Palmeiras vota hoje artigo que desobriga WTorre de erguer memorial do clube
Eduardo Ohata
O pacote de alterações estatutárias que será votado nesta terça (31) à noite no Palmeiras traz artigos com potencial para criar polêmica, como o que prevê a construção de um memorial na sede social e outros que diluem o poder da diretoria executiva do clube.
O artigo relacionado ao memorial, se aprovado, desobrigaria a WTorre de erguê-lo no Allianz Parque. A demora em sua construção tem causado cobrança de parte de conselheiros preocupados com a acomodação dos trofeus da equipe. A WTorre argumenta que estuda opções de locais na arena para o memorial e também que prospecta um grupo especializado em gestão para firmar parceria.
Há também propostas na reforma do estatuto que, na prática, diminuem o poder da diretoria do executivo do clube, como a diminuição do número de vices (atualmente são quatro), que a partir de uma eventual alteração teriam que concorrer de forma independente, não atrelado à chapa do presidente. Outro artigo a ser votado estabelece um teto no número de conselheiros a fazer parte da diretoria e que os impede de votar as suas própria contas. Todos esses artigos, mesmo os que não são de sua autoria, têm o apoio do ex-presidente Mustafá Contursi, principal força política nos bastidores do clube.
Outros itens que constam na pauta devem ser aprovados com facilidade, pois tratam de assuntos de caráter meramente burocrático, como a mudança da data de análise dos balanços.
As mudanças que serão propostas nesta terça foram votadas previamente por um grupo restrito de conselheiros, entre eles Mustafá, que barrou alterações no texto que diziam respeito ao profissionalismo.
Houve propostas que não foram encampados pela comissão de reforma de estatuto, como a que permitiria que um conselheiro se candidatasse à presidência do clube em seu primeiro mandato. A recusa de sua inclusão gerou desconforto entre as partes envolvidas.