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Medalhista olímpico dedicará combate a vítimas de tragédia da Chapecoense
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Eduardo Ohata

O medalhista olímpico Esquiva Falcão dedicará sua luta desta sexta-feira às vítimas da tragédia da Chapecoense. O pugilista pensou até em bordar o brasão do clube no calção, mas por dificuldades de logística, desistiu da ideia.

Esquiva, prata na Olimpíada de Londres-12 e invicto como profissional, enfrenta na madrugada de sábado o porto-riquenho Luis Hernandez, na Califórnia (EUA). Originalmente o brasileiro enfrentaria o americano Gerardo Ibarra, que perdeu o vôo e teve que ser substituído. O canal SporTV transmite a programação ao vivo, a partir da 1h de sábado (anteriormente havia sido divulgado que a programação teria início à 0h e 2h, a última informação chegou às 20h desta sexta-feira).

“A vitória, se Deus quiser, vou dedicar às famílias desses amigos, companheiros do esporte. Queria fazer uma homenagem simples, bordando o emblema do time no calção ou vestindo a camisa do time, mas infelizmente viajei nesta quarta [de Nevada] para a o local onde eu luto já na sexta [Califórnia], mas o roupão que vou usar pelo menos é verde, da cor do time”, explicou Esquiva, 38º do ranking do Conselho Mundial de Boxe.

“Foi muito triste, estou abatido, que deus conforte o coração de todos”, finalizou o lutador, que acrescentou que planeja pedir um minuto de silêncio ou o tradicional toque de dez badaladas por conta da tragédia na Colômbia. Ele não sabe ainda se será atendido.

Esquiva tem 15 lutas, todas vitórias, 12 delas por nocaute. O cartel de Ibarra traz 14 vitórias e 3 derrotas (8 nocautes).


Cleber Santana queria jogar mais 5 anos e encerrar a sua carreira no Sport
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Eduardo Ohata

O capitão da Chapecoense, Cleber Santana, morto no acidente aéreo na Colômbia, planejava jogar mais quatro ou cinco anos, encerrar sua carreira no Sport, e virar treinador. É o que o meia delineou com seu amigo e agente, Hugo Magalhães, com quem esteve no último domingo, em São Paulo, antes da partida com o Palmeiras pelo Brasileiro.

“Perguntei a ele quanto tempo mais pensava em jogar, e ele respondeu que mais ‘quatro, cinco anos’, que queria [voltar a] jogar no Sport, seu time desde que era menino, e que, definitivamente, viraria treinador após se aposentar”, disse Magalhães, sobre o meia que estava com 35 anos.

Segundo o empresário, Santana havia acertado verbalmente com o presidente do clube, Sandro Pallaoro, também morto no acidente, sua permanência na Chapecoense até 2018. “Ele estava cada vez mais apaixonado pela Chapecoense e pela cidade. Dizia que o futebol é uma selva, mas que a Chapecoense era diferente”, lembra Magalhães.

Para o futuro imediato, o meia já tinha planos. Tinha passagens compradas para viajar logo após o jogo de volta da final da Copa Sul-Americana, com a mulher, Rosângela, e os filhos, Aroldo Neto e Cleber Jr., para a América Central.

“Eu o convidei para meu casamento, no dia 11 de dezembro, e ele falou que não poderia ir por já estar com passagem comprada para embarcar na quinta-feira, no dia seguinte à final com o Atlético Nacional [que ocorreria dia 7 de dezembro], com a família para a República Dominicana.”

Sua participação na partida com o Palmeiras, no último domingo, seu último jogo, aconteceu por sua insistência com o técnico Caio Junior.

“O Caio pensou em poupá-lo para a decisão da Sul-Americana, pode ver que poucos titulares jogaram”, conta Magalhães. “Mas o Cleber respondeu brincando ‘sou jovem’, e falou para o Caio que estaria melhor ritmo para o jogo de quarta se jogasse domingo, que era o que mais gosta, ou melhor, gostava de fazer, que poderia jogar domingo, segunda, terça e chegar bem para a partida de quarta”.


‘O brasileiro é solidário e o mundo do futebol fará de tudo para ajudar’
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Eduardo Ohata

“O brasileiro é solidário, e o mundo do futebol fará de tudo para ajudar [a Chapecoense]”, disse, ainda sob o choque da tragédia que atingiu a Chapecoense, Claudio Gomes, cartola próximo a Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense e da Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina, que morreu no acidente. Gomes é o diretor-executivo da entidade.

Pallaoro buscaria nos próximos meses a reeleição à presidência da associação.

Gomes, porém, deixou claro que antes de os clubes se mobilizarem para oferecer eventual ajuda ao time, a prioridade é “proporcionar conforto aos familiares e propiciar um enterro digno a esses heróis”.

 


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