Com troféus em depósito, conselheiros cobram da WTorre memorial no Allianz
Eduardo Ohata
O Memorial do Palmeiras que ainda não saiu do papel no Allianz Parque e que faz parte do projeto da WTorre virou alvo de conselheiros do clube, que falam em prejuízo, ao explicar se tratar de uma instalação com potencial de geração de receitas.
Enquanto o memorial não fica pronto, troféus do clube, como o da Copa Rio de 1951, estão guardados em segurança em um depósito longe dos torcedores.
“Essa demora em construir o memorial, além de ser um desrespeito com a história do clube, na fase que o clube vive, iguala-se a um prejuízo significativo”, dispara o ex-vice de futebol Roberto Frizzo. “Imagine a receita gerada com passeios pelo memorial, uma visita a uma loja de souvenirs montada à saída e, depois do exercício da caminhada, uma churrascaria ou restaurante montada na área?”
Outro entusiasta da ideia era o conselheiro Sergio Pellegrini, morto em 2015, que integrou gestão do ex-presidente Paulo Nobre e chegou a conversar sobre o assunto com representantes da WTorre. Ele apresentava números que mostravam o quanto o clube poderia lucrar com a construção de um complexo destinado a eventos e à visitação de torcedores e turistas.
Membros da atual gestão já confidenciaram a interlocutores nutrir expectativa em relação à construção do memorial no Allianz Parque, o blog apurou.
Até mesmo Walter Torre demonstrou empolgação em relação à construção do memorial à época do início da viabilização do projeto, quando afirmou ao blogueiro que gostaria de doar ao espaço memorabilia de um antepassado, segundo ele, ferrenho palmeirense.
A WTorre conversa no momento com dois grupos interessados em investir e operar uma área que inclui um museu e restaurantes panorâmico, o blog apurou com fonte ligada à administração do Allianz Parque.
A construtora necessita de um parceiro para gerir o espaço, já que essa não se trata da sua expertise, explica a WTorre. Porém a crise financeira pelo qual o país passa e a indisposição dos grupos que se apresentaram em fazer investimentos, mas apenas em erguer o espaço físico do museu, tem se mostrado um fator dificultador para a conclusão de um negócio.
Dentro da empresa, argumenta-se que o business plan do Allianz Parque segue um cronograma, já que as prioridades para garantir o fluxo de caixa da arena eram o contrato de naming rights, a comercialização dos camarotes e a venda do uso das cadeiras.
A construção do museu e restaurante panorâmico eram passos que estavam previstos pela WTorre, mas para um segundo momento.
O clube preferiu não se pronunciar.