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‘Luta entre McGregor e Mayweather é uma farsa’, dispara ‘Bíblia do Boxe’
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Eduardo Ohata

A revista “The Ring”, mais antiga publicação esportiva do mundo, traz na edição datada de agosto de 2017, matéria entitulada “Sombria Comédia”, na qual define a luta entre o ex-multicampeão de boxe Floyd Mayweather e a estrela do UFC Conor McGregor como uma “farsa”.

Segundo o UFC, McGregor, inclusive, já assinou contrato.

“McGregor não impressiona nos teipes em que aparece fazendo sparring [treino com luvas]”, analisa a publicação, fundada em 1922 e apelidada de “A Bíblia do Boxe”. “Alguns boxeadores muito bons e experientes enfrentaram Mayweather e não conseguiram tocá-lo; um cara que nunca boxeou profissionalmente tampouco irá tocá-lo.”

Porém a revista reconhece que tal combate atrairia não apenas uma base de fãs, mas duas (do boxe e do MMA), que a “luta” tem potencial para ser um grande sucesso no pay-per-view, e que McGregor foi escolhido a dedo por Mayweather para tal combate “em termos de ser um falastrão e de ter um armário cheio de roupas caras”.

A publicação aponta que não foi Mayweather que inventou as lutas que na verdade são farsas e cita um dos maiores mestres nessa arte. Ninguém mais, ninguém menos do que o ex-campeão dos pesados Muhammad Ali.

A “The Ring” lembra que Ali, logo após sua derrota para Joe Frazier, em 1971, começou a negociar uma luta com o jogador da NBA Wilt Chamberlain, prevista para acontecer no Astrodome.

Depois, continua a publicação, Ali tornou realidade a maior farsa de todos os tempos, um desafio em Tóquio contra o legendário lutador de telecatch Antonio Inoki, que tinha um background em artes marciais. Ali sempre teve interesse em lutar na capital japonesa, mas como não há pesos-pesados japoneses de qualidade internacional, quando a empresa que promovia os espetáculos de Inoki entrou em contato, Ali concordou. Ali, aliás, sempre foi um fã de telecatch.

Diferentemente da luta proposta entre Mayweather e McGregor, que aconteceria no boxe tradicional, no desafio entre Ali e Inoki, cada um lutou dentro de suas próprias características. Ali de pé, e Inoki, apoiado de costas na lona.

Após 15 assaltos, no Budokan Hall, a luta foi considerada um empate. “Se ele [Inoki] tivesse lutado em pé como homem…”, lamentou Ali ao “New York Times” após a luta. “Eu teria acabado com ele.”

Ali acabou no hospital, por conta dos chutes que Inoki acertou em seus tornozelos.

A “The Ring” lembra de várias outras “farsas”, envolvendo os campeões pesos-pesados Jack Johnson, Jack Dempsey, Floyd Patterson e Larry Holmes.

 

 


Veja qual ‘autoridade’ chama Mayweather x McGregor de ‘marmelada’
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Eduardo Ohata

A “The Ring”, principal publicação de boxe, dispara em sua edição de maio de 2017 contra o iminente combate entre o falastrão do UFC Conor McGregor e o ex-campeão de boxe Floyd Mayweather Jr., que anunciou estar deixando a aposentadoria para este duelo.

“A coisa toda é ridícula… Trata-se mais de um evento do que de uma luta de verdade, lembra muito uma luta de pro wrestling [a popular marmelada], na qual o vencedor já está predeterminado”, critica o editor da “The Ring”, Michael Rosenthal.

Na sequência, ele diz quais as chances de vitória de McGregor: “Zero!”.

A “The Ring”, fundada em 1922 e conhecida como a “Bíblia do Boxe”, conquistou status de autoridade no mundo do boxe.

O ranking da publicação, independente, é frequentemente utilizado como referência por narradores, comentaristas e especialistas para explicar ao público qual campeão é melhor do que o outro, já que há quatro campeões por cada categoria de peso atualmente.

O “título” de campeão da “The Ring” é mencionado nas apresentações sobre o ringue antes das lutas, durante transmissões pelas emissoras norte-americanas, e chegou a ser usado na promoção de combates históricos, como Mike Tyson x Michael Spinks.

