Prazo para definir TV que exibirá Francês expira. E Neymar é um dos motivos
Eduardo Ohata
O prazo para análise dos lances do leilão dos direitos de TV do Francês no Brasil expirou, sem que fosse declarado um vencedor. Os lances encaminhados pelas emissoras de TV em meados de janeiro à agência BEin, que representa o torneio, perderam sua validade.
O título da temporada 2017/18 do Francês foi definido com cinco rodadas de antecedência neste domingo (15), com uma goleada de 7 a 1 do PSG, que garantiu o título, sobre o Monaco, campeão da temporada passada. A falta de competitividade do Francês, demonstrado pelo placar do fim de semana, foi apontado como um fator a trabalhar contra um leilão de TV bem-sucedido no Brasil.
Mas as dúvidas em torno do futuro de Neymar é que foram decisivas em deixar os executivos de TV inseguros em relação ao Francês. Os recorrentes rumores de que o brasileiro estaria insatisfeito no PSG e que deseja voltar à Espanha, aliados à contusão no pé direito do meia, fez com que executivos brasileiros decidissem por ''não cometer loucuras'' ao disputar os direitos, e até afugentou emissoras.
Atrapalhou também o afunilamento de diversos leilões de direitos esportivos nos últimos meses, como o das partidas da seleção brasileira e o da Libertadores, para citar apenas os dois mais aguardados.
A aposta do mercado, agora, é que os direitos de TV do Francês retornem ao mercado, com uma forte tendência de que o formato de leilão seja descartado, em favor do mesmo ''corpo a corpo'' que marcou a negociação dos direitos do Mundial de Clubes da Fifa, cujos direitos de transmissão foram definidos entre a Dentsu, representante da Fifa, e Globo apenas às vésperas do início da competição.
Inicialmente, o Francês, turbinado pela presença de Neymar no PSG, atingiu índices de audiência imbatíveis, catapultando SporTV e ESPN na liderança não apenas entre os pares esportivos, mas em toda a TV paga, incluindo canais de filmes, desenhos e variedades.
Antes da inesperada transferência de Neymar do Barcelona ao PSG, o Grupo Globo, detentor dos direitos do Francês, havia indicado que não pretendia renová-los.