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Disputa entre Globo e EI permite que times ganhem sem jogar. Confira como
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Eduardo Ohata

Ganhar milhões sem suar a camisa, sem nem ao menos pisar no gramado. E nem será necessário acertar na loteria. Graças à disputa entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, essa já é a realidade de pelo menos 12 clubes de futebol.

A conta é simples: Se o Brasileiro tem a participação de 20 clubes e, juntas, Globosat, via Sportv, e Esporte Interativo já assinaram com 31 clubes e certamente uma das duas fechará com o Palmeiras, único ''grande'' ainda livre no mercado, totalizando 32 clubes, 12 deles terão usufruído das milionárias luvas oferecidas pelas duas emissoras sem precisar suar a camisa.

Este blog apurou com as emissoras que negociam os direitos e com cartolas de clubes que já assinaram que não existe nenhuma cláusula que prevê algum tipo de devolução proporcional das luvas caso seu time não esteja na Série A a partir de 2019. Ou seja, se um time passar o período entre 2019 e 2024, duração dos contratos que estão sendo assinados, na Série B ou C, manterá o valor integral das luvas sem precisar entrar em campo uma vez sequer pela Série A.

As luvas pagas por Globosat e Esporte Interativo, que pertence ao grupo Turner, aos clubes não afetam sua participação na Série B.

''Esse foi um gasto, quer dizer, investimento, que os dois canais tiveram que fazer'', definiu ao blog Bernardo Ramalho, diretor do Esporte Interativo. ''Resta agora aos canais fazer a conta para ver quantas vezes os times terão de jogar nesse período [2019-24] para ter valido a pena.''

A Globosat soma 14 times da Série A e 5 hoje na segunda divisão (Essa lista inclui o Santa Cruz, que também assinou com o Esporte Interativo, mas afirma se tratar apenas de um pré-contrato; a emissora afirma que se trata de um contrato).

Os times com os quais fechou são: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina, Santa Cruz e Figueirense. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem 6 clubes da Série A, 7 da Série B e 1 da terceira divisão do Brasileiro (Essa lista inclui o Santa Cruz): Santos, Inter, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Santa Cruz.

 


Globo fecha com 19º clube direitos de Brasileiro até 2024 na TV fechada
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Eduardo Ohata

A Globo fechou com o 19º clube os direitos de TV do Brasileiro até 2024, o Figueirense, incluindo o de TV fechada e pay-per-view.

A Globosat enfrenta a concorrência do canal Esporte Interativo, do grupo Turner, que nesta terça-feira (19) anunciou em um evento no Museu do Futebol, que fechou com um total de 14 equipes.

Globosat e Esporte Interativo assinaram com o Santa Cruz. O time pernambucano, porém, alega que firmou com o Esporte Interativo é um pré-contrato, com uma cláusula que permite sua saída, informação negada pelo canal, que afirma se tratar de um contrato em pleno vigor. O clube informou que irá à Justiça e se prontifica a devolver as ''luvas'' (bônus em dinheiro) antecipadas pelo Esporte Interativo.

Com o Figueirense, a Globosat soma 14 times da Série A e 5 hoje na segunda divisão (Essa lista inclui o Santa Cruz).

Os times com os quais havia fechado anteriormente são: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina e Santa Cruz. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem 6 clubes da Série A, 7 da Série B e 1 da terceira divisão do Brasileiro (Essa lista inclui o Santa Cruz): Santos, Inter, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Santa Cruz.

O único ''grande'' clube solto é o Palmeiras, que é cortejado por Globosat e Esporte Interativo.

 


Globo fecha com mais um e totaliza 18 clubes com quem renovou o Brasileirão
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Eduardo Ohata

A Globo fechou com o Santa Cruz os direitos do Brasileiro de 2019 a 2024 e chegou a 18 clubes com os quais já acertou os direitos na TV fechada, este blog apurou com fonte que participou diretamente das negociações.

A Globosat enfrenta a concorrência do canal Esporte Interativo, integrante do grupo Turner, pelos direitos da competição. O canal chamou a atenção ao conquistar os direitos da Liga dos Campeões.

Além do time pernambucano, a Globo conta agora com Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás e Londrina.

O Esporte Interativo, segundo a própria emissora, acertou por enquanto com nove clubes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Joinville, Sampaio Corrêa, Paysandu e Coritiba.

