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Sob olhar do pai, filho de Del Nero amarga derrota em eleição no Palmeiras
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Eduardo Ohata

Marco Polo Del Nero Filho, filho do presidente licenciado da CBF, amargou derrota na noite desta segunda-feira (14), na eleição para conselheiro vitalício do Palmeiras. Havia 18 candidatos para preencher 25 vagas. Dez foram eleitos.

A candidatura de Del Nero Filho era interpretada internamente no clube como uma tentativa de reação do pai, que teria início dentro do clube que deu origem à sua carreira como cartola no futebol. A performance de Del Nero Filho foi encarada como um “termômetro” da popularidade do ex-presidente da Federação Paulista de Futebol. O próprio Del Nero foi pessoalmente ao clube votar.

Apesar do apoio do pai, Del Nero Filho amealhou 98 votos, quando para se eleger eram necessários 122. Para se tornar vitalício, cada candidato tinha que reunir, no mínimo, 50% dos votos dos conselheiros presentes mais um. Como ontem estiveram presentes 243 conselheiros, eram precisos pelo menos, 122 votos para se eleger.

No último pleito, do qual Del Nero Filho desistiu de participar, nenhum conselheiro vitalício foi eleito.

Se ser eleito vitalício no clube já não é tarefa fácil, o feito foi dificultado ainda mais quando entre 20 e 30 c0nselheiros quase foram impedidos de votar. Eles foram informados que os conselheiros que não estivessem em dia com a taxa de reforma do clube perderiam a sua condição de voto. Com isso, vários deles correram nos últimos dias, e até poucas horas antes do pleito, para regularizar a sua situação financeira com o clube e poder votar. Alguns desistiram de participar.

Tratou-se de mais um round dos embates entre clube e conselheiros, que inclui reclamações dos integrantes do segundo grupo por perda de facilidades para a aquisição de ingressos e inclusão compulsória no Avanti, programa de sócio-torcedor do clube, e aumento de gastos para estacionar seus carros para ir ao clube, o que vem gerando reclamações nos últimos meses.

Os três conselheiros mais bem votados foram Darci Durazzo (148 votos), Edvaldo Belucci e Maria Teresa Ambrósio, que orbitam em torno dos grupos políticos de Roberto Frizzo, ex-vice de futebol e virtual candidato na próxima eleição à presidência, e dos ex-presidentes Arnaldo Tirone e Mustafá Contursi.

O presidente Paulo Nobre também conseguiu eleger pessoas próximas a seu grupo, como Neiva Andrade e Antonio Gomes Pereira.


Crefisa quer mudar contrato para ter mais poder em camisa do Palmeiras
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Eduardo Ohata

Após divergência envolvendo camisa do clube, a Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, fez um aditamento no contrato com a agremiação para ter mais poder e espera agora a assinatura dos dirigentes alviverdes. O contrato original não havia passado pelo jurídico da financeira. O blog, primeiramente, tinha recebido a informação de pessoas ligadas ao executivo do clube de que o negócio já havia sido concretizado. Porém, em nova apuração foi constatado que o aditamento do contrato ainda não foi firmado.

O novo documento mantém a exigência de que se o clube for fazer alguma ação de marketing, como a do Avanti, terá que consultar o patrocinador 48 horas antes. Porém, agora, se descumprir esta regra poderá ter de pagar uma multa. O acordo prevê que os patrocínios do calção e dos meiões também são da Crefisa.

A financeira pode pedir também modificações no design da forma como a marca será apresentada, eliminando o que não estiver de acordo com o manual da Crefisa. Por exemplo, a financeira pode pedir para tirar o box da camisa que acredita estar feio, ou pedir para mudar o fundo onde aparece seu logo. Por exemplo, pediu para modificar a marca de Faculdade das Américas para apenas FAM nos meiões. A redação original da aditamento dava a entender que a Crefisa teria poder de veto até nas cores e modelos da camisa do time. O blog, porém, apurou com fonte ligada à Crefisa que não é esta a intenção da patrocinadora e que se trata apenas de um trecho que dá margem à dupla interpretação.

O contrato inclui agora um pacote com ações mensais com jogadores e uso do CT de 6 a 8 vezes ao ano. O patrocinador pediu ainda que quando tivesse substituição aparecesse a marca no telão (mas o Palmeiras já indicou que isso não será possível).

O novo contrato prevê um valor de R$ 78 milhões. O valor anterior era de R$ 54 milhões. Ou seja, de 4,5 milhões por mês, passou para 6,5 milhões por mês. E em vez de direcionar o uso do dinheiro no futebol, agora a financeira deu carta branca para a agremiação usar como quiser.

A divergência

A Crefisa havia reclamado com o clube de ação envolvendo o Avanti, programa de sócio-torcedor da Palmeiras, que foi estampado na camisa do time no lugar do nome dos jogadores durante jogo com a Ferroviária, pelo Paulista. Anteriormente, a patrocinadora já havia ameaçado romper contrato quando foi aventada a possibilidade do lançamento de uma camisa retrô com a marca da Parmalat.

A Crefisa acredita ser “dona” de todo o espaço nas camisas, enquanto o Palmeiras argumentou que o espaço dos nomes dos jogadores ainda é sua propriedade. Por este imbróglio, a financeira resolveu fazer as mudanças no contrato. Segundo apuração, o pagamento da mais recente cota de patrocínio ainda não caiu na conta do clube.

Procurada pelo blog, a Crefisa não se manifestou oficialmente para comentar o assunto.


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