Blog do Ohata

Fox Sports amplia vantagem no duelo pela audiência do início das tardes
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Eduardo Ohata

O Fox Sports Radio é o programa mais assistido da TV por assinatura entre homens entre 18 e 49 anos, público-alvo dos canais de esporte, segundo levantamento realizado pelo Kantar Ibope. No primeiro trimestre de 2017, a vantagem em audiência em relação ao segundo colocado no horário, o SporTV, era de 4%. Este ano, no período medido entre 1º de janeiro a 19 de março, essa diferença aumentou para 38%, segundo o Kantar Ibope.

No momento, é travado um duelo pela audiência durante a faixa do programa, tanto que a atração do SporTV no mesmo horário, o ''Seleção SporTV'', passou por uma reformulação, inclusive com troca de apresentadores, de Marcelo Barreto por André Rizek, e até o reforço ocasional de Galvão Bueno, entre outras novidades com a finalidade de ''turbiná-lo''.

Um dado que ajuda a explicar a vantagem é o fato de que o Fox Sports Radio engaja mais do que o concorrente no público-alvo de homens entre 18 e 49 anos. Durante o horário, entre 12h45 às 15h30, o programa, mantém seu público sintonizado por mais tempo do que atrações de qualquer outro canal.

 

 


Fox Sports cria quadro para Edilson Capetinha, mas burocracia impede acerto
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Eduardo Ohata

A negociação entre Edilson Capetinha e o canal Fox Sports, que inclusive já havia bolado um quadro fixo semanal especialmente para o ex-jogador, chegou a um impasse, pois questões burocráticas impedem a assinatura de um contrato entre as partes.

No quadro, que iria ao ar no programa ''Jogo Sagrado'', telespectadores jogariam uma ''pelada'' com o ex-jogador do Palmeiras e Corinthians, fora do estúdio, em um campo de futebol, com a participação de jogadores convidados. Mas foi engavetado por enquanto.

Por uma questão de isonomia, os contratos dos comentaristas fixos do canal trazem exigências que são obrigatoriamente cumpridas por todos. Para Edilson participar do mesmo quadro, no mesmo programa, no mesmo dia da semana, teria que estar sob contrato.

A intenção do canal de ter o ex-jogador em seu elenco não foi totalmente descartada, estudam-se alternativas, porém as negociações passaram a andar a passos bastante lentos. O cenário não impede, no entanto, que o jogador, polêmico e de personalidade descontraída, o que casa com o perfil procurado pelo canal, participe de atrações como convidado, mas de uma maneira mais espaçada.

Com passagens vitoriosas pelo Palmeiras, Corinthians e seleção brasileira, Edilson participou recentemente de dois programas do canal, como entrevistado no ''Aqui com Benja'' e do ''Fox Sports Radio''.


Paulista repetirá fórmula de disputa e descarta “enxugar” torneio em 2019
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Eduardo Ohata

O Campeonato Paulista repetirá em 2019, pelo terceiro ano consecutivo, o formato atual com 16 equipes divididas em quatro grupos, com 18 partidas disputadas por quem chegar até a final e, na média, a realização durante a fase de classificação de um clássico rodada sim, rodada não. A FPF (Federação Paulista de Futebol) decidiu pela manutenção da fórmula de disputa em comum acordo com os clubes participantes.

A tradicional reivindicação de cartolas dos clubes ''grandes'' para ocorrer um ''enxugamento'' da competição é colocada sob perspectiva na FPF. Dirigentes da entidade apontam que o Estadual já teve a sua duração progressivamente diminuída com as mudanças em seu formato realizadas nos últimos anos. Quando vinte clubes participavam do Paulista, ''todos contra todos'', a primeira etapa se estendia por 19 rodadas. A duração posteriormente caiu para 15 rodadas, até chegar à fórmula atual, com 12 datas durante a fase de classificação.

Na federação, é ponto pacífico que não há espaço para enxugamentos adicionais do Campeonato Paulista.

Se o formato do Paulista está mantido para 2019, há espaço, porém, para discussões e eventuais alterações pontuais no regulamento, como a questão do mando de jogos, que nas quartas-de-final gerou polêmica envolvendo os duelos entre Corinthians e Bragantino.