Ao ser questionado se já não deveriam estar na lista Paraná e Fortaleza, o que elevaria o número de clubes com o qual assinou para pelo menos 11, o canal manteve a informação de que foram nove as agremiações com quem fechou oficialmente.

Dos grandes clubes, apenas o Palmeiras ainda não assinou com nenhuma emissora.

Muitas partidas deixarão de ser transmitidas na TV fechada, já que para exibir um jogo, a emissora terá de ter ambos os times sob contrato.

 

 


China diz ‘não’ à Rússia por divisão de USP como base de treino para Rio-16
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Eduardo Ohata

Quatro equipes de delegações de ponta que disputarão a Olimpíada do Rio, China, Rússia, França e Itália, escolheram a USP, ou melhor, o Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP) como base para fazer sua aclimatação para os Jogos. Normalmente, as equipes desembarcam em um país meses antes da Olimpíada para que seus atletas se adaptem às diferenças climática e de altitude.

A equipe de canoagem da China utilizará a raia do Cepeusp entre 15 de julho e 5 de agosto e a da Rússia, entre 5 a 12 de agosto. Não se trata de mera coincidência o fato de uma equipe entrar apenas quando a outra sair: Os chineses, que procuraram primeiro o Cepeusp, fizeram questão de exercitar sua cláusula de exclusividade. Restou aos russos utilizar o centro apenas após a sua saída.

''Atraiu as duas delegações o comprimento da raia [2.200 m], a baixa velocidade dos ventos, que não interferem nas remadas e o fato de haver condição para os treinadores acompanharem os treinos de bicicleta ao redor da raia'', justifica Carlos Bezerra de Albuquerque, 58, gestor do projeto Cepeusp Olímpico. ''Altitude e localização também reforçaram a decisão.''

Não foi o que aconteceu entre as delegações de atletismo de França e Itália, que tem em seu corpo diretivo Stefano Baldini, campeão da infame maratona de Atenas-2004, quando o fundista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima foi agarrado no meio do percurso por um fanático e terminou na terceira colocação.

As duas delegações chegaram a um acordo e dividirão por um período a pista de atletismo do complexo. A Itália utilizará entre 1 e 17 de agosto e a França, de 3 a 13 de agosto. Cada delegação deve ter entre 35 e 40 pessoas, contando atletas e corpo técnico.

''Da parte da Itália, o interesse deles por ficar em São Paulo aumentou quando souberam pelo cônsul que aqui [São Paulo] é uma cidade de forte concentração italiana'', explica Bezerra.

Apesar de já abrigar duas delegações, o Cepeusp ainda tem espaço para delegações interessadas na estrutura de futebol e tênis.

O complexo do Cepeusp tem uma profunda ligação com o passado esportivo da cidade. Foi herança dos Jogos Pan-Americanos de 1975, que acabaram sendo transferidos por conta de um surto de meningite que assolou a cidade, ou falta de verbas, segundo outra versão. As instalações receberam uma série de melhorias com o passar dos anos, como a pista de atletismo, que foi reformada em 2013.

Uma das contrapartidas das delegações serão palestras ministradas por especialistas de suas equipes a desportistas brasileiros.

 

 

 


Globo fecha com mais 2 clubes e atinge 17 na TV fechada, rival acerta com 9
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Eduardo Ohata

A Globo fechou com mais dois clubes a renovação dos direitos de TV do Brasileiro a partir de 2019. Agora, com Goiás e Londrina, com quem acaba de assinar, a Globosat contabiliza um total de 17 times. O canal Esporte Interativo, com quem a Globosat trava um duelo pelos direitos de TV fechada, oficialmente acertou com 9 agremiações.

Para poder transmitir uma partida, cada canal terá que ter contrato com os dois times. Ou seja, várias partidas não serão transmitidas pela TV fechada, já que os clubes estão assinando individualmente com o canal de sua preferência.

''O Goiás é um time conservador, então pesou o bom histórico que o clube tem com a Globo'', explicou a este blog o presidente do clube, Sergio Rassi. ''Também ficamos contentes com a nova forma de distribuição do dinheiro, na proporção de 40-30-30 [valor fixo, índice técnico e audiência], que se aproxima do padrão europeu e da mudança na forma de medir quanto cada clube vale no pay-per-view, que deixou de ser por meio de simples contato telefônico com assinantes do pacote.''

A Globosat, cujo canal de esportes é o Sportv, acertou com Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás e Londrina.

