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‘Sem obras adicionais’: Odebrecht rebate ‘declaração de guerra’ corintiana
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Eduardo Ohata

A Odebrecht não realizará obras adicionais na Arena Corinthians, cobradas pelo clube para aumentar a funcionalidade do estádio, e tampouco fornecerá à firma de auditoria mais documentos além daqueles já disponibilizados, outra exigência de cartolas corintianos.

“O quinto aditivo ao contrato prevê que o custo total do estádio seria de R$ 985 milhões e que gastos que eventualmente extrapolassem o orçamento poderiam ser compensados [com custos para baixo] em outros itens”, explicou ao blog o engenheiro Ricardo Corregio, responsável da Odebrecht pela área de contratos no que se refere à Arena Corinthians. “E os contratos da Odebrecht com empresas terceirizadas são protegidos por cláusulas de confidencialidade, portanto não serão encaminhados à auditoria.”

Trocando em miúdos a primeira declaração de Corregio, em uma comparação hipotética, o engenheiro quis dizer que se o orçamento do estádio era de R$ 985 milhões, e foram gastos R$ 900 milhões com as fundações da arena, o custo de todo o resto, como gramado, decoração, cobertura, etc, teria de se encaixar dentro de R$ 85 milhões (veja cláusula do aditivo à qual Corregio se refere ao fim do post).

A segunda parte da declaração do engenheiro é auto-explicativa.

Na semana passada, conforme publicado no post “Aliados de Andrade comemoram ‘declaração de guerra’ contra Odebrecht, no Blog do Perrone, aliados do presidente corintiano comemoraram a adoção de tom duro de Roberto Andrade em relação à construtora.

Cartolas corintianos, que já ameaçaram ir à Justiça contra a Odebrecht, reclamam que a construtora teria entregado o estádio com itens faltando, e que para se ter ideia do que falta, a construtora precisa encaminhar para a auditoria alguns documentos que faltam.

Lista da construtora mostra que o orçamento “estourou” em itens como gramado (R$ 4 milhões para R$ 6,6 milhões) cabines de transmissão, cobertura e até com gasto com pessoal (contratos de trabalho), entre outros itens.

Na empreiteira também é questionada a necessidade de mais documentos para verificar itens que não teriam sido entregues. Segundo técnicos, basta comparar o projeto original ao “as built”, espécie de relatório de acompanhamento de construção da obra.

 

Clausula do 5º aditivo

Clausula do 5º aditivo

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Em carta, Odebrecht responde questionamento de Corinthians sobre segurança
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Eduardo Ohata

A Odebrecht respondeu oficialmente ao presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, questionamento feito pelo cartola à construtora sobre a segurança da Arena Corinthians.

“Do ponto de vista técnico, não existe qualquer motivo para interditar a Arena ou suspender sua utilização. Corrobora esse posicionamento o fato da Arena Corinthians ter renovado, em Julho/2016, o Alvará de Funcionamento. Além disso, todos os demais laudos de segurança, emitidos pelos órgãos que fiscalizam periodicamente as instalações, estão vigentes”, explica a carta da Odebrecht ao presidente corintiano, datada de 2 de novembro de 2016, à qual o blog teve acesso (confira reprodução da carta ao fim do post).

“[As matérias que falam sobre vazamentos e erosão da arena] baseiam-se em eventos extemporâneos, identificados ainda no ano de 2015 e solucionados imediatamente, sem qualquer custo para o Clube e nenhum comprometimento da integridade da estrutura do Estádio”, prossegue a carta.

O questionamento do presidente Roberto de Andrade foi provocado por matéria publicada na “Folha de S.Paulo”, assim como pelo Blog do Juca, intitulada “Corinthians encontra vazamento em Itaquera e teme deslizamento”.

Para assegurar a segurança da arena, técnicos da Odebrecht citam alvará emitido pela Prefeitura de São Paulo, em 21 de julho deste ano, laudos de engenharia, segurança e prevenção e combate a incêndios. Eles apontam que os laudos foram emitidos após o episódio de vazamento, identificado em fevereiro de 2015, e ao de erosão, que aconteceu entre o fim de 2015 e o início deste ano.

Leia abaixo a íntegra da carta da Odebrecht ao Corinthians:

 

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Carta da Odebrecht em resposta a questionamento do presidente corintiano Roberto de Andrade sobre a Arena

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‘Tudo passou por Fifa, fundo e COL’, diz Andres sobre denúncia de Copa-14
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Eduardo Ohata

O ex-presidente corintiano Andres Sanchez rebateu a denúncia de que por seu intermédio uma empresa de formaturas sem experiência em grandes eventos faturou R$ 15 milhões com a Copa na Arena Corinthians.

“A Contratação [da empresa Stillo`s] passou pela Fifa, COL (Comitê Organizador Local) e cotistas do fundo [da Arena Corinthians]. O Corinthians estava lá para fiscalizar o que a empresa estava fazendo”, explicou Andres. “Mas a contratação dela fez um gasto projetado de R$ 130 milhões cair para R$ 90 milhões. Verifique as cotações com o fundo, que inclusive é fiscalizado por auditoria externa por exigência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).”

