Ex-presidente de rebaixamento do Palmeiras escapa de levar gancho de um ano
Eduardo Ohata
O ex-presidente palmeirense Arnaldo Tirone, que ganhou fama ao ser flagrado na praia no dia seguinte ao rebaixamento do time, em 2012, foi absolvido na noite desta terça-feira, após votação de relatório de sindicância que apresentava irregularidades nas contas de sua gestão, pelo conselho deliberativo do clube.
Foram 89 votos a favor do relatório, 63 contra, 2 abstenções (51 conselheiros assinaram a lista de presença mas foram embora). Para que a pena de suspensão fosse aceita, eram necessários pelo menso 104 votos a favor do relatório.
Com isso, o diretor financeiro de Tirone à época, Antonio Henrique Silva, também foi absolvido.
Caso tivesse sido considerado culpado, Tirone, popularmente conhecido como ''Pituca'', teria sido punido com suspensão de um ano no clube.
Ou seja, Tirone escapou de ter o mesmo destino de Luiz Gonzaga Belluzzo, seu antecessor, suspenso por um ano, também por efeito de uma sindicância administrativa.
Nos corredores do Parque Antarctica comenta-se que pesou na decisão o ''efeito Crefisa'', já que o ex-presidente e pessoas do círculo de José Roberto Lamachia, dono da financeira, reconhecem que a dupla tem uma amizade que vem de 45 anos, e que é normal amigos se preocuparem uns com os outros. Tirone tem feito campanha por Leila, mulher de Lamachia, que concorrerá ao conselho do clube, um dos pré-requisitos para quem pretende disputar a presidência do clube.
Um dos que mais trabalharam nos bastidores a favor de Tirone foi seu vice de futebol à época, Roberto Frizzo.
O ex-presidente Mustafá Contursi, padrinho político de Tirone, de quem acabou se afastando, Paulo Nobre e Maurício Galiotte, votaram com o relatório.