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Arquivo : Leco

Oferta de R$ 20 milhões em luvas que São Paulo quer ganhar da Globo expirou
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Eduardo Ohata

A oferta de luvas de R$ 20 milhões para que o São Paulo assinasse o contrato de TV aberta do Brasileiro a partir de 2019 com a Globo expirou, o blog apurou.

Cartolas são-paulinos planejam, como revelou a coluna “De Primeira”, abrir conversações para acertar os direitos de transmissão de televisão aberta a partir do início do ano que vem. Mas os dirigentes não abrem mão de receber da emissora o mesmo valor de R$ 20 milhões em luvas oferecido por ela -e recusado- pelo conselho deliberativo do clube há alguns meses.

A emissora isenta totalmente o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, de culpa pela não-assinatura do contrato, já que a recusa do conselho aconteceu durante um momento “quente” da disputa eleitoral no clube. Oposicionistas defenderam a recusa sob o argumento de que Leco poderia “torrar” as luvas em um curto período de tempo para impressionar os conselheiros e ganhar a eleição.

Mas o entendimento na Globo é o de que aquelas luvas eram válidas exclusivamente naquele momento. Elas funcionam como um incentivo para a assinatura de um contrato e seu valor depende do contexto, tanto econômico do país, como da negociação dos direitos em geral, não apenas com o São Paulo, mas com todos os demais clubes.

A assinatura, naquele momento, passaria uma mensagem que poderia incentivar outras agremiações a seguir os passos do clube do Morumbi. O SporTV, braço da Globosat na TV fechada, disputava as assinaturas dos clubes com o Esporte Interativo. Porém o cenário mudou tanto de lá para cá, que hoje tal investimento não faria o mesmo sentido.

Trata-se, então, de uma negociação que teria que recomeçar do zero.

O São Paulo é o único time da Série A que assinou contrato de TV fechada com a SporTV, que não tinha incluído no pacote a TV aberta. Na ocasião, em fevereiro do ano passado, a equipe do Morumbi recebeu R$ 60 milhões de luvas.


Aliado de Pimenta mira em Leco para chegar à presidência do conselho
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Eduardo Ohata

O presidente do Comitê de Ética do São Paulo, Opice Blum, mira no presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em sua recém-inaugurada campanha à presidência do conselho deliberativo do clube.

“Tenho muitas ideias para o conselho deliberativo”, explica Blum, aliado do oposicionista José Eduardo Mesquita Pimenta. “Quero um conselho com mais agilidade. Por exemplo, encaminhei ao [atual presidente do conselho, Marcelo] Pupo o processo do caso Jorginho Paulista, que tem como réu o Leco, que por sua vez protocolou sua defesa no dia 9 de janeiro. Só que até agora o processo não retornou para eu dar continuidade.”

Pupo, que é candidato à reeleição, confirma que o processo não retornou ao Comitê de Ética, mas discorda do comentário de Blum.

“Nada está parado ou arquivado”, justifica Pupo. “O que aconteceu é que o novo estatuto que foi aprovado no fim do ano precisava passar por uma regulamentação, inclusive na parte disciplinar, que dispõe sobre infrações e penalidades, o que foi feito na última quinta-feira.”

Caso seja eleito presidente do conselho deliberativo, no pleito previsto para o próximo dia 18, Blum abrirá mão da presidência do Comitê de Ética.

 


Globo só negocia com São Paulo após eleição, e retira proposta de R$ 20 mi
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Eduardo Ohata

A Globo só voltará a negociar os direitos de TV aberta do Brasileiro válidos a partir de 2019 com o São Paulo após a eleição à presidência do clube, marcada para abril, o blog apurou.

A emissora retirou da mesa de negociação proposta de R$ 20 milhões de luvas, realizada em dezembro passado. Na oportunidade, a oferta foi vetada pelo conselho deliberativo do clube por 78 votos contra 60, e foi comemorada como vitória política pela oposição.

Nos dias que antecederam a sessão, na qual o diretor financeiro, Adilson Alves Martins explicou como seria usado o dinheiro, conselheiros oposicionistas apontaram que havia o risco de esse dinheiro ser utilizado em ações eleitoreiras visando a campanha de reeleição do presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.

