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Saiba como reciclagem lotou quase 5 Morumbis no futebol paulista em 2015
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Eduardo Ohata

Uma iniciativa de troca de duas (ou mais) garrafas PET por um ingressos por jogos do futebol no Estado de São Paulo proporcionou, ano passado, que um público de 327 mil torcedores, quase 5 Morumbis lotados, frequentassem os estádios para acompanhar partidas da Série B, C e D do Brasileiro, da segunda divisão do Paulista, da Copa Paulista e do Jogos dos Campeões (duelo entre os campeões da Série D e da segundona).

O total de público das 67 partidas englobadas no projeto foi de 381 mil pessoas. Fazendo a conta, foi a troca de ingressos por garrafas PET que propiciou que 86% do público total dessas partidas frequentasse os estádios. Posteriormente à troca, as garrafas foram encaminhadas pela Federação Paulista de Futebol à reciclagem por meio do Futebol Sustentável, nome que a FPF deu ao projeto. Cada ingresso foi ressarcido aos clubes pelo preço de R$ 5.

Para se ter uma outra perspectiva da abrangência do projeto, a média de público nos jogos do projeto foi de 5.686. A média de público PET foi de 4.880.

Torcedores da Lusa puderam trocar PETs por ingressos em 2015 Foto: Divulgação

Torcedores da Lusa puderam trocar PETs por ingressos em 2015
Foto: Divulgação

O público total de 18 jogos que participaram da promoção pela Série B do Brasileiro foi  de 111,5 mil torcedores. Destes, 106,2 mil trocaram garrafas por ingressos.

A surpresa aconteceu quando foi contabilizado o número total de garrafas arrecadadas ao fim da promoção: Pouco mais de 981 mil. Ou seja, muitos torcedores já queriam se livrar de suas garrafas e levaram mais de duas para a troca. Uma forma de dar fim à tralha que só ocupava espaço no quintal de casa.


Brasileiro favorito a medalha, 2º melhor do mundo, abandonará boxe olímpico
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Eduardo Ohata

Segundo colocado no ranking da Aiba (entidade que controla o boxe olímpico) entre os leves (até 60 quilos), o brasileiro Robson Conceição, 27, já decidiu que não importa seu desempenho na Olimpíada do Rio este ano, passará ao boxe profissional após os Jogos. A informação foi confirmada por seu treinador, Luis Carlos Dórea, que guiou um outro pugilista baiano, Acelino ''Popó'' Freitas, até seu primeiro título mundial profissional.

Segundo do ranking dos leves, o braileiro Robson Conceição comemora vitória

Segundo do ranking dos leves, o braileiro Robson Conceição (à direita) comemora vitória

''Estou com 27 anos, já está mais do que na hora de virar profissional, não?'', pergunta, de forma retórica, Conceição, que ganhou medalhas nos últimos dois Mundiais: uma prata e um bronze. O apelo da glória e riqueza alcançado por lutadores como o ''Golden Boy'' Oscar de la Hoya ou Floyd ''Money'' Mayweather Jr. é irresistível.

''Não posso dizer a data exata, mas o Robson vai virar profissional, sim, após a Olimpíada do Rio'', reitera Dórea.

Por conta da boa campanha que vem desenvolvendo, na última edição do ranking mundial da Aiba o brasileiro aparece atrás somente do cubano Lazaro Estrada. Ou seja, pela Aiba, ele é o melhor leve do mundo hoje.

Dirigentes da entidade ouvidos por este blog reconhecem que a maior chance de medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos é Conceição.

''Já tenho medalha em Mundial [uma prata e um bronze], só falta para mim uma medalha olímpica'', explica Conceição sobre sua permanência no amadorismo.

Porém para evitar o êxodo de lutadores como o brasileiro para o boxe profissional e valorizar os Jogos Olímpicos, a Aiba teve de colocar em prática uma estratégia financeira ao assinar durante o período da Olimpíada de Londres, quatro anos atrás, contratos que valem até a Rio-2016 com um número de atletas que gira entre 80 e 100 boxeadores.