A revista “Época” publicou uma matéria intitulada “Uma empresa de formaturas faturou R$ 15 milhões com a Copa na Arena Corinthians”, na qual é relatado que a Stillo faturou R$ 15 milhões para “integrar pessoas” por conta da operação de overlay (estruturas temporárias). Segundo a revista, a Tecnotrade, empresa que gerenciou as obras de overlay e que contratou a Stillo, cuja sócia teria sido levada ao clube por Andrés, ganhou R$ 3,6 milhões, ou quatro vezes mais do que a empresa contratada. Os custos, ainda segundo a publicação, foi repassado para a operação do estádio.

Segundo Andres, entre as tarefas de Andréa, com quem nega ter qualquer tipo de relacionamento extra-profissional e que afirma já frequentar o clube antes de sua empresa ser contratada para a Copa, estava a coordenação de cerca de 1.500 profissionais.

“Na Arena, que recebeu a abertura, tinha dia que havia 150 caminhões [de emissoras de TV], cabos, fibra ótica, aluguel de equipamentos, até de carpete e outros detalhes, já que o estádio não estava com o acabamento pronto ainda”, explica ele. “Mas agora tudo que tem a ver com Corinthians colocam na minha conta.”


Andrés rebate críticas e diz que só quis dar uma casa à torcida corintiana
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Eduardo Ohata

O ex-presidente corintiano Andrés Sanchez rebateu críticas de que teria sido leniente com a Odebrecht em relação à Arena Corinthians. Segundo o dirigente, encarregado pelo clube para tratar de assuntos da arena, ele jamais impediu questionamentos à construtura e cobrou, sim, a Odebrecht, por meio de ações de advogados, engenheiros e economistas do clube.

O Blog do Perrone publicou post intitulado “Andrés é criticado no Corinthians por não ser duro com Odebrecht”.

“A construção [da Arena Corinthians] teve vários profissionais de várias áreas assessorando o clube, como por exemplo, a Advocacia Machado Meyer, o jurídico do clube, economistas da diretoria, fiscais de obra e da gestão do fundo”, enumerou Andrés.

“Todas as vezes que me passavam algo que tinha que ser cobrado da construtora, e que poderiam ou teriam que ser feitos diretamente à Odebrecht, apenas dando conhecimento ao clube, isso nunca foi barrado por mim. Meu objetivo sempre foi ter a casa do torcedor corintiano, e como não sou engenheiro, advogado, economista, era através deles que o clube se orientava.”

Há semanas Andrés ameaça entrar com ação na Justiça contra a Odebrecht, caso a construtora não libere a documentação pedida pela equipe de auditoria que analisa os números da Arena Corinthians.

 


Arena Corinthians não traz risco de deslizamento ou morte, refuta Odebrecht
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Eduardo Ohata

O engenheiro da Odebrecht Ricardo Corregio, diretor de contratos no que se refere à Arena Corinthians, nega enfaticamente que exista risco de morte de torcedores ou deslizamento de terra da área exterior do estádio para a Radial Leste que ameace pedestres.

”A defesa civil esteve aqui ontem [terça-feira] e verificou que não há problema”, explicou ao blog Corregio. ”Esses episódios que voltaram à tona agora se referem a um vazamento de água de fevereiro de 2015 e à erosão de uma canaleta em janeiro deste ano, os quais já foram sanados e não são correlatos. A defesa civil e o Crea podem atestar o que estou falando.”

A ”Folha de S.Paulo”, assim como o Blog do Juca, publicou nesta semana matéria intitulada ”Corinthians encontra vazamento em Itaquera e teme deslizamento”.

Segundo o engenheiro, em fevereiro de 2015 houve um vazamento de uma caixa d’àgua que ficava enterrada no piso, a cerca de 200 metros da Radial Leste, e entraria em pleno funcionamento caso algum quiosque de alimentação fosse instalado naquele ponto.

”A água escorreu por uma tubulação que se rompeu, mas a água saiu pelo esgoto, não houve infiltração”, argumentou Corregio.

O engenheiro apontou também que o local onde ocorreu o episódio de erosão, ”entre o fim de 2015 e o início de 2016″, se encontra a ”20 ou 30 metros” da Radial Leste, na esplanada entre os lados leste e norte do estádio.

”Isso aconteceu por conta das chuvas torrenciais, tanto que na mesma época houve um episódio famoso do afundamento do asfalto na Radial Leste, mas em Arthur Alvim, que fica bem longe do estádio”, aponta Corregio.

”Houve um estrangulamento de um tubo de 1,20 metro de diâmetro e quando a chuva chegou, a água escapou por fendas no cano. Mas já trocamos 73 metros de tubulação para sanar o problema e refizemos o asfalto.”

”A prova de que não foram problemas de projeto é que o seguro pagou os consertos, o que não teria acontecido se o problema fosse estrutural. Asseguro que em todos os jogos que aconteceram não houve risco de segurança aos torcedores. A própria Prefeitura emitiu uma nota confirmando isso que estou falando”, finaliza Corregio.