Falava-se, por exemplo, que Leco buscaria grandes contratações para alavancar dentro de campo sua campanha.

A Globo reconheceu que é inútil negociar em clima de eleições, após ter comprovado que interesses políticos pautam as decisões do conselho deliberativo. Por isso mesmo, a emissora apenas voltará a negociar os direitos de TV aberta depois do resultado do pleito.

Porém a emissora alerta que não necessariamente reapresentará a proposta de R$ 20 milhões de luvas que havia feito em dezembro. Aquela proposta já deixou a mesa de negociação com o clube do Morumbi.

A situação econômica do Brasil, que atravessa uma forte crise, foi citada várias vezes como fator a influenciar o valor a ser proposto.

A busca por outros direitos de transmissão também é citado como variável que pode interferir no cenário da retomada das negociações.

Além disso, no momento, a Globo é a única TV aberta a se interessar pela transmissão do Brasileiro a partir de 2019. Na TV por assinatura, o SporTV enfrenta a concorrência do canal Esporte Interativo.

Sem contar com o dinheiro da Globo, o clube dirigido por Leco lançou mão de empréstimos para honrar seus compromissos no início do ano.

O candidato da oposição é o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta.


Pimenta aponta herança de Aidar na gestão Leco e diz que não lhe dará cargo
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do São Paulo e candidato de oposição, José Eduardo Mesquita Pimenta, nega que pensou em oferecer cargo ao também ex-presidente Carlos Miguel Aidar e acusa a situação, de Leco, de carregar uma forte “herança” ligada a Aidar.

Pimenta aponta que há vários cartolas que integraram a gestão Aidar nos quadros da atual gestão no Morumbi.

“A situação quer encobrir a realidade querendo me acusar de apoiar Aidar, o que é um grande absurdo, uma grande mentira”, rebate Pimenta. “Já eles têm em seus quadros boa parte da turma que geriu o São Paulo na era Aidar.”

Declarações de Pimenta, captadas pelas TVs durante evento de inauguração de seu comitê eleitoral, esta semana, foram interpretados como uma oferta de cargo a Aidar da parte de Pimenta, em uma eventual gestão sob seu comando.

“Não existe pena permanente, na legislação brasileira não existe pena perpétua. Eventualmente podemos rever isso”, declarou Pimenta durante o evento, ao ser questionado sobre a exclusão de Aidar.

Pimenta procurou contextualizar, nesta sexta-feira, a sua polêmica declaração.

“Fiz referência às leis brasileiras e ao modelo de sociedade na qual o São Paulo se enquadra. Aidar teve grandes feitos no passado, mas se perdeu em seu retorno. Que um dia encontre a redenção dos seus atos. Mas comigo não trabalhará.”

Entre os cartolas que Pimenta apontou que ocuparam/ocupam cargos nas gestões Aidar e Leco estão Roberto Natel, Carlos Caboclo, Harry Massis Junior, Marcos Francisco de Almeida, José Moreira, Mário Jorge Ramon Quezada Paredes, Manuel José Mendes Moreira, Fernando Bracalle Ambrogi, Carlos Henrique Sadi, Rubens Antônio Moreno, Silvio Paulo Médici, José Alexandre Médicis, Vinicius Pinotti e Ataíde Gil Guerreiro, que rompeu com Aidar e chegou a agredi-lo.

Além de diretores, Pimenta aponta outros aliados de Leco que integraram a gestão de Aidar: João Paulo de Jesus Lopes, Júlio Casares, Leonardo Serafim dos Anjos e Osvaldo Vieira de Abreu.

Pimenta tem ao seu lado os ex-vices de Aidar Antônio Donizeti Gonçalves, o Dedé, e Douglas Schwartzmann, e o ex-diretor Dorival Decoussau.