Para o próximo ciclo, que irá da Olimpíada do Rio até os Jogos de Tóquio-2020, a entidade planeja aumentar o investimento para ''segurar'' talentos: Quer assinar com 12 lutadores de cada categoria, mais alguns, dependendo do dinheiro que tiver em caixa para isso. Porém nem isso é garantia de que os melhores permanecerão no amadorismo.

Dois outros atletas que inicialmente haviam assinado depois de Londres-12 com a Aiba foram os irmãos Falcão, Esquiva e Yamaguchi, medalhistas em Londres-12, cujos acordos com a entidade não duraram. Este blog apurou que o presidente da Aiba, CK Wu, ficou bastante irritado por a dupla não ter feito durante o período de um ano uma luta sequer dentro do contrato que começou a contar da Olimpíada de Londres. A Aiba não renovou e Yamaguchi fechou com a Golden Boy e Esquiva, com a Top Rank.

Aproveito este post para convidar a todos para participar de um bate-papo amanhã, dia 9 de janeiro, sábado, a partir das 9h, dentro do programa Sesc Verão 2016, no Sesc São Caetano, no Parque Espaço Verde Chico Mendes, com as participações de Robson Conceição e deste blogueiro. A entrada é franca.

Outro evento do mesmo programa que recomendo é o bate-papo com o medalhista olímpico Lars Grael, que no ano passado se sagrou campeão mundial de vela na classe Star e de quem tive o prazer de escrever a quatro mãos sua biografia. Acontece no domingo, dia 10, a partir das 16h, no Sesc Santo André, também com entrada franca.

 

 


Globo fica sem rivais na disputa por Brasileirão e clubes perdem trunfo
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Eduardo Ohata

Record e Rede TV!, emissoras que protagonizaram com a TV Globo em 2011 a última grande negociação de direitos do Brasileiro para a TV aberta, que culminou na implosão do Clube dos 13, descartam disputar com a emissora do Rio os direitos do Brasileiro-18/19 para a TV aberta.

Ou seja, o caminho está aberto para a Globo negociar com os clubes de futebol sem a pressão de ter de igualar ou melhorar as propostas de concorrentes.

A decisão frustra os grandes clubes do futebol brasileiro que conversam com o canal Esporte Interativo sobre a venda dos direitos do para a TV fechada do Nacional no período. Cartolas de ao menos dois clubes que conversam com o Esporte Interativo ouvidos por este blog acreditavam que seu poder de negociação seria fortalecido pela presença de concorrentes da Globo na TV aberta.

Entre os clubes que chegaram a conversar com o Esporte Interativo estão Santos, Fluminense, Grêmio, Inter, Atlético-PR, Coritiba, Bahia e Sport.

''Nesse momento, a Record não tem interesse na disputa por esses direitos'', informou ao Blog Hiran Silveira, diretor de aquisições e relações internacionais da TV Record. ''Essa eventual compra [dos direitos do Brasileiro-18/19] não está incluída em nossos planos de investimentos para o próximo biênio.''

O setor de aquisições da Rede TV!, comandada por Franz Vacek, respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que ''não há interesse [em adquirir os direitos do Brasileiro-18/19]''. Segundo apuração do Blog, os motivos seriam estratégicos.

Este blog revelou no último dia 23 que grandes clubes de futebol conversavam com o Esporte Interativo os direitos do Brasileiro-18/19. A emissora chegou a acenar com um bônus de cerca de R$ 40 milhões para os clubes que assinassem.

O executivo que tradicionalmente negociava pela Globo os direitos de transmissão com os cartolas era Marcelo Campos Pinto, que deu lugar a Pedro Garcia e Roberto Marinho Neto. Cartolas comentam que ainda ''estão se acostumando'' ao estilo da dupla, após muitos anos negociando com seu antecessor. Em 2011, com a concorrência de Record e Rede TV!, Campos Pinto negociou individualmente com todos os clubes os direitos do Nacional.

