Torcedor escapa de emboscada e tenta diminuir domínio de ‘elite’ no Santos
Eduardo Ohata
Ele já ficou encurralado sob uma chuva de pedras e garrafas durante a semifinal do Santos com o Cerro Portenho no Paraguai pela Libertadores. E conheceu a mulher, Ariane, ao viajar para uma outra partida do time da Vila Belmiro, no Uruguai, também em 2011. Oriundo das arquibancadas do Santos, o torcedor Tarciso Lopes, candidato sem pedigree, tenta ser o primeiro representante “plebeu” a quebrar a hegemonia de conselheiros na ouvidoria do Santos.
“Por vir das arquibancadas acho entendo mais o que o torcedor quer”, explica Lopes, 30, que participa das eleições para a terceira vaga na ouvidoria do Santos que ficou vaga após a saída de Iliucha Valle, que acontecem nesta quinta, às 20h. A ouvidoria é o canal oficial para que associados e funcionários façam suas sugestões, reclamações e denúncias. “Falta um pouco de retorno da parte do clube. O sócio quer benefícios. O Santos precisa se modernizar, e nada melhor do que a juventude para isso.”
“Já vivenciei muita coisa [relativa ao Santos]. No jogo com o Cerro Portenho, pensei que ia morrer. A segurança era precária, e a torcida rival jogava garrafas, pedras, tudo”, conta Lopes, eleito conselheiro para o triênio 2015-17, para logo em seguida falar de um assunto mais agradável. “Mas foi graças ao Santos que conheci durante uma viagem minha mulher. Então há poucos momentos da minha vida a que o Santos não está ligado.”