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Arquivo : Morumbi

São Paulo já tem 3ª camisa e data de lançamento, apesar de ação na Justiça
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Eduardo Ohata

O São Paulo já tem o modelo de uma terceira camisa para a temporada, produzida pela Under Armour e com lançamento previsto para o mês de setembro, o blog apurou. O prazo de cinco meses até a comercialização se deve a decisão estratégica de clube e fornecedora.

O último modelo da terceira camisa, lançada no segundo semestre do ano passado, na cor amarela, e utilizada contra o Botafogo no Campeonato Brasileiro, provocou uma ação na Justiça da parte de conselheiros do clube. Em 2015, a terceira camisa do clube do clube do Morumbi fora produzida na cor bordô, com uma linha amarela no peito.

Os conselheiros alegaram em sua ação, à qual o blog teve acesso, que a produção de camisas do São Paulo, em qualquer cor fora o preto, o branco ou o vermelho fere o estatuto, ao citar o artigo 129: “As cores do São Paulo Futebol Clube são as da bandeiras paulista, vermelha, branca e preta”.

Segundo os termos do documento, há apenas dois modelos aceitáveis de uniforme do São Paulo:

O de número 1, “composto de camisas brancas, tendo à altura do peito três faixas horizontais, vermelha, branca e preta, nessa ordem, cobertas inteiramente pelo emblema, triângulo isósceles. As faixas vermelha e preta com cinco (5) centímetros de largura e a branca com 2,5 centímetros”.

O de número 2, “composto de faixas verticais vermelhas, brancas e pretas alternadas, nessa ordem, e na altura do coração o emblema, triângulo isósceles. A largura das faixas vermelhas e pretas é de 4,5 centímetros, e a branca de 1,5 centímetro”.

A ação acusa, ainda, que a produção de camisas comemorativas atendem apenas a interesses de marketing.

Apesar de o marketing desenvolver os conceitos em conjunto com a fornecedora, a ação passa pela aprovação do conselho deliberativo.

O conceito da terceira camisa está definido, e os lançamentos anuais estão previstos para acontecer até pelo menos 2019.


Após ouvir Santos, SP veta proposta de Abílio em projeto de novo estatuto
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Eduardo Ohata

EDUARDO OHATA E PEDRO LOPES

Membros da comissão de sistematização que trata da reforma do estatuto do São Paulo, presidida pelo advogado Carlos Eduardo Ambiel, consultaram cartolas do Santos antes de entregar seu projeto. Ouviram que o modelo atual da escolha de diretoria adotado pelo clube da Vila Belmiro, similar à proposta de comitê executivo apresentada por Abílio Diniz, dificultaria a governabilidade do clube.

A reforma do estatuto é uma das principais bandeiras do presidente são-paulino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que saiu em uma assembleia marcada por forte campanha contrária da oposição. Leco e Abílio estão em pontos opostos. Para viabilizar a reforma, Leco contou com o apoio do presidente do Conselho, Marcelo Abranches Pupo Barboza.

No modelo proposto por Abilio, os 9 a 11 membros do comitê executivo seriam eleitos pelas diferentes frentes do conselho deliberativo. Esses, por sua vez, elegeriam o presidente e o vice, em uma eleição indireta, e teriam voz em todas as decisões tomadas no clube.

Pela versão do estatuto que acaba de ser entregue pelo comitê são-paulino, o conselho de administração terá nove membros: o presidente e o vice, que serão eleitos pelo conselho (hoje o presidente aponta o vice), e mais sete integrantes.

As indicações dos sete membros partiriam do conselho deliberativo (2), para garantir visões diferentes ao do presidente, do conselho consultivo (1), pela experiência de seus membros, e pelo próprio presidente (4), o que lhe garantiria governabilidade.

Dos quatro indicados pelo presidente, três viriam de fora do clube, para oxigenar o ambiente e diminuir o risco de decisões baseadas em paixões clubísticas, e um do conselho deliberativo.

