranças já se mobilizam para que essa alteração não passe na votação do conselho.
Um outro ponto que levanta polêmica é o que dá direito a voto nas eleições presidenciais ao sócio-torcedor, o que diluiria o poder do conselheiros.