Blog do Ohata

Arquivo : WTorre

Palmeiras vota hoje artigo que desobriga WTorre de erguer memorial do clube
Comentários Comente

Eduardo Ohata

O pacote de alterações estatutárias que será votado nesta terça (31) à noite no Palmeiras traz artigos com potencial para criar polêmica, como o que prevê a construção de um memorial na sede social e outros que diluem o poder da diretoria executiva do clube.

O artigo relacionado ao memorial, se aprovado, desobrigaria a WTorre de erguê-lo no Allianz Parque. A demora em sua construção tem causado cobrança de parte de conselheiros preocupados com a acomodação dos trofeus da equipe. A WTorre argumenta que estuda opções de locais na arena para o memorial e também que prospecta um grupo especializado em gestão para firmar parceria.

Há também propostas na reforma do estatuto que, na prática, diminuem o poder da diretoria do executivo do clube, como a diminuição do número de vices (atualmente são quatro), que a partir de uma eventual alteração teriam que concorrer de forma independente, não atrelado à chapa do presidente. Outro artigo a ser votado estabelece um teto no número de conselheiros a fazer parte da diretoria e que os impede de votar as suas própria contas. Todos esses artigos, mesmo os que não são de sua autoria, têm o apoio do ex-presidente Mustafá Contursi, principal força política nos bastidores do clube.

Outros itens que constam na pauta devem ser aprovados com facilidade, pois tratam de assuntos de caráter meramente burocrático, como a mudança da data de análise dos balanços.

As mudanças que serão propostas nesta terça foram votadas previamente por um grupo restrito de conselheiros, entre eles Mustafá, que barrou alterações no texto que diziam respeito ao profissionalismo.

Houve propostas que não foram encampados pela comissão de reforma de estatuto, como a que permitiria que um conselheiro se candidatasse à presidência do clube em seu primeiro mandato. A recusa de sua inclusão gerou desconforto entre as partes envolvidas.

 


Com troféus em depósito, conselheiros cobram da WTorre memorial no Allianz
Comentários Comente

Eduardo Ohata

O Memorial do Palmeiras que ainda não saiu do papel no Allianz Parque e que faz parte do projeto da WTorre virou alvo de conselheiros do clube, que falam em prejuízo, ao explicar se tratar de uma instalação com potencial de geração de receitas.

Enquanto o memorial não fica pronto, troféus do clube, como o da Copa Rio de 1951, estão guardados em segurança em um depósito longe dos torcedores.

“Essa demora em construir o memorial, além de ser um desrespeito com a história do clube, na fase que o clube vive, iguala-se a um prejuízo significativo”, dispara o ex-vice de futebol Roberto Frizzo. “Imagine a receita gerada com passeios pelo memorial, uma visita a uma loja de souvenirs montada à saída e, depois do exercício da caminhada, uma churrascaria ou restaurante montada na área?”

Outro entusiasta da ideia era o conselheiro Sergio Pellegrini, morto em 2015, que integrou gestão do ex-presidente Paulo Nobre e chegou a conversar sobre o assunto com representantes da WTorre. Ele apresentava números que mostravam o quanto o clube poderia lucrar com a construção de um complexo destinado a eventos e à visitação de torcedores e turistas.

Membros da atual gestão já confidenciaram a interlocutores nutrir expectativa em relação à construção do memorial no Allianz Parque, o blog apurou.

Até mesmo Walter Torre demonstrou empolgação em relação à construção do memorial à época do início da viabilização do projeto, quando afirmou ao blogueiro que gostaria de doar ao espaço memorabilia de um antepassado, segundo ele, ferrenho palmeirense.

A WTorre conversa no momento com dois grupos interessados em investir e operar uma área que inclui um museu e restaurantes panorâmico, o blog apurou com fonte ligada à administração do Allianz Parque.

A construtora necessita de um parceiro para gerir o espaço, já que essa não se trata da sua expertise, explica a WTorre. Porém a crise financeira pelo qual o país passa e a indisposição dos grupos que se apresentaram em fazer investimentos, mas apenas em erguer o espaço físico do museu, tem se mostrado um fator dificultador para a conclusão de um negócio.

Dentro da empresa, argumenta-se que o business plan do Allianz Parque segue um cronograma, já que as prioridades para garantir o fluxo de caixa da arena eram o contrato de naming rights, a comercialização dos camarotes e a venda do uso das cadeiras.

A construção do museu e restaurante panorâmico eram passos que estavam previstos pela WTorre, mas para um segundo momento.

O clube preferiu não se pronunciar.


Orgulho do Palmeiras, troféu da Copa Rio-1951 espera por “casa própria”
Comentários Comente

Eduardo Ohata

O símbolo de um dos principais orgulhos do Palmeiras, a taça da Copa Rio-1951, está longe do olhar dos torcedores, provisoriamente guardada em um depósito, ao lado de todas os outros troféus do clube.

A taça da Copa Rio ganhará um lar definitivo quando a WTorre erguer um memorial no Allianz Parque, instalação que faz parte do projeto, e sobre o qual Walter Torre falou com carinho com o blogueiro há alguns anos quando a arena nem havia saído do papel.

À época, Walter disse inclusive que cederia à direção do Palmeiras para ficar em exposição material de seu avô, que segundo seu discurso à época, era fanático torcedor do time do Parque Antarctica e responsável por tê-lo convertido em aficionado palmeirense.

O Palmeiras confirma que no momento o empecilho para que os troféus do Palmeiras sejam expostos é a falta de um local adequado.

