Blog do Ohata

Arquivo : Sergio Batarelli

Estreia de Robson Conceição nem pareceu que foi a sua 1ª luta profissional
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Eduardo Ohata

Ouro na Olimpíada Rio-2016, Robson Conceição, 28, nem pareceu que estava fazendo sua primeira luta profissional neste sábado à noite, com uma clara vitória por pontos sobre o norte-americano Clay Burns, na preliminar do duelo entre o filipino Manny Pacquiao e Jesse Vargas, o que por si só já coloca pressão sobre os ombros dos boxeadores que participam de uma programação de tal magnitude.

O baiano, treinado por Luis Carlos Dórea, o mesmo que levou Popó a seu primeiro título mundial, muito à vontade, mostrou muitas qualidades contra um rival mais experiente, que entrou no ringue com 4 vitórias, 2 derrotas e 2 empates.

Nem a pressão e agressividade, mesmo que atabalhoada, do americano fez com Robson perdesse a tranquilidade, o que seria perdoável por se tratar de um estreante.

Mas não, Robson, paciente, lançou golpes em combinações, trabalhou bem a linha de cintura e soube administrar a energia para um número maior de assaltos, o que são características de um veterano de algumas lutas profissionais já.

O brasileiro, apelidado de “Nino”, tampouco se movimentou desnecessariamente, pecado de muito lutador que faz a transição de amador para profissional.

Além do trabalho do estafe do brasileiro, isso se deve também à aproximação das regras do amadorismo às do profissionalismo (ênfase na agressividade, aposentadoria do sistema computadorizado que privilegiava os “toques” em vez dos golpes contundentes, retirada do capacete protetor etc) e de sua participação na World Series of Boxing, liga semi-profissional da Aiba (entidade que controla o boxe olímpico).

Início promissor.


Ouro na Rio-2016, Robson Conceição aposta em título mundial na sua 4ª luta
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Eduardo Ohata

Campeão olímpico dos leves na Rio-2016, Robson Conceição aposta que tem condições de chegar a um título mundial em sua quarta luta. O baiano faz sua estreia profissional no próximo sábado, em Las Vegas, na preliminar do duelo entre o filipino Manny Pacquiao e Jessie Vargas, que decidem o títulos dos meio-médios da OMB.

“Vamos ver como me saio em minhas três primeiras lutas, mas acredito que tenho condições de disputar um título mundial em minha quarta ou quinta luta”, afirmou Robson ao blog, após ser questionado sobre outros atletas que disputaram cinturões mundiais em um tempo relativamente curto. “Acho que boxe para isso eu tenho.”

Durante a entrevista coletiva em setembro para oficializar que havia assinado com a empresa promotor Top Rank, Robson e seu estafe inicialmente assumiram uma postura conservadora e previram uma disputa por um título mundial em mais ou menos dois anos.

Porém até mesmo o técnico de Conceição, Luis Carlos Dórea, que treinou o ex-campeão mundial Popó e do UFC Junior Cigano, admite que o pupilo pode ter um caminho abreviado até a disputa por um título mundial.

“É isso mesmo, [uma disputa por título na quarta ou quinta luta] pode acontecer. Um atleta que chega a ser campeão olímpico como o Robson já mostrou que é diferenciado”, argumentou um entusiasmado Dórea.

Só a título de comparação, Popó disputou seu primeiro título mundial em sua 21ª luta e  no quinto ano de carreira.

É raro, mas já houve casos de lutadores que conquistaram títulos mundiais na terceira luta e até quem estreou como profissional em uma disputa de cinturão mundial.

Vazyl Lomachenko conquistou o título dos penas da OMB em seu terceiro combate, em 2014.

O ucraniano, aliás, é um “velho conhecido” do brasileiro. Conceição derrotou Lomachenko no Mundial amador de 2011 por pontos (20 a 19), mas viu o resultado ser revertido para uma vitória do ucraniano, durante a madrugada, no tapetão. Ambos são providos pela Top Rank.

O tailandês Saensak Muangsurin foi campeão meio-médio-ligeiro do CMB também em sua terceira luta como profissional, em 1975.

O americano Pete Radamacher estreou em uma luta por título mundial, contra Floyd Patterson, após conquistar o ouro na Olimpíada de Melbourne-56. Perdeu, mas não sem antes levar o campeão à lona algumas vezes.

O próprio Todd DuBoef, presidente da Top Rank, deixa a decisão de quanto disputar um título nas mãos do estafe dos lutadores.

“Há desde uma estratégia muito agressiva, como o foi o caso do Lomachenko, até as mais tradicionais, quando o lutador disputa o título em dois anos. Essa decisão cabe à equipe do boxeador, não sou eu que decido”, diz DuBoef.

A própria estreia de Robson acontece em uma distância diferente, em seis assaltos (geralmente as estreias profissionais têm 4 assaltos). Seu adversário, o americano Clay Burns, tem 8 lutas (4 vitórias, todas por nocaute, 2 derrotas e 2 empates).


