Blog do Ohata

Arquivo : Comitê Rio-2016

Ex-homem forte das finanças do COB assume presidência do Comitê Rio-2016
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Eduardo Ohata

O ex-diretor financeiro do Comitê Olímpico do Brasil Edson Menezes assumiu a presidência do Comitê Rio-2016.

Na ausência de Carlos Arthur Nuzman, que foi preso na semana passada, Menezes, primeiro vice-presidente do Rio-2016, assumiu o posto.

Uma reunião do conselho diretor, que acontecerá provavelmente na próxima semana, decidirá quem ocupará o cargo em definitivo.

Apesar de pouco conhecido do público, Menezes é um dos dirigentes com mais influência dentro do COB. Além de ter ocupado um cargo-chave na entidade, foi chefe de missão da delegação brasileira em competições internacionais.

O cartola já viu seu nome mencionado em meio a questões polêmicas no âmbito esportivo e político.

 


Presidente do COB descarta golpe e afirma que não sabe se Nuzman é inocente
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Eduardo Ohata

O presidente em exercício do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley Teixeira, vice de Carlos Arthur Nuzman, acredita que a entidade superará a profunda crise que a atinge, com a prisão preventiva do titular e a suspensão pelo Comitê Olímpico Internacional.

Em entrevista ao blog, Paulo Wanderley, ex-presidente da Confederação Brasileira de Judô, descartou a possibilidade de um golpe para assumir de vez a presidência do COB e ao ser questionado se Nuzman é inocente, respondeu não saber.

Esta sexta-feira foi marcada por rumores fortíssimos de que você tentará um golpe para tomar o poder no COB. Isso é verdade?

É um assunto que está na moda, não? [Risos] Mas não faz parte do meu perfil esse tipo de assunto. Não faço análises ou respondo sobre conjecturas. Fui eleito para um mandato de quatro anos, e pretendo cumprir o que determina o estatuto do COB.

Um fato que reforça essa teoria do golpe é que presidentes de confederação foram avisados por você no início da tarde desta sexta-feira (6) de uma reunião na próxima terça-feira (10), e no fim da tarde o site do COB ter anunciado uma assembleia extraordinária para o dia seguinte, na quarta-feira. Nenhum presidente ouvido pelo blog havia sido avisado ou sabia do caráter oficial desta segunda reunião.

A reunião de terça-feira não vai mais acontecer. O que aconteceu é que por questões estatutárias, porque é necessário chamar uma assembleia extraordinária com antecedência, mudamos a data para quarta-feira. Vamos falar de assuntos administrativos do comitê.

Você recebeu alguma orientação de Nuzman sobre como dirigir o COB durante a sua ausência?

Há dias não falo com o Nuzman. Quem fala com ele são os advogados.

Acredita que Nuzman é inocente das acusações?

Não sei. Não opino porque não tenho conhecimento de causa. Sobre essa situação sei exatamente o mesmo que você.

Se a prisão de Nuzman for estendida ou alterada de prisão temporária para preventiva, há o risco de intervenção?

Não sei dizer, não tenho conhecimento jurídico para dar minha opinião.

Você não acha que a imagem da Rio-2016 vai ficar manchada?

Estou presidente em exercício do COB. O Comitê Rio-2016 não tem nada a ver com o COB, inclusive tem um CNPJ diferente.

Eu quis dizer a Olimpíada Rio-2016.

Não tenho que avaliar. Trabalho com foco na atividade dos atletas e das confederações. O que eu posso dizer é que da parte do esporte está tudo bem, obrigado. O projeto continua. Além do mais, o esporte e a instituição são maiores do que tudo o que aconteceu.

Mas não preocupa a suspensão do COB pelo COI?

Não tenho dúvidas de que uma ação protocolar resolverá essa situação em breve.


Preso, Carlos Arthur Nuzman segue como presidente do Comitê Rio-2016
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Eduardo Ohata

COM DEMETRIO VECCHIOLI

Carlos Arthur Nuzman, mesmo cumprindo prisão temporária, segue como presidente do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2018.

Já o vice do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley Teixeira, assumiu temporariamente a presidência do COB.

Nuzman só poderia ser substituído no cargo no Comitê Rio-2016 por meio de uma reunião do conselho da entidade, que deve acontecer em breve.

Ainda não foi definida a data da reunião do conselho, mas a tendência é que ela seja realizada ainda na próxima semana.

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (5), no Rio de Janeiro, um mandado de prisão temporária de cinco dias contra o presidente do COB e do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman.