O Esporte Interativo fechou com Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Joinville, Sampaio Corrêa, Paysandu e Coritiba.

Os dois canais cortejam o Palmeiras, principal time a não ter fechado com nenhuma das emissoras.

 

 


Técnico de rival de Pacquiao apontou arma para cabeça de Tyson. E disparou
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Eduardo Ohata

O treinador de Timothy Bradley, que na madrugada deste domingo enfrenta Manny Pacquiao, em Las Vegas, no terceiro confronto entre ambos, já segurou Mike Tyson pelo colarinho, apontou um revólver para sua cabeça e… Apertou o gatilho. Mas, por que Teddy Atlas fez isso? Como o então futuro campeão dos pesados conseguiu se safar? E a coisa ficou por isso mesmo?

Teddy Atlas, técnico que apontou uma arma para a cabeça de Mike Tyson

Teddy Atlas, técnico que apontou uma arma para a cabeça de Mike Tyson, em foto na capa de livro autobiográfico

Teddy Atlas foi o primeiro técnico de Mike Tyson. O ment0r de Tyson, Cus Damato, deixou o adolescente aos cuidados de Atlas, que apurou a (pouca) técnica que o delinquente trazia da instituição para menores Tryon, onde aprendeu a desferir seus primeiros golpes com o guarda Bobby Stewart.

Certa vez, salvou a carreira de Tyson, quando percebeu que ele estava para desistir no meio de uma luta, ao enfrentar um adversário que voltava para a luta toda vez que o derrubava, uma experiência incomum para ele à época. Atlas subiu na beirada do ringue e gritou, praticamente no ouvido de Tyson, que estava nas cordas: ''Não faça isso!''. Tyson aguentou por mais alguns segundos e foi declarado vencedor. Segundo Atlas, tivesse desistido naquela oportunidade, a autoconfiança de Tyson teria sofrido dano irreparável.

Porém, à medida que ia ganhando fama e poder, mais Tyson, então com 16 anos, foi se rebelando com a autoridade de Atlas. Até que chegou um dia em que Atlas chegou em sua casa e ouviu sua mulher, Elaine, orientando suas irmãs: ''não diga nada para Teddy''.

– Não diga nada sobre o quê?, perguntou ele. E repetiu a questão ao desviar o olhar de Elaine para suas cunhadas.

À principio ninguém disse nada, até que uma delas contou que Tyson havia agarrado Susie, irmã de Elaine que tinha então apenas 11 anos. Tyson ''passou a mão'' nela e disse a ela o que queria fazer com ela.

Teddy foi à casa de um amigo, pegou um revólver onde sabia que ficava escondido, e ficou de tocaia esperando Tyson. Quando o então adolescente desceu de um taxi, Atlas saiu de onde estava escondido, o agarrou pelo colarinho, e apontou o revólver para sua cabeça.

''Seu monte de m…'',  xingou Atlas, que na juventude havia cumprido pena na famigerada prisão da Ilha Ryker. ''Você acha que vai fazer isso a minha família? Depois do que fiz por você? Vou matá-lo. Aquela é minha família! Minha família! Entendeu, seu pedaço de m…? Não se engane. Se você colocar as mãos na minha família de novo, você vai morrer. Não vai ter conversa, não vai ter aviso. Você não vai saber, vai apenas morrer.'' E procurou algum sinal de que Tyson havia entendido a mensagem.

Tyson permaneceu impassível, o que o irritou ainda mais. Atlas encaixou o cano do revólver na orelha de Tyson e começou a ''brincar'' com o gatilho. ''Está claro? Você percebe como isso é real?'', perguntou Atlas, recebendo um aceno de cabeça de Tyson como resposta.

No último momento, Teddy apontou a arma para o alto e disparou. Tyson se jogou no chão, cobrindo a orelha. ''Está absolutamente claro agora? Não vou permitir que você faça isso à minha família. Não vou viver assim, e não vou permitir que você faça isso.'' Desta vez, quando olhou nos olhos de Tyson, Atlas sentiu que ele havia entendido a mensagem. ''É melhor não esquecer'', concluiu Teddy.

Foi o fim da associação entre Tyson e Teddy. E o ponto onde entrou em cena o outro técnico de Tyson, Kevin Rooney, que ficou muito famoso por dar beijos em Tyson no ringue e por dirigi-lo quando ''Iron'' Mike conquistou o título do Conselho Mundial de Boxe com um espetacular nocaute sobre Trevor Berbick.