O Esporte Interativo necessita dos direitos de transmissão do Brasileiro para preencher sua grade, especialmente agora que passaram a fazer parte da grade da programadora NET, que detém 51,75 % de participação do mercado (10 milhões de assinantes). O canal ainda não fechou com a Sky, dona de quase 29% do mercado.

A emissora tem como destaques a Liga dos Campeões e a Copa do Nordeste, mas precisa de mais atrações ao vivo de futebol para atrair o espectador no período da noite e fins de semana. A aquisição do Esporte Interativo pelo grupo Turner anima os cartolas brasileiros. Eles argumentam que se a Turner conseguiu adquirir a Liga dos Campeões é porque tem os bolsos fundos o bastante para apresentar ótimas propostas pelo Campeonato Brasileiro.


S. Silvestre ironiza atleta de 56 com tempo incomum ao explicar eliminação
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Eduardo Ohata

Pronto. Aqui está a saideira, o capítulo final, mas necessário, da polêmica gerada pelo senhor de 56 anos que terminou em 22º lugar na São Silvestre. A organização encaminhou a este blog a justificativa técnica do porquê de sua desclassificação que reproduzo integralmente abaixo.

A organização disse que, fosse o resultado verídico, seria um ''caso para estudo da ciência do esporte''. Verdade, pois o veterano corredor de 56 anos teria chegado menos de 2 minutos depois do fundista brasileiro Solonei da Silva, 33, que já garantiu vaga para participar dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

''O Comitê Organizador da Corrida Internacional de São Silvestre 2015 informa que:
O atleta José Aparecido Gonçalves, número de peito 11929, de acordo com os relatórios de cronometragem  não  concluiu o percurso em 22º lugar. O mesmo não possui tempo de largada, ou seja, não há registro pelo tapete que controla o chip na largada. Contudo, o mesmo possui um registro de passagem pelo tapete de percurso localizado no Largo do Arouche, aproximadamente no km 10, às 09h06min54s, o que nos dá uma informação que o mesmo teria feito os primeiros 10k da prova em 06min54s.

Essa marca  seria ''fenomenal'' e um caso para estudo da ciência do esporte ou, de fato,  o atleta teria largado de algum local no percurso, burlando os pontos de checagem e o regulamento?

O registro do chip referente à chegada do atleta informa a passagem às 09h48min24s, fornecendo assim um tempo total de prova (tempo bruto) de 48min24s.

Por não haver tempo de largada não há como localizar o tempo líquido do atleta, uma vez que este tempo é a diferença entre o tempo total de prova (tempo bruto) e o tempo de largada.

Os resultados são publicados através do sistema de leitura do chip e de pesquisa após o evento e são, frequentemente, atualizados conforme regulamento.

Notoriamente o atleta não teve o desempenho que apresentou, não cumpriu os requisitos de largada e chegada expondo o evento e sua pessoa a uma situação de risco. Foi desclassificado e o resultado atualizado .

Sobre o atleta e sua característica técnica.

Na 90ª SÃO SILVESTRE (2014) o atleta correu com o número de peito 8876 e classificou-se na posição 3.809 com o tempo bruto de 01h26min15s e líquido de 01h24min46s.

Verificando todas provas do calendário da organização técnica  realizadas em 2013, 2014 e 2105,  com exceção da 90ª SÃO SILVESTRE (2014), não há nenhum registro de nenhuma performance tão ''fenomenal''.

O Sr. José Aparecido Gonçalves foi tão rápido que através de sua ''conduta antidesportiva'' chegou oito segundos após o atleta 215, Vagner da Silva Noronha, que completou  em 21º lugar com o tempo de 48min16s. Ressaltamos que  o atleta Vagner da Silva Noronha foi 2º colocado na XXI Maratona de São Paulo 2015.