O dirigente foi detido durante a manhã em sua residência no Leblon e levado para a sede da PF da cidade em um desdobramento de investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.


Na ressaca da Rio-2016, atletas olímpicos perdem até os planos de saúde
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Eduardo Ohata

Atletas olímpicos que competiram na Rio-2016 foram surpreendidos nesta segunda-feira com a notícia de que ficarão sem seus planos de saúde a partir do dia 31 de dezembro deste ano.

Uma circular orientava presidentes de confederações nacionais a recolher as carteirinhas do plano de saúde com os desportistas logo após o fim do contrato para prevenir “constrangimentos” causados pelo “uso indevido do seguro”.

Tratava-se de um benefício que os desportistas recebiam por meio do COB (Comitê Olímpico do Brasil) de um dos patrocinadores da entidade, a Bradesco Seguros.

Comunicado do COB às confederações, que irritou desportistas

Comunicado do COB às confederações, que irritou desportistas

A forma do documento, tanto quanto o teor, irritou desportistas que tiveram acesso ao comunicado do comitê para as confederações (veja ao lado). Um deles o encaminhou ao blog.

No entender de alguns deles, não é esse o tratamento adequado a alguém que se esforçou para representar o país nos Jogos Olímpicos.

O corte do plano de saúde não é um caso isolado.

Após a Rio-2016, as confederações e seus atletas já foram abaladas por cortes brutais nos valores de patrocínios de estatais e já reclamaram que o aporte via Lei Piva diminuiu, provavelmente pela menor quantidade de apostas registradas por conta da crise econômica.

O próprio Comitê Rio-2016 tem uma dívida de pelo menos R$ 200 milhões a saldar com fornecedores.

Contatado na tarde de ontem, o COB não havia se manifestado até o fim da noite desta segunda.


Rio-16 veta atleta-repórter, palavrões e marketing pirata em mídias sociais
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Eduardo Ohata

Sob o risco de perder suas credenciais ou até ser alvo de ação  na Justiça, desportistas que participarão dos Jogos do Rio-2016 terão de ser extremamente cuidadosos ao compartilhar suas experiências olímpicas por meio das mídias sociais.

As orientações, contidas em um “manual” produzido pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), ao qual este blog teve acesso, vão do “formato” por meio do qual o atleta descreverá suas experiências, à sua conduta na Vila Olímpica, passando pelo veto da divulgação de vídeos e áudios de instalações olímpicas e ao chamado “marketing de emboscada” por meio de suas mídias sociais.

Para impedir que competidores ou cartolas façam “reportagens”, eles são orientados a contar sobre suas experiências na Vila Olímpica, arenas de competição ou locais de treinamento “em primeira pessoa, em formato de diário”. Eles são alertados de que só pessoas credenciadas como mídia poderão atuar como jornalistas, repórteres ou outra forma de imprensa durante a Olimpíada.

Além disso, atletas e cartolas estão proibidos de fazer qualquer forma de “propagandas política, religiosa ou racial” ou de fazer uso de palavras de “palavras ou imagens vulgares ou obscenas”, ou a postar algo que expresse ofensa, ódio ou discriminação ou que seja difamatório.

Na Olimpíada de Londres, há quatro anos, ganhou repercussão o episódio no qual a judoca brasileira Rafaela Silva, após ser eliminada, acessou sua conta no Twitter e, de cabeça quente, ao receber críticas e ofensas em tons racistas de internautas, respondeu com palavrões.

Já na Vila Olímpica, em respeito à privacidade dos demais atletas, haverá áreas demarcadas com placas de “proibido fotografar”.

Marketing de emboscada

Embora seja permitidas fotos e gravação de vídeos e áudios na Vila Olímpica, Parque Olímpico, ou outras instalações olímpicas, o COI proíbe a comercialização desse material das fotos e a divulgação por meio de postagem ou streaming dos vídeos ou áudios, sem expressa autorização do COI.

Também está proibidos o uso do emblema olímpico e mascotes olímpicos nas mídias sociais, a associação da Olimpíada, Jogos ou movimento olímpico a “terceiros ou produtos de terceiros”, a não ser com aprovação prévia por escrito do respectivo comitê olímpico nacional ou do Comitê Rio-2016.

Punições

Quem violar as orientações do COI estará sujeito à exigência de remoção de conteúdo, descredenciamento e pode até ser alvo de uma ação na Justiça. Além disso, o COI se reserva o direito de fazer emendas às orientações, “como considerar apropriado”.


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