Copa Rio-51: Cartola adia visita à Fifa para recuperar status de Mundial
Eduardo Ohata
O ex-vice de futebol do Palmeiras Roberto Frizzo adiou visita que faria à Fifa este mês para tentar recuperar o status de Mundial da Copa Rio-51. O cartola aproveitaria uma viagem, de caráter pessoal, que fará no final deste mês à Suíça, onde fica a sede da Fifa.
Frizzo, que pilotou o trabalho de pesquisa que culminara no reconhecimento da parte da Fifa da Copa Rio-51 como ''de caráter'' Mundial, revelara seus planos em maio ao blog, logo após o presidente do clube, Mauricio Galliotte, anunciar que o uniforme do clube passaria a trazer uma estrela vermelha como um reconhecimento à conquista da Copa Rio-51.
Para ir à Fifa, o cartola pretendia levar uma carta oficial do Palmeiras para, como da primeira vez, falar oficialmente pelo clube. Porém, após análise da situação com um grupo de 14 apoiadores, optou por não fazer o pedido a Galliotte e adiar o plano para 2018.
Frizzo entendeu que o momento de turbulência no futebol, com insatisfação da torcida em relação aos resultados e a proximidade do fim do ano, com o início do planejamento do futebol para 2018, não é o melhor para levar uma atribuição a mais para o presidente. Ele levou em conta também que o assédio da mídia sobre Galliotte, mesmo que positivo, seria inadequado neste momento.
De toda a forma, o que deu gás à ideia de Frizzo foi justamente a iniciativa de Galliotte de fazer cumprir o artigo do estatuto que previa a estrela na camisa, o que o cartola interpretou como um reconhecimento estendido ao seu trabalho de pesquisa.
No fronte internacional, o ex-vice de futebol pesou o fato de o presidente da Fifa, Gianni Infantino, tampouco atravessar um período tranquilo, já que foi investigado pelo comitê de ética da entidade. Ele entendeu que essa não seria a hora mais adequada também por lá.
Frizzo pretende esperar o ano que vem para conversar sobre o assunto com a direção do Palmeiras e requisitar um ofício, já que todo ano ele viaja à Suíça por causa de compromissos pessoais.
A Fifa havia conferido à Copa Rio o caráter de primeira competição com formato de um Mundial de clubes. Porém, em um segundo momento, declarou que só reconhecia como Mundial de clubes as competições organizadas por ela própria.
O ex-vice do Palmeiras pretende mostrar, por meio de elementos como regulamento, bola, arbitragem, entre outros, que a Fifa participou da organização da Copa Rio-51.