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Presidente do Santos é acionado por suposto calote em festa da vitória
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Eduardo Ohata

O presidente do Santos, José Carlos Peres, é alvo de ação na Justiça pelo suposto calote no pagamento da festa de comemoração de sua vitória na eleição do clube, no fim de 2017. A ação foca no cartola por a festa ter acontecido antes de Peres assumir oficialmente o Santos.

A ação foi protocolada na tarde desta quinta-feira (12), no Foro de Santos. A petição traz como prova o contrato entre as partes, nota fiscal, troca de e-mails e foto da madrugada da festa. O valor da conta, de cerca de R$ 15 mil, havia sido dividido entre Peres e o vice, Orlando Rollo, que pagou sua metade na mesma madrugada ao fim da festividade.

Segundo relatou Marcus Vinícius, um dos sócios da casa noturna, ao blog, o pedido para sua utilização aconteceu no início da madrugada, quando a casa encerrava as atividades, e por isso teve que ser aberto um novo turno que se estendeu até às 5h. Pelos seus cálculos, o evento foi prestigiado por cerca de 200 pessoas, que tiveram o consumo de bebida e comida liberado pelos cartolas.

O sócio da casa noturna afirma que os proprietários só entrarem com a ação porque seus contatos com Peres teriam sido ignorados.

O Santos vive um dos momentos mais turbulentos de sua história política, com dois pedidos de impeachment de Peres em andamento no conselho deliberativo, o rompimento do cartola com o vice, e a recente saída de Andres Rueda e Urubatan Helou do conselho gestor.

Procurado pelo blog por meio de assessoria, foi justificado que “o presidente do Santos FC,, José Carlos Peres, faz questão de esclarecer que foi na referida festa apenas como convidado, após eleito. Não sendo ele o responsável pelo evento”.

 


Comitê gestor do Santos sofre baixas com duas renúncias
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Eduardo Ohata

Dois membros do comitê gestor do Santos, Andres Rueda e Urubatan Helou, entregaram na tarde desta quinta-feira (5) as suas cadeiras no comitê gestor do Santos. Oficialmente, a dupla sai de forma amigável do conselho gestor, sem disparar críticas ao presidente do clube, José Carlos Peres.

A dupla, curiosamente, entregou seus cargos horas depois de o blog ter apontado que membros do conselho gestor do Santos discutiam a possibilidade de renunciar em bloco do órgão e que o motivo alegado era o fato de o presidente não atender os pedidos do comitê gestor, como a contratação imediata de reforços para o Brasileiro. Horas antes da publicação, Rueda negara que entregaria o cargo nesta quinta.

Paralelamente, a gestão de Peres já enfrenta dois pedidos de impeachment que estão sob análise no conselho deliberativo do clube.

Um dos integrantes propensos a deixar o comitê gestor é o vice do clube, Orlando Rollo, que encaminhou à comissão do estatuto do conselho deliberativo documento questionando se há a possibilidade de se licenciar do cargo e da cadeira no CG de forma provisória.

Além da contratação imediata de reforços, o comitê gestor pediu em sua última reunião, no dia 3 de junho, a demissão de funcionários que não atendessem uma série de condições, o fim de contratações por meio de pessoa jurídica e a proibição de negócios com a empresa Hi Talent, que tem o ex-coordenador das categorias de base, Ricardo Crivelli, o Lica, afastado por acusação de assédio sexual, como um dos fundadores, como noticiou o UOL Esporte. O conselho gestor requisitou ainda que contratos em vigor com a Hi Talent sejam analisados pelo departamento jurídico do clube para imediato distrato ou rescisão. Peres pediu tempo para analisar as questões apresentadas.

Um dos pleitos do comitê de gestão, a contratação de um executivo de futebol, foi atendida, com a chegada de Ricardo Gomes para o cargo.

O comitê de gestão é formado por sete conselheiros, mais o presidente e o vice. O presidente do conselho deliberativo, Marcelo Teixeira, negou o rumor de que indicaria os substitutos após fazer um acordo de coalização com a atual gestão. “Não temos interferência na área administrativa, nem indicaremos ninguém para compor o comitê gestor”, argumentou Teixeira. “A mesa do conselho deliberativo não indica nomes, é uma decisão do presidente do clube.”

Procurado pelo blog por meio da assessoria de imprensa do Santos, Peres não se manifestou sobre o assunto até a publicação do post.