Confira na íntegra a nota da Odebrecht enviada ao blog, após a publicação da entrevista com Corregio:

“A Construtora Norberto Odebrecht, em face de notícias sem fundamentos sobre a construção da Arena Corinthians, vem esclarecer que sempre prezou pela qualidade dos seus trabalhos, utilizando as melhores e mais modernas técnicas construtivas em todos os seus negócios, não só no Brasil como em mais de 20 países onde tem presença.

A Arena, inaugurada em maio de 2014, sediou com sucesso grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo 2014 e jogos da Olimpíada 2016. Ao longo destes dois anos e meio de operação, dezenas de partidas de futebol e diversos outros eventos foram realizados, sem oferecer qualquer risco aos usuários.

Tanto que o estádio possui alvará de funcionamento e todos os demais laudos de segurança necessários a sua operação, emitidos pelos órgãos públicos que fiscalizam periodicamente as instalações locais, não apontam nenhuma restrição. 

Quanto às inconsistências do noticiário recente, vale apontar que:

– O referido vazamento de água constatado pela Sabesp ocorreu no início de 2015 e não tem relação com a erosão ocorrida um ano depois no estacionamento.

– O vazamento, de 2015, foi devido a um problema detectado em um registro localizado dentro de uma caixa de passagem, que fez a água escoar por uma tubulação de esgoto, instalada no mesmo local. Ou seja, não houve infiltração no solo.  Em nota, a Sabesp informou em 01/11/2016 que “esteve no local para inspeção e os técnicos constataram que a tubulação da Sabesp está em perfeito estado”.

– A erosão, de 2016, foi ocasionada por chuvas torrenciais e acima de qualquer expectativa na região, tanto assim que a seguradora do estádio foi acionada e ressarciu parte dos danos.

– Também não é verdade que exista um córrego passando por baixo do prédio, sem canalização. Foi executada uma rede de drenagem especifica para esse fim e está em projeto As Built (como construído) que foi entregue ao Fundo Imobiliário ainda no ano de 2015.

 – Quanto aos pontuais descolamentos de placas de granito das paredes, estão sendo avaliadas as reais causas de modo a impedir novas ocorrências dessa natureza. A construtora instalou mais de 30 mil metros quadrados desse material em pisos e paredes do estádio, sem o registro de nenhum problema relacionado à má instalação.

– Houve sim, há mais de um ano, queda de parte do forro em área restrita da Arena, e a Construtora tomou todas as medidas necessárias para corrigir o fato e garantir o acesso dos torcedores ao local sem quaisquer riscos.

– Não procede a informação de queda de placas de Techlan das fachadas no gramado ou na arquibancada. 

 Todos os trabalhos realizados na Arena tem as respectivas ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica), que servem par atestar a responsabilidade do executor. O CREA fazia visitas quinzenais à obra, verificando inclusive as mais de 200 ARTs assinadas por engenheiros ou arquitetos

 Por fim, é preciso ainda esclarecer que a CNO garante a qualidade da construção, sendo responsabilidade do Fundo a sua manutenção.​”


‘Que ‘presente’ é esse que temos que pagar R$ 950 milhões?’, rebate Andres
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Eduardo Ohata

O ex-presidente corintiano Andres Sanchez rebateu a acusação do presidente do conselho de administração do grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, de que a Arena Corinthians teria sido um presente para o ex-presidente Lula em retribuição a suposta ajuda do ex-presidente Lula ao grupo.

A edição deste domingo da “Folha de S.Paulo” traz reportagem sobre acordo de delação de Emílio, em fase de negociação, na qual fez tal afirmação.

“Dizem que [o estádio] foi dado de presente para o Lula, e o Corinthians tem que pagar um financiamento de R$ 950 e tantos milhões? Que tipo de presente é esse?”, perguntou ao blog Andres, de forma retórica, ao ser questionado sobre a declaração de Emílio Odebrecht.

Foi durante a gestão de Andres, hoje deputado federal, que o estádio foi viabilizado. O ex-presidente se mantém à frente das operações ligadas à arena, incluindo a busca por um parceiro para fechar o contrato dos “naming rights” do estádio.

A Arena Corinthians tem protagonizado uma série de polêmicas envolvendo clube e empreiteira. Técnicos que trabalharam na obra alegam que ela ainda não foi completamente entregue e que faltam detalhes para torná-la totalmente funcional.

Clube também já ameaçou processar o fundo da arena, integrada pela Odebrecht, caso toda a papelada referente ao estádio não seja entregue para a realização de uma auditoria, o que ainda não aconteceu.

Ao blog, Andres afirmou que tem esperança que isso aconteça dentro de 30 a 45 dias.

Na tarde deste domingo, o ex-presidente do Corinthians reforçou sua posição enviando um comunicado à imprensa sobre a polêmica. Veja a íntegra do texto a seguir:

Quanto à matéria da Folha de SP de 23/10/16, sobre suposta afirmação de Emilio Odebrecht, publicada como destacada manchete afirmando que o estádio do Corinthians foi um presente para o ex presidente Lula, constato que da leitura de tal notícia em momento algum se desprende tal afirmação já que o próprio texto deixa claro os esforços que o clube realiza para fazer frente ao pagamento.