Decisão sobre Juvenal coloca Leco em risco e embola eleição no São Paulo
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Eduardo Ohata

COM JOSÉ EDUARDO MARTINS

A decisão do Supremo Tribunal Federal favorável à ação que pedia a anulação de todas as eleições e atos administrativos desde 2004 no São Paulo põe em risco o mandato do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e de 59 conselheiros eleitos no período.

Os próximos passos devem ser definidos quando a juíza do tribunal de Pinheiros, onde corre o caso, for notificada. O prazo é de 30 dias.

De acordo com os argumentos do autor da ação, Francisco de Assis Vasconcellos Pereira da Silva, em 2004, foram realizadas várias alterações no estatuto do clube, sem a realização de assembleia geral, o que fere o Art. 59 do Código Civil.

A decisão desta terça anula todos os atos desde então, o que inclui as alterações que permitiram o terceiro mandato do ex-presidente Juvenal Juvêncio. O clube já havia perdido uma ação contra o processo no STF no ano passado e no Superior Tribunal de Justiça.

Não é afetado o que aconteceu desde a aprovação do último estatuto para cá, pois este foi aprovado em assembleia e é soberano. O estatuto, aliás, envolveu um acordão, que a situação defende que teria “enterrado” a ação.

Mas com a decisão, na teoria, entre diversas outras modificações no clube, Leco teria de entregar o cargo, assim como 59 conselheiros.

Porém o mandatário pode entrar com um embargo da decisão, que faria tudo voltar a ser como antes, e Leco poderia terminar seu mandato e os conselheiros participarem da eleição presidencial de abril.

Entretanto, como existem esses 59 conselheiro na mesma situação de leco, já há quem pense em pedir a anulação da eleição de abril.

A seguir, a nota oficial do São Paulo:

“O São Paulo Futebol Clube tem a convicção de que cumpriu a decisão de 2004, proferida em primeira instância, tendo em vista que promoveu uma Reforma Estatuária por meio de Assembleia Geral de Sócios, em estrito cumprimento ao Código Civil. O Novo Estatuto, aprovado por mais de 84% dos associados, em 3 de dezembro de 2016, está em vigência desde 1º de janeiro de 2017 e produzindo seus regulares efeitos. Desta forma, o clube tem a segurança que cumpre definitivamente a decisão da Justiça após a aprovação do Novo Estatuto.”


Para coordenação de Leco, candidatura de Pimenta prejudica mais a de Natel
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Eduardo Ohata

O presidente do São Paulo e candidato à reeleição, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, ouviu de líderes de partidos aliados que a candidatura do ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, lançada esta semana, desidrata mais a de Roberto Natel do que a sua.

Os coordenares da campanha Leco o tranquilizaram ao argumentar que o mandatário conta com o apoio da maioria dos eleitores da situação, embora faça parte de seus planos conquistar alguns votos na oposição.

Colocaram para ele que, como fechou aliança com um arco grande de partidos de situação, entre eles Legião e Vanguarda, quem mais lucraria caso a oposição não lançasse candidato, ou fosse representado por um nome fraco, seria Natel, que teria mais dissidentes para dialogar.

Líderes da situação, porém, admitem que o nome de Pimenta é mais midiático do que o do presidente do conselho de ética Ópice Blum, nome conhecido no clube e que chegou a ser convidado para concorrer.

Mas eles afirmam que imagem é uma coisa, votos na urna, outra.


São Paulo abre informações antes ‘sigilosas’ em área de transparência
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Eduardo Ohata

O São Paulo programou para amanhã o lançamento da área de transparência em seu portal na internet.

Nesta primeira fase serão disponibilizadas ao público demonstrações financeiras, papelada referente à reforma estatutária, informações sobre a participação do clube em direitos econômicos de atletas, o organograma do clube e documentação exigida no Profut, lei de responsabilidade fiscal do esporte.

A previsão é que a segunda parte do material, referente ao exercício 2016, seja publicada assim que termine a auditoria nos próximos meses.

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, pretende que no futuro sejam divulgadas também informações gerais sobre contratos estabelecidos, mostrando quem são os fornecedores do clube e pelo que são responsáveis, o que deve acontecer até fevereiro.