“As taças estão armazenadas em um local apropriado, aguardando a definição de um projeto e local para o museu”, informou, em nota.

O local apropriado se trata de um um depósito, complementou Mauro Yasbek, diretor de arena do Palmeiras. Segundo o blog apurou com uma fonte com trânsito no departamento administrativo do clube, o depósito fica no bairro de Pinheiros.

No Palmeiras, o título da Taça Rio de 1951 é tratada com toda a reverência. Na recepção da sala do presidente Mauricio Galiotte há uma réplica, que muitos se emocionam ao ver por imaginar se tratar do troféu original. Uma das salas de reuniões do centro de excelência do Palmeiras é totalmente decorado com imagens que fazem alusão à conquista da Copa Rio 1951.

Alguns torcedores e conselheiros, porém, já estão exasperados pelo fato de o troféu estar “sem teto”. Um deles é o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, responsável pelo dossiê que serviu para “recuperar” o status de “Mundial” da Taça Rio junto à Fifa. A entidade, depois, mudou de posição algumas vezes sobre compará-lo a um título mundial.

“Não entendo porque o troféu da Taça Rio e todos os demais desses mais de cem anos da rica história do Palmeiras estão exilados”, dispara Frizzo. “Nem estou me queixando por ele estar em um depósito cujo endereço não é divulgado. Enquanto ele não estiver de volta ao clube, tem que ser assim, é mais seguro, imagina se algum torcedor de outro clube descobre onde está, o que pode acontecer? Mas o que eu gostaria mesmo é que ele retornasse ao clube o mais rápido possível para ficar exposto à visitação dos torcedores.”

Quem também fez lobby pela construção do memorial foi o conselheiro Sergio Pellegrini, ligado às administrações dos presidentes Arnaldo Tirone e Paulo Nobre (no primeiro mandato).

O fato de os troféus ficarem abertos à visitação pública serviu em um passado nem tão distante para inspirar o lançamento de livros. Foi o caso de “O Jogo Vermelho”, do ex-deputado federal Aldo Rebelo, que teve a idéia durante uma visita ao antigo museu do clube.

A WTorre argumenta que a construção depende apenas da escolha de um local no clube para erguer o memorial e que não há apenas um projeto, mas dois.

A seguir, a íntegra da nota da WTorre enviada ao blog:

“O Allianz Parque esclarece que, como era previsto em seu projeto inicial, existe dentro do complexo da arena, não uma, mas duas áreas capazes de receber um memorial do clube. Essa atração ainda não foi viabilizada por uma série de razões. Portanto, não se trata de promessa não cumprida, mas de um importante item dentro do plano de negócios da arena, ainda em desenvolvimento.

No momento, a equipe da arena analisa dois projetos distintos, apresentados por empresas especializadas nesse segmento, e que serão discutidos em conjunto com o nosso parceiro, o Palmeiras.

A responsabilidade da nossa gestão é criar um memorial não apenas bonito e atraente, mas sustentável economicamente. Alguns exemplos recentes no país reuniram acervos magníficos, mas hoje lutam para se sustentar e manter os respectivos memoriais em atividade. Precisamos evitar isso e acreditamos que somente estudando iniciativas bem sucedidas, dentro e fora do país, com gestão feita por especialistas, vamos encontrar o modelo ideal para o Palmeiras, sua torcida e o Allianz Parque.

A equipe de gestão da arena, compreende a ansiedade da torcida em termos mais este espaço concluído no complexo do Allianz Parque, mas reiteramos que nosso maior compromisso com os palmeirenses é erguer um memorial à altura do Campeão do Século XX e Maior Campeão do Brasil. Não aceitamos nada menos do que isso.”


‘A WTorre não terminou todas as obras no Allianz Parque’, alerta Mustafá
Comentários Comente

Eduardo Ohata

O ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi aproveita o momento de tranquilidade política no clube para lançar um alerta: “A WTorre não entregou ainda todas as obras no Allianz Parque”.

“Consta que a WTorre não terminou todas as obras na arena. Como o Palmeiras tem uma participação na renda do estádio, estamos deixando de ganhar, pois há uma diminuição da receita por conta de áreas que não estão sendo utilizadas”, explica o cartola, que reforçou papel de destaque no clube após vitórias no conselho deliberativo, Conselho de Orientação Fiscal e ao ver ratificada a eleição de Leila Pereira, dona da Crefisa, a uma cadeira na casa.

“Espero que o atual presidente [Mauricio Galiotte] continue defendendo os interesses do Palmeiras em relação à WTorre como o anterior [Paulo Nobre] fazia”, concluiu, enfático, Mustafá.

O blog entrou em contato com a WTorre, que alegou que não poderia se manifestar oficialmente no momento por não saber em detalhes quais os pontos foram questionados pelo cartola.

O blog, porém, apurou que há, sim, finalização de obras que são questionadas e que o silêncio da construtora se deve a uma condição de confidencialidade.

Na câmara de arbitragem da Fundação Getúlio Vargas, o clube já obteve uma vitória sobre a WTorre, quando, em outubro passado, conquistou o direito de comercializar as cadeiras da arena.

Há obras que já entraram na conta do associado, que foram pagas por meio de taxas de reinstalação de departamentos.

“Há itens redigidos no contrato de forma diferente à apresentada no conselho, e o sócio pagou a conta”, explica Mustafá. “Mas como foi o próprio sócio que aprovou a parceria com a WTorre, essa foi a solução possível.”

 


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>