 


Neto de 1º medalhista do boxe bate marca de avô e vai a seletiva de Mundial
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Eduardo Ohata

Luiz de Oliveira, 17, neto de Servílio de Oliveira, primeiro brasileiro medalhista olímpico do boxe brasileiro, foi mais precoce do que o avô e participará em maio de seu primeiro torneio internacional, em Colorado Springs (EUA), que servirá de seletiva para o Campeonato Mundial juvenil (entre 17 e 18 anos) e para os Jogos Olímpicos da Juventude. Servílio, 69, foi bronze na Olimpíada da Cidade do México-68, estreou em competições internacionais aos 18 anos.

Luiz de Oliveira, o ''Bolinha''

''Sonho com isso desde pequeno, isso sempre esteve na minha cabeça'', diz ''Bolinha'', em referência ao fato de estar ao redor do boxe desde os 8 anos. ''Tenho assistido aos vídeos de Mundiais pelo YouTube, não está difícil ser campeão, é ir lá buscar o que é nosso, o ouro.''

''Bolinha'', como é conhecido o peso-galo (limite de 52 quilos), terá na viagem para a disputa do Torneio Continental das Américas a companhia do juvenil Pedro Conceição, 17, peso-leve (até 60 quilos), colega do projeto ''Garimpando o Ouro Olímpico'', mantido pelo pai de ''Bolinha'', Ivan de Oliveira, que abriga em sua casa meia dúzia de jovens atletas nos quais aposta para chegar ao pódio.

''Essa molecada está no boxe há muito tempo, não é qualquer bandeirinha de Cuba ou dos Estados Unidos que os fará tremer'', diz Ivan, em alusão também a Pedro Conceição, que desde os 12 anos se dedica aos treinos de boxe quando começou em um projeto social.

Para as categorias galo e leve, o Torneio Continental das Américas distribui seis vagas para o Campeonato Mundial, que este ano acontece na Hungria. Para ganhar vaga para os Jogos Olímpicos da Juventude, que este ano será em Buenos Aires, o atleta tem que ser campeão de sua categoria.

''Participar desse torneio é importante para meu neto mostrar que tem potencial, que é capaz de no futuro também conquistar uma medalha olímpica'', avalia Servílio, ao argumentar que só estreou em lutas internacionais aos 18 porque ''naquela época'' não havia, no Brasil pelo menos, as categorias infantil, cadete ou juvenil. Após fazer sua primeira luta aos 17, estreou fora do país aos 18, no Pan de Winnipeg, ao bater o colombiano Pedro Bendex e perdeu para o norte-americano Harlan Marbley.

O peso-leve Pedro Conceição

Após Servílio conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos do México-68, o Brasil só teve novos medalhistas na Olimpíada de Londres, quando Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão foram bronze e Esquiva, prata. Na Rio-2016, Robson Conceição foi campeão olímpico.


Globo fixa ‘JN’ em Moscou, e ‘afasta’ âncora Renata Vasconcellos da seleção
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Eduardo Ohata

O ''Jornal Nacional'', nesta edição da Copa do Mundo, ficará ancorado em Moscou, coração do Mundial, quebrando a tradição que se repete desde o Mundial de 2002, quando o programa passou a ''seguir'' a seleção brasileira. A apresentação, do estúdio montado na capital russa, ficará a cargo da jornalista Renata Vasconcellos, que pela primeira vez será a âncora do ''JN'' durante a Copa do Mundo.

Apesar de o ''JN'' não ter o mesmo caráter itinerante de edições passadas, seu QG não ficará totalmente longe da seleção. Já na fase de grupos, receberá uma ''visita'' da seleção, no dia 27 de junho, quando o Brasil enfrentar os sérvios, na Arena Spartak, na capital do país. Depois, a seleção dos comandados do técnico Tite retorna a Moscou apenas em uma das semifinais, ou em uma eventual final.

Em 2002, na Copa da Coréia do Sul e Japão, a então apresentadora do ''JN'', Fátima Bernardes, acompanhou a equipe de Luiz Felipe Scolari por toda a Ásia, em CTs, hotéis ou estádios, frequentando inclusive o ônibus da seleção, onde levantou a taça do Mundial, e com isso ficou com a imagem fortemente identificada à Copa perante o público telespectador brasileiro. A tradição, inclusive com a realização de passagens de Fátima ao lado do narrador Galvão Bueno no interior do hotel da seleção, prosseguiu na Alemanha-2006.