“[O lançamento da área de transparência] prepara o São Paulo para o momento de modernização, já que transparência é o princípio básico da governança corporativa”, aponta Rogério Haman, superintendente de planejamento e governança do clube.


Comitê acata denúncia contra Leco, e penas incluem indenização de R$ 4,9 mi
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Eduardo Ohata

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em plena campanha pela reeleição, viu ser protocolado no conselho deliberativo do clube nesta segunda-feira o inquérito do “caso Jorginho”, em que a empresa Prazan cobrou na Justiça R$ 4,6 milhões por comissão na transação do jogador e posteriormente teve a causa ganha na Justiça.

O inquérito dá o prazo de 15 dias para Leco apresentar sua defesa, que será analisada pelo conselho, e que pode sair ileso do episódio.

Mas, por outro lado, se for considerado culpado, as punições a Leco vão do pagamento de uma multa de R$ 4,9 milhões (valor corrigido a título de ressarcimento), uma simples admoestação, passando por uma suspensão de 90 dias e, no caso mais extremo, chega até à exclusão do conselho. As duas últimas penas, por motivos óbvios, teriam impacto direto na campanha de Leco à reeleição.

O contrato que deu margem ao processo da Prazan foi assinado por Leco durante a gestão de Marcelo Portugal Gouvêa, e Leco é acusado de ter causado prejuízo ao clube por abuso de autoridade.

O valor cobrado pela Prazan à época era de R$ 732 mil, mas com os reajustes ao longo dos anos, passou a ser milionário.

Leco afirma que só assinou porque o presidente e o diretor jurídico estavam ausentes para assinar o documento.

Leco tem enfrentado uma série de dificuldades na reta final na campanha à reeleição à presidência do clube do Morumbi.

A denúncia da Prazan foi apresentada pelo grupo de oposição de Newton do Chapéu.

Além disso, Leco viu nos últimos dias diretores abandonarem a gestão, a renovação do contrato de TV aberta com a Globo ser vetada no conselho, além do antagonismo do empresário Abílio Diniz.

“Finalmente o presidente terá a oportunidade de apresentar a defesa para um caso que estranhamente demorou para ser apreciado pela comissão de ética, e sobre o qual ele está totalmente tranquilo e resguardado. Finalmente poderá mostrar que não houve irregularidade, ainda que tenha de faze-lo a um órgão presidido por uma pessoa que se coloca como candidato à presidência do clube pela oposição”, posicionou-se a atual gestão, por meio de nota oficial.

Consultado pelo blog, Blum negou que seja candidato.


Após aceitar poder menor, Leco se surpreende com aclamação de estatuto
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Eduardo Ohata

O presidente são-paulino, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi surpreendido pelo fato de o projeto do novo estatuto do clube ter sido aprovado esta semana por aclamação no conselho deliberativo, o cartola reconheceu a interlocutores próximos.

Ele antecipava que houvessem votos contrários, especialmente de membros de grupos de oposição.

Em tese, a versão aprovada do documento diminui o poder de Leco, candidato à reeleição, já que no caso de ser aprovada pelos associados, as decisões mais relevantes passam obrigatoriamente por um colegiado (apesar de o presidente permanecer com a palavra final).

Foi justamente esse o ponto que fez conselheiros da base aliada questionarem, por preferirem o sistema presidencialista nato: “Você [Leco] deixou passar um texto que diminui seu próprio poder?” O estranhamento partiu principalmente de conselheiros de mais idade, que mesmo assim o parabenizaram.

Até oposicionistas, como o grupo de Newton Luiz Ferreira, o “Newton do Chapéu”, e o ex-vice social e de esporte amadores Antônio Donizeti, o Dedé, não se opuseram à aprovação do texto, apesar de o último ter feito ressalvas.

Newton, aliás, aproveitou a oportunidade para defender o voto fechado para presidente e o voto direto dos associados desde já.

Douglas Schwartzman, ex-vice de comunicação do clube, citado no polêmico caso da Far East, que terminou arquivado, também esteve presente à reunião e não se manifestou.

