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Arquivo : Copa Rio-1951

Conmebol recebe pedido de Palmeiras e avalia fazer lobby por Mundial de 51
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Eduardo Ohata

O dossiê que defende a oficialização pela Fifa do título do Palmeiras da Copa Rio de 1951 como Mundial já foi recebido pela Conmebol, o blog confirmou com o cartola da entidade que intermediou o pedido. Palmeirenses de correntes rivais se uniram para requisitar lobby semelhante ao que resultou no reconhecimento pela Fifa dos títulos mundiais do São Paulo, Santos, Flamengo e Grêmio, entre outros.

O passo seguinte será a análise da argumentação e dos cinco documentos anexados para verificar o mérito do pedido palmeirense.

O cartola da Conmebol reconhece que existe mérito no pedido dos cartolas alviverdes, mas argumenta que o título do clube paulista não poderia ser incluído no pacote de títulos recentemente reconhecidos por se tratar de um outro tipo de competição, com um formato diferente, inclusive, e que por isso tem que ser analisado separadamente.

Uma particularidade sobre os títulos que foram reconhecidos em grupo pela Fifa, em outubro, após lobby da Conmebol, é de que os pedidos partiram de várias equipes, oriundas de diversos países, já que a competição intercontinental foi disputada por décadas.

Pela Copa Rio, há os esforços do Palmeiras, e eventualmente do Fluminense, que também demonstrou interesse na oficialização da chancela de Mundial para o título de 1952, cuja edição foi esvaziada, em relação à versão de 1951.

“Sim, faz mais de 60 anos da conquista da Copa Rio e o contexto era diferente, mas a arbitragem era da Fifa, o vice da Fifa Otorino Barassi estava na competição e entregou o troféu, o torneio tinha duas chaves, uma no Rio e outra em São Paulo, e contou com times campeões”, analisou Roberto Frizzo, que pilotou pesquisa sobre a Copa Rio, ao ser informado pelo blog do status do pedido.

Frizzo, do grupo Palmeiras Forte, do ex-presidente Mustafá Contursi, e Vittorio Pescosolido, da União Verde e Branca, de Luiz Gonzaga Belluzzo, autores do pedido conjunto de reconhecimento, não receberam até o momento feedback oficial da Conmebol.

O carinho dos palmeirenses pela título da Copa Rio-51 foi demonstrado pela inclusão de uma estrela vermelha no uniforme do time, como uma homenagem à conquista.

 


Copa Rio-51: Cartola adia visita à Fifa para recuperar status de Mundial
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Eduardo Ohata

O ex-vice de futebol do Palmeiras Roberto Frizzo adiou visita que faria à Fifa este mês para tentar recuperar o status de Mundial da Copa Rio-51. O cartola aproveitaria uma viagem, de caráter pessoal, que fará no final deste mês à Suíça, onde fica a sede da Fifa.

Frizzo, que pilotou o trabalho de pesquisa que culminara no reconhecimento da parte da Fifa da Copa Rio-51 como “de caráter” Mundial, revelara seus planos em maio ao blog, logo após o presidente do clube, Mauricio Galliotte, anunciar que o uniforme do clube passaria a trazer uma estrela vermelha como um reconhecimento à conquista da Copa Rio-51.

Torcida do Palmeiras posa para fotos com troféu da Copa Rio de 1951 (Cesar Greco/Fotoarena)

Para ir à Fifa, o cartola pretendia levar uma carta oficial do Palmeiras para, como da primeira vez, falar oficialmente pelo clube. Porém, após análise da situação com um grupo de 14 apoiadores, optou por não fazer o pedido a Galliotte e adiar o plano para 2018.

Frizzo entendeu que o momento de turbulência no futebol, com insatisfação da torcida em relação aos resultados e a proximidade do fim do ano, com o início do planejamento do futebol para 2018, não é o melhor para levar uma atribuição a mais para o presidente. Ele levou em conta também que o assédio da mídia sobre Galliotte, mesmo que positivo, seria inadequado neste momento.

De toda a forma, o que deu gás à ideia de Frizzo foi justamente a iniciativa de Galliotte de fazer cumprir o artigo do estatuto que previa a estrela na camisa, o que o cartola interpretou como um reconhecimento estendido ao seu trabalho de pesquisa.

No fronte internacional, o ex-vice de futebol pesou o fato de o presidente da Fifa, Gianni Infantino, tampouco atravessar um período tranquilo, já que foi investigado pelo comitê de ética da entidade. Ele entendeu que essa não seria a hora mais adequada também por lá.

Frizzo pretende esperar o ano que vem para conversar sobre o assunto com a direção do Palmeiras e requisitar um ofício, já que todo ano ele viaja à Suíça por causa de compromissos pessoais.

A Fifa havia conferido à Copa Rio o caráter de primeira competição com formato de um Mundial de clubes. Porém, em um segundo momento, declarou que só reconhecia como Mundial de clubes as competições organizadas por ela própria.

