Por US$ 1,4 bi, dona do UFC ganha direito de negociar Libertadores com TVs
Eduardo Ohata
Um consórcio formado por IMG, gigante da área de marketing, e Perform ganhou a concorrência organizada pela Conmebol para negociar os direitos de transmissão das competições da entidade, como Libertadores, Sul-Americana e Recopa durante o ciclo 2019-22. A IMG é dona do UFC, entre outras propriedades e também gerencia a carreira de atletas e artistas.
Os direitos da Libertadores no Brasil são atualmente do canal por assinatura Fox Sports, e foram incluídos em uma negociação pelo compartilhamento de jogos da Copa do Brasil e Libertadores com a Globo. Apesar de os direitos da Libertadores vencerem em 2019, o acordo entre as emissoras se estende até 2021.
Segundo comunicado da Conmebol, a entidade tem garantido um mínimo de US$ 1,4 bilhão (R$ 4,48 bilhões) pelos direitos, valor que pode aumentar de acordo com percentuais sobre negociações logradas pelo consórcio vencedor com as emissoras de TV. O consórcio vencedor também trabalha com a comercialização do Campeonato Espanhol, Premier League, NBA e Nascar, entre outras competições.
O consórcio IMG/Perform disputou os direitos com outros três concorrentes, dois deles que têm ligação direta com a CBF: a agência Synergy, que gerencia o leilão dos direitos de transmissão dos jogos da seleção e a Sport Promotion, que tem direito de comercializar semanalmente uma partida da Série B.
A quarta participante era a MP & Silva, que detém os direitos do Italiano, conta com dinheiro do mundo árabe e tentou o projeto da malfadada Champions das Américas, que apesar do barulho que provocou, não chegou perto de sair do papel.
As propostas foram entregues à Conmebol no último dia 5 e o resultado da licitação, auditada pela Ernst & Young, foi aprovado por unanimidade nesta quarta-feira (27) pelo conselho da Conmebol.
O processo de escolha por meio de licitação foi definido depois que dirigentes da Conmebol se envolveram em um escândalo que girava em torno da negociação dos direitos da Libertadores por meio da agência Torneos Y Competencias, escolhida sem licitação.
O próximo passo será a confecção, em parceria com a Conmebol e com bases técnicas, de um pacote de comercialização dos direitos.