Teddy e Tyson voltaram a falar só em 2013. Tyson promovia uma programação de boxe que foi transmitida pelo programa ''Friday Night Fights'' da ESPN, e Teddy comentava as lutas do canal. Havia a curiosidade sobre como Tyson e Teddy se comportariam.

Cheguei a ligar para a mulher de Teddy para saber se seu marido iria ou não falar com Tyson. E tomei uma bronca: ''O que importa isso? Tudo o que importa são as lutas. Teddy não precisa falar sobre o promotor, é só sobre as lutas que ele precisa falar''.

Não foi o que aconteceu. As câmeras registraram o momento em que se abraçaram. E até o colega de Atlas na transmissão, Joe Tessitore, fez questão de fazer perguntas sobre Tyson a Teddy, que logo ''cortou'' o colega. Não quis dar detalhes da conversa, tantos anos depois do infame episódio.


Conta recusada de Fittipaldi tem item “carrinho de rolimã” por R$ 5,4 mil
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Eduardo Ohata

A SPTuris, órgão da Prefeitura de São Paulo encarregado de analisar convênio no valor de R$ 7,5 milhões firmado entre o município e a Endurance Racing Eventos Ltda., empresa do ex-campeão de F-1 Emerson Fittipaldi, referente à edição de 2014 da competição Le Mans – 6 Horas de São Paulo, rejeitou esta semana, pela segunda vez, a prestação de contas referente à competição.

O relatório da SPTuris foi enviado à Secretaria de Governo Municipal, com quem foi celebrado o convênio com a Endurance e que dará o posicionamento final. Há a possibilidade de a Prefeitura acionar judicialmente a empresa de Fittipaldi.

Um dos gastos apresentados, mostra relatório da SPTuris ao qual este blog teve acesso, refere-se a um item chamado ''carrinho de rolimã'' no valor de R$ 5.470,00. A nomeclatura causou estranheza, já que em sites de compras na internet é possível encontrar carrinhos de rolimã por até menos de R$ 100. Procurada para explicar o significado antes da publicação da matéria, a assessoria de Emerson Fittipaldi não emitiu resposta sobre o assunto.

Nota de atualização: Horas depois da publicação desta matéria, a assessoria de Emerson Fittipaldi, que não tinha se manifestado a respeito do significado do item carrinho de rolimã, enviou e-mail para este blog dando sua justificativa para a nomenclatura. O blog procurou a SPTuris para confirmar a explicação do grupo Fittipaldi, porém não conseguiu retorno até o momento. Abaixo segue a justificativa da assessoria do ex-piloto:

''A rubrica ‘rolimã’ não está relacionada a um rolimã somente. Se trata de um evento dentro da corrida 6hs de São Paulo que tinha como meta o apoio de um projeto social denominado “Raciocinando em Velocidade”. Este trabalho social foi desenvolvido por um colaborador do Autódromo José Carlos Pace e tem como meta a conscientização de crianças sobre o efeito da velocidade. Neste evento que já aconteceu durante as 6hs de SP de 2013, aproximadamente 150 crianças, com os seus carrinhos de rolimã competem entre si. Os carros de rolimã são de construção própria das crianças. O custo de produção deste evento dentro do evento maior, refere-se à construção de pórtico de largada, podium, backdrops para fotos, tendas, banheiros químicos, faixas laterais, segurança, ambulância, bancada, posters para divulgação nas escolas, gradeamento do espaço, premiação e água para as crianças e acompanhantes. O Sr. Emerson Fittipaldi entregou os prêmios aos ganhadores''.

Na terça-feira, dia 12, a SPTuris, após consulta ao departamento técnico explicou que ''consta na nota fiscal de valor R$ 5.470,00, a descrição 'job corrida carrinho de rolimã''', o que indica que se referia à produção de uma corrida de carrinhos.

Apesar de o convênio celebrado entre Prefeitura e a empresa ter sido de patrocínio, estava previsto que a Endurance teria que comprovar gastos previstos no orçamento e também conceder algumas contrapartidas à Prefeitura de São Paulo.

A prestação de contas foi encaminhada pela Prefeitura para avaliação dos técnicos da gerência de controle de contratos da SPTuris, por eles terem expertise na área de competições automobilísticas. Eles reprovaram a prestação de contas por falta de nota de despesas.