O ex-vice do Palmeiras pretende mostrar, por meio de elementos como regulamento, bola, arbitragem, entre outros, que a Fifa participou da organização da Copa Rio-51.


Orgulho do Palmeiras, troféu da Copa Rio-1951 espera por “casa própria”
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Eduardo Ohata

O símbolo de um dos principais orgulhos do Palmeiras, a taça da Copa Rio-1951, está longe do olhar dos torcedores, provisoriamente guardada em um depósito, ao lado de todas os outros troféus do clube.

A taça da Copa Rio ganhará um lar definitivo quando a WTorre erguer um memorial no Allianz Parque, instalação que faz parte do projeto, e sobre o qual Walter Torre falou com carinho com o blogueiro há alguns anos quando a arena nem havia saído do papel.

À época, Walter disse inclusive que cederia à direção do Palmeiras para ficar em exposição material de seu avô, que segundo seu discurso à época, era fanático torcedor do time do Parque Antarctica e responsável por tê-lo convertido em aficionado palmeirense.

O Palmeiras confirma que no momento o empecilho para que os troféus do Palmeiras sejam expostos é a falta de um local adequado.

“As taças estão armazenadas em um local apropriado, aguardando a definição de um projeto e local para o museu”, informou, em nota.

O local apropriado se trata de um um depósito, complementou Mauro Yasbek, diretor de arena do Palmeiras. Segundo o blog apurou com uma fonte com trânsito no departamento administrativo do clube, o depósito fica no bairro de Pinheiros.

No Palmeiras, o título da Taça Rio de 1951 é tratada com toda a reverência. Na recepção da sala do presidente Mauricio Galiotte há uma réplica, que muitos se emocionam ao ver por imaginar se tratar do troféu original. Uma das salas de reuniões do centro de excelência do Palmeiras é totalmente decorado com imagens que fazem alusão à conquista da Copa Rio 1951.

Alguns torcedores e conselheiros, porém, já estão exasperados pelo fato de o troféu estar “sem teto”. Um deles é o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, responsável pelo dossiê que serviu para “recuperar” o status de “Mundial” da Taça Rio junto à Fifa. A entidade, depois, mudou de posição algumas vezes sobre compará-lo a um título mundial.

“Não entendo porque o troféu da Taça Rio e todos os demais desses mais de cem anos da rica história do Palmeiras estão exilados”, dispara Frizzo. “Nem estou me queixando por ele estar em um depósito cujo endereço não é divulgado. Enquanto ele não estiver de volta ao clube, tem que ser assim, é mais seguro, imagina se algum torcedor de outro clube descobre onde está, o que pode acontecer? Mas o que eu gostaria mesmo é que ele retornasse ao clube o mais rápido possível para ficar exposto à visitação dos torcedores.”

Quem também fez lobby pela construção do memorial foi o conselheiro Sergio Pellegrini, ligado às administrações dos presidentes Arnaldo Tirone e Paulo Nobre (no primeiro mandato).

O fato de os troféus ficarem abertos à visitação pública serviu em um passado nem tão distante para inspirar o lançamento de livros. Foi o caso de “O Jogo Vermelho”, do ex-deputado federal Aldo Rebelo, que teve a idéia durante uma visita ao antigo museu do clube.

A WTorre argumenta que a construção depende apenas da escolha de um local no clube para erguer o memorial e que não há apenas um projeto, mas dois.

A seguir, a íntegra da nota da WTorre enviada ao blog:

“O Allianz Parque esclarece que, como era previsto em seu projeto inicial, existe dentro do complexo da arena, não uma, mas duas áreas capazes de receber um memorial do clube. Essa atração ainda não foi viabilizada por uma série de razões. Portanto, não se trata de promessa não cumprida, mas de um importante item dentro do plano de negócios da arena, ainda em desenvolvimento.

No momento, a equipe da arena analisa dois projetos distintos, apresentados por empresas especializadas nesse segmento, e que serão discutidos em conjunto com o nosso parceiro, o Palmeiras.

A responsabilidade da nossa gestão é criar um memorial não apenas bonito e atraente, mas sustentável economicamente. Alguns exemplos recentes no país reuniram acervos magníficos, mas hoje lutam para se sustentar e manter os respectivos memoriais em atividade. Precisamos evitar isso e acreditamos que somente estudando iniciativas bem sucedidas, dentro e fora do país, com gestão feita por especialistas, vamos encontrar o modelo ideal para o Palmeiras, sua torcida e o Allianz Parque.

A equipe de gestão da arena, compreende a ansiedade da torcida em termos mais este espaço concluído no complexo do Allianz Parque, mas reiteramos que nosso maior compromisso com os palmeirenses é erguer um memorial à altura do Campeão do Século XX e Maior Campeão do Brasil. Não aceitamos nada menos do que isso.”


Palmeirenses querem estrela de Mundial-51 na camisa, mesmo sem “selo Fifa”
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Eduardo Ohata

Um dos cartolas que resgataram o histórico da Copa Rio-1951, Roberto Frizzo, cita o estatuto do clube para defender a colocação de uma estrela vermelha no escudo do clube, como símbolo da conquista.

