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Dívida milionária com ex-atletas e técnicos ‘limpa’ luvas de TV do Coritiba
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Eduardo Ohata

Um passivo no valor de R$ 220 milhões, no qual está incluído o pagamento de multas contratuais a ex-treinadores e jogadores que há muito deixaram o Couto Pereira, herança que a atual gestão recebeu dos antecessores, consome o que o Coritiba recebeu de “luvas” do Esporte Interativo pelos direitos na TV fechada do Brasileiro de 2019 a 2024.

A verba da TV, tanto da Globo como do Esporte Interativo, é vista por muitos clubes como a “salvação da lavoura”. No caso do Coritiba, foi utilizada no pagamento das pendências com os treinadores Marcelo Oliveira, Celso Roth e Dorival Junior, e com os jogadores Zé Love, Bottinelli e Martinuccio. A dívida com Alex foi parcelada e a situação de Deivid corre na Justiça.

“O dinheiro das luvas foi usada pelo comitê gestor para pagar as dívidas, já que toda a receita que entrava era automaticamente penhorada”, explica Rogério Portugal Bacellar, que assumiu o Coritiba em 2015. ”

O total da dívida do clube quando Bacellar assumiu em era de R$ 220 milhões. Metade da dívida, com a União, foi parcelada por meio do Profut (também conhecido como a MP do Futebol). “Queria que fosse de forma diferente, mas tivemos que arrumar a casa, então boa parte dos outros R$ 110 milhões foi reduzida graças ao [dinheiro do] Esporte Interativo somado a outras receitas.”

A situação da dívida fez com que o clube contratasse uma auditoria independente, a Ernst & Young, para levantar a situação financeira do clube.

Nessa linha, foram criadas ações como a criação de um número 0800 para denúncias que evitem corrupção ou desvios de conduta de funcionários, a implantação de um sistema único para as diferentes áreas do clube, como por exemplo o jurídico e o financeiro.

Também foram iniciadas ações de marketing, com ênfase na questão do sócio-torcedor, com uma parceria recém-firmada com a Ambev, e com a Adidas, que substituiu a Nike, com venda da camisa do clube em lojas em outros estados e a entrega em mãos dentro do estádio para os torcedores que pedirem, por telefone ou internet, peças do uniforme na loja localizada dentro do Couto Pereira.


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