Alguém, por mais mal informado que seja, afirmar que o estádio foi um presente para quem quer que seja, quando a Arena Corinthians custou R$ 985 milhões mais juros do empréstimo, é no mínimo não ser razoável em sua forma de pensar.

Como alguém dá algo para outro alguém e depois exige pagamento por isso?

E mesmo não sabendo qual conotação desejou-se dar, faz-se necessário deixar claro que, através dos trabalhos que estão sendo realizados pela auditoria geral da obra, há objetivos bem definidos.

O Corinthians cobrará da Construtora Odebrecht tudo o que deve, seja pelo não executado, superfaturado, o que tiver de ser refeito ou o que mais for detectado em prejuízo à instituição Corinthians.

E ainda, quaisquer pessoas que participaram de atos que prejudicaram o Clube, também serão cobradas.

O Clube em qualquer caso é a vítima, o lesado, logo deve ser ressarcido.

Este é o motivo da Auditoria Geral da Obra da Arena, a qual está sendo realizada de forma independente, envolvendo diversas áreas e, trazendo publicamente desde já, que a falta de entrega de documentos pela construtora ou Arena Fundo, está sendo interpretada como algo que merece maior aprofundamento ainda.

O Corinthians e seu torcedor são maiores e mais importantes do que qualquer um de forma individual, seja ele quem for.

E toda a imprensa sabe que tenho assessor de imprensa e nem ele e nem eu fomos procurados, como a matéria afirma, para falar sobre este o assunto.

Durante a semana, quando retornei de Brasília, na quinta-feira, fui a diversos programas que estavam marcados e atendi todas as solicitações de entrevistas.


LEIA MAIS:

Juca: O presente de grego da Odebrecht ao Corinthians
Trecho de delação de Emílio não causa surpresa no Corinthians
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“Loucura eu não faço, ou pode não haver amanhã”, diz presidente corintiano
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Eduardo Ohata

O presidente corintiano, Roberto de Andrade, reiterou diversas vezes em entrevista exclusiva ao blog, realizada na semana passada: “Nomes” para reforçar a equipe, loucura de contratar estrelas, apenas quando o caixa permitir. “É como você faz na sua casa: Se entram dez, gastamos dez; quando começar a entrar quinze, aí sim, começamos a gastar quinze”. A filosofia é refletida no atual momento do time no Brasileiro e explica a decisão de contratar um técnico de peso para assumir a equipe apenas no ano que vem.

O cartola discutiu ainda a Arena do clube, contou que não aceitou ligação de Marco Polo Del Nero, após a saída de Tite para a seleção, analisou o cenário para sua sucessão, a razão de as milionárias contratações dos “chineses” não ter revertido para o caixa do clube e quem, em sua opinião, foi a pior contratação, André ou Pato.

Blog do Ohata:  Quanto o Corinthians ganhou com a negociação de jogadores em 2016 e o que foi feito deste dinheiro?

Roberto de Andrade: Todas as negociações de jogadores no ano nos rendeu em torno de R$ 117 milhões. Gastamos R$ 65 milhões na recomposição do grupo, e o resto foi usado no dia-a-dia. Fechamos o balanço de 2015 com um passivo de, mais ou menos, R$ 490 milhões. No balancete que lançaremos agora, estamos com um passivo de R$ 350 milhões. Estou sendo muito contestado, principalmente pela torcida. Até entendo, também sou torcedor. Falando como torcedor, quero um time forte, quero que se f… as finanças do clube. Se eu tivesse pensando só no meu mandato, esse número estaria R$ 490 milhões, ou R$ 550 milhões, e eu teria 11 p… jogadores ganhando R$ 1 milhão por mês. Estaria sendo carregado por aí, seria lembrado como o presidente que ganhou isso, ganhou aquilo, levantariam um pedestal, e eu deixaria a bomba para depois quem chegasse. Não vou fazer isso. Prefiro ser criticado durante minha gestão do que depois que acabar meu mandato. Hoje a política é uma só: se tem, gasta, se não tem, não gasta. Ganho 10? Nós vamos viver com 10. Amanhã tem 15? Vamos viver com 15. Isso significa o quê? Um time melhor, tudo melhor. O que não pode é você ganhar 10, assumir compromisso de 15, e dizer, ‘esses 5 nós vamos empurrar’. Antigamente você falava para um jogador, vem trabalhar aqui [no Corinthians]. O cara queria tudo à vista, tudo adiantado, porque não tinha confiança que iria receber. Sempre foi assim no Corinthians. O que mais o nosso grupo de 2007 para cá resgatou foi a credibilidade. Hoje as pessoas ouvem falar em trabalhar no Corinthians e vêm correndo porque sabem que não tem problema. O mês aqui, agora, tem 30 dias.

O time, então, se tornou refém do orçamento?

O Corinthians não é refém, enquadramos as despesas dentro das receitas. Se você gasta mais do que tem, corre o risco de ter que vender o carro, a casa, para saldar suas dívidas.

