Blog do Ohata

Quem se beneficia e quem perde se o Palmeiras conquistar a Copa do Brasil?

Eduardo Ohata

Quem ganha e quem perde com a eventual conquista da Copa do Brasil na corrida eleitoral do Palmeiras? Sim, as eleições acontecem apenas no ano que vem, mas com vários atores surgindo na corrida eleitoral ou com seus nomes mencionados entre os presidenciáveis, o efeito ''Copa do Brasil'' servirá de fiel da balança e alavancará algumas campanhas, ajudará candidatos em potencial a confirmar os nomes e pode fazer outros tirarem os times de campo.

Apesar do alto número de contratações nos últimos anos e o jejum de títulos, a gestão de Paulo Nobre, até pelo fato de o presidente ter colocado a mão no bolso para emprestar ao clube, é tratada com condescendência pelo Conselho Deliberativo e pela torcida. Um título neutralizará a pressão e possíveis críticas, a derrota pode respingar em seu candidato, que representaria a continuidade, além da garantia de receber o que emprestou ao clube sem problemas.

Dentro desse cenário, os possíveis candidatos à presidência dentre os nomes mais comentados no clube, como o do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, ou de quem já manifestou o desejo de sair candidato, como o ex-vice Roberto Frizzo, podem ser divididos em três grupos:

Situação

– Maurício Precivalle Gagliotti, vice de Paulo Nobre. Pontos positivos: Proximidade do presidente, está por dentro da gestão, já que a acompanha de perto.  Pontos negativos: Falta de experiência administrativa e de força política individual.

– Genaro Marino, outro vice de Paulo Nobre. Ponto positivo: Visto com simpatia por correligionários de Paulo Nobre. Ponto negativo: Participou da polêmica gestão de Gilberto Cipullo no futebol.

– Antonio Augusto Pompeu de Toledo, presidente do Conselho Deliberativo. Pontos positivos: Presidente do conselho, filho do ex-presidente Brício Pompeu de Toledo. Ponto negativo: Falta de experiência no executivo, falta de força política individual, que teria que ser trabalhada.

 

Oposição

– Wlademir Pescarmona, coordenador da oposição. Ponto positivo: Líder da oposição; coordenou ação na Justiça contra novas taxas, referentes a obras, cobradas dos associados pela atual gestão; amealhou cerca de 40% dos votos dos associados nas últimas eleições. Pontos negativos: Grupo político pequeno no Conselho Deliberativo; não aumentou de forma expressiva o número de correligionários, algumas ideias consideradas inviáveis.

– Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente. Ponto positivo: Grande visibilidade na mídia. Pontos negativos: alvo de comissão de sindicância; não conclui mandato.

Fatores X

– Roberto Frizzo, ex-vice de futebol, que em eleição passada abandonou candidatura em favor de Paulo Nobre. Ponto forte: Conta com um grupo de mais de 20 conselheiros; conquistou o último título nacional do Palmeiras; foi colega de faculdade de José Roberto Lamacchia, da Crefisa, e tem acesso a ele. Pontos fracos: Caiu para a Série B do Brasileiro, embora alegue interferência do então presidente Arnaldo Tirone e o fato de o clube estar sem estádio.

– Rita Cosentino, advogada. Pontos positivos: Trabalhou por cerca de 8 anos no jurídico do Palmeiras; poderia ser viabilizada como a primeira candidata mulher no Palmeiras. Como Frizzo, já teve relação próxima a Mustafá Contursi, que se mantém como uma força política. Pontos negativos: Individualmente não é forte politicamente; inexperiente na parte administrativa.

– Helio Esteves, ex-vice do Conselho Deliberativo. Ponto forte: Bem visto pelos setores jovens. Ponto fraco: Enfrentaria objeção dos conservadores do clube.