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Arquivo : Floyd Mayweather Jr.

Mayweather-McGregor: Custo faz Brasil correr risco de ficar sem ver desafio
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Eduardo Ohata

Pelo menos uma emissora de TV já apresentou proposta à gigante do marketing IMG pelos direitos de transmissão no Brasil do desafio entre o multicampeão de boxe Floyd Mayweather Jr. e a estrela do UFC Conor McGregor, marcado para 26 de agosto.

Porém executivos abordados pela IMG se preocupam com o custo para bater o martelo. Um deles citou a “alta expectativa financeira dos organizadores do evento para o mercado brasileiro atual”. Outro, inicialmente animado, já pôs o pé no freio pela mesma razão.

No mercado, do lado comprador, o mantra é o de que ninguém fará loucura para comprar essa luta, dentro do contexto de que nos próximos meses estarão em disputa os direitos da Champions League, partidas da seleção brasileira e Libertadores.

A crise econômica que o país atravessa é outro complicador, já que demandará tempo montar e levar a mercado um plano comercial de venda de cotas, no caso da TV aberta ou por assinatura, ou promover o desafio, no caso do pay-per-view. Ou seja, o tempo é um inimigo, já que a luta está prevista para acontecer daqui a pouco mais de um mês.

O material promocional distribuído pela IMG, claro, busca convencer as emissoras de que se trata de uma luta imperdível ou, em suas próprias palavras, “uma das lutas de boxe mais esperadas em toda a história”.

“Floyd Mayweather Jr. procura solidificar sua posição como o maior lutador, independente da categoria de peso, da história ao deixar a aposentadoria para enfrentar um dos atletas mais populares do UFC, além de seu atual campeão dos leves, Conor McGregor. Apesar de estar fora dos ringues desde 2015, a reputação de Mayweather permanece igual, com um cartel de 49 vitórias sem derrota. McGregor, conhecido como um dos mais perigosos golpeadores do MMA, usará sua natureza competitiva e impetuosa na tentativa de superar a invicta lenda do boxe”, destaca o material promocional.

O material traz ainda ainda idade, altura, peso e envergadura dos lutadores, além de seus cartéis: a do boxe de Mayweather, com 49 vitórias; e no caso de McGregor, seu cartel no MMA, 21 vitórias, 3 derrotas e 18 nocautes, já que será sua estréia no boxe profissional.

 


Até maior crítica de Mayweather-McGregor já projeta recorde de pay-per-view
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Eduardo Ohata

Principal crítica do desafio entre o multicampeão Floyd Mayweather Jr. e Conor McGregor, a publicação especializada “The Ring” reconhece que a luta deve quebrar o recorde de vendas de pay-per-view, atualmente de 4,4 milhões de pacotes.

A “The Ring”, mais antiga entre todas as revista de esportes, fundada em 1922, em sua edição de setembro (sim, datada de setembro de 2017), da qual o blog obteve um exemplar, reconhece que o boxeador e a principal estrela do UFC são “a maior estrela do boxe a e maior estrela do MMA” e que “por isso a luta será um sucesso do ponto de vista [econômico]”.

A revista admite que a promoção deve “ficar próxima ou ultrapassar o número de pacotes de pay-per-view, de 4,4 milhões, comercializados” na “luta do século” entre Mayweather e o filipino Manny Pacquiao.

Apesar de reconhecer o potencial comercial do desafio, e admitir que uma parte sua quer assistir “o acidente de carro”, o artigo assinado pelo editor da publicação, Michael Rosenthal, define a luta como “uma farsa, um golpe, uma piada, ou do que que quer que você queira chamá-la”.

“É um evento, uma curiosidade, não se trata de um evento esportivo… Pense bem sobre isso antes de gastar seu suado dinheiro [com o pay-per-view]”, conclui o artigo entitulado “Não Seja Feito de Bobo”.

 

 

 


Mayweather-McGregor chega ao Brasil: TVs já negociam transmissão da luta
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Eduardo Ohata

O desafio entre o multicampeão do boxe Floyd Mayweather Jr. e a estrela do UFC Conor McGregor, previsto para 26 de agosto, em Las Vegas, já tem quem o represente na negociação com as emissoras brasileiras de TV, a IMG.

Executivos de emissoras brasileiras foram abordados por um representante da gigante do marketing, um brasileiro, que procurou saber se há interesse na transmissão da luta, que capturou a imaginação de fãs de boxe, MMA e do público em geral.

Na semana passada, executivos brasileiros já demonstravam interesse no evento, porém reconheciam não saber com quem negociar.