Em  caráter excepcional, foi concedido ainda um prazo adicional de 48 horas, para que a Endurance comprovasse de forma integral e satisfatória os gastos, o que não aconteceu.

O documento também aponta que contrapartidas para a Prefeitura, como a disponibilização de uma cota de exemplares do programa oficial, e a cessão de espaço em página dupla no programa oficial de evento com a divulgação do nome da cidade, não foram cumpridas.

Ficou em aberto, no mínimo, um valor superior a R$ 1,4 milhão.

Há, ainda, três recibos, que totalizam R$ 5,9 milhões, que não estão em nome da Endurance Racing Eventos Ltda, com quem a Prefeitura firmou o convênio, mas em nome da EF Marketing LLC (quem tem as iniciais de Emerson Fittipaldi). Para que os recibos sejam aceitos na prestação de contas, a SPTuris exige que seja encartado um contrato celebrado entre as duas empresas.

Para justificar os valores em aberto, a empresa apresentou uma planilha, recibos na avaliação de técnicos sem validade fiscal e documentos que apontam contradições. Segundo relatório da SPTuris, um deles mostra que um dos pagamentos foi feito por meio de três cheques e não em TED, como documentado, e valores diferentes; outro uma quitação apenas parcial de um valor e para outros gastos não são apresentadas as referentes comprovações fiscais.

Além do valor do item ''carrinho de rolimã'', há outros pontos da conta com valores que causam estranheza, como os itens ''paginação'' e ''projeto editoria'', que juntos somam mais de R$ 81 mil.

Ainda segundo o relatório, a Endurance alegou que alguns recibos ou documentos haviam sido encaminhados à Prefeitura. Porém eles não constavam do ''pacote'' que chegou à SPTuris.

Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa de Emerson Fittipaldi enviou, em nota, o seguinte comunicado:

''A prestação de contas não foi rejeitada. Continua em análise. Da nossa parte [Fittipaldi], o evento foi organizado nos mesmos parâmetros que nem em 2012 e 2013 quando a Prefeitura aprovou a prestação de contas.''

Apesar da resposta da assessoria de Fittipaldi, a Prefeitura confirmou que na primeira prestação de contas apresentada pela Endurance Racing, as despesas efetuadas com recursos municipais não atingiram o valor total do repasse, então, a Prefeitura, por meio da Spturis notificou a Endurance Racing a apresentar documentação que comprovasse os gastos efetuados, conforme convênio.

''No momento, o processo está sob análise da Secretaria do Governo Municipal, que deverá produzir relatório conclusivo sobre possíveis penalidades, caso seja necessário''.

Parecer da SPTuris que rejeita prestação de contas da Endurance

Parecer da SPTuris que rejeita prestação de contas da Endurance

Planilha que mostra gastos como R$ 4.729,00 com "carrinho de rolimã"

Planilha que mostra gastos, como R$ 5,4 mil com ''carrinho de rolimã''

Relatório aponta que convênio foi firmado com uma empresa e notas foram emitidas em nome de outra

Relatório aponta que convênio foi firmado com uma empresa e notas foram emitidas em nome de outra

 

 


Após morte, FPF costura acordo e jogadores entrarão juntos em clássico
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Eduardo Ohata

A morte de um homem, baleado durante um confronto entre torcedores de Corinthians e Palmeiras hoje pela manhã, motivou um acordo, costurado pela Federação Paulista de Futebol, por meio da qual jogadores de ambos os times entrarão juntos no gramado para o clássico de hoje, em um ''pedido pela paz''. Tradicionalmente, cada equipe entra enfileirada, mas o protocolo será quebrado.

Além do confronto que culminou na morte de um homem, baleado, foram registradas hoje brigas em estações de transporte público, e nos últimos dias, organizadas invadiram CTs e apedrejaram ônibus.

A mensagem que os jogadores procurarão passar é clara: ''Rivalidade é uma coisa, violência, outra''.


Em SP, 59% dos membros de organizadas reconhecem violência de torcidas
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Eduardo Ohata

Em São Paulo, 59% dos membros de organizadas apontam suas próprias torcidas como violentas, segundo pesquisa da FGV realizada junto a integrantes de organizadas. Cerca de 11% reconhecem que há ''muita violência'' e 48% afirmam que há ''pouca violência''.

