Torcida boicota jogo de time e rende toneladas de comida a ação beneficente
Eduardo Ohata
Torcida que prefere assistir por telão do que ao vivo partida de seu time, que aconteceu em sua própria cidade, e que festejou o jogo, mesmo com vitória do rival? Esse foi o saldo do último, e polêmico, Atletiba.
A última edição do clássico entre o Coritiba e o Atlético-PR aconteceu na Vila Capanema, estádio do Paraná, porque apesar de o mando de campo ser do Furacão, pois uma apresentação do tenor italiano Andrea Boccelli fora marcada para a mesma data para a Arena da Baixada.
A torcida do Coritiba, irritada com os ingressos oferecidos por salgados R$ 200, entendeu que era ela que iria subsidiar o custo do aluguel da Vila Capanema e iniciou campanha para boicotar o jogo “in loco” e para que o clube transmitisse o clássico em um telão no Couto Pereira.
Mesmo com o time atrás no marcador, um burburinho começou no segundo tempo entre os torcedores do Coritiba no estádio que acompanham o jogo por rádio.
Pouco depois, o sistema de som do Couto Pereira repassou a informação, que fez a torcida vibrar: o público na Vila Capanema, formado majoritariamente por torcedores do Atlético-PR era de cerca de 6 mil pessoas, e o presente no Couto Pereira, para assistir o jogo no telão, era de aproximadamente 10 mil pessoas.
A receptividade à iniciativa surpreendeu a direção do time, que pretende realizar outras ações semelhantes no futuro, independente de polêmicas com o rival local.
O real ganhador do clássico? Instituições beneficentes, que receberam 10 toneladas de alimento (a admissão ao estádio era um quilo de alimentos não-perecíveis).