Na área de esportes, a IMG é proprietária do UFC e parceira da Conmebol na área de marketing. A empresa também atua na área de gerenciamento de carreiras de artistas e realização de shows.

O último desafio de porte semelhante a ser exibido no Brasil foi o combate entre Mayweather e o filipino Manny Pacquiao, em 2015.

Na oportunidade, a negociação para a transmissão no Brasil foi bastante complicada, conduzida por um hábil norte-americano que conhecia há anos o mercado brasileiro, que tratou em múltiplas frentes: Com a Top Rank, que promovia Pacquiao, com a equipe de Mayweather, com emissoras de TV abertas e fechadas, e finalmente com o UFC (sócio da Globosat no canal Combate).

Ainda assim, o contrato foi assinado a apenas quatro dias da luta, que foi exibida via pay-per-view pelo canal Combate.

O pouco tempo entre a formalização do negócio e a exibição da luta, porém, prejudicou a promoção do combate entre o público. O ideal, segundo o mercado, é que a promoção comece, no mínimo, a um mês antes do evento.

Quem quis assistir o duelo, promovido como mais uma “luta do século”, pagou uma taxa que girou entre R$ 80 e R$ 90.


‘Luta entre McGregor e Mayweather é uma farsa’, dispara ‘Bíblia do Boxe’
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Eduardo Ohata

A revista “The Ring”, mais antiga publicação esportiva do mundo, traz na edição datada de agosto de 2017, matéria entitulada “Sombria Comédia”, na qual define a luta entre o ex-multicampeão de boxe Floyd Mayweather e a estrela do UFC Conor McGregor como uma “farsa”.

Segundo o UFC, McGregor, inclusive, já assinou contrato.

“McGregor não impressiona nos teipes em que aparece fazendo sparring [treino com luvas]”, analisa a publicação, fundada em 1922 e apelidada de “A Bíblia do Boxe”. “Alguns boxeadores muito bons e experientes enfrentaram Mayweather e não conseguiram tocá-lo; um cara que nunca boxeou profissionalmente tampouco irá tocá-lo.”

Porém a revista reconhece que tal combate atrairia não apenas uma base de fãs, mas duas (do boxe e do MMA), que a “luta” tem potencial para ser um grande sucesso no pay-per-view, e que McGregor foi escolhido a dedo por Mayweather para tal combate “em termos de ser um falastrão e de ter um armário cheio de roupas caras”.

A publicação aponta que não foi Mayweather que inventou as lutas que na verdade são farsas e cita um dos maiores mestres nessa arte. Ninguém mais, ninguém menos do que o ex-campeão dos pesados Muhammad Ali.

A “The Ring” lembra que Ali, logo após sua derrota para Joe Frazier, em 1971, começou a negociar uma luta com o jogador da NBA Wilt Chamberlain, prevista para acontecer no Astrodome.

Depois, continua a publicação, Ali tornou realidade a maior farsa de todos os tempos, um desafio em Tóquio contra o legendário lutador de telecatch Antonio Inoki, que tinha um background em artes marciais. Ali sempre teve interesse em lutar na capital japonesa, mas como não há pesos-pesados japoneses de qualidade internacional, quando a empresa que promovia os espetáculos de Inoki entrou em contato, Ali concordou. Ali, aliás, sempre foi um fã de telecatch.

Diferentemente da luta proposta entre Mayweather e McGregor, que aconteceria no boxe tradicional, no desafio entre Ali e Inoki, cada um lutou dentro de suas próprias características. Ali de pé, e Inoki, apoiado de costas na lona.

Após 15 assaltos, no Budokan Hall, a luta foi considerada um empate. “Se ele [Inoki] tivesse lutado em pé como homem…”, lamentou Ali ao “New York Times” após a luta. “Eu teria acabado com ele.”

Ali acabou no hospital, por conta dos chutes que Inoki acertou em seus tornozelos.

A “The Ring” lembra de várias outras “farsas”, envolvendo os campeões pesos-pesados Jack Johnson, Jack Dempsey, Floyd Patterson e Larry Holmes.

 

 


Veja qual ‘autoridade’ chama Mayweather x McGregor de ‘marmelada’
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Eduardo Ohata

A “The Ring”, principal publicação de boxe, dispara em sua edição de maio de 2017 contra o iminente combate entre o falastrão do UFC Conor McGregor e o ex-campeão de boxe Floyd Mayweather Jr., que anunciou estar deixando a aposentadoria para este duelo.

“A coisa toda é ridícula… Trata-se mais de um evento do que de uma luta de verdade, lembra muito uma luta de pro wrestling [a popular marmelada], na qual o vencedor já está predeterminado”, critica o editor da “The Ring”, Michael Rosenthal.