Considerando os fatos acima e imagens do próprio atleta no percurso, como o exemplo a seguir,  <https://webrun.fotop.com.br/fotos/commerceft/busca-loja/tipo/id/11929/evento/1822>,

suas declarações nos veículos de comunicação assumindo que largou antes do tempo

<http://www.webrun.com.br/h/noticias/supostos-cortadores-de-caminho-na-sao-silvestre-geram-polemicas-/16504>,

sendo que inicialmente reivindicava seu resultado  e sua atitude que demonstram o mesmo em um ritmo contemplativo e bem abaixo da performance relatada, fica claro que o mesmo não  concluiu o percurso em 22º lugar.

O Comitê Organizador do evento lamenta que a atitude deste atleta e de outros que tentam se beneficiar ou levar vantagens indevidas prejudique o bom andamento e a imagem da competição. A mesma oferece uma infraestrutura profissional aos participantes bem intencionados e devidamente inscritos, que acabam sendo prejudicados por atitudes similares a esta e também pelos que correm sem a devida inscrição.


São Silvestre desclassifica atleta de 56 anos que fez tempo incomum
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Eduardo Ohata

A organização da São Silvestre retirou o corredor José Aparecido Gonçalves, 56, da equipe Porta da Esperança Loterias, de Minas, da classificação da última edição da tradicional corrida de rua. A lista originalmente divulgada apontava que Gonçalves cruzara a linha de chegada em 22º lugar, apesar de não ter largado do pelotão de elite.

A título de comparação, o fundista Solonei Rocha da Silva, primeiro brasileiro a se garantir no atletismo do Rio-2016, chegou só um pouco à frente, em 14º, com o tempo de 46min42s.

Ou seja, Gonçalves largou junto com o povão e terminou a prova em 48min24s, menos de dois minutos depois de nosso representante na Olimpíada do Rio.

Classificação corrigida da São Silvestre, sem o nome do corredor de 56 anos cuja lista original informava que havia terminado em 22º

Classificação corrigida da São Silvestre, sem o nome do corredor de 56 anos que na lista original aparecia como o 22º colocado

''Ele furou o caminho. Não há como 'enganar' a tecnologia. Temos quatro 'tapetes' [equipamentos eletrônicos] que indicam se ele passou por todos os pontos do percurso'', explicou a este blog Julio Deodoro, da Fundação Cásper Líbero, e diretor-geral da prova. ''Trabalhamos com um consultor que há mais de 20 anos está na Confederação Brasileira de Atletismo que já havia cantado a bola de que esse resultado era muito suspeito. Era só uma questão de tempo até confirmar. Ele já está fora [da classificação].''

''Nem o [queniano pentacampeão da São Silvestre] Paul Tergat chegaria nessa colocação aos 56 anos'', argumentou a este blog Julio Deodoro, da Fundação Cásper Líbero, e diretor-geral da prova.

Na nova lista, o 22º lugar é ocupado agora pelo etíope Hailu Beyecha Dibaba, 23, que cumpriu a prova em 48min33s.

À ''Folha de S.Paulo'', Gonçalves havia mantido que não cortou caminho e que inclusive achou que ''poderia ter ido melhor''. ''Não houve furo, cumpri todo o trajeto'', disse.

A performance de Gonçalves, porém, levantou suspeitas. Nas mídias sociais, surgiram insinuações de que o veterano teria ''cortado caminho''.

Segundo Deodoro, todos os anos há fraude nas inscrições, mas por outro motivo. ''Muita gente diz que tem mais de 60 anos para pegar meia na inscrição'', diz. ''Todos eles são desclassificados.''


Cortou caminho? Corredor de 56 anos faz tempo fora do comum na S. Silvestre
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Eduardo Ohata

Na lista de classificação da última edição da São Silvestre, a colocação de um atleta de 56 anos chama a atenção. Apesar de não ter largado do pelotão de elite e da idade, cruzou a linha de chegada em 22º lugar.

A título de comparação, o fundista Solonei Rocha da Silva, primeiro brasileiro a se garantir no atletismo do Rio-2016, chegou só um pouco à frente, em 14º, com o tempo de 46min42s.

Ou seja, José Aparecido Gonçalves, 56, da equipe Porta da Esperança Loterias, de MG, largou junto com o povão e terminou a prova em 48min24s, menos de dois minutos depois de nosso representante na Olimpíada do Rio.