 


Peres é avisado de 3º pedido de impeachment, e prazos de defesas encavalam
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Eduardo Ohata

O presidente do Santos, José Carlos Peres, foi notificado na tarde desta terça-feira (26) pela Comissão de Inquérito e Sindicância do conselho deliberativo do clube, do terceiro pedido de impeachment protocolado no órgão. O mandatário terá dez dias úteis para apresentar sua defesa a partir desta quarta-feira (27).

Peres já está com prazo de defesa correndo do segundo pedido de impeachment, que termina no dia 4 de julho. O primeiro pedido foi rejeitado após protocolo pela direção do Conselho, que argumentou ausência das 20 assinaturas de conselheiro obrigatórias pelo estatuto.

O terceiro pedido foi apresentado pelo ex-presidente do conselho Esmeraldo Tarquínio Neto e contou com o apoio de 100 conselheiros, totalizando um terço do órgão (metade do que é preciso para a aprovação do impeachment).

Entre os conselheiros que assinaram o pedido está o candidato a presidência do conselho com apoio de Peres, Otávio Alves Adegas; José Renato Quaresma, candidato a vice na chapa de Andres Rueda; Reinaldo Guerreiro, candidato à presidência em 2011; José Ely Miranda Junior, filho de Zito; José Rubens Marino, vice de futebol campeão em 78, Francisco Jorge Lopes, diretor de futebol bicampeão brasileiro em 2002/04; Paulo Ferreira, diretor de futebol em 84, e o ex-diretor de marketing José Geraldo Gomes Barbosa.

O pedido de Esmeraldo baseia-se no parágrafo 3 do artigo 61 do estatuto, que dita que ”os membros do comitê de gestão são impedidos de ter qualquer tipo de relacionamento profissional com o Santos, direta ou indiretamente, ou ser procurador de atletas, empresário de atletas, agente de atletas ou sócio de pessoas jurídicas que exerçam tais atividades”. Peres aparece, conforme o Blog do Perrone revelou, como um dos sócios das empresas Saga Talent e Peres Sports & Marketing, empresa que tem em seu contrato social a ”administração e o gerenciamento de carreiras de atletas profissionais e amadores”.

A principal diferença deste terceiro pedido para o segundo é o detalhamento jurídico da questão das empresas. O pedido anterior, apresentado pelo conselheiro eleito Alexandre Santos e Silva, fala das empresas, mas aponta irregularidades constatadas no primeiro relatório trimestral da atual gestão apresentada pelo conselho fiscal do clube.

O documento foi protocolado no último dia 18. O conselho encaminhou à CIS, que notificou a presidência para que Peres apresente sua defesa. Ao receber a defesa de Peres, a comissão tem um prazo de sete dias para realizar a sindicância e produzir um relatório que por sua vez será enviado ao presidente do conselho deliberativo, o ex-presidente Marcelo Teixeira, que deverá convocar uma assembléia extraordinária para deliberar sobre o parecer.

Para o pedido ser validado, por meio de voto secreto, dois terços do quórum presente na sessão da assembléia deve se manifestar a favor do impeachment. Se isso ocorrer, a decisão terá de ser referendada por maioria em assembléia de sócios do clube.

Em seis meses, o atual presidente acumula três pedidos de impeachment protocolados por conselheiros, indicador da complicada situação político-administrativa na qual se encontra o clube. O vice-presidente, Orlando Rollo, deu várias demonstrações públicas de que rachou com Peres.

Procurado pelo blog por meio de sua assessoria logo após a formalização da notificação, Peres não se pronunciou até a publicação do post. O presidente santista não tem comentado os pedidos de impeachment.


Peres é notificado de pedido de impeachment, e tem 10 dias para se defender
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Eduardo Ohata

O presidente do Santos, José Carlos Peres, foi notificado do segundo pedido de impeachment, e terá dez dias para se defender a partir desta quarta (20).

O pedido baseia-se no parágrafo 3 do artigo 61 do estatuto, que dita que ”os membros do comitê de gestão são impedidos de ter qualquer tipo de relacionamento profissional com o Santos, direta ou indiretamente, ou ser procurador de atletas, empresário de atletas, agente de atletas ou sócio de pessoas jurídicas que exerçam tais atividades”. Peres aparece como um dos sócios da Saga Talent Sports & Marketing, empresa que tem em seu contrato social a ”administração e o gerenciamento de carreiras de atletas profissionais e amadores”. Além disso, o documento aponta várias irregularidades constatadas no primeiro relatório trimestral da atual gestão apresentada pelo conselho fiscal do clube.