Ouro na Rio-2016, Robson Conceição vira profissional com gigante do boxe
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Eduardo Ohata

Campeão olímpico na Rio-2016, o boxeador Robson Conceição trocará os ringues amadores pelo profissionalismo.

Ele assinou na terça-feira um contrato com a Top Rank, empresa norte-americana promotora de lutas que tem outro brasileiro medalhista em olimpíada, Esquiva Falcão, sob contrato. A Top Rank também promoveu Muhammad Ali, Oscar de la Hoya e Manny Pacquiao. Sua estreia está prevista para acontecer nas preliminares da próxima luta de Manny “Pacman” Pacquiao, em novembro.

O anúncio oficial da contratação de Robson, nos próximos dias, contará com a presença do CEO da Top Rank, Todd DuBoef.

O contrato foi intermediado por Sergio Batarelli, manager de Esquiva, que assumirá a mesma posição na equipe de Robson. Ex-lutador de renome de kickboxing, Batarelli organizou a primeira edição do UFC no Brasil e promove o torneio de MMA IVC. Um dos argumentos levantados por Batarelli que impressionou a Top Rank foi o fato de no amadorismo Robson ter vencido o atual campeão dos penas da OMB, o ucraniano Vasyl Lomachenko, resultado posteriormente revertido no tapetão, e também Oscar Valdez, outro contratado da Top Rank.

O primeiro contato da Top Rank com o estafe do boxeador aconteceu logo após o baiano ter batido o uzbeque Hurshid Tojibaev para garantir então, no mínimo, a medalha de bronze na Rio-2016.

O baiano continuará a ter em seu córner Luis Carlos Dórea, que treinou o campeão mundial Acelino “Popó” Freitas e o ex-campeão dos pesados do UFC Junior Cigano, entre outros.

Apenas para dar uma polida na reta final da preparação para as suas lutas é que Robson viajará para Las Vegas.

O UOL apurou que o contrato de Robson com a Top Rank englobou o pagamento de um bônus em dinheiro e tem duração prevista de 5 anos, com renovação automática por mais 2 anos após esse período. O documento prevê para o primeiro ano um mínimo de seis lutas por ano.

Dentro da seleção brasileira, desde que Robson conquistou o ouro, a perspectiva de ele passar a profissional foi recebida com tranquilidade. Após três ciclos olímpicos e o ouro na Rio-2016, o raciocínio é o de que ele não teria mais o que mirar como amador.


Esquiva Falcão aceita duelo com ex-campeão mundial em card no Brasil
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Eduardo Ohata

O medalhista olímpico Esquiva Falcão, que na madrugada deste domingo manteve a invencibilidade ao chegar à sua 14ª vitória, desta vez sobre o mexicano Paul Valenzuela, enfrentará o ex-campeão mundial Antonio “Tornado de Tijuana” Margarito, em uma programação prevista para março, no Brasil, confirmou a este blog seu manager, Sérgio Batarelli.

“Ele fará mais duas lutas, uma em setembro, outra em dezembro, e enfrentará o mexicano Margarito em março em uma programação no Brasil”, explicou Batarelli.

Entre os campeões derrotados pelo “Tornado de Tijuana” estão o porto-riquenho Miguel Cotto, Kermit Cintron e Andrew “Six Heads” Lewis. Ele também enfrentou os campeões Manny “Pacman” Pacquiao, “Sugar” Shane Mosley, Paul Williams e Daniel Santos. Margarito chegou a ser capa da “The Ring”, principal publicação de boxe do planeta.

Porém Margarito ganhou também a fama de um dos lutadores mais sujos de toda a história do boxe quando foi flagrado aplicando reboco em sua bandagem antes do combate com “Sugar” Shane Mosley. Por conta disso, chegou a ter a licença de boxeador revogada por um ano nos EUA.

Na década de 80, Luís Resto acabou com a carreira do promissor Billy Collins Jr. ao usar o mesmo truque no Madison Square Garden e deixando sequelas no rival. Collins, que não pôde mais lutar, morreu em um acidente de carro, que sua família afirma ter sido suicídio.

O blog havia antecipado na semana passada que a Top Rank, empresa que gerencia a carreira do brasileiro, discutia dois nomes para enfrentá-lo em março: Margarito ou o ex-desafiante ao título mundial Joshua Clottey.

Qualquer uma das alternativas seria o melhor e mais perigoso adversário da carreira de Esquiva. Cogita-se a possibilidade de lutar na preliminar o japonês Ryota Murata, algoz de Esquiva na Olimpíada de Londres-12, e que neste sábado venceu outro brasileiro, Felipe Santos Pedroso.

Esquiva chegara a cogitar a possibilidade de representar o Brasil na Olimpíada do Rio-16, quando foi aberta a possibilidade de profissionais participarem dos Jogos, mas por fim preferiu se concentrar em sua carreira profissional.


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