Na proposta do novo estatuto, o clube seguiria com o modelo presidencialista. O Conselho de Administração seria responsável por aprovação de contratos, teto para investimentos, cobrança do cumprimento das políticas estabelecidas, entre outros pontos. Por outro lado, o órgão não participaria das decisões do dia a dia, como a definição de um novo treinador ou contratação de um jogador, que ficaria a cargo de uma diretoria executiva de futebol.

Cartolas do clube do Morumbi, como o ex-secretário nacional de futebol Rogerio Hamam, que assessora a comissão, ouviram de seus pares do Santos que a simples contratação ou venda de jogadores frequentemente se tornam pesadelos políticos quando tem que ser referendados pelo conselho, já que cada grupo tem uma visão diferente. Por isso mesmo, no Santos, já há a ideia de uma nova reforma estatutária.

Também foram ouvidos dirigentes do Flamengo e Grêmio.

O ponto em comum entre a proposta de Abílio e a do comitê de reforma é a figura do executivo remunerado (entre 3 e 9), provavelmente em áreas como jurídico, marketing, futebol, estádio etc.

O novo modelo acabaria com os cargos de vice-presidentes estatutários e não-remunerados. Atualmente há vice-presidente em cinco áreas: futebol, comunicações e marketing, administração e finanças, social e de esportes amadores, e patrimônio. A única que poderia ser mantida é a vice-presidência social.

Confira outras alterações relevantes na proposta do novo estatuto:

– Mandato de quatro anos para presidente e vice, sem reeleição (atualmente o mandato é de três anos, com uma reeleição)

– Nova data para eleições em dezembro (no atual formato, as eleições ocorrem em abril, no meio da temporada)

– Mudança de 240 para 260 conselheiros (esses 20 novos serão eleitos, para alterar a proporção com vitalícios)

– Possibilidade de separar o futebol do social. Seria feito um estudo nos próximos 12 meses após a aprovação do estatuto para ver a viabilidade de isso acontecer


Gola pólo retorna em camisa número 2 do São Paulo, no dia 23, no Morumbi
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Eduardo Ohata

A camisa número 2 do São Paulo, que tem estreia prevista para o dia 23, uma quinta-feira, na partida frente ao Sport, pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi, promoverá a volta da tradicional gola pólo ao uniforme são-paulino. A camisa será listrada.

O fato de a estreia da segunda camisa, também produzida pela americana Under Armour, acontecer em casa, está em linha com o que já aconteceu no lançamento do novo uniforme, pois seu conceito prossegue seguindo a linha “Dê a vida por essa casa”.

A estreia da nova camisa tricolor, no mês passado, foi acompanhada pela divulgação de vídeo que homenageou o Morumbi.

O novo manto são-paulino também contará com a tecnologia Coolswitch, que oferece sistema de resfriamento do corpo do atleta, e conta com maior capacidade de absorção do suor.


‘Torcida pode ir no campo e cobrar jogador’, dizem organizadas em pesquisa
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Eduardo Ohata

Se o time está em crise no campeonato, a organizada pode ir ao treino e entrar no gramado para cobrar com maior rigidez.

Quem assina embaixo essa frase são as organizadas de São Paulo e Rio, conforme atestam os episódios dos últimos dias envolvendo as torcidas de Palmeiras e Flamengo, cujos CTs foram alvo nos últimos dias de invasões de organizadas.

É também o que corrobora os números de pesquisa produzida pela FGV, conduzida em São Paulo e Rio, à qual este blog teve acesso. O documento foi discutido em conjunto entre autoridades do governo federal e cartolas.

Segundo as estatísticas, aproximadamente 94% dos integrantes de organizadas do Rio “concordam muito” (84%) ou “concordam pouco” (10%) que a torcida organizada pode ir ao treino cobrar dos jogadores, quando o time joga mal. O restante, ou cerca de 7%, “discorda muito” ou “discorda pouca” da afirmação.

As torcidas de São Paulo são ligeiramente mais “tolerantes”: um número próximo a 84% concorda que as organizadas podem ir ao treino para cobrar jogadores no campo. De novo, a maioria “concorda muito” (68%) com a frase, há quem “concorda pouco” (16%), e a minoria absoluta, 16%, “discordam muito” ou “discordam pouco”.