Quando se falou nos valores dos jogadores negociados com os chineses, era uma chuva de dinheiro. Mas o clube não lucrou tanto. São Paulo e Palmeiras lucram mais do que Corinthians nas negociações. O clube pretende mudar a estrutura de seus contratos?

[Enfático] Desculpa, você está completamente enganado. Nossos contratos não são mal feitos, com multas baixas, o que tem são cláusulas contratuais. Vou dar um exemplo: O Renato Augusto estava no Bayer Leverkusen. Eles queriam vender 100% dele por 6, 7, 8 milhões. Não tínhamos isso para pagar. Demos metade para liberarem o jogador. Mas nos impuseram uma cláusula que se viesse uma oferta de 8 milhões, teríamos que vender. Não é questão de multa, mas de cláusula acordada entre as partes, senão não me cederiam o jogador. Quando veio a oferta de 8 [da China], ou eu pagava os 4, que eu não tinha, ou eu vendia o jogador. O Vágner Love veio de graça, nós só pagávamos o salário. ‘Só que coloca aí, Roberto, que se vier uma oferta de 1 milhão de euros, você o libera e ainda recebe uma multa de 1 milhão’. Vou falar não, se quero o jogador de graça? Não é que o jogador dos outros saem mais caro, é oportunidade. Especialmente se você não tem um caixa suficiente para mandar na negociação. Quando trouxeram o Elias, compramos 50%, também com cláusula de venda. Quando veio a oferta, ou você paga, ou você entrega para o cara para pegar a sua parte. O Gil, por exemplo, não tinha cláusula, éramos donos de 90%, vendeu por 9,7 milhões de euros e ficamos com quase tudo. Mas onde tem cláusula, você tem que cumprir.

Até que ponto o clube vai continuar vendendo 4 ou 5 jogadores para trazer apenas 2?

A vinda do jogador é por necessidade. Primeiro, que você não consegue trocar Renato Augusto por Renato Augusto. Se no grupo você tem um jogador com a característica [do que saiu], você tem que trazer um jogador com outra característica. Isso é a comissão técnica que me fala. Eles me dizem, preciso de um meia, me dão três nomes e dizem, qualquer um que você trouxer, eu tô feliz. Aí vamos atrás.

Mas isso não é uma deixa para aproveitar mais a base, que tem sido desperdiçada?

Criticaram quando a gente emprestou o Maycon para a Ponte Preta. Emprestamos porque ele queria jogar, mas no nosso grupo ele não ia ter chance porque tínhamos o Elias, seleção brasileira, dono da camisa. Se ele não vai ser usado, vai ficar aqui sentado no banco, é melhor por ele para jogar, mandamos ele para a Ponte para ser titular, ganhar rodagem. A saída do Elias foi uma coisa pontual, não tava programado, e em dezembro o Maycon volta. O Marciel, mesma coisa. Na época o Tite falou, o Maycon está mais pronto que o Marciel, pode emprestar para o Cruzeiro. Agora pedimos de volta, e o Marciel está de volta. Quero deixar claro que foi nós que pedimos, não o Cruzeiro que o dispensou.

Qual a maior crise de vestiário que você como presidente enfrentou e resolveu?

Nenhuma. Crise de vestiário? Zero. Posso falar de boca cheia que só trabalhei com grupo nota mil em quatro anos como diretor de futebol e agora como presidente. Nesses seis anos trabalhei com o Tite e, com ele, não tem confusão. Não tem o que falar de ninguém.

Você atacou a CBF após a saída de Tite. Como está a relação entre você e o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, agora?

Fiquei chateado e continuo achando que o presidente da CBF errou, não vou mudar minha opinião. Um erro não se apaga, ele pode pedir desculpa que a gente vai aceitar. Ele errou de não ter me contatado. Eu não tive mais contato com ele porque não fui mais à CBF. Se tiver, vou à CBF e falo para ele que ele errou. Ele tentou [pedir desculpas], me ligou no dia seguinte, eu que não atendi. Acho que era isso que ele queria falar, eu que não atendi. Mas não quero empurrar isso para o resto da vida. Ah, você abriu o CT para a seleção treinar. Queriam o quê, que montasse uma barricada? A seleção não é minha, não é dele, é do país. Não vou deixar de atender a seleção porque ele errou comigo. Mas desde que o Marin assumiu, está melhor do que a gestão anterior.

Ao substituir o Tite, por que optaram pelo Cristóvão, se havia “nomes” no mercado, como Fernando Diniz e Abel Braga? Fizeram essa opção por que o time era modesto?

A gente não entende isso. Quem montou o time foi o Tite e o Edu Gaspar. O Cristóvão tinha o perfil que a gente buscava: Perfil agregador, de relacionamento bom com o grupo, que foi o que a gente aprendeu com o Tite, com resultados bons dentro e fora de campo. Ah, mas ele não tem nenhum título. Mas o Tite, quando chegou no Corinthians, também não tinha. No caso de qualquer treinador que viesse trabalhar pós-Tite, as comparações seriam difíceis.

Ainda acredita em titulo ou o alvo é uma vaga na Libertadores?

Acredito, porquê não? Estamos vivos. Dois tropeços de alguém, nós chegamos.

