Outro ex-presidente diz que dona da Crefisa é sócia do Palmeiras desde 1996
Eduardo Ohata
O ex-presidente palmeirense Arnaldo Tirone corroborou versão do colega Mustafá Contursi de que Leila Pereira, dona da Crefisa e Faculdade das Américas, patrocinadoras do clube, recebeu título de sócia benemérita em 1996.
''Em 96 o Palmeiras vivia aquela época áurea, e foram distribuídos títulos de sócios do clube'', explica Tirone, que à época era membro do Conselho de Orientação Fiscal. ''Lembro da reunião, tenho certeza que a mulher do [então presidente da Federação Paulista de Futebol Eduardo José] Farah e a Leila [Pereira] receberam títulos de sócias beneméritas.''
À ''Jovem Pan'', Tirone dissera que como havia muita gente na reunião não lembrava quem recebera títulos.
A candidatura de Leila a uma das cadeiras do conselho deliberativo se tornou o centro de uma polêmica quando o ex-presidente Paulo Nobre, como último ato de sua gestão, pediu a impugnação de uma eventual candidatura de Leila. O pedido se baseia na suspeita de que Leila não é sócia desde 1996, e assim não cumpriria os requisitos para se candidatar ao conselho.
É obrigatório para quem deseja se candidatar à presidência do clube cumprir duas gestões no conselho.
Crefisa e FAM, juntas, investiram cerca de R$ 100 milhões no clube no ano, considerados patrocínio, participação nas obras do CT e centro de imprensa e contratação de jogadores.
A polêmica ganha mais corpo por conta do momento em que ocorre, já que o contrato de patrocínio da Crefisa ao Palmeiras vence em janeiro, mas inclui cláusula que dá mais 30 dias para as partes finalizarem as negociações.