O documento havia sido protocolado na mesa do conselho na última quarta-feira (13), que decidiu que o documento cumpria os requisitos e o enviou na sexta-feira (15) à Comissão de Inquérito e Sindicância do clube. Seus membros analisaram o texto e documentos anexados, discutiram a validade de seu teor e o encaminhou à presidência do executivo do clube.

Ao receber a defesa de Peres, a comissão tem um prazo de sete dias para realizar a sindicância e produzir relatório que será enviado ao presidente do conselho deliberativo, o ex-presidente Marcelo Teixeira, que deverá convocar uma assembléia extraordinária para deliberar sobre o parecer. Para o pedido ser validado, por meio de voto secreto, dois terços do quórum presente na sessão da assembléia deve se manifestar a favor do impeachment. Se isso ocorrer, a decisão terá de ser referendada por maioria em assembléia de sócios do clube.

Na última segunda-feira (18), conforme o UOL Esporte noticiou, foi protocolado pelo conselheiro Esmeraldo Soares de Campos Tarquínio Neto um terceiro pedido de impeachment apoiado por 101 conselheiros. Em seis meses, o atual presidente acumula três pedidos de impeachment.

Procurado pelo blog por meio da assessoria do clube, Peres não se manifestou sobre o assunto.


Peres marca reunião para tratar de Rodrygo em horário que encavala com jogo
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Eduardo Ohata

O presidente do Santos, José Carlos Peres, convocou para o fim da tarde desta quarta-feira (13) uma reunião com o conselho gestor e fiscal do clube para tratar da negociação de Rodrygo com o Real Madrid. A reunião foi marcada pelo mandatário para um horário que encavalou com a última partida da equipe no Brasileiro até o fim da Copa do Mundo, contra o Fluminense, que começou às 19h, no Rio, o que provocou insatisfação da parte de cartolas santistas, o blog apurou.

O vice-presidente Orlando Rollo, membro do comitê gestor, que teria direito a voto, está no Rio, acompanhando o time, ficou bastante insatisfeito e, a interlocutores, diz não ter sido avisado em tempo hábil para se planejar para comparecer.

Conselheiros do clube também se disseram preocupados ao citar que durante reunião no conselho deliberativo do clube Peres teria dito que a negociação passaria pelo órgão. Eles também questionaram a pressa do presidente santista em chamar a reunião desta quarta, dado o fato de a janela de transferências nem estar aberta e o fato de o jogador só poder ser transferido quando completar 18 anos, o que ocorrerá em janeiro de 2019.

Inicialmente fora prometido que o jogador só deixaria o clube mediante multa rescisória de 50 milhões de euros.

Na tarde desta quarta-feira fora protocolado mais um pedido de impeachment de Peres.

Pessoas próximas a Peres alegam que a reunião fora marcada para as 17h de hoje, apesar de não conseguirem precisar se começou mesmo nesse horário.


Oposição do Santos decide protocolar novo pedido de impeachment de Peres
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Eduardo Ohata

Opositores de José Carlos Peres decidiram oficializar nesta quarta-feira (13) um novo pedido de impeachment do presidente santista no Conselho Deliberativo.

O pedido, que por enquanto já conta com pelo menos 64 assinaturas de conselheiros e é encabeçado pelo conselheiro Alexandre Santos e Silva, baseia-se no parágrafo 3 do artigo 61 do estatuto do clube, que dita que “os membros do comitê de gestão são impedidos de ter qualquer tipo de relacionamento profissional com o Santos, direta ou indiretamente, ou ser procurador de atletas, empresário de atletas, agente de atletas ou sócio de pessoas jurídicas que exerçam tais atividades”.

Peres aparece como um dos sócios da Saga Talent Sports & Marketing, empresa que tem em seu contrato social a ”administração e o gerenciamento de carreiras de atletas profissionais e amadores” como um de seus objetos, conforme revelou o Blog do Perrone.

Segundo apurou a reportagem, a oposição decidiu entrar com o pedido depois de detectar que Peres está enfraquecido em seu próprio grupo, que fora chamado a discutir a situação atual do Santos. Dos 72 conselheiros da sua base, apenas dois confirmaram presença. Na última reunião do conselho deliberativo do Santos, conforme o UOL Esporte noticiou, foram apontados déficit no balanço trimestral, além de uma nova suspeita sobre Lica, coordenador da base afastado.

O presidente santista também enfrenta dificuldades dentro do comitê gestor do clube, que quer a demissão de dezenas de profissionais apontados por Peres.

Há um segundo pedido de impeachment que ainda não foi oficializado, que é encabeçado por Esmeraldo Tarquínio, além daquele que já foi encaminhado à mesa diretora do conselho deliberativo.