Na sequência, ele diz quais as chances de vitória de McGregor: “Zero!”.

A “The Ring”, fundada em 1922 e conhecida como a “Bíblia do Boxe”, conquistou status de autoridade no mundo do boxe.

O ranking da publicação, independente, é frequentemente utilizado como referência por narradores, comentaristas e especialistas para explicar ao público qual campeão é melhor do que o outro, já que há quatro campeões por cada categoria de peso atualmente.

O “título” de campeão da “The Ring” é mencionado nas apresentações sobre o ringue antes das lutas, durante transmissões pelas emissoras norte-americanas, e chegou a ser usado na promoção de combates históricos, como Mike Tyson x Michael Spinks.

A seguir, a íntegra do texto da “The Ring” sobre a possível luta entre “Money” Mayweather e McGregor:

“A “luta” entre Floyd Mayweather Jr-Conor McGregor é uma unanimidade do ponto de vista dos negócios. O volume de pacotes de pay-per-view negociados pode superar  o de Mayweather-Manny Pacquiao, o que se traduziria em bolsas na casa dos nove dígitos para cada um deles. Não vejo como eles podem esnobar isso. O aspecto negativo disso é que a coisa toda é ridícula. Nós já sabemos o resultado, desde que Mayweather e McGregor lutem nas regras do boxe e McGregor não as viole. O irlandês conquistou muito no MMA, mas ele é um boxeador “verde”, assim como todas estrelas do UFC. E um boxeador “verde” teria zero chance -zero!- de vencer Mayweather, talvez o melhor boxeador defensivo dos últimos cinquenta anos. Trata-se mais de um evento do que de uma luta de verdade, parece mais uma luta de pro wrestling [o telecatch, a popular marmelada], na qual o vencedor já está predeterminado. Suspeito que muitos que pagariam para assistir sabem da verdade, que McGregor estaria usando sua imagem para lucrar. Se é esse o caso -e essas pessoas ainda pagariam para assistir- tudo bem. Só espero que ninguém acredite que essa é uma luta de verdade.”

Ironicamente, na mesma edição em que praticamente chama o duelo entre Mayweather Jr.-McGregor de “farsa”, a “The Ring” presta homenagem a Holly Holm, que tirou a invencibilidade da badalada Ronda Rousey em um duelo no UFC.

A publicação fez um “mea-culpa” ao lembrar que a várias vezes campeã de boxe Holm bateu Ronda, pelo título do UFC, justamente quando ainda estava nas bancas a edição da “The Ring” que trazia em sua capa a até então maior campeão feminina da organização.

 


Conheça quem é o lutador que desbancou Floyd ‘Money’ Mayweather Jr.
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Eduardo Ohata

Floyd Mayweather Jr. participou no ano passado da luta mais rica da história do boxe. Só nos EUA, um recorde de 4,4 milhões de domicílios pagaram cerca de US$ 100 cada para assistir seu duelo com Manny “Pacman” Pacquiao. Em outros países, como o Brasil, o combate também foi disponibilizado pelo pay-per-view. Só por essa luta, “Money” embolsou, no mínimo, US$ 220 milhões. Fechou o ano -e sua carreira invicta-, com uma vitória sobre o haitiano Andre Berto.

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de "Guerra nas Estrelas"

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de “Guerra nas Estrelas”

Mas o título de “Lutador do Ano” da mais importante publicação de boxe do mundo, a “The Ring”, que existe desde 1922, foi para o britânico Tyson Fury. Para quem nunca ouviu falar, Fury é um peso-pesado que chegou para a entrevista coletiva da luta mais importante de sua vida fantasiado de… Batman. Mais, logo após ser campeão mundial, ajoelhado ainda sobre o ringue, cantou uma música do Aerosmith para a mulher, Paris. Diz a lenda que seu pai lhe deu o primeiro nome em homenagem a… Mike Tyson. Um personagem, heim?

Ah, quase ia esquecendo o mais importante: Fury destronou o gigante ucraniano Wladimir Klitschko pelos cinturões dos pesados.

O editor da “The Ring”, Michael Rosenthal, defende a seleção de Fury sobre Mayweather, que ganhou fama por ostentar sua riqueza.

“No fim, a disputa ficou entre Fury e Mayweather”, reconhece Rosenthal. “Floyd foi o melhor lutador de sua geração, mas Wladimir foi quase tão dominante. Ele [Wladimir] derrotou todos que colocaram à sua frente desde 2004 e estava há mais de dez anos invicto. Ao derrotá-lo, Fury injetou nova vida na divisão dos pesos-pesados.”