Conselheiros comentaram a ausência do presidente do comitê de ética do clube, Opice Blum, argumentando que um pré-candidato à presidência do clube teria obrigação de prestigiar o evento. Blum nega ser candidato e explicou ao blog que chegou a ir à sala da presidência do conselho, foi visto por colegas, mas teve de abandonar o local rapidamente para resolver uma emergência particular.


Após ouvir Santos, SP veta proposta de Abílio em projeto de novo estatuto
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Eduardo Ohata

EDUARDO OHATA E PEDRO LOPES

Membros da comissão de sistematização que trata da reforma do estatuto do São Paulo, presidida pelo advogado Carlos Eduardo Ambiel, consultaram cartolas do Santos antes de entregar seu projeto. Ouviram que o modelo atual da escolha de diretoria adotado pelo clube da Vila Belmiro, similar à proposta de comitê executivo apresentada por Abílio Diniz, dificultaria a governabilidade do clube.

A reforma do estatuto é uma das principais bandeiras do presidente são-paulino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que saiu em uma assembleia marcada por forte campanha contrária da oposição. Leco e Abílio estão em pontos opostos. Para viabilizar a reforma, Leco contou com o apoio do presidente do Conselho, Marcelo Abranches Pupo Barboza.

No modelo proposto por Abilio, os 9 a 11 membros do comitê executivo seriam eleitos pelas diferentes frentes do conselho deliberativo. Esses, por sua vez, elegeriam o presidente e o vice, em uma eleição indireta, e teriam voz em todas as decisões tomadas no clube.

Pela versão do estatuto que acaba de ser entregue pelo comitê são-paulino, o conselho de administração terá nove membros: o presidente e o vice, que serão eleitos pelo conselho (hoje o presidente aponta o vice), e mais sete integrantes.

As indicações dos sete membros partiriam do conselho deliberativo (2), para garantir visões diferentes ao do presidente, do conselho consultivo (1), pela experiência de seus membros, e pelo próprio presidente (4), o que lhe garantiria governabilidade.

Dos quatro indicados pelo presidente, três viriam de fora do clube, para oxigenar o ambiente e diminuir o risco de decisões baseadas em paixões clubísticas, e um do conselho deliberativo.

Na proposta do novo estatuto, o clube seguiria com o modelo presidencialista. O Conselho de Administração seria responsável por aprovação de contratos, teto para investimentos, cobrança do cumprimento das políticas estabelecidas, entre outros pontos. Por outro lado, o órgão não participaria das decisões do dia a dia, como a definição de um novo treinador ou contratação de um jogador, que ficaria a cargo de uma diretoria executiva de futebol.

Cartolas do clube do Morumbi, como o ex-secretário nacional de futebol Rogerio Hamam, que assessora a comissão, ouviram de seus pares do Santos que a simples contratação ou venda de jogadores frequentemente se tornam pesadelos políticos quando tem que ser referendados pelo conselho, já que cada grupo tem uma visão diferente. Por isso mesmo, no Santos, já há a ideia de uma nova reforma estatutária.

Também foram ouvidos dirigentes do Flamengo e Grêmio.

O ponto em comum entre a proposta de Abílio e a do comitê de reforma é a figura do executivo remunerado (entre 3 e 9), provavelmente em áreas como jurídico, marketing, futebol, estádio etc.

O novo modelo acabaria com os cargos de vice-presidentes estatutários e não-remunerados. Atualmente há vice-presidente em cinco áreas: futebol, comunicações e marketing, administração e finanças, social e de esportes amadores, e patrimônio. A única que poderia ser mantida é a vice-presidência social.

Confira outras alterações relevantes na proposta do novo estatuto:

– Mandato de quatro anos para presidente e vice, sem reeleição (atualmente o mandato é de três anos, com uma reeleição)

– Nova data para eleições em dezembro (no atual formato, as eleições ocorrem em abril, no meio da temporada)

– Mudança de 240 para 260 conselheiros (esses 20 novos serão eleitos, para alterar a proporção com vitalícios)

– Possibilidade de separar o futebol do social. Seria feito um estudo nos próximos 12 meses após a aprovação do estatuto para ver a viabilidade de isso acontecer