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Arquivo : Rogério Portugal Bacellar

Negócios de família atrapalham retorno de Levir Culpi para o Coritiba
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Eduardo Ohata

Prata da casa do Coritiba, onde iniciou a carreira como jogador, Levir Culpi foi procurado pelo presidente do clube, Rogério Portugal Bacellar, mas recusou o convite para dirigir a equipe. O treinador alegou motivos pessoais.

Bacellar chamou para si a responsabilidade de contratar um novo treinador, pois chegou a seu conhecimento que havia gente se apresentando como representante do clube conversando com técnicos.

“Só falei com o Levir, que não aceitou por sua família ter negócios na cidade, e com o Marcelo Oliveira, que declinou também por motivos pessoais”, esclareceu o presidente. “Não falamos com mais ninguém, mas estão saindo na mídia nomes que jamais pensamos aqui para o Coritiba.”

O blog apurou que houve o caso de um treinador que foi procurado por quatro “representantes” do Coritiba que não tinham a permissão do clube para falar em seu nome.

Segundo Bacellar, quanto mais rápido um técnico for contratado, melhor, mas sem pressa para não cometer erros. Enquanto isso, a equipe seguirá comandada pelo interino Pachequinho, que inclusive fez um estágio na Europa.

O cartola aproveitou para rebater as críticas de Carpegiani, que ao deixar o comando do time criticou a ausência de reforços pedidos, a falta de compreensão e paciência da parte da diretoria.

“Pode ter faltado compreensão, mas os resultados não vieram. Acho que ele criticou por estar magoado. Se ele [Carpegiani] estivesse no meu lugar de dirigente, acho que ele teria demitido o Carpegianni. Dos reforços que ele pediu, acho que só o Ricardo, do Rioverdense, e o Longuine, do Santos, não vieram. Todos os outros foram de comum acordo com a comissão técnica, da qual ele fazia parte”, argumenta Bacellar. “A gota d’àgua foi a derrota para o Asa de Arapiraca, um jogador nosso paga o time inteiro deles.”


Dívida milionária com ex-atletas e técnicos ‘limpa’ luvas de TV do Coritiba
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Eduardo Ohata

Um passivo no valor de R$ 220 milhões, no qual está incluído o pagamento de multas contratuais a ex-treinadores e jogadores que há muito deixaram o Couto Pereira, herança que a atual gestão recebeu dos antecessores, consome o que o Coritiba recebeu de “luvas” do Esporte Interativo pelos direitos na TV fechada do Brasileiro de 2019 a 2024.

A verba da TV, tanto da Globo como do Esporte Interativo, é vista por muitos clubes como a “salvação da lavoura”. No caso do Coritiba, foi utilizada no pagamento das pendências com os treinadores Marcelo Oliveira, Celso Roth e Dorival Junior, e com os jogadores Zé Love, Bottinelli e Martinuccio. A dívida com Alex foi parcelada e a situação de Deivid corre na Justiça.

“O dinheiro das luvas foi usada pelo comitê gestor para pagar as dívidas, já que toda a receita que entrava era automaticamente penhorada”, explica Rogério Portugal Bacellar, que assumiu o Coritiba em 2015. ”

O total da dívida do clube quando Bacellar assumiu em era de R$ 220 milhões. Metade da dívida, com a União, foi parcelada por meio do Profut (também conhecido como a MP do Futebol). “Queria que fosse de forma diferente, mas tivemos que arrumar a casa, então boa parte dos outros R$ 110 milhões foi reduzida graças ao [dinheiro do] Esporte Interativo somado a outras receitas.”

A situação da dívida fez com que o clube contratasse uma auditoria independente, a Ernst & Young, para levantar a situação financeira do clube.

Nessa linha, foram criadas ações como a criação de um número 0800 para denúncias que evitem corrupção ou desvios de conduta de funcionários, a implantação de um sistema único para as diferentes áreas do clube, como por exemplo o jurídico e o financeiro.

Também foram iniciadas ações de marketing, com ênfase na questão do sócio-torcedor, com uma parceria recém-firmada com a Ambev, e com a Adidas, que substituiu a Nike, com venda da camisa do clube em lojas em outros estados e a entrega em mãos dentro do estádio para os torcedores que pedirem, por telefone ou internet, peças do uniforme na loja localizada dentro do Couto Pereira.


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