Classificação da São Silvestre, diz que atleta de 56 anos ficou a menos de 2 minutos de representante olímpico

Classificação da São Silvestre, diz que atleta de 56 anos ficou a menos de 2 minutos de representante olímpico

A performance de Gonçalves, porém, levantou suspeitas. Nas mídias sociais, surgiram insinuações de que o veterano teria ''cortado caminho''. A organização da São Silvestre, mais tradicional corrida de rua da América do Sul, afirma que investigará o caso e que toda a classificação da prova deve sofrer alterações em relação à que já foi divulgada.

''Nem o [queniano pentacampeão da São Silvestre] Paul Tergat chegaria nessa colocação aos 56 anos'', argumentou a este blog Julio Deodoro, da Fundação Cásper Líbero, e diretor-geral da prova. ''Ele furou o caminho. Nossa equipe investigará as imagens para identificar essa pessoa, ele será desclassificado e a classificação da prova sofrerá uma revisão.''

Segundo Deodoro, todos os anos há fraude nas inscrições, mas por outro motivo. ''Muita gente diz que tem mais de 60 anos para pegar meia na inscrição'', diz. ''Todos eles são desclassificados.''

Harry Thomas, jornalista especializado em corridas de rua, também acredita em fraude.

''Cortadores de caminho é praga que começa a tomar força no running brasileiro, aliás, é algo que acontece no mundo inteiro, talvez motivados pela egolatria e exposição que as Redes Sociais propiciam neste mundo virtual.  Nesta São Silvestre tivemos alguns casos, como a do corredor José Aparecido Gonçalves com um pace de corredor profissional, 3:14 min/km'', aponta Thomas Jr.

''É nítido observando o  vídeo de chegada que o corredor não tem biotipo e nem condições de sustentar um pace desta proporção. Fizemos uma pesquisa em sites de venda de fotos, e vemos esse corredor veterano andando durante o percurso. Portanto, para completar a prova neste tempo só há duas hipóteses: Ter largado junto aos demais e cortado caminho e/ou ter largado horas antes e andar/correr para chegar a Paulista, mas neste caso, sua passagem no tapete de largada não seria computada'', complementa.

''Para finalizar: não há veteranos no Brasil desta faixa etária que correm com essa marca''.

Este blog tentou contato com a unidade da Porta da Esperança Loterias do município de Bicas, onde Gonçalves trabalha, mas ninguém atendeu o telefone.


Saiba como o Esporte Interativo tenta conquistar os clubes do Brasileirão
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Eduardo Ohata

O canal fechado Esporte Interativo ofereceu um pacote para os clubes com os quais negocia os direitos para transmitir suas partidas do Brasileiro nas temporadas 2018/19. Segundo clubes consultados por este blog e que negociam com a emissora, o principal atrativo são os valores com os quais a emissora acenou, no mínimo cinco vezes superior àquele oferecido pela Globosat pelos direitos de TV a cabo.

O ''lastro'' para tal oferta, que também impressionou os clubes, é o nome da gigante de mídia Turner por trás do Esporte Interativo e o efeito ''Champions''. Cartolas comentam que se a emissora conseguiu para si os direitos para o Brasil da Liga dos Campeões é porque está capitalizada e reúne condições financeira para cumprir sua proposta.

Executivos do Esporte Interativo ouviram dos cartolas a proposta de um novo formato de contrato, em relação ao atual com a Globosat. Eles querem seguir o modelo inglês, que reparte 50% do valor total igualitariamente entre todos os 20 clubes da Série A, 25% seriam repartidos de acordo com os méritos técnicos, ou a colocação dos clubes na tabela ao término do Nacional, e a divisão dos 25% restantes obedeceria aos critérios de audiência.

É justamente esse último detalhe que, segundo o grupo de cartolas que conversam com o Esporte Interativo, tornariam o negócio atrativo também para Corinthians e Flamengo. Como as partidas de seus times lideram a audiência, continuariam arrecadando mais do que os demais. Talvez um pouco menos, pondera um dirigente, ao argumentar que essa nova fórmula diminuiria a disparidade entre os valores pagos a grandes e a pequenos.

