Blog do Ohata

Cartola que recuperou Mundial de 51 do Palmeiras pede estrela na camisa

Eduardo Ohata

Responsável pelo dossiê que culminou na validação do título da Copa Rio-1951 como um Mundial, o ex-vice de futebol palmeirense Roberto Frizzo pediu ao atual presidente do clube, Paulo Nobre, e ao vice Maurício Galiotte que seja adicionado ao escudo da camisa do time passe uma estrela por conta da conquista do Mundial.

Esse era um desejo de Frizzo desde que o Mundial foi reconhecido pela Fifa, mas agora encontrou embasamento legal para o pedido.

''Há um artigo no estatuto que prevê isso, uma estrela vermelha na camisa para assinalar a conquista de um Mundial'', explica Frizzo. ''Alguns, mais empolgados, sugeriram fazer um abaixo-assinado. Mas como está no estatuto, e é um direito dos palmeirenses, preferi conversar com o Paulo [Nobre] e com o Maurício, mas não houve uma resposta definitiva.''

Frizzo coordenou a pequisa para a confecção do dossiê que foi posteriormente encaminhado à Fifa requisitando o reconhecimento da Copa Rio de 1951 como um título mundial. O ex-vice de futebol palmeirense também trabalhou nos bastidores políticos nesse episódio.

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Roberto Frizzo (à esq.) posa ao lado de réplica da taça da Copa Rio de 1951

A conquista do título foi lembrada por meio de uma apresentação durante o aniversário do Palmeiras, há poucas semanas.

A Fifa exaltou, em julho passado, quando o título completou 65 anos, por meio de mídias sociais, o Palmeiras como o primeiro campeão global, com a publicação de fotos da época inclusive.

Quanto às ironias de torcedores de outros times de que o Palmeiras precisou de um ''título conquistado via fax'' para ser campeão mundial, Frizzo retruca com outra provocação.

''Meu amigo, esse título é verdadeiro. Não é título de torneio de verão'', retruca um levemente irritado Frizzo. ''Pode verificar, os elencos dos times que estiveram no Rio em 1951 traziam os mesmos jogadores que vieram aqui no Brasil um ano antes disputar a Copa por suas seleções.''