A seguir, a íntegra do texto da “The Ring” sobre a possível luta entre “Money” Mayweather e McGregor:

“A “luta” entre Floyd Mayweather Jr-Conor McGregor é uma unanimidade do ponto de vista dos negócios. O volume de pacotes de pay-per-view negociados pode superar  o de Mayweather-Manny Pacquiao, o que se traduziria em bolsas na casa dos nove dígitos para cada um deles. Não vejo como eles podem esnobar isso. O aspecto negativo disso é que a coisa toda é ridícula. Nós já sabemos o resultado, desde que Mayweather e McGregor lutem nas regras do boxe e McGregor não as viole. O irlandês conquistou muito no MMA, mas ele é um boxeador “verde”, assim como todas estrelas do UFC. E um boxeador “verde” teria zero chance -zero!- de vencer Mayweather, talvez o melhor boxeador defensivo dos últimos cinquenta anos. Trata-se mais de um evento do que de uma luta de verdade, parece mais uma luta de pro wrestling [o telecatch, a popular marmelada], na qual o vencedor já está predeterminado. Suspeito que muitos que pagariam para assistir sabem da verdade, que McGregor estaria usando sua imagem para lucrar. Se é esse o caso -e essas pessoas ainda pagariam para assistir- tudo bem. Só espero que ninguém acredite que essa é uma luta de verdade.”

Ironicamente, na mesma edição em que praticamente chama o duelo entre Mayweather Jr.-McGregor de “farsa”, a “The Ring” presta homenagem a Holly Holm, que tirou a invencibilidade da badalada Ronda Rousey em um duelo no UFC.

A publicação fez um “mea-culpa” ao lembrar que a várias vezes campeã de boxe Holm bateu Ronda, pelo título do UFC, justamente quando ainda estava nas bancas a edição da “The Ring” que trazia em sua capa a até então maior campeão feminina da organização.

 


‘Conor McGregor nunca boxeará em alto nível’, critica ‘Bíblia do boxe’
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Eduardo Ohata

A mais tradicional publicação de boxe, a “The Ring”, publicada desde 1922, não usou meias palavras. Em sua edição de março de 2017, à qual o blog teve acesso, a revista afirma que um duelo entre o ex-campeão Floyd “Money” Mayweather e o campeão do UFC Conor “Notorious” McGregor definitivamente não acontecerá em 2017.

O motivo?

“Parte do que faz McGregor um grande lutador de MMA é a velocidade de seus punhos e a habilidade no boxe”, admite a revista. “[Mas] há uma grande diferença entre ter bons punhos no octógono e bons punhos para lutar no ringue. Ele nunca conseguirá competir no boxe no alto nível, o único no qual ele competiria se fosse para fazer tanto dinheiro quanto ele faz no UFC.”

O artigo, em tom respeitoso, ainda tenta consolar o falastrão irlandês.

“Não há vergonha nisso. Boxeadores tampouco conseguem competir no alto nível do MMA. McGregor é uma grande estrela em seu próprio esporte. Nem ele e tampouco o UFC o colocarão em risco.”

Os rumores em torno de um duelo entre Mayweather, considerado o melhor lutador da atualidade entre todos os pesos, e McGregor, principal atração do UFC, se recusam a morrer.

Nesta quarta-feira, Mayweather, 39, reafirmou que a única luta que o faria encerrar sua aposentadoria seria um duelo com McGregor.

“A única luta em que estou interessado é em uma com McGregor”, afirmou o boxeador. “Sou um homem de negócios, e a luta faz sentido como negócio.”

Mayweather diz que iniciou conversas com representantes de McGregor, mas que a negociação não avançou.


Conheça quem é o lutador que desbancou Floyd ‘Money’ Mayweather Jr.
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Eduardo Ohata

Floyd Mayweather Jr. participou no ano passado da luta mais rica da história do boxe. Só nos EUA, um recorde de 4,4 milhões de domicílios pagaram cerca de US$ 100 cada para assistir seu duelo com Manny “Pacman” Pacquiao. Em outros países, como o Brasil, o combate também foi disponibilizado pelo pay-per-view. Só por essa luta, “Money” embolsou, no mínimo, US$ 220 milhões. Fechou o ano -e sua carreira invicta-, com uma vitória sobre o haitiano Andre Berto.

