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Estreia de Robson Conceição nem pareceu que foi a sua 1ª luta profissional
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Eduardo Ohata

Ouro na Olimpíada Rio-2016, Robson Conceição, 28, nem pareceu que estava fazendo sua primeira luta profissional neste sábado à noite, com uma clara vitória por pontos sobre o norte-americano Clay Burns, na preliminar do duelo entre o filipino Manny Pacquiao e Jesse Vargas, o que por si só já coloca pressão sobre os ombros dos boxeadores que participam de uma programação de tal magnitude.

O baiano, treinado por Luis Carlos Dórea, o mesmo que levou Popó a seu primeiro título mundial, muito à vontade, mostrou muitas qualidades contra um rival mais experiente, que entrou no ringue com 4 vitórias, 2 derrotas e 2 empates.

Nem a pressão e agressividade, mesmo que atabalhoada, do americano fez com Robson perdesse a tranquilidade, o que seria perdoável por se tratar de um estreante.

Mas não, Robson, paciente, lançou golpes em combinações, trabalhou bem a linha de cintura e soube administrar a energia para um número maior de assaltos, o que são características de um veterano de algumas lutas profissionais já.

O brasileiro, apelidado de “Nino”, tampouco se movimentou desnecessariamente, pecado de muito lutador que faz a transição de amador para profissional.

Além do trabalho do estafe do brasileiro, isso se deve também à aproximação das regras do amadorismo às do profissionalismo (ênfase na agressividade, aposentadoria do sistema computadorizado que privilegiava os “toques” em vez dos golpes contundentes, retirada do capacete protetor etc) e de sua participação na World Series of Boxing, liga semi-profissional da Aiba (entidade que controla o boxe olímpico).

Início promissor.


Popó pede vaga par lutar na Rio-2016 e argumenta ser ‘resultado garantido’
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Eduardo Ohata

 

O ex-campeão mundial de boxe Acelino “Popó” Freitas, 40, se colocou à disposição da Confederação Brasileira de Boxe para representar o Brasil na Olimpíada do Rio-2016. A Aiba (Associação Internacional de Boxe) decide em assembleia no próximo dia 1º se permitirá ou não a participação de pugilistas profissionais na competição nos Jogos Olímpicos do Rio.

“Se a confederação permitir, quero participar da Olimpíada, seria uma honra, um sonho, poder representar o país”, afirmou Popó a este blog. “Tem gente que participou de três, quatro, cinco olimpíadas e nunca trouxe nada. Comigo, é resultado garantido.”

“Queria muito ter participado da Olimpíada de Atlanta [em 1996], mas por causa da minha situação financeira tive que passar para o profissionalismo antes [dos Jogos] para não passar fome”, complementa o boxeador, que tem como principal incentivador na empreitada olímpica Armando Fernandes, proprietário da Monumento Sports, que apoia Popó desde a época do amadorismo.

O baiano, que como profissional foi campeão mundial nas categorias superpena e leve, tem uma motivação especial para integrar a seleção olímpica. “Dizem que o [Manny “Pacman”] Pacquiao vai participar da Rio-2016, para mim seria uma honra enfrentá-lo.”

Há tempos Popó insiste em enfrentar o filipino. “Seria uma disputa entre dois boxeadores que se tornaram políticos”, não se cansa de repetir Popó, que ocupou uma cadeira no Congresso como deputado federal pela Bahia.

Popó, que pesa atualmente 78 quilos, afirma que poderia competir em qualquer categoria entre 64 quilos e 69 quilos, já que durante sua carreira conseguia perder vários quilos às vésperas de suas lutas. Se a Aiba aprovar a participação de profissionais e Pacquiao confirmar sua participação, o filipino deverá competir na categoria até 64 quilos (meio-médios).

“Já estou acertado como comentarista na Olimpíada do [canal] Sportv, mas abro mão disso se me derem a chance de competir na Olimpíada.”

Da parte da confederação, não haveria objeção, caso a Aiba aprove a participação de profissionais nos Jogos.

“É quase certo que a Aiba irá aprovar a mudança”, afirma Mauro Silva, presidente da CBBoxe. “Se o Popó quiser, ele pode disputar a vaga da categoria até 79 quilos [médios] com o Roberto Custódio. Eles fariam um confronto entre eles e o vencedor iria para o Azerbaijão, em julho, buscar a classificação olímpica.”

“Mas não sei se o Popó poderia participar por conta da idade”, aponta Silva. “O regulamento atual proíbe quem tem mais de 40 anos de participar de Olimpíada, e o Popó completará 41 anos em setembro [a Olimpíada acontece em agosto]. Mas isso pode mudar.”


Conheça quem é o lutador que desbancou Floyd ‘Money’ Mayweather Jr.
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Eduardo Ohata

Floyd Mayweather Jr. participou no ano passado da luta mais rica da história do boxe. Só nos EUA, um recorde de 4,4 milhões de domicílios pagaram cerca de US$ 100 cada para assistir seu duelo com Manny “Pacman” Pacquiao. Em outros países, como o Brasil, o combate também foi disponibilizado pelo pay-per-view. Só por essa luta, “Money” embolsou, no mínimo, US$ 220 milhões. Fechou o ano -e sua carreira invicta-, com uma vitória sobre o haitiano Andre Berto.

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de "Guerra nas Estrelas"

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de “Guerra nas Estrelas”

Mas o título de “Lutador do Ano” da mais importante publicação de boxe do mundo, a “The Ring”, que existe desde 1922, foi para o britânico Tyson Fury. Para quem nunca ouviu falar, Fury é um peso-pesado que chegou para a entrevista coletiva da luta mais importante de sua vida fantasiado de… Batman. Mais, logo após ser campeão mundial, ajoelhado ainda sobre o ringue, cantou uma música do Aerosmith para a mulher, Paris. Diz a lenda que seu pai lhe deu o primeiro nome em homenagem a… Mike Tyson. Um personagem, heim?

Ah, quase ia esquecendo o mais importante: Fury destronou o gigante ucraniano Wladimir Klitschko pelos cinturões dos pesados.

O editor da “The Ring”, Michael Rosenthal, defende a seleção de Fury sobre Mayweather, que ganhou fama por ostentar sua riqueza.

“No fim, a disputa ficou entre Fury e Mayweather”, reconhece Rosenthal. “Floyd foi o melhor lutador de sua geração, mas Wladimir foi quase tão dominante. Ele [Wladimir] derrotou todos que colocaram à sua frente desde 2004 e estava há mais de dez anos invicto. Ao derrotá-lo, Fury injetou nova vida na divisão dos pesos-pesados.”

Ou seja, segundo a “The Ring”, Fury “fez história”. “Nenhum outro lutador pode dizer que fez o mesmo em 2015, a menos que você esteja contando os dólares produzidos pela luta entre Mayweather Jr. e Pacquiao”, conclui a revista, em sua última edição.

Outros vencedores:

Luta do Ano: Francisco Vargas KO 9 Takashi Miura

Nocaute do Ano: Canelo Alvarez KO 3 James Kirkland

Assalto do Ano: Amir Imam vs Fidel Maldonado (Terceiro assalto)

Zebra do Ano: Fury vs Klitschko

Retorno do Ano: Badou Jack

Treinador do Ano: Joe Gallagher

Promessa do Ano: Takuma Inoue

Evento do ano: Mayweather vs Pacquiao

Lutador mais Inspirador do Ano: Anthony Crolla

 

 

 


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