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Efeito Neymar: TVs fazem propostas, mas leilão do Francês segue indefinido

Eduardo Ohata

O leilão para o Brasil dos direitos de TV do Francês, turbinado pela participação de Neymar, foi realizado pela agência BEin há mais de um mês. Mas até agora não foi anunciado o vencedor da disputa, processo que geralmente leva menos de uma semana para acontecer.

O fator Neymar é uma faca de dois gumes: Ao mesmo tempo em que catapultou os índices de audiência do Francês no Brasil, mesmo com partidas do PSG exibidas simultaneamente pela ESPN e SporTV, os insistentes rumores de que Neymar pode deixar o clube francês diminuiu, e muito, o apetite dos executivos das emissoras do Brasil por apresentar lances mais ousados para três ou seis anos, os dois formatos apresentados. Os discursos pré-leilão nas TVs iam do conservador ''ninguém aqui vai fazer loucuras'' ao desinteresse total pelos direitos da competição, cujos direitos no Brasil vencem ao final da temporada atual, no meio deste ano.

Diante do silêncio dos representantes do Francês, que até o feriado de Carnaval não haviam se pronunciado sobre o vencedor do leilão dos direitos de TV, executivos das emissoras brasileiras trabalham com três cenários:

1) As propostas pelo Francês ficaram aquém do que gostariam e o vencedor não foi anunciado porque a agência ainda estuda se reconhece como vencedor o autor do maior lance, ou volta ao mercado.

2) A agência espera o melhor momento para propor e realizar uma segunda rodada de lances, mesmo com a perspectiva dos leilões da Libertadores e Champions, entre outros, nos próximos meses.

3) As emissoras serão procuradas para um corpo-a-corpo, como aconteceu com o leilão do Mundial de Clubes, que se estendeu durante meses e cujo acerto saiu em cima do início da competição.

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