Ou seja, segundo a “The Ring”, Fury “fez história”. “Nenhum outro lutador pode dizer que fez o mesmo em 2015, a menos que você esteja contando os dólares produzidos pela luta entre Mayweather Jr. e Pacquiao”, conclui a revista, em sua última edição.

Outros vencedores:

Luta do Ano: Francisco Vargas KO 9 Takashi Miura

Nocaute do Ano: Canelo Alvarez KO 3 James Kirkland

Assalto do Ano: Amir Imam vs Fidel Maldonado (Terceiro assalto)

Zebra do Ano: Fury vs Klitschko

Retorno do Ano: Badou Jack

Treinador do Ano: Joe Gallagher

Promessa do Ano: Takuma Inoue

Evento do ano: Mayweather vs Pacquiao

Lutador mais Inspirador do Ano: Anthony Crolla

 

 

 


Brasileiro favorito a medalha, 2º melhor do mundo, abandonará boxe olímpico
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Eduardo Ohata

Segundo colocado no ranking da Aiba (entidade que controla o boxe olímpico) entre os leves (até 60 quilos), o brasileiro Robson Conceição, 27, já decidiu que não importa seu desempenho na Olimpíada do Rio este ano, passará ao boxe profissional após os Jogos. A informação foi confirmada por seu treinador, Luis Carlos Dórea, que guiou um outro pugilista baiano, Acelino “Popó” Freitas, até seu primeiro título mundial profissional.

Segundo do ranking dos leves, o braileiro Robson Conceição comemora vitória

Segundo do ranking dos leves, o braileiro Robson Conceição (à direita) comemora vitória

“Estou com 27 anos, já está mais do que na hora de virar profissional, não?”, pergunta, de forma retórica, Conceição, que ganhou medalhas nos últimos dois Mundiais: uma prata e um bronze. O apelo da glória e riqueza alcançado por lutadores como o “Golden Boy” Oscar de la Hoya ou Floyd “Money” Mayweather Jr. é irresistível.

“Não posso dizer a data exata, mas o Robson vai virar profissional, sim, após a Olimpíada do Rio”, reitera Dórea.

Por conta da boa campanha que vem desenvolvendo, na última edição do ranking mundial da Aiba o brasileiro aparece atrás somente do cubano Lazaro Estrada. Ou seja, pela Aiba, ele é o melhor leve do mundo hoje.

Dirigentes da entidade ouvidos por este blog reconhecem que a maior chance de medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos é Conceição.

“Já tenho medalha em Mundial [uma prata e um bronze], só falta para mim uma medalha olímpica”, explica Conceição sobre sua permanência no amadorismo.

Porém para evitar o êxodo de lutadores como o brasileiro para o boxe profissional e valorizar os Jogos Olímpicos, a Aiba teve de colocar em prática uma estratégia financeira ao assinar durante o período da Olimpíada de Londres, quatro anos atrás, contratos que valem até a Rio-2016 com um número de atletas que gira entre 80 e 100 boxeadores.

Para o próximo ciclo, que irá da Olimpíada do Rio até os Jogos de Tóquio-2020, a entidade planeja aumentar o investimento para “segurar” talentos: Quer assinar com 12 lutadores de cada categoria, mais alguns, dependendo do dinheiro que tiver em caixa para isso. Porém nem isso é garantia de que os melhores permanecerão no amadorismo.

Dois outros atletas que inicialmente haviam assinado depois de Londres-12 com a Aiba foram os irmãos Falcão, Esquiva e Yamaguchi, medalhistas em Londres-12, cujos acordos com a entidade não duraram. Este blog apurou que o presidente da Aiba, CK Wu, ficou bastante irritado por a dupla não ter feito durante o período de um ano uma luta sequer dentro do contrato que começou a contar da Olimpíada de Londres. A Aiba não renovou e Yamaguchi fechou com a Golden Boy e Esquiva, com a Top Rank.

Aproveito este post para convidar a todos para participar de um bate-papo amanhã, dia 9 de janeiro, sábado, a partir das 9h, dentro do programa Sesc Verão 2016, no Sesc São Caetano, no Parque Espaço Verde Chico Mendes, com as participações de Robson Conceição e deste blogueiro. A entrada é franca.

Outro evento do mesmo programa que recomendo é o bate-papo com o medalhista olímpico Lars Grael, que no ano passado se sagrou campeão mundial de vela na classe Star e de quem tive o prazer de escrever a quatro mãos sua biografia. Acontece no domingo, dia 10, a partir das 16h, no Sesc Santo André, também com entrada franca.