Procurada pelo blog, a assessoria do Santos não se manifestou oficialmente até a publicação do post.


Clubes pedem mais tempo à Turner para negociar indenização por TV aberta
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Eduardo Ohata

Clubes que fecharam contrato de TV fechada do Brasileiro a partir de 2019 com o Esporte Interativo pediram mais prazo para negociar a compensação financeira oferecida pelo canal da Turner para quem não acertar com a Globo contratos de TV aberta e pay-per-view.

O prazo original vence no próximo dia 30, a segunda-feira entre o final de semana e o feriado do dia 1º de maio (Dia do Trabalho).

A cláusula tem caráter indenizatório, trata-se de um “seguro”, ou “prêmio”, para as agremiações que assinaram com o Esporte Interativo, em relação ao risco de ficar sem o valor referente ao contrato de TV aberta, já que havia temor da parte dos clubes de represálias na forma de um boicote por parte da Globo. A compensação oferecida pela Turner cobre duas temporadas: 2019 e 2020.

Cartolas de clubes que negociam a extensão do prazo com o Esporte Interativo, e que estão otimistas de que serão atendidos, alegam ter detectado discrepâncias em relação aos valores originais das indenizações aos atuais. Por outro lado, alegam não estar à vontade para assinar já com a Globo por conta do fator redutor adotado para quem negociou os direitos da TV fechada com a Turner. Eles argumentam que o prazo é muito pequeno para tomar decisão tão complexa e que terá impacto no futuro financeiro dos seus clubes.

“A tendência é que clubes e Esporte Interativo acertem uma extensão desse prazo que vence no último dia do mês”, analisa Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, um dos cartolas ouvidos pelo blog que negociam um pouco mais tempo para tomar as suas decisões.

Existe forte expectativa em torno das decisões de Palmeiras, Atlético-PR e Bahia, que ao lado de Santos, foram os clubes que defenderam com mais força o endurecimento das negociações com a Globo. O Santos posteriormente, sob nova gestão, negociou os direitos de TV aberta e pay-per-view com a emissora do Rio.

Fecharam com o Esporte Interativo pelo período entre 2019 e 2024: Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Palmeiras, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Santos, Sampaio Correa e Santa Cruz (que posteriormente alegou ter assinado apenas um pré-contrato, alegação rebatida pelo Esporte Interativo).

O contrato do Internacional com o Esporte Interativo cobre o biênio 2019-20 porque o período até 2024 dependia de ratificação do conselho deliberativo, que não ocorreu. Ele fechou, posteriormente, acordo com a Globo cobrindo todas as mídias entre 2021 e 2024.

Procurado pelo blog, o canal Esporte Interativo informou que “em respeito aos clubes e às cláusulas de confidencialidade, o Esporte Interativo não comenta contratos”.


Santos é notificado por dívida superior a R$ 700 mil com Gustavo Oliveira
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Eduardo Ohata

O ex-executivo de futebol do Santos Gustavo Oliveira notificou o Santos pelo não-pagamento de salários, direitos trabalhistas e de imagem, multa rescisória e reembolso de despesas, como quando pagou do bolso as passagens aéreas para ir ao Rio negociar com o técnico Jair Ventura. O executivo de futebol foi oficialmente anunciado pelo site do Santos no dia 20 de dezembro de 2017.

O montante pedido pelo ex-funcionário ultrapassa R$ 700 mil, sendo que a cláusula rescisória é superior a R$ 400 mil, o blog apurou.

Um dos complicadores da situação é o fato de Oliveira ter sido dispensado no dia 20 de fevereiro, antes que o contrato fosse assinado entre as partes. Passados mais de 30 dias de sua dispensa, Oliveira não recebeu nenhum dinheiro do Santos, incluindo o salário referente ao primeiro mês de trabalho. O executivo está aberto a negociar condições, inclusive a até parcelar o pagamento da dívida.

As tratativas com o Santos envolveram o presidente, José Carlos Peres, e o então diretor-jurídico Ricardo Tremure, e inclui troca de documentação como minutas de contrato de trabalho e direito de imagem com as especificações da função de Oliveira, como valores das remunerações e da eventual multa rescisória.

Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa do Santos informou que o clube não se pronunciará sobre o assunto.


Ex-líder do conselho do Santos pede apuração de suposto desvio de ingressos
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Eduardo Ohata

Uma discrepância entre o público pagante anunciado pelo Santos e o apurado após a partida entre Santos e Nacional, no último dia 15, no Pacaembu, gerou suspeita de desvio de ingressos e pedido oficial de apuração protocolado no conselho deliberativo do clube pelo ex-presidente do órgão Esmeraldo Soares Tarquínio de Campos Neto.

