Blog do Ohata

Arquivo : Chapecoense

Ausência de homenagem da CBF a morto no vôo da Chape enfraquece Del Nero
Comentários Comente

Eduardo Ohata

Até entre cartolas considerados aliados de Marco Polo Del Nero, pegou mal o fato de a CBF não ter realizado uma homenagem a Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente da CBF, morto na queda do vôo da Chapecoense.

Apesar de se tratar de um adversário político, e mesmo que pessoas próximas a Delfim tenham passado recado para que Del Nero não fosse a seu velório, cartolas influentes argumentam que o presidente da CBF poderia pelo menos ter enviado um representante ao velório em Santa Catarina ou sinalizado seu pesar de alguma outra maneira.

Afinal, apontam os dirigentes, mesmo que estivesse rompido com Del Nero, ainda assim Delfim era um vice-presidente da entidade.

 


Medalhista olímpico dedicará combate a vítimas de tragédia da Chapecoense
Comentários Comente

Eduardo Ohata

O medalhista olímpico Esquiva Falcão dedicará sua luta desta sexta-feira às vítimas da tragédia da Chapecoense. O pugilista pensou até em bordar o brasão do clube no calção, mas por dificuldades de logística, desistiu da ideia.

Esquiva, prata na Olimpíada de Londres-12 e invicto como profissional, enfrenta na madrugada de sábado o porto-riquenho Luis Hernandez, na Califórnia (EUA). Originalmente o brasileiro enfrentaria o americano Gerardo Ibarra, que perdeu o vôo e teve que ser substituído. O canal SporTV transmite a programação ao vivo, a partir da 1h de sábado (anteriormente havia sido divulgado que a programação teria início à 0h e 2h, a última informação chegou às 20h desta sexta-feira).

“A vitória, se Deus quiser, vou dedicar às famílias desses amigos, companheiros do esporte. Queria fazer uma homenagem simples, bordando o emblema do time no calção ou vestindo a camisa do time, mas infelizmente viajei nesta quarta [de Nevada] para a o local onde eu luto já na sexta [Califórnia], mas o roupão que vou usar pelo menos é verde, da cor do time”, explicou Esquiva, 38º do ranking do Conselho Mundial de Boxe.

“Foi muito triste, estou abatido, que deus conforte o coração de todos”, finalizou o lutador, que acrescentou que planeja pedir um minuto de silêncio ou o tradicional toque de dez badaladas por conta da tragédia na Colômbia. Ele não sabe ainda se será atendido.

Esquiva tem 15 lutas, todas vitórias, 12 delas por nocaute. O cartel de Ibarra traz 14 vitórias e 3 derrotas (8 nocautes).


Cleber Santana queria jogar mais 5 anos e encerrar a sua carreira no Sport
Comentários Comente

Eduardo Ohata

O capitão da Chapecoense, Cleber Santana, morto no acidente aéreo na Colômbia, planejava jogar mais quatro ou cinco anos, encerrar sua carreira no Sport, e virar treinador. É o que o meia delineou com seu amigo e agente, Hugo Magalhães, com quem esteve no último domingo, em São Paulo, antes da partida com o Palmeiras pelo Brasileiro.

“Perguntei a ele quanto tempo mais pensava em jogar, e ele respondeu que mais ‘quatro, cinco anos’, que queria [voltar a] jogar no Sport, seu time desde que era menino, e que, definitivamente, viraria treinador após se aposentar”, disse Magalhães, sobre o meia que estava com 35 anos.

Segundo o empresário, Santana havia acertado verbalmente com o presidente do clube, Sandro Pallaoro, também morto no acidente, sua permanência na Chapecoense até 2018. “Ele estava cada vez mais apaixonado pela Chapecoense e pela cidade. Dizia que o futebol é uma selva, mas que a Chapecoense era diferente”, lembra Magalhães.

Para o futuro imediato, o meia já tinha planos. Tinha passagens compradas para viajar logo após o jogo de volta da final da Copa Sul-Americana, com a mulher, Rosângela, e os filhos, Aroldo Neto e Cleber Jr., para a América Central.

“Eu o convidei para meu casamento, no dia 11 de dezembro, e ele falou que não poderia ir por já estar com passagem comprada para embarcar na quinta-feira, no dia seguinte à final com o Atlético Nacional [que ocorreria dia 7 de dezembro], com a família para a República Dominicana.”

Sua participação na partida com o Palmeiras, no último domingo, seu último jogo, aconteceu por sua insistência com o técnico Caio Junior.

“O Caio pensou em poupá-lo para a decisão da Sul-Americana, pode ver que poucos titulares jogaram”, conta Magalhães. “Mas o Cleber respondeu brincando ‘sou jovem’, e falou para o Caio que estaria melhor ritmo para o jogo de quarta se jogasse domingo, que era o que mais gosta, ou melhor, gostava de fazer, que poderia jogar domingo, segunda, terça e chegar bem para a partida de quarta”.


‘O brasileiro é solidário e o mundo do futebol fará de tudo para ajudar’
Comentários Comente

Eduardo Ohata

“O brasileiro é solidário, e o mundo do futebol fará de tudo para ajudar [a Chapecoense]”, disse, ainda sob o choque da tragédia que atingiu a Chapecoense, Claudio Gomes, cartola próximo a Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense e da Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina, que morreu no acidente. Gomes é o diretor-executivo da entidade.

Pallaoro buscaria nos próximos meses a reeleição à presidência da associação.

Gomes, porém, deixou claro que antes de os clubes se mobilizarem para oferecer eventual ajuda ao time, a prioridade é “proporcionar conforto aos familiares e propiciar um enterro digno a esses heróis”.