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de "Guerra nas Estrelas"

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de “Guerra nas Estrelas”

Mas o título de “Lutador do Ano” da mais importante publicação de boxe do mundo, a “The Ring”, que existe desde 1922, foi para o britânico Tyson Fury. Para quem nunca ouviu falar, Fury é um peso-pesado que chegou para a entrevista coletiva da luta mais importante de sua vida fantasiado de… Batman. Mais, logo após ser campeão mundial, ajoelhado ainda sobre o ringue, cantou uma música do Aerosmith para a mulher, Paris. Diz a lenda que seu pai lhe deu o primeiro nome em homenagem a… Mike Tyson. Um personagem, heim?

Ah, quase ia esquecendo o mais importante: Fury destronou o gigante ucraniano Wladimir Klitschko pelos cinturões dos pesados.

O editor da “The Ring”, Michael Rosenthal, defende a seleção de Fury sobre Mayweather, que ganhou fama por ostentar sua riqueza.

“No fim, a disputa ficou entre Fury e Mayweather”, reconhece Rosenthal. “Floyd foi o melhor lutador de sua geração, mas Wladimir foi quase tão dominante. Ele [Wladimir] derrotou todos que colocaram à sua frente desde 2004 e estava há mais de dez anos invicto. Ao derrotá-lo, Fury injetou nova vida na divisão dos pesos-pesados.”

Ou seja, segundo a “The Ring”, Fury “fez história”. “Nenhum outro lutador pode dizer que fez o mesmo em 2015, a menos que você esteja contando os dólares produzidos pela luta entre Mayweather Jr. e Pacquiao”, conclui a revista, em sua última edição.

Outros vencedores:

Luta do Ano: Francisco Vargas KO 9 Takashi Miura

Nocaute do Ano: Canelo Alvarez KO 3 James Kirkland

Assalto do Ano: Amir Imam vs Fidel Maldonado (Terceiro assalto)

Zebra do Ano: Fury vs Klitschko

Retorno do Ano: Badou Jack

Treinador do Ano: Joe Gallagher

Promessa do Ano: Takuma Inoue

Evento do ano: Mayweather vs Pacquiao

Lutador mais Inspirador do Ano: Anthony Crolla

 

 

 


Veja o que diz agora a revista de boxe que estampou Ronda Rousey na capa
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Eduardo Ohata

A tradicionalíssima revista de boxe “The Ring”, a mesma que estampou Ronda Rousey na capa em sua última edição, agora diz que a ex-campeã do UFC “não conseguiria enfrentar nenhuma boxeadora que valha algo”. A publicação afirma que “mesmo antes da brutal derrota para a ex-campeã de boxe Holly Holm no mês passado, ninguém deveria ter esperado que seu sonho se tornasse realidade”.

“Além de todo o dinheiro que o UFC lhe oferece, Rousey também tem várias propostas para atuar em filmes quando ela não está treinando para suas lutas no octógono”, argumenta a publicação na seção intitulada “O que não veremos acontecer em 2016”, que inclui “a estreia de Ronda Rousey no boxe profissional”.

O que a “The Ring” não explica, porém, é o porquê de colocar Ronda em sua capa, e não alguma boxeadora.

Foto em artigo que, agora, diz que Ronda não irá estrear no boxe profissional

Foto em artigo que, agora, diz que Ronda não irá estrear no boxe profissional

Em outra parte da publicação, o colunista Thomas Hauser fez críticas a Ronda mesmo antes de a luta começar. “O corpo dela pareceu um pouco flácido quando ela entrou no ringue”, apontou Hauser.

“Ela pareceu exausta ao fim do primeiro assalto. Luta é uma profissão de tempo integral. Neste ano, [Ronda] fez bicos como modelo, atuou em filmes e viveu a vida de uma celebridade, além dos dramas com o namorado do momento e com sua mãe. É uma velha história, o campeão popular fica um pouco preguiçoso na academia, a intensidade de antigamente não está mais lá”, disparou Hauser.

Porém Hauser também elogiou a estratégia de Holly. “Ela pareceu mais forte do que Ronda. Ela controlou a distância entre ela e Ronda com um belo jogo de pernas e um bom jab [golpe preparatório]. Isso, e sua postura canhota [com o braço direito à frente, o que confunde o adversário], permitiram que golpeasse com eficiência enquanto a luta se desenrolava com as duas em pé”.

A última palavra, porém, ficou com os leitores, que ironizaram a decisão da revista de colocar Ronda na capa, a segunda vez na história da publicação que uma mulher ocupou com destaque a frente da publicação.