O requerimento de Tarquínio, acompanhado com os respectivos prints de tela, aponta que o clube divulgou às 17h59 da tarde da partida válida pela Libertadores, por meio de mídias sociais, que àquela altura o público pagante no Pacaembu já era de 22 mil pessoas, e convocava o torcedor a prestigiar o primeiro jogo do ano na Libertadores no qual o clube tinha o mando de campo. O público pagante oficial da partida, segundo cópia do borderô anexado ao requerimento, foi de 18.077.

Por meio do documento, o conselheiro questiona a discrepância entre os números anunciados pelo clube e os divulgados oficialmente, o “sumiço” de 3.927 ingressos, e levanta a possibilidade de desvio de ingressos e eventual prejuízo financeiro ao clube. Ele requisitou que o comitê de gestão do clube instaure uma sindicância para apuração do episódio, e sugere que deva ser acompanhada pela comissão de inquérito e sindicância, composta por integrantes do conselho deliberativo do clube.

Ao ser consultado pelo blog, o ex-presidente do conselho confirmou a autoria do requerimento e criticou falta de transparência e o movimento #VemproPaca.

“Não se pode culpar o mordomo da vez, ou o estagiário do Facebook, alguém deu a informação errada a ele, mandou que aumentasse o público, ou houve devolução irregular de ingressos”, disparou Tarquínio. “É verdade que assistir os jogos no Pacaembu é gostoso, mas os resultados financeiros verificados nos jogos lá apontam queda de público e arrecadação, e é preciso que os reais motivos que determinaram essa divulgação atabalhoada sejam esclarecidos, se é que foi o ocorrido, ou outra coisa que a investigação trará à tona.”

O episódio foi levantado durante a reunião do conselho deliberativo nesta segunda-feira (26) por Campos Neto, e foi justificado pelo presidente José Carlos Peres, que explicou que o problema se devia à falta de energia recorrente nos jogos do Pacaembu. Segundo conselheiros presentes, ele explicou algo na linha de que como poderia faltar energia no estádio, foram emitidos 4.000 ingressos a mais em caráter de emergência, caso o problema do “apagão” voltasse a ocorrer.

“Não entendi, e não concordo com a frágil explicação, talvez ele pudesse explicar como é feita a tal ‘produção de emergência de ingressos'”, rebateu Tarquínio. “O requerimento está protocolado, espero que o presidente [do conselho deliberativo], Marcelo Teixeira, faça o devido encaminhamento.”

Procurada pelo blog, a assessoria do Santos explicou que houve uma falha na passagem de dados entre o operacional e a comunicação do clube. Um lote de cerca de 4 mil ingressos físicos, cota de segurança, para ser vendida caso voltasse a acontecer um “apagão” foi produzido. Porém, no comunicado do Twitter, os 4 mil foram somados, por engano, aos 18 mil que haviam sido comercializados. A assessoria alega que a maior prova de que não houve irregularidade é o fato de o borderô apontar apenas 18 mil ingressos vendidos.


Aliados de Peres no Santos reclamam de falta de aval a pedido de empréstimo
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Eduardo Ohata

Cartolas do Santos e aliados se queixam do fato de a mulher do novo presidente do clube, José Carlos Peres, resistir em assinar operações bancárias nas quais o marido funcionaria como avalista, praxe nas agremiações de futebol, e que aliviariam o fluxo de caixa do clube. Eles apontam que isso já se tornou um motivo de preocupação.

Por outro lado, a assessoria de imprensa do Santos, procurada pelo blog, argumenta que, consultados presidência e jurídico do clube, tal informação não procede.

A outorga do cônjuge nos avais de finanças concedidas é uma exigência da legislação civil, explicam cartolas santistas ao blog. Dirigentes que já estiveram à frente de departamentos financeiros de clubes de futebol confirmaram que é prática corriqueira o pedido de assinatura da mulher do cartola ou apresentação de procuração nos pedidos de empréstimo.

Financiamentos e empréstimos bancários, como o que ajudou a pagar o 13º salário dos funcionários do clube, não serão aprovados sem o cumprimento desse trâmite burocrático, e até aquele já concedido no valor de cerca de R$ 5 milhões corre o risco de ser inviabilizado, segundo cartolas. Membros da atual gestão reclamaram que a administração anterior havia deixado o caixa zerado.

Uma eventual saída seria buscar outro tipo de garantia, que teria que ser submetida à aprovação do banco, ou uma fonte alternativa de financiamento.