Quando o time terá um grande jogador, como um Ronaldo, por exemplo, à sua frente? Quem será?

Quando a gente tiver condições financeiras de trazer um jogador. Um jogador nesse perfil que você falou, custa caro. Não precisa ter o nome do Ronaldo, mas a gente sempre sonha em trazer um grande jogador. O Corinthians precisa de qualidade, pode ser um, em quatro, em cinco, ou nos 11. O Corinthians não tinha ninguém de expressão e no ano passado e fomos campeões [do Brasileiro]. O objetivo é ser campeão, não ter um jogador de referência. Temos que ter um conjunto de qualidade, que era o que tínhamos no ano passado. Talvez não tenhamos o mesmo conjunto, mas ainda temos muita qualidade. Melhor do que muitos clubes.

Mas como se manter líder de público com o time caindo de produção?

Se você for ver nos últimos anos, mesmo nos anos em que a gente não ganhou título, o time era forte. O objetivo não é encher a arena, é ganhar. Não adianta encher estádio e não ganhar título. Lógico que jogar com a arena lotada é bacana, e para isso é preciso ter um time competitivo.

Pensa em estratégias de marketing como na época do Luis Paulo Rosenberg, que aproximava o clube à torcida?

Pelo contrário, nós temos hoje um recorde, 146 mil sócios-torcedores. Camisa, uma das mais valorizadas do país [R$ 60 milhões], mesmo nessa crise financeira.

Pretende rever para baixo os preços de ingressos?

Não tem como diminuir. Temos o lado oeste do estádio, que quanto mais rápido lotar aquele setor, mais rápido consigo viabilizar que [os preços dos ingressos de] outro setor sejam menores. Senão a conta não fecha.

Nos últimos tempos, todos os presidentes vieram do departamento de futebol. Há algum candidato da situação que preencha esse requisito?

Não é pré-requisito para ser presidente. Mas o futebol é o carro-chefe, o departamento mais preocupante, mais delicado, é legal que o presidente conheça vestiário, como funcionam as coisas, para na hora que tiver que decidir, ter uma decisão mais clara.

Na situação, qual é o nome que tem esse perfil [para concorrer à próxima eleição]?

Hoje não tem, mas vai ter que ter. Acho muito cedo. Pode ser que surjam [alguns cenários] um pouco mais para a frente.

O Andres já terá condições para concorrer à presidência na próxima eleição. É um bom nome?

Ele fala que não quer, não sei.

Fora ele, tem algum nome disponível que tenha essa experiência de departamento de futebol?

Aí [um eventual nome] vai ter que passar ainda, né? Que tenha passado, não tem. Eu não vejo. Mas não precisa ficar no departamento de futebol 3, 4 anos como eu fiquei, pode ficar um pouco para ter noção de como as coisas funcionam.

Qual a situaçã0 do estádio?

Estamos com os pagamentos rigorosamente em dia. Fizemos um pleito à Caixa Econômica Federal, pagamos a última prestação em abril. De abril para cá [pelo acordo], a gente só vem pagando os juros. Mas os juros são 87% do valor da prestação, é quase igual. Eles têm até outubro para decidir sobre nosso pleito.

E os naming rights?

Está andando. Não dá para afirmar que vai sair daqui a uma semana, um mês. Como é uma coisa longa, de 20 anos, quero ter todas as garantias para assinar um contrato longo. O valor que estamos trabalhando é em torno de US$ 100 milhões.

Aceita fazer show no estadio para diminuir a divida?

Dentro do estádio, não. Queremos fazer show na área externa.

Quanto o Corinthians deixou de ganhar por ter emprestado o estádio para a Rio-2016?

Não deixou de ganhar. Pagaram e ainda deram um [dinheiro] para o fundo da arena. A arena foi vista no mundo inteiro, o Corinthians participou da Olimpíada, entrou para a história, isso ajuda na venda do naming rights.

Qual, na sua opiniao, foi o pior negocio para o Corinthians? André ou Pato?
Não vejo o André como um negócio ruim. Se você for falar negócio financeiro, não foi ruim porque peguei o dinheiro de volta, até um pouco a mais. Acho que ele deu mais retorno técnico do que o Pato, até porque jogou um pouco mais. E, financeiramente, o Pato deu um prejuízo maior.

Acha que o São Paulo se tornou o Corinthians em termos de cenário político conturbado?

Acho que o Corinthians, na pior de suas crises, fosse política ou financeira, sempre foi maior do que o São Paulo. São crises diferentes, mas o Corinthians, no meio de um monte de crises, só cresceu. O Corinthians vem juntando títulos e patrimônio. Em 9 anos, criamos o CT, o estádio e conquistamos um monte de título que ninguém ganhou. A torcida não quer saber se tem conta para pagar, se o cara pediu 500 mil por mês… ‘Paga esse FDP e põe ele para jogar’, ela diz. Só que isso tem um limite, o dinheiro para de entrar. Aí você vai para o plano B, e a qualidade cai um pouco. E tem clube no plano C e plano D…

Que clubes são esses?

Prefiro não quero falar.

