Leila acena com até R$ 60 mi a mais a clube se mandato de Galiotte aumentar
Eduardo Ohata
Cartolas do Palmeiras ouviram de Leila Pereira, dona da Crefisa, que pretende investir até R$ 60 milhões no Palmeiras em incentivos fiscais se for aprovado o aumento do mandato do presidente do clube, Maurício Galiotte, de dois para três anos com apenas uma reeleição. A informação foi confirmada ao blog por pessoas com muita proximidade a Leila. A reunião do conselho deliberativo que votará a alteração no estatuto do clube está marcada para o próximo dia 21.
''A Leila já demonstrou que quer investir no Palmeiras e explicou que pela lei atual, suas empresas podem destinar entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões via incentivos fiscais, mas há ainda possibilidade de esse valor passar para até R$ 50 milhões ou R$ 60 milhões, se um projeto de lei que altera a alíquota de 1% para 3%, em trâmite, for aprovado'', explica o presidente do conselho deliberativo do Palmeiras, Seraphim del Grande.
Além da proposta do aumento do mandato de presidente para três anos com uma reeleição, outra proposta de alteração do mandato do presidente do Palmeiras já apresentada sugere três mandatos de dois anos cada, também totalizando seis anos (com duas reeleições). Mas essa segunda proposta inviabilizaria o uso do dinheiro via incentivo fiscal.
O redator da Lei Pelé, o advogado Heraldo Panhoca, aponta que o limite de uma reeleição é condição para um clube receber a verba da Lei de Incentivo.
''Segundo o artigo 18-A da Lei 9.615/98, que trata das condições para que o clube possa receber verba pública, 'somente poderão receber recursos da administração pública federal direta e indireta caso… seu presidente ou dirigente máximo tenham o mandato de até 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) única recondução. Não importa a duração dos mandatos, desde que seja de até quatro anos, mas há o limite de apenas uma reeleição.'''
A verba obtida por meio da Lei de Incentivo Fiscal não poderá ser destinada ao futebol profissional. O montante teria, obrigatoriamente que ser destinado a categorias de base ou a modalidades ditas amadores, como o vôlei, basquete etc, desde que o projeto seja aprovado pelo Ministério do Esporte.
Indiretamente, a alteração do mandato do presidente favorece os planos de Leila de se candidatar à presidência do Palmeiras no futuro. De acordo com o estatuto em vigor, o mandato de Galiotte termina em dezembro deste ano e, se reeleito, ficaria no poder até dezembro de 2020.
Conforme o blog revelou, Leila, informalmente, abriu campanha pelo aumento do mandato do presidente do Palmeiras. Na próxima semana, Leila assumirá oficialmente sua posição, em um jantar em um luxuoso hotel para o qual convidou cerca de 200 conselheiros do clube.