Para 39%, não há ''nenhum violência'' e 2% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa já está em mãos de autoridades.

Com base nos dados da pesquisa, não foi nenhuma surpresa, infelizmente, o confronto entre torcedores de Corinthians e Palmeiras, antes da partida deste domingo (3), tenha deixado um cidadão comum morto como saldo.

Afinal, em São Paulo, o Corinthians é visto pelas organizadas dos demais times como o maior rival, sendo assim para 91% dos torcedores do Palmeiras, 83% do São Paulo e 77% do Santos. Por sua vez, integrantes de organizadas do Corinthians mencionaram o Palmeiras (83%) como o seu principal rival.

O São Paulo vem em uma distante segunda posição: foi citado por apenas 12% e o Santos, por 5%.

A relação de rivalidade, na visão dos próprios membros de organizadas

A relação de rivalidade, na visão dos próprios membros de organizadas

Saber quando as brigas acontecem também é importante.

Em São Paulo, 37% dos membros de organizadas lembram que as brigas acontecem ANTES dos jogos, e 21% afirmaram que há confrontos depois da partidas. Só 8% dos torcedores organizados disseram nunca haver brigas entre torcidas e 3% afirmaram acontecer em outros momentos que não antes, durante ou depois dos jogos, provavelmente se referindo a tocaias, por exemplo.

Uma eventual derrota do time aumenta a chance de confrontos com outros torcedores para 54% dos membros de organizadas de São Paulo, enquanto não há relação entre derrota e brigas para 37% dos torcedores. Outros 10% não quiseram, ou souberam, responder.

Em São Paulo, a pesquisa, que contou com 612 entrevistas, abordou torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Juventus, no Morumbi, Pacaembu, Arena Corinthians, Alianz Parque, Vila Belmiro, Canindé e Rua Javari.

No Rio, foram 426 entrevistas, com membros de organizadas de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo.

Foi considerado ''torcedor organizado'', na seleção de entrevistados, quem vestia camisa, boné, calça ou bermuda da facção pesquisada, bem como aqueles que portavam bandeira ou instrumentos musicais.


Em meio à crise, Palmeiras propõe aumentar mandato de presidente
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Eduardo Ohata

Conselheiros do Palmeiras, que vive uma crise dentro e fora de campo no Paulista, receberam este mês comunicado assinado pelo presidente do conselho deliberativo, Antonio Augusto Pompeu de Toledo, no qual é listado um pacote de itens propostos para reforma do estatuto, regimento interno, além da criação de um código de ética (confira reprodução ao fim deste texto).

Entre os pontos principais estão a redução do número de diretores estatutários e permissão expressa para contratação de profissionais remunerados para a gestão do clube e o aumento do mandato do presidente do Palmeiras, que passaria de 2 para 3 anos.

O último item provocou reação do possível candidato à presidência Roberto Frizzo. O mandato de Paulo Nobre se encerra este ano. ''Concordo com o aumento do mandato, mas esse artigo não pode funcionar de forma retroativa'', diz o ex-vice de futebol do clube, em uma clara referência a uma possível situação na qual Paulo Nobre teria aumentado em um ano seu mandato. ''Não está claro se esse novo artigo o afetaria [o mandato de Paulo Nobre] ou não.''

Outro ponto que encontra rejeição da parte de Frizzo, e até do grupo de Mustafá Contursi, aliado de Paulo Nobre, é a criação de um código de ética a ser seguido ''por todos que se relacionam com o Palmeiras''. ''Se for uma 'lei da mordaça' para cercear o direito dos conselheiros interagirem com a imprensa, sou contra. Até porque fere os princípios de transparência tão defendidos atualmente.''

Conselheiros lembram que durante a gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo tentou-se implantar um instrumento com fim semelhante à censura, onde conselheiros poderiam ser admoestados e posteriormente até suspensos se ''vazassem'' informações à imprensa.

Por fim, o documento propõe a redução do número de conselheiros vitalícios, diretores estatutários e de quem poderá ser indicado para referidos cargos e a permissão expressa para a contratação de profissionais remunerados para auxiliar na gestão do clube.

Hoje, os diretores estatutários não recebem salários para desempenhar suas funções.

Apesar de o comunicado informar que serão feitas consultas em reuniões setoriais com grupos de conselheiros, vários deles apontam que 90% da primeira versão geralmente são mantidos nos documentos que são levados à apreciação do conselho deliberativo.

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