Na Rio-16, Sportv planeja como cobrir de ato terrorista a beijo em repórter
Eduardo Ohata
A possibilidade de atentados terroristas durante a Rio-2016 está contemplada no plano de contingência do SporTV, canal por assinatura oficial dos Jogos Olímpicos. Além de planejar a estratégia em caso de uma eventual cobertura de atentado, procedimentos para lidar com manifestações de cunho político e até beijo em repórter durante transmissão são estudados pela cúpula da emissora.
''Se acontecer um atentado no Parque Olímpico, quanto tempo leva de nosso estúdio lá em frente, onde haverá uma equipe 24 horas, até o local? O caminho estará interditado? Haverá barreiras? Quem seria escalado para essa cobertura? Com base em perguntas como essas, para cada cenário possível que levantamos, é traçado um plano de ação'', explica Bianca Maksud, diretora de Marketing e Produto dos canais SporTV.
No caso de se repetirem manifestações de cunho político, que marcaram a Copa das Confederações, em 2013, a ordem é para ''não usar carro adesivado com o logo do SporTV''.
Há também orientações para situações inesperadas, pouco usuais, mas que não representam perigo. Longe disso.
''Se não há agressão, é algo que não leva perigo, como uma torcedora abraçar ou beijar o repórter [como aconteceu com Thiago Crespo na Euro], a orientação é manter o bom-humor.''
Na dinâmica dentro do estúdio, haverá novidades em relação à Copa do Mundo.
Em vez de haver às vezes até quatro profissionais fazendo traduções simultâneas em quatro línguas diferentes, o que por vezes pode se tornar confuso, desta vez os comentaristas estrangeiros e o mediador André Rizek darão suas opiniões em uma só língua, o inglês.
(A única exceção será o cubano Javier Sotomayor, que terá um tradutor de castelhano).