Pelo que quer que sua gestão seja lembrada? Pelo título do Brasileiro? Pelo trabalho do Tite? Pela transparência?

Primeiro, se eu puder ganhar mais um título, seria legal. Segundo, não quero ser criticado porque deixei contas, porque deixei isso ou aquilo. A gente está fazendo muita coisa aqui que não aparece, regularizando muita coisa. Nunca tivemos uma negativa de impostos, o Corinthians passou a gozar do dinheiro da CBC [Confederação Brasileira de Clubes] para ser investido em esportes olímpicos. Isso tudo é trabalho, que passa pelo Ministério do Esporte. No Profut [Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileira], ao qual aderimos, você tem obrigações a cumprir, ou pode cair da Série A para a B por uma questão administrativa. Cobram um dirigente que aja com responsabilidade, e aí você é criticado porque age com responsabilidade. Quem critica tem zero conhecimento, não sabe o que acontece. Loucura eu não faço, se eu não agir dessa forma, talvez [o Corinthians] não tenha um amanhã.


Arena Corinthians dispara ‘fogo amigo’ em patrocinador que estreia hoje
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Eduardo Ohata

A Arena Corinthians disparou críticas na direção da parceira que estreia hoje no dérbi com o Palmeiras, a Apollo Sports Capital, fundo de capital para quem o clube vendeu o espaço que fica acima do número nas costas do uniforme por R$ 30 milhões. A Apollo, que não tem produtos próprios para divulgar, comercializará o espaço com outras marcas.

Porém a parceria começou de forma conturbada.

Dirigentes do Corinthians irritaram-se com informações veiculadas em diversos meios de comunicação sobre negociação de naming rights da Arena Corinthians, que teriam sido colhidas junto a pessoas ou executivos ligados à Apollo Sports Capital S.A., à Apollo Sports Solutions S.A. e a um outro fundo. Irritou, particularmente, a entrevista de um executivo da Apollo a um jornal de grande circulação. Na interpretação deles, segundo nota, o executivo teria indicado que negociações foram prejudicadas por conta do “amadorismo” que existe atualmente no esporte. Neste texto em particular, o termo “naming rights” é citado, mas não há menção da Arena Corinthians.

“Na realidade, ao contrário do amadorismo no esporte declarado pelo presidente da Apollo Sports Capital (e da Apollo Sports Solutions S.A.), senhor Michael Gruen… a Arena, em conjunto com o Corinthians, tem buscado o maior profissionalismo possível no assunto, tendo tomado todas as precauções para maior segurança do negócio [naming rights], já que se trata de um contrato longo, com valor expressivo e que envolve ambos (arena e clube)”, rebateu, por meio de nota (leia a íntegra ao fim deste post), a Arena Corinthians.

Um executivo da Arena Corinthians apontou ao blog que houve ausência de garantias financeiras para a concretização do contrato de “naming rights”.

“O verdadeiro motivo para a não celebração dos ‘naming rights’ até o momento é a apresentação de garantias insuficientes para a Arena, pois os documentos… não trazem liquidez e segurança mínimas necessárias para um contrato complexo, valoroso e de longo prazo, afinal, o capital social formado, por exemplo, é composto em grande parte por imóveis ou terras, sendo que algumas destas são apenas em percentual de seu total, o que dificultaria qualquer ressarcimento ou execução por parte do Arena Fundo ou do Corinthians, se necessário.”

“Não foi apresentada, também, a comprovação de que tal patrimônio que integra o capital social destas sejam de suas respectivas propriedades e estejam livres de ônus para a evolução do negócio.”

Também por meio de nota oficial, a Apollo Sports Capital informou que “firmou parceria com o Corinthians em uma propriedade e que em nenhum momento mencionou qualquer assunto relacionado ao “naming rights” da Arena. A empresa informa ainda que essa parceria com um dos maiores clubes do mundo e que visa engajar o torcedor com a marca e gerar valor para o time, é motivo de muito orgulho e satisfação, também pelo profissionalismo e integridade do seu presidente, sr. Roberto de Andrade. A Apollo, que hoje atua com futebol, espera também investir em outros esportes com potencial similar no Brasil”.

Leia a íntegra da nota oficial da Arena Corinthians:

“A Arena Corinthians vem, por meio desta Nota Oficial, esclarecer alguns pontos a respeito das negociações dos Naming Rights, após novas especulações veiculadas em matérias de diversos meios de comunicação, algumas contendo, inclusive, informações distantes da verdade.

Segundo as próprias matérias publicadas, as informações teriam sido colhidas de “bastidores” e de executivos ou pessoas ligadas ao Fundo de Investimentos em Participações (FIP) San Francisco, administrado pela Intrade DTVM, à Apollo Sports Capital S.A. e à Apollo Sports Solutions S.A.

Diversas colocações nas publicações causaram estranheza por não condizerem com a realidade dos fatos, e por estas informações veiculadas poderem induzir nossos torcedores e frequentadores da Arena Corinthians a conclusões equivocadas, a Arena Corinthians decidiu emitir esta Nota Oficial para esclarecer a verdade, de maneira clara e transparente.