Mas na edição do Mundial de 2010, na África do Sul, quando o técnico Dunga impôs restrições ao acesso a jogadores, a apresentadora passou por momentos constrangedores, em relação às edições anteriores, quando fez passagens do lado de fora do hotel, sob o frio.

O ''JN'', apresentado por Patrícia Poeta, mesmo com as dimensões continentais do Brasil, continuou seguindo o selecionado brasileiro.

 

 


‘A Luta do Século’, que estreia hoje, resgata 2 crias de Luciano do Valle
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Eduardo Ohata

O documentário ''A Luta do Século'', que estreia hoje em São Paulo, resgata dois dos boxeadores mais folclóricos a pisar em ringues brasileiros, ambas ''crias'' do locutor Luciano do Valle: O pernambucano Luciano ''Todo-Duro'' Torres e o baiano Reginaldo ''Hollyfield'' Andrade, que protagonizaram intensa rivalidade que começou na década de 90 e que prossegue até os dias de hoje.

Na Mostra de Cinema de São Paulo do ano passado, Todo-Duro, todo despachadão, chegou sozinho para a exibição do documentário. Era para a dupla chegar junta, mas o diretor Sergio Machado, de ''Cidade Baixa'' e diretor-assistente de ''Central do Brasil'', justificou: '''Hollyfield' disse que não viria no mesmo carro que o 'Todo-Duro', tivemos de arrumar um outro transporte para ele''. Machado ficou entre a dupla durante as fotos, e se apavorou quando puxei um na direção do outro pelos braços. ''Melhor não…'', alertou, temeroso. A dupla protagonizou brigas em estúdios de TV e entrevistas coletivas e ''Todo-Duro'' chegou a perder alguns dentes em uma delas.

A dupla ficou conhecida nacionalmente ao ter seus combates transmitidos pela Band no saudoso programa dominical ''Show do Esporte'' e depois durante a semana na ''Faixa Nobre do Esporte'', as duas atrações comandadas pelo genial narrador-empresário Luciano do Valle, que inclusive narra uma das lutas mostradas no documentário. Ele sabia que algumas vezes, especialmente em se tratando de programação de TV, muitas vezes vale mais o carisma, e não a técnica.

Em visita ao Brasil, Johnny Reetz, manager do ex-campeão mundial Iran ''The Blade'' Barkley, mostrou interesse em ''Todo-Duro'', que ainda estava invicto à época. Reetz ainda nutria expectativa antes de assistir uma das lutas do pernambucano. ''Quem sabe?'', comentou, dando de ombros. Dez assaltos depois, desapontado, fez sinal de ''negativo'' e comentou, ''Todo-Duro, Todo-Mole…''.

A dupla era simplória, mas autêntica, é difícil esquecer o dia em que ''Todo-Duro'', depois de ''estraçaiá'' um rival, deixou sem graça o repórter de TV que perguntou ainda no ringue quais eram seus planos para o futuro, ao responder que estava louco para ir ''para casa fazer fuc fuc''. Hollyfield também deu uma dessas após ''esbagaçar'' um adversário, ao xingar na TV ''Todo-Duro'' de ''bunda-mole''.

Todo-Duro e Hollyfield são lendas do ringue? Não. São lutadores do mais alto nível? Não. ''Todo-Duro'' merecia dividir o ringue com Joe Calzaghe, que depois se tornaria um dos maiores campeões da história? Não. Mas o segredo para lutas emocionantes não é escalar um campeão, se o rival não estiver à altura. Casar lutas entre atletas de níveis parelhos, como Todo-Duro e Hollyfield? Aí, sim.

E, não, Hollyfield nunca será confundido com um lutador do altíssimo nível. Mas, sim, o baiano é um herói. Considero um herói qualquer um que entra em uma casa em chamas para salvar os sobrinhos, acaba com queimaduras em 60% do corpo e entra em coma. Fora que qualquer um merece respeito só pelo fato de subir em um ringue de boxe para trocar sopapos com um adversário.