A Fifa deixou claro que não se trata de um Mundial organizado por ela, mas admitira, anteriormente, que a Copa Rio-1951 tem caráter de primeira competição de clubes com dimensão mundial. Quando isso aconteceu, foi ventilada a possibilidade de o clube do Parque Antarctica incluir a estrela vermelha na camisa.

Após a manifestação mais recente da entidade que controla o futebol mundial, porém, a impressão era de que o clube desistira da ideia.

Não para o ex-vice de futebol Frizzo.

“Uma coisa não tem a ver com a outra”, argumenta Frizzo. “O estatuto do Palmeiras prevê a introdução de uma estrela vermelha por causa da conquista da Copa Rio, então não tem a ver com a Fifa reconhecer como Mundial organizado por ela ou não”.

Segundo Frizzo, o próprio presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, disse este ano que precisavam se reunir para discutir o assunto.

“Mas não precisa ser discutido e nem aprovado pelo conselho, está no estatuto do clube, que foi aprovado pelos conselheiros”, defende Frizzo, que logo na sequência recitou o artigo do estatuto para a reportagem.

Opositores da ideia já abordaram Frizzo com uma argumentação, no mínimo, inesperada e curiosa.

“Fui procurado por conselheiros que reclamaram que uma estrela vermelha na camisa será propaganda para o PT”, diz, indignado, Frizzo. “É uma coincidência o símbolo do partido e o da conquista da Copa Rio serem estrelas vermelhas, o que posso fazer?”

 


‘Palmeiras segue campeão de 1º torneio mundial’, diz cartola que o resgatou
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Eduardo Ohata

O ex-vice de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, coordenador da pesquisa que culminou no reconhecimento da Copa Rio-51 como primeiro Mundial, pedirá informações detalhadas sobre a decisão da entidade de não reconhecer oficialmente competições anteriores a 2.000 como Mundiais.

“De toda a forma, a Fifa reconhece a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras, como a primeira competição de clubes de cunho mundial”, argumenta Frizzo. “A Fifa apenas decidiu não reconhecer como Mundial o que não foi organizado por ela.”

Segundo Frizzo, o Palmeiras segue ao lado de Santos, Grêmio, Flamengo e São Paulo como campeão mundial, mas de uma versão que não foi organizada pela Fifa.

O cartola aponta que a Fifa encaminhou ao Palmeiras documentação oficial atestando a primazia do clube do Parque Antarctica.

Ao ser questionado sobre as brincadeiras de torcedores de outros clubes que questionaram como fica o Mundial do Palmeiras agora, Frizzo retrucou: “A grandeza do Palmeiras em sua história faz com que os adversários a todo momento tentem denegri-lo.”

O presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, não se manifestou sobre a questão.

 


‘Mundial do Palmeiras é subaproveitado’, diz cartola que o resgatou na Fifa
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Eduardo Ohata

O Palmeiras foi reconhecido pela Fifa como campeão do primeiro título mundial de clubes da história, porém não sabe usá-lo bem como uma ferramente voltada ao marketing, enquanto outros clubes sabem tirar proveito de seus títulos. Essa é a conclusão de Roberto Frizzo, responsável pelo trabalho de pesquisa para a produção do dossiê que foi entregue à Fifa, que chancelou a conquista.

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Frizzo diz que não entende quando vê outros clubes usando seus título de campeão mundial de clubes ou bicampeonato para se promover, e percebe que seu próprio clube não valoriza a conquista de 1951. Sim, foi o título foi assunto durante a semana em que finalmente foi chancelado pela Fifa, mas poucos dias depois já não era mais mencionado.

O cartola defende que o título palmeirense tem ainda um diferencial, que o torna único, por ter sido o primeiro. Por isso, planeja fazer um evento em agosto, mês de aniversário do clube, para mostrar a importância do clube, como foi o trabalho de pesquisa, as dificuldades, os episódios engraçados com que se depararam e como acredita que poderia ser melhor utilizado.

O ex-vice de futebol disse que o evento com duração entre dois e três dias poderia ser organizado em conjunto com o clube.

Ou, diz ele, poderia até realizá-lo sozinho, já que o próprio trabalho de pesquisa e viagens bancou “do próprio bolso”. (O clube pagou os salários do jornalista Arnaldo Branco, que auxiliou Frizzo).

Em 2014, a Fifa reconheceu a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras, como o primeiro título mundial de clubes da história. O comitê executivo da entidade que controla o futebol mundial reconheceu em nota oficial que essa foi a primeira competição de abrangência mundial (entre clubes).

A Copa Rio foi organizada pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) com 8 clubes, campeões nacionais, além de Palmeiras, como campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1951, e Vasco, campeão carioca do mesmo ano: Sporting (Portugal), Austria Vienna (Áustria), Nacional (Uruguai), Juventus (Itália), Estrela Vermelha (Iugoslávia) e Nice (França).


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