Uma outra questão, dessa vez sobre a atuação da Polícia Militar, nos remete ao episódio do confronto entre torcedores e policiais na goleada do Corinthians sobre o Linense, por 4 a 0, no último dia 19, em casa, que atingiu até quem não tinha nada a ver com a briga.

Em São Paulo, a esmagadora maioria, 78% discorda da frase “A PM só é violenta quando o torcedor organizado briga”. Cerca de 70% “discorda muito” e 8% “discorda pouco”. Somados, quem “concorda muito” ou “concorda pouco” atingem apenas 22%.

A maioria dos torcedores do Rio entrevistados, 58%, discordam “muito” (44%) ou “pouco” (14%) da frase “A PM só é violenta quando o torcedor organizado briga”. Apenas cerca de 41% concordam “muito” (26%) ou “pouco” (15%) com a afirmação.

Em São Paulo, 59% dos torcedores de organizadas apontam suas torcidas como violentas. Os que reconhecem que sua torcida é “muito violenta” somam 11% e os que classificam seu grupo como “pouco violento” são 48%. Aproximadamente 41% responderam que não há “nenhuma violência” em relação à sua organizada, e 2% não responderam ou não souberam responder.

No Rio, a proporção é de 38% de torcedores que afirmam haver violência no perfil de sua organizada: 8% disseram haver “muita violência” e 30%, “pouca violência”. Cerca de 60% responderam não haver “nenhuma violência” e 2%  não responderam ou não souberam responder.

Em São Paulo, a pesquisa, que contou com 612 entrevistas, abordou torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Juventus, no Morumbi, Pacaembu, Arena Corinthians, Alianz Parque, Vila Belmiro, Canindé e Rua Javari.

No Rio, foram 426 entrevistas, com membros de organizadas de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo.

Foi considerado “torcedor organizado”, na seleção de entrevistados, quem vestia camisa, boné, calça ou bermuda da facção pesquisada, bem como aqueles que portavam bandeira ou instrumentos musicais.


Saiba como reciclagem lotou quase 5 Morumbis no futebol paulista em 2015
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Eduardo Ohata

Uma iniciativa de troca de duas (ou mais) garrafas PET por um ingressos por jogos do futebol no Estado de São Paulo proporcionou, ano passado, que um público de 327 mil torcedores, quase 5 Morumbis lotados, frequentassem os estádios para acompanhar partidas da Série B, C e D do Brasileiro, da segunda divisão do Paulista, da Copa Paulista e do Jogos dos Campeões (duelo entre os campeões da Série D e da segundona).

O total de público das 67 partidas englobadas no projeto foi de 381 mil pessoas. Fazendo a conta, foi a troca de ingressos por garrafas PET que propiciou que 86% do público total dessas partidas frequentasse os estádios. Posteriormente à troca, as garrafas foram encaminhadas pela Federação Paulista de Futebol à reciclagem por meio do Futebol Sustentável, nome que a FPF deu ao projeto. Cada ingresso foi ressarcido aos clubes pelo preço de R$ 5.

Para se ter uma outra perspectiva da abrangência do projeto, a média de público nos jogos do projeto foi de 5.686. A média de público PET foi de 4.880.

Torcedores da Lusa puderam trocar PETs por ingressos em 2015 Foto: Divulgação

Torcedores da Lusa puderam trocar PETs por ingressos em 2015
Foto: Divulgação

O público total de 18 jogos que participaram da promoção pela Série B do Brasileiro foi  de 111,5 mil torcedores. Destes, 106,2 mil trocaram garrafas por ingressos.

A surpresa aconteceu quando foi contabilizado o número total de garrafas arrecadadas ao fim da promoção: Pouco mais de 981 mil. Ou seja, muitos torcedores já queriam se livrar de suas garrafas e levaram mais de duas para a troca. Uma forma de dar fim à tralha que só ocupava espaço no quintal de casa.


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