Violência enterra chance do Rio sediar final única da Libertadores em 2019
Eduardo Ohata
Repercutiu muito mal entre cartolas de países membros da Conmebol os episódios de violência registrados no Rio durante as últimas semanas, o que diminuiu ainda mais as chances de o Maracanã receber a final única da Libertadores em 2019 e 2020, o blog apurou com dirigentes ligados à entidade que controla o futebol sul-americano.
Como os planos da Conmebol é que a final única aconteça dois anos consecutivos na mesma cidade-sede, o Rio teria uma nova chance de receber a decisão só a partir da edição de 2021, sujeito a uma reavaliação das condições de sua candidatura.
Mas antes mesmo de dirigentes ligados à entidade assistirem as cenas de violência registradas na ruas do Rio, que funcionaram praticamente como pá de cal para o lobby em prol do Maracanã, este já estava bastante enfraquecido por conta das brigas entre torcidas registradas na final da Copa Sul-Americana, disputada entre Flamengo e o Independiente.
Um cartola da Conmebol definiu como ''o episódio mais vergonhoso do futebol sul-americano'' os confrontos entre torcedores que marcaram a decisão. Flamenguistas agrediram argentinos do lado de fora do estádio, houve invasão de torcedores no Maracanã, além da utilização de fogos dentro do estádio e também no hotel do Independiente.
Como se não bastasse, um terceiro fator, a malha aérea do Brasil também trabalha contra o Maracanã. Dirigentes apontaram ser ruim, até dentro do país, e ressaltaram que o vôo de Assunção, no Paraguai, onde fica a sede da Conmebol, para a cidade fluminense foi cancelado.