''A Luta do Século'' tem de tudo, do drama à comédia, vai do auge de popularidade da dupla à decadência, quando faziam lutas em boates e cidadezinhas do interior. O filme interferiu na realidade ao provocar um sexto duelo entre ''Todo-Duro'' e ''Hollyfield''.

Os atores baianos Lázaro Ramos, que fez a narração do filme, e Wágner Moura, que acompanharam as suas lutas, se mostraram dispostos a fazer o papel dos lutadores em um filme de ficção. ''A ideia era usar o documentário para pesquisar material para um longa de ficção, mas depois que os conheci melhor, vi que nenhuma ficção faria jus aos personagens reais'', explica Sergio Machado.

''A Luta do Século'' estreia hoje em São Paulo no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca, com sessões* às 14h30, 18h20 e 20h; e no Espaço Itaú Cinema Pompéia, às 17h50.

 

* Segundo o site do cinema


São Paulo endurece jogo com Globo e exige mínimo de R$ 20 milhões em luvas
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Eduardo Ohata

O São Paulo endureceu nas negociações com a Globo e fixou um valor mínimo de R$ 20 milhões em luvas para ceder os direitos de TV aberta e pay-per-view do Brasileiro entre 2019 e 2024. O São Paulo já havia cedido os direitos de TV por assinatura com o Grupo Globo. Durante as recentes rodadas de negociações com o clube do Morumbi, a emissora chegou a mencionar luvas de R$ 10 milhões.

Porém o clube do Morumbi, cujo conselho administrativo aprovou negociações com a Globo, não admite receber menos do que os R$ 20 milhões que era o valor original de luvas oferecido pelo grupo. Se as partes chegarem a um acordo e baterem o martelo sobre um valor até o final do mês, a proposta será levada para apreciação do conselho deliberativo do clube, o que se transformou em motivo de preocupação para a Globo.

Foi o órgão que em 2016, em meio a um clima eleitoral no clube, rejeitou a proposta de R$ 20 milhões de luvas da emissora, condicionada pela direção do clube à aprovação a uma oferta de antecipação junto ao canal de R$ 40 milhões com juros. Colaboraram ainda para a rejeição o discurso de que Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, usaria o dinheiro para cacifar sua campanha, e o fato de a apresentação da proposta ter sido realizada por Ataíde Gil Guerreiro, suspenso como conselheiro, mas mantido como diretor.

Com a proposta rejeitada pelo conselho deliberativo, a oferta foi retirada da mesa de negociações pela Globo.

No clube do Morumbi prevalece o sentimento de que, como o São Paulo fechou os direitos de TV por assinatura com o Grupo Globo, em um momento no qual a disputa pelos direitos do Brasileiro na TV fechada do Grupo Globo com o canal Esporte Interativo estava acirrada, a emissora agora teria o compromisso moral de retribuir, dispensando tratamento especial à negociação com o São Paulo.


Ronda diz que o pior que pode acontecer em estreia é ‘parecer estúpida’
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Eduardo Ohata

A ex-campeã e estrela do UFC, Ronda Rousey, afirmou que o pior que pode acontecer em sua estreia no telecatch é ela parecer estúpida, apanhou de verdade em sua nova carreira e que pela primeira vez experimenta um ambiente em que todos trabalham em equipe. Ela fez essas declarações nesta terça (13), em sua primeira entrevista após assinar com a firma de telecatch WWE, no talk show ''Ellen'', da apresentadora Ellen DeGeneres.

''A ação segue um script, mas quando tomo um tapa na cara, é um tapa real, não é uma luta de mentira'', apontou Ronda, ao se referir ao segmento com Stephanie McMahon, filha do dono da WWE, no qual tomou um tapa no rosto, durante o programa semanal ''Raw''.

Um dos motivos de a WWE ter contratado Ronda é para que a lutadora empreste sua credibilidade junto ao público aos shows promovidos pela empresa. (Alerta de spoiler) Os shows de telecatch seguem um script e os resultados são pré-determinados.

