Levir implanta discurso simples, diplomacia e menos marketing no Santos
Eduardo Ohata
Foram apenas três dias de trabalho até sua estréia no banco, contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, mas Levir Culpi já deixou claro para torcedores, atletas e cartolas do Santos, a diferença de seu estilo para o do antecessor, Dorival Junior.
Acostumados com Dorival, que em seu discurso tático fazia referências a esquemas e ao estilo de jogo do Barcelona e do técnico Guardiola no Manchester City, atletas ficaram encantados com a forma simples que Levir coloca suas idéias.
''Eu penso que o futebol tem apenas: atacar e defender. Pretendemos que o Santos faça isso da melhor forma possível'', disse Levir durante entrevista.
''Denominação de esquema tático é moderno, mas hoje em dia ninguém consegue facilmente escalar um time titular em nenhuma equipe brasileira. Hoje qual é o time titular do Santos? Antigamente todos lembravam de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe'', finalizou, mostrando inteligência emocional e agradando conselheiros do clube ao reverenciar as glórias passadas do time, em entrevista na TV Santa Cecília, emissora de outra figura ligada ao clube, o ex-presidente Marcelo Teixeira.
''Estou montando o time com base no que o Elano, o Marcelo Fernandes e o Serginho Chulapa me passaram. Não dá para colocar um estilo próprio em tão pouco tempo de trabalho'', complementou, diplomaticamente.
Levir ressaltou que não fez questão de implantar seu estilo em dois dias de trabalho, dividindo a responsabilidade com a comissão técnica permanente do clube.
Levir relacionou para a partida de hoje os argentinos Vecchio e Fabian Noguera, que pouco eram aproveitados por Dorival, o que agradou dentro do ambiente do clube.