Não é verídica a informação de que o senhor Andrés Sanchez, ou qualquer outro representante da Arena Corinthians, tenha “tentado falar” com o senhor André Gregori, “ex BTG e atualmente à frente de uma startup na área de seguros…” como colocado, pelo fato das negociações dos Naming Rights não terem relação com este Senhor.

Também não há veracidade na informação de que a negociação teria sido travada, conforme publicado, pois “segundo a empresa, é que a diretoria do clube teria criado dificuldades”. Na realidade, ao contrário do amadorismo no Esporte declarado pelo Presidente da Apollo Sports Capital (e da Apollo Sports Solutions S.A.), Senhor Michael Gruen, em matéria do Valor Econômico com o título: “Fundo de R$ 120 milhões negocia direitos esportivos”, a Arena, em conjunto com o Corinthians, tem buscado o maior profissionalismo possível no assunto, tendo tomado todas as precauções para maior segurança do negócio, já que se trata de um contrato longo, com valor expressivo e que envolve ambos (Arena e Clube).

Mesmo com grande evolução nas negociações com a compreensão do potencial parceiro, o verdadeiro motivo para a não celebração dos Naming Rights até o momento é a apresentação de garantias insuficientes para a Arena, pois os documentos tanto do FIP San Francisco, como da Apollo Sports Solution S.A., não trazem liquidez e segurança mínimas necessárias para um contrato complexo, valoroso e de longo prazo, afinal, o capital social formado, por exemplo, é composto em grande parte, por imóveis ou terras, sendo que algumas destas são apenas em percentual de seu total, o que dificultaria qualquer ressarcimento ou execução por parte do Arena Fundo ou do Corinthians, se necessário. Não foi apresentada, também, a comprovação de que tal patrimônio que integra o capital social destas, seja de suas respectivas titularidades e estejam livres de ônus para a evolução do negócio.

A preocupação da Arena Corinthians é de fazer o melhor negócio possível pela Nação Corintiana, seu Clube e sua Casa, e assim, a segurança técnica e patrimonial sempre devem ser prioridade.

Arena Corinthians”


Corinthians estuda ir à Justiça contra fundo de estádio por auditoria
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Eduardo Ohata

 

A direção do Corinthians estuda a possibilidade de ir à Justiça contra o fundo que administra a arena do clube, este blog apurou com pessoas muito bem posicionadas no clube e próximas ao presidente corintiano Roberto Andrade.

A principal reclamação é que o fundo tem demorado para liberar documentos referentes à Arena Corinthians, e que a documentação pedida não chega integralmente nas mãos dos funcionários da firma de auditoria contratada pelo clube para analisar valores.

Segundo a fonte, que definiu o status da situação entre clube e fundo como “começou a azedar”, chega a haver atrasos de até cerca de um mês na entrega da papelada. E, se auditores pedem 10 documentos, tem chegado três às suas mãos.

 


Lei que libera bebida alcoólica em jogos da Rio-2016 em SP não foi votada
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Eduardo Ohata

Apesar de ter sido encaminhado sob “caráter de urgência” à Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei que libera a comercialização de bebidas alcoólicas nos jogos de futebol da Rio-2016 que acontecerem na Arena Corinthians não foi votado. Em recesso, a assembleia volta a funcionar apenas em agosto e, se o regimento da casa for respeitado, o projeto vai a plenário, na hipótese mais otimista, só após os dois primeiros jogos na arena.

O primeiro jogo acontece no dia 3 de agosto, às 15h, entre Canadá e Austrália, pelo grupo F do torneio feminino. O projeto terá que ficar em pauta por três sessões. Só depois é que será encaminhado ao congresso de comissões e posteriormente ao plenário. Se aprovado, teria que ser publicado no “Diário Oficial do Estado”. No masculino, a primeira partida acontece dia 10, às 19h, entre Colômbia e Nigéria.

O projeto de lei 561/2016 foi encaminhado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Assembleia Legislativa no final do mês passado e busca aplicar às atividades ligadas Olimpíada Rio-2016 as mesmas condições que os jogos da Copa de 2014 receberam.

O documento explica que é para a Arena Corinthians entrar em conformidade com o que foi acertado pelas autoridades brasileiras no caderno de encargos encaminhado ao COI (Comitê Olímpico Internacional).

Além da liberação da venda de bebidas alcoólicas na Arena Corinthians (para maiores de 18 anos), o projeto autoriza que os patrocinadores e parceiros da Rio-2016 divulguem suas marcas e vendam seus produtos no raio de 2 quilômetros a partir do perímetro de segurança da arena e de outros locais oficiais.

O documento também prevê que os preços dos ingressos será fixado pelo Comitê Rio-2016 e que por isso não se aplicam as normas estaduais referentes à concessão de gratuidade, redução de preço, meia-entrada ou qualquer outra forma de subvenção a consumidores. Assim, o estabelecimento, ou não, de preços diferenciados por categoria de consumidores tais como, crianças, idosos e pessoas com deficiências, será de competência exclusiva da Rio-2016.

No site da Assembleia Legislativa, a última atividade relacionada ao projeto de lei foi sua publicação no Diário da Assembleia no dia primeiro de julho.