Em sua estreia em uma luta na WWE, marcada para o próximo dia 8, no Wrestlemania, principal show do ano de telecatch, a medalhista olímpica de judô formará dupla com o campeão olímpico de luta greco-romana Kurt Angle, cujo personagem é o gerente-geral do ''Raw'', contra Stephanie e seu marido, o lutador Triple H. Ronda admite estar nervosa enquanto espera por sua estreia.

''Estou nervosa, mas não como estive na Olimpíada'', compara Ronda, que apareceu no talk show com um vestido florido e muito sorridente. ''O pior que pode acontecer é eu parecer estúpida, o que não é tão terrível.''

Ao ser questionada por Ellen sobre um possível retorno ao UFC, Ronda minimizou as chances, conforme reportou a Agfight, e disse que está muito empolgada com o mundo do telecatch no momento e que voltar para o UFC seria como competir de novo no judô olímpico. ''No judô e no UFC, o lutador está sozinho, no telecatch, trata-se de um trabalho em equipe no qual um depende do outro.''

Para mostrar que já está totalmente adaptada ao clima do telecatch, Ronda também ''ensinou'' a apresentadora a fazer ''cara de má''.

 

 

 

 


ESPN renova com Djalminha e Fábio Luciano para evitar assédio pré-Copa
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Eduardo Ohata

A ESPN Brasil agilizou para esta semana a renovação dos contratos dos ex-jogadores e comentaristas Djalminha e Fábio Luciano. O canal, há semanas, ligou o sinal de alerta em relação aos contratos de comentaristas boleiros que estavam para expirar.

Trata-se de um processo de blindagem para se proteger do assédio de emissoras rivais, que estão no mercado à procura de ''talents'' com perfil boleiro às vésperas da Copa do Mundo da Rússia, e que havia se tornado um motivo de preocupação, o blog apurou.

Com essa estratégia, a direção do canal garantiu a permanência na emissora do time-base de uma de suas principais atrações, o ''Resenha ESPN'', programa exibido nas noites de domingo. O quinteto de ex-jogadores formado por Zetti, Amoroso, Luizão, Zé Elias e Alex já havia renovado com o canal, enquanto o ex-palmeirense Cesar Sampaio foi contratado pela emissora na semana passada.


Esquema tático foi o que afastou Diego Aguirre do São Paulo em 2015
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Eduardo Ohata

O uruguaio Diego Aguirre, confirmado como novo treinador do São Paulo, foi preterido em 2015 em favor de Edgardo Bauza por o argentino ter mais regularidade o mesmo esquema tático (4-4-2), o blog apurou com fontes que participaram da negociação à época.

Além de Aguirre e Bauza, também foram ouvidos pelo então diretor de futebol Gustavo Oliveira Vieira e pelo cartola Ataíde Gil Guerreiro Jorge Sampaoli e Marcelo Bielsa, entre outros. Nas ''entrevistas'', tanto em São Paulo como nos respectivos países dos treinadores, eles pediram aos técnicos para falar sobre seu trabalho nos dois ou três clubes pelos quais haviam passado mais recentemente.

Naquele período, no fim de 2015, fazia sentido optar por um técnico mais previsível em seu padrão tático porque o clube negociara nove jogadores, entre eles meia dúzia de titulares, como Paulo Miranda, Boschilia, Talói, Denílson e Souza. O time havia ficado sem ''peças'' de reposição que permitissem variações táticas a cada partida, e Gustavo Oliveira Vieira estava voltando após 5 meses fora do clube.

Além disso, o time estava para perder uma referência no campo durante 20 anos, o goleiro Rogério Ceni, que se aposentaria em dezembro. Somou-se a forte instabilidade política nos bastidores do Morumbi, com a conturbada saída do presidente Carlos Miguel Aidar, a pressão por uma boa campanha na Libertadores de 2016, e os cartolas que cuidavam do futebol, diante da promessa de ''fortes emoções'' para os próximos meses, optaram pelo treinador que garantiria maior previsibilidade ao padrão de jogo do time.

Era ''um tiro só'', sem margem para erro, definiu um dos cartolas que negociaram à época com Aguirre e Bauza, porque se aquela aposta não desse certo, não haveria mais recursos. A solução seria sustentar a escolha do técnico para ele impor um padrão, e mostrar para a  torcida que havia sido uma boa escolha, que ao fim levou a equipe às semifinais da Libertadores.