O Esporte Interativo pede a exclusividade nos direitos da TV fechada. Mas poderiam sublicenciar os direitos posteriormente, a exemplo do que fez a Fox Sports com a Libertadores.

O cartolas alegam que a Globosat ainda manteria um quinhão do Brasileiro, já que ficaria livre para negociar os direitos da TV aberta e do pay-per-view.

O Esporte Interativo negocia os direitos do Brasileiro pela necessidade de preencher sua grade com eventos ao vivo, especialmente à noite e aos finais de semana. Os dois destaques de sua grade são a Champions e a Copa do Nordeste. A necessidade aumentou após sua entrada na grade da operadora NET.


Cadastro para coibir violência de torcidas é revivido, mas esbarra em custo
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Eduardo Ohata

O cadastramento nacional das torcidas organizadas, iniciativa com o objetivo de coibir a violência nos estádios e arredores, será ressuscitada pelo Ministério do Esporte. O projeto havia sido concebido por Alcino Reis Rocha quando esteve à frente da Secretaria Nacional de Futebol, mas foi esquecida quando Aldo Rabelo assumiu a pasta.

À época, o plano incluía a instalação de entradas exclusivas para as organizadas, onde para adentrar nos estádios eles seriam identificados por meio de biometria. Isso impediria, por exemplo, que torcedores flagrados pela polícia provocando confusão ou participando de brigas durante alguma partida continuassem frequentando os estádios.

O futebol na Inglaterra, por exemplo, só se tornou o negócio milionário que atrai famílias aos estádios depois que os graves problemas representados pelos violentos hooligans foi equacionado.

Devido ao alto custo para a instalação desse equipamento de ponta, o programa deverá ser implementado por etapas à medida que o governo feche convênios. A digitalização de fichas dos torcedores já disponíveis em algumas federações estaduais, como a Paulista, funcionaria como um primeiro passo.

''A Federação Paulista de Futebol é a que está mais adiantada em termos de manter um cadastro. Mas ele está em papel, então o passo para torná-lo mais funcional, por exemplo, em caso de necessidade de identificar rapidamente um torcedor, seria digitalizar todo esse material'', explica o atual secretário nacional do futebol, Rogério Hamam. ''Entramos em contato com a federação paulista para ver como podemos apoiá-la.''

Porém os custos para a aquisição e implantação dos equipamentos de biometria e outros relacionados ao programa, bastante proibitivos, esbarra na falta de verba do governo, que dificilmente poderia liberar dinheiro para sua instalação. ''Queremos criar um mecanismo de parcerias'', argumenta Hamam.

É possível que, segundo este blog apurou, que a instalação desse tipo de equipamento influa em uma futura classificação dos estádios de futebol pelo governo, como atualmente acontece com os hotéis.


Aos 14, neto de 1º medalhista olímpico do boxe planeja luta nos EUA em 2016
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Eduardo Ohata

Neto de Servílio de Oliveira, primeiro brasileiro medalhista olímpico no boxe e filho de Ivan de Oliveira, técnico do ex-campeão pela Federação Internacional de Boxe Sertão, Luiz Gabriel, 14, planeja estrear em 2016 no Golden Gloves, mais prestigioso torneio americano de boxe amador. Ou melhor, seu pai, Ivan, subiu o sarrafo para o filho.

Não. A aventura nos EUA não seria produto de uma desilusão com o precário cenário do boxe brasileiro. Trata-se, na verdade, de um planejamento para completar a sala de troféus da família.

''Falta um campeão mundial [na família]'', diz, em tom reflexivo, Pitu. ''Se o Bolinha [apelido de Luiz] ganhar o Golden Gloves, isso fará maravilhas para a carreira dele. O Golden Gloves revelou, por exemplo, o ex-campeão mundial dos pesados Muhammad Ali.