“É irônico que sua garota da capa, que teve um texto de 8 páginas, foi derrotada por uma ex-boxeadora para quem vocês dedicaram um parágrafo. Com tantas boxeadoras do passado e do presente que vocês poderiam ter colocado na capa, vocês escolheram uma lutadora de MMA”, disparou o leitor Walter Zabicki.

 

 

 

 


Ronda revela 2 títulos que ainda quer ganhar e porque o UFC pode impedi-la
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Eduardo Ohata

A americana Ronda Rousey quer ser campeã de boxe e jiu-jitsu, revelou a campeã do UFC à revista “The Ring”, publicação conhecida como a Bíblia do Boxe, que trará a campeã olímpica de judô na capa de sua próxima edição de janeiro.

Ronda diz que pretende ser conhecida como uma das melhores lutadoras de todos os tempos, independente de gênero, e para isso terá que seguir quatro passos: medalhista olímpica (feito), campeã do UFC (feito), campeã de jiu-jitsu e conquistar um título mundial de boxe.

Reprodução de artigo com Ronda Rousey na “The Ring”

Mas a própria lutadora reconhece que esse objetivo está distante. E coloca a culpa no UFC.
“Conversei com o UFC sobre o boxe. Não fui a primeira. O UFC não é um grande fã [da ideia]”, explica Ronda. “Eu ‘pertenço’ ao UFC. Eles me têm por mais lutas que vou conseguir fazer [em minha carreira], e até após me aposentar.”

Outro lutador que pediu permissão para subir a um ringue de boxe e ouviu um “não” foi Anderson Silva. O “Spider” queria enfrentar um de seus ídolos, o ex-campeão mundial Roy Jones Jr., mas o UFC vetou a ideia.

Ronda define a animosidade entre MMA e boxe como “estupidez”. Rosenthal reconhece que os mais puristas não gostarão de vê-la na capa da mais tradicional publicação do boxe, fundada em 1922. O ataque dos tais “puristas” foi abordada ontem pelo blog “Na Grade do MMA”, de Jorge Corrêa e Mauricio Dehò.

Em seu editorial, o editor da “The Ring”, Michael Rosenthal classifica Ronda de “embaixadora”, capaz de erguer uma ponte que ligue o MMA ao boxe. “Talvez sua aparição na capa contribua nesse sentido.”

Rosenthal não para por aí. Acrescenta que imagina a atenção que Ronda traria para o boxe feminino e termina com uma ousada previsão: “ isso pode, sim, acontecer”. E repete o mantra de que “o objetivo de Ronda é se tornar a melhor lutadora do mundo, não apenas do UFC”.

Será que Rosenthal sabe de algo que não sabemos? Há alguns anos a “The Ring” foi comprada por Oscar de la Hoya, cujas programações já foram elogiadas pelo presidente do UFC, Dana White. E De la Hoya está ajudando a promoção do UFC 193, dia 14 de novembro, que é protagonizado justamente por… Ronda! Alguém aí pode ligar os pontos? Coisas mais estranhas e improváveis já aconteceram…

De fato, a reportagem pode ser classificada como positiva, mas traz pelo menos um erro de informação. Ela informa que Ronda é a primeira mulher a ser capa da “The Ring”, o que não é verdade. Na década de 70, a lutadora Cathy “Cat” Davis a precedeu como capa da “The Ring”.

Como já era esperado, Ronda não resiste e lança mais uma provocação na direção de Floyd “Money” Mayweather Jr., que fez sua (suposta) última luta no mês passado.

“Estou tentando, à medida que amadureço, ter mais fé nas pessoas e julgá-las menos. Estou realmente impressionada com todo o trabalho que Mike Tyson fez ao longo dos anos para se tornar um homem melhor. Gostaria de ver um esforço de Floyd nesse sentido”, compara. “Se eu vir, vou parabenizá-lo. Mas infelizmente não vi [isso acontecer]. Não estou mencionando seu nome para chamar a atenção. Estou atraindo a atenção de outras formas, e não preciso usar o seu nome.”

A dupla andou trocando várias farpas. Tudo começou quando Floyd perguntou “quem é esse?”, ao ser questionado se aceitaria enfrentar Ronda. A lutadora, ao receber o prêmio ESPY de melhor lutadora, ironizou: “Imagino como Floyd se sente ao ser batido pelo menos uma vez por uma mulher”. Uma clara alusão ao histórico de violência doméstica de “Money”. Outras provocações posteriores tiveram um pano de fundo econômico.

 


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