Fifa ‘torce’ por Grêmio para vender direitos de TV do Mundial de Clubes
Eduardo Ohata
A menos de um mês da estreia do representante sul-americano no Mundial de Clubes da Fifa, previsto para o dia 12 de dezembro, a agência que representa seus direitos de TV, a Dentsu, ainda não fechou a transmissão com nenhuma emissora do Brasil.
Representantes do Mundial de Clubes da Fifa procuraram as TVs brasileiras armados com o argumento de que a competição ainda pode ter um representante brasileiro, o Grêmio, caso a equipe gaúcha supere o argentino Lanus para ser campeã da Libertadores.
A Globo confirmou que transmitirá na TV aberta, para a rede, nas próximas duas quartas-feiras, as partidas de ida e volta das finais da competição continental.
''Mas e se o Grêmio for o campeão??!'', foi o mantra repetido para executivos de emissoras de TV brasileiras. De toda a forma, executivos da Dentsu correm para tentar fechar, até antes da final da Libertadores, os direitos de TV para o Brasil.
Em tese, a não-participação de um time brasileiro no Mundial de Clubes pressionaria para baixo o valor dos direitos.
A Fifa frustrou-se com as TVs brasileiras ao ser obrigada a adiar por duas vezes leilões pelos direitos do Mundial de Clubes por o valor mínimo esperado pela Fifa não ter sido alcançado. Nessas oportunidades, a competição ainda contava com a participação do Flamengo, que conta com uma das maiores torcidas do país, e o Palmeiras, patrocinado pela Crefisa, que poderia ser abordada pelo departamento comercial da TV que adquirisse os direitos com ofertas de cotas comerciais.
Em uma das oportunidades, executivos chegaram a ''jogar a toalha'', ao alegar que um concorrente havia assegurado os direitos por meio do segundo leilão, mas havia se tratado de um ''alarme falso''.
O Mundial de Clubes enfrenta a concorrência dos iminentes leilões da Libertadores, Sulamericana, Recopa, Champions, alguns europeus, entre outros direitos que estarão em jogo nos próximos meses.
De toda a forma, o novo formato estendido da Libertadores provocou problemas para o Mundial de Clubes. Além de complicar a venda de direitos de TV, causou problemas de logística até para o clube sulamericano na competição e os torcedores que planejam assistir in loco a competição.