Luiz Gabriel, o Bolinha, durante competição

Luiz Gabriel, o Bolinha, durante competição

No fim de semana passado, Bolinha foi campeão do torneio Galo de Ouro, competição voltada à base do boxe, organizado pela Federação Paulista de Boxe. O título, conquistado na categoria até 48 quilos após duas vitórias por nocaute, fechou o ciclo de Bolinha no pugilismo infantil. Servílio acompanhou a luta do neto, posicionado em um córner neutro com uma câmera na  mão para registrar os golpes de Bolinha. Talvez para provar o que sempre fala quando é questionado sobre o neto: ''este é um futuro campeão''.

Mas… Levá-lo para fazer campanha nos EUA? Não seria muito precoce?

''No Golden Gloves ele lutaria com garotos de sua idade, na categoria cadete [entre 15 e 16 anos]'', tranquiliza Pitu.''Acompanhei o Mundial de cadetes, os americanos lutam bem, mas acredito que meu menino pode competir com eles pau a pau.''

O desafio mais difícil, prevê, está mesmo fora do ringue. ''É uma viagem com custo alto, passagem aérea, estadia…''

Após a eventual disputa do Golden Gloves Bolinha retornaria para o Brasil para seguir competindo em torneios como o Brasileiro, onde pretende baixar de peso para lutar: passaria para os 46 quilos.

Segundo Pitu, como o filho costuma treinar com atletas mais velhos, até 17 anos, ou mais pesados, consegue assimilar melhor os golpes que vêm em sua direção durante uma competição.

''Ele é um bezerro, mas estou treinando igual cavalo'', resume Pitu, cujo filho faz parte do programa Garimpando o Ouro Olímpico tocado por ele e pelo irmão Gabriel, os Oliveira Brothers, voltado majoritariamente a jovens carentes e para o qual, não esconde, são sempre bem-vindas colaborações de empresas ou mesmo pessoas físicas.


Esporte Interativo já conversa com clubes sobre Brasileirão 2018/19
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Eduardo Ohata

Os clubes da Série A do Brasileiro foram procurados pelo canal Esporte Interativo, que os sondou sobre os direitos do Nacional na TV fechada para as temporadas 2018-19. Executivo da emissora acenou com um incentivo de R$ 40 milhões de luvas pela assinatura do contrato, o que ''mexeu'' com diversos clubes, especialmente os que enfrentam situação financeira difícil e precisam de um influxo de dinheiro para a próxima temporada.

A proposta foi confirmada a este blog por dois presidentes de clubes da região sudeste que conversaram com o canal.

Cartolas consultaram executivos da Globosat sobre a proposta que receberam do Esporte Interativo e sugeriram que recebessem da programadora do Rio R$ 40 milhões de luvas.

Eles foram ouvidos e a informação levada em consideração. Mas a resposta não os agradou. Ouviram que a Globosat até poderia liberar R$ 40 milhões agora, mas em contrapartida enxugaria em torno de 25% do que os clubes costumam receber pelos direitos de TV fechada.

A área de negociação de direitos de TV da Globo sofreu mudanças radicais este ano, com o anúncio do afastamento de Marcelo Campos Pinto, que tradicionalmente negociava com os cartolas dos clubes os direitos de TV.

Em seu lugar, tomaram a frente das negociações Pedro Garcia, que desempenhava a função de diretor de negócios dos canais SporTV, Premiere e UFC Combate, e Roberto Marinho Neto, filho de Roberto Irineu Marinho.

Cartolas ouvidos pelo blog afirmam que ainda estão se ''adaptando'' às mudanças na Globosat.

O Esporte Interativo, especialmente agora que garantiu sua inclusão na grade da operadora NET, deve trabalhar para fortalecer sua programação. Seus destaques atualmente são as transmissões da Liga dos Campeões e da Copa do Nordeste. O canal, que foi adquirido pelo grupo Turner, provavelmente concentrará sua busca em atrações que possam transmitir ao vivo nas noites dos dias de semana e durante os finais de semana.

A Sky informou que oficialmente ''não há novidades